sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Casa Popular da Vila Operária

"O bairro da Vila Operária deve sua fundação à Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Construtora Catarinense, uma sociedade cooperativa habitacional fundada a 29 de setembro de 1924. O idealizador desta cooperativa foi o empresário e político itajaiense José Eugênio Müller (1889/1963), cuja sensibilidade para o social o fez, depois, líder da Revolução de 30 no Vale do ltajaí.

Dois tipos de moradias eram construídas pela Construtora Catarinense: casas de alvenaria, edificadas segundo plantas da escolha dos adquirentes, em geral pessoas de melhores rendas, e casas de madeira, construídas todas de acordo com um modelo padrão.

Estas casas eram as do tipo popular, adquiridas pelos operários mediante o pagamento de prestações mensais que variavam de 12 a 1 8 mil réis.

A distribuição das casas populares segundo o plano urbanístico da Vila Operária, foi feita ao longo das ruas Alberto Werner, Carlos Seára, Alfredo Tromposwski e João Gaya. Na avenida central, hoje Avenida José Eugênio Muller, foram construídas as residências de melhor padrão.

As casas populares de madeira, conhecidas como "casas de oitão", eram construções de duas janelas na frente e portas laterais; telheiros em duas águas, caindo forte para frente a menor, enquanto a maior descia suave para trás. Ao lado em apêndice, ficava a cozinha, onde havia outra janela e uma porta. As divisões internas obedeciam quase sempre ao seguinte esquema: sala de visitas na frente e quartos de dormir. Não havia compartimentos para banhos, nem sanitários no corpo da construção, os banhos eram tomados num dos quartos ou na cozinha e os sanitários ficavam numa pequena construção, no fundo do quintal, a "casinha"."

Texto: Professor Edison d'Avila; Ilustração: Lindinalva Deóla da Silva

Algumas páginas sobre edíficios históricos de Itajaí:

Asilo Dom Bosco, Banco Inco, Bangalô, Bar Dinamarca, Bauer e Cia, Café Democrático, Caixa da Sociedade Beneficente dos Estivadores, Capelinha de Cabeçudas, Casa Agostinho Alves Ramos, Casa Alberto Werner, Casa Almeida e Voigt, Casa Amaral, Casa Asseburg, Casa Bonifácio Schmitt, Casa Bruno Malburg, Casa Cesário, Casa da Família João Bauer, Casa das Irmãs da Imaculada Conceição, Casa Jacob Bauer, Casa Konder, Casa Lauro Müller, Casa Popular da Vila Operária, Casa Primo Uller, Casa Rauert, Casarão Burghardt, Casarão da Família Fontes, Casarão Malburg, Casarão Olímpio Miranda, Casarão Peiter, Cia. Fábrica de Papel Itajaí, Colégio São José, Edifício da Fiscalização dos Portos, Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, Farmácia Brasil, Ginásio Itajaí, Grupo Escolar Floriano Peixoto, Grupo Escolar Lauro Müller, Grupo Escolar Victor Meirelles, Herbário Barbosa Rodrigues, Hospital Santa Beatriz, Hotel Brazil, Hotel Cabeçudas, Igreja da Imaculada Conceição, Igreja da Vila Operária, Igreja do Santíssimo Sacramento, Igreja Luterana, Mercado Público, Palácio Marcos Konder, Primeira Sede da Municipalidade, Primeira Sede dos Correios, Sociedade dos Atiradores, Sociedade Guarani.

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Casa Primo Uller

Em 1925, quando a Cia. Construtora Catarinense, de propriedade do Sr. José Eugênio Muller, deu início à Vila Operária, na parte oeste de Itajaí, foi contratado para construir as casas de alvenaria, o jovem construtor Primo Uller, natural de Brusque.

Filho de Antonio Uller, agricultor e carpinteiro especializado em construção de engenhos, aprendeu com o pai a profissão, construindo engenhos que representavam as pequenas indústrias nas velhas colônias agrícolas. Inteligente e empreendedor, passou a contratar construções residenciais e comerciais. Casou-se em 1908 com Virgínia Fórbice e, em 1915 mudou-se para Itajaí a chamado do Sr. Plácido Conrado Pereira que o contratou para construir uma casa na Rua Brusque onde mais tarde foi residência do Sr. Eurico Adam, hoje demolida para dar lugar ao prédio da Loja Bittencourt.

Na mesma rua onde foram construídas as casas populares, antiga Rua Andrade Muller, hoje José Eugênio Muller, Primo Uller construiu sua própria casa e ali passou a residir com sua família. A casa, um chalé grande de um único pavimento construído sobre porão alto, era considerada na época, um casarão em relação àquelas ali construídas. Na fachada, duas portas grandes dão acesso ao porão; no pavimento nobre da casa, duas janelas de madeira de lei envidraçadas com bandeirolas, abertas para dentro em duas folhas; no lado direito, uma escada de concreto com piso de ladrilhos é a entrada principal da casa.

Por ela se chega a um varandão que vai desde a frente até quase o final da fachada lateral. A porta principal e duas janelas grandes dão para este varandão. Sem proteção contra o sol, porta e janelas recebiam cortinas nos mais variados padrões e modelos que serviam também para decorar os ambientes. Pequenos enfeites em alvenaria contornam as janelas e a parte superior da fachada principal.

Numa parte desta casa, durante muitos anos funcionou o posto telefônico, onde as filhas de Primo Uller trabalhavam como telefonistas. Hoje a casa, com quase setenta anos, ainda conserva sua arquitetura original, com exceção das duas portas do porão na fachada principal, que foram fechadas.

Texto: Professora Marlene Dalva da Silva Rothbart; Ilustração: Lindinalva Deóla da Silva

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Casa Rauert

Na rua Brusque, um pouco acima da esquina com a rua Uruguai, estava situada a Casa Rauert. Assim denominada por ter sido construída por Germano Rauert, comandante de intrépido veleiro que freqüentava o porto de Itajaí. O comandante Rauert, natural de Joinville, fora casado com Berta Baumgardt, nascida em Blumenau, com quem teve três filhas.

Germano Rauert faleceu em 22 de maio de 1971, aos oitenta anos e sua esposa, em 13 de setembro de 1958, aos sessenta e três anos.

A casa era um imponente chalé com as águas caindo para frente e fundos; em estilo alpino, com varanda de beiral rendilhado de lembrequins.

Os beirais, a balaustrada e as colunas da varanda são de madeira torneada ou recortada, num belíssimo trabalho de carpintaria artesanal. Construída sobre altos porões, o acesso à porta prillcipal é feito através de ampla escada de tijolos cimentados. No telhado da frente, uma mansarda ou água furtada funciona como mirante e ilumina os compartimentos do sótão.

Sem dúvida, tratava-se de exemplar ilustrativo da construção em estilo germânico, típica das regiões de colonização alemã do Vale do Itajaí e do nordeste catarinense. Mas já ostenta a influência da arquitetura brasileira, pela incorporação da varanda em arcos.

Na década de 1930, a Casa Rauert foi alugada por seus proprietários ao comerciante Israel José Tedéo, mais conhecido como Nino Tedéo, que ali morou por longos quarenta e três anos. Durante este tempo, além de residência a casa serviu também de sede para a empresa de transporte rodoviário de cargas de Nino Tedéo; tendo sido edificado grande galpão nos fundos, que servia de garagem e depósito.

De todas as edificações de arquitetura germânica ainda existentes em Itajaí - elas infelizmente já rareiam - a Casa Rauert era o único exemplar em estilo alpino, sendo por isso necessária a sua preservação.

Ilustração: Lindinalva Deóla da Silva

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