sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Igreja da Vila Operária

"Qual o coração, dentre os antigos moradores da Vila Operária, que não bate forte e se emociona ao relembrar a velha Igreja Nossa Senhora da Paz?

O terreno destinado a sua construção foi doado pela Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Ltda. Construtora catarinense, empreendimento idealizado por José Eugênio Muller, com o objetivo de criar vilas operárias, através da venda de lotes e construção de casas populares. Esta cooperativa foi a responsável pela criação e desenvolvimento do bairro Vila Operária.

Construída em meados da década de vinte por um descendente de italiano, Primo Uller, pontificou impávida, na pracinha, durante quarenta e cinco anos.

A Igreja da Vila, como ficou conhecida, nunca chegou a ser Paróquia, e até hoje, permanece como um dos três templos vinculados à Paróquia do Ssmo. Sacramento de Itajaí.

Em 1971, depois de uma discussão sobre a necessidade de se construir uma igreja maior e capaz de abrigar todos os fiéis da Vila Operária, bairro que apresentava grande desenvolvimento, chegou-se a um consenso de que o melhor seria mesmo demolir a velha igreja e edificar um novo, funcional e mais espaçoso templo.

A comissão da Igreja Nossa Senhora da Paz, responsável pela demolição e construção do novo templo, era integrada pelos seguintes membros: Valdemiro Pereira, Presidente, Genésio Rodrigues Pereira, secretário, ambos já falecidos, e Henrique Pinotti, tesoureiro.

Henrique Pinotti confidenciou que ele e o Primo Uller, na época da demolição da velha igreja, vasculharam o terreno, palmo a palmo, com o intuito de descobrir os documentos enterrados, quando do lançamento da "pedra fundamental" aproximadamente, na sua observação, em 1926, sem lograrem êxito.

Segundo ele, a construção levou pelo menos três anos e foram gastos Cr$ 186.000 (cento e oitenta e seis mil cruzeiros), incluindo-se mão-de-obra e material. A nova Igreja Nossa Senhora da Paz foi inaugurada em 09 de novembro de 1975, por Dom Afonso Niehues, Arcebispo Metropolitano, sendo o vigário, na época, o Rev. Padre Egídio Bertotti."

Texto: Sydney Schead dos Santos (Professor da UNIVALI - Chefe do gabinete do Reitor da UNIVALI); Ilustração: Lindinalva Deóla da Silva

Algumas páginas sobre edíficios históricos de Itajaí:

Asilo Dom Bosco, Banco Inco, Bangalô, Bar Dinamarca, Bauer e Cia, Café Democrático, Caixa da Sociedade Beneficente dos Estivadores, Capelinha de Cabeçudas, Casa Agostinho Alves Ramos, Casa Alberto Werner, Casa Almeida e Voigt, Casa Amaral, Casa Asseburg, Casa Bonifácio Schmitt, Casa Bruno Malburg, Casa Cesário, Casa da Família João Bauer, Casa das Irmãs da Imaculada Conceição, Casa Jacob Bauer, Casa Konder, Casa Lauro Müller, Casa Popular da Vila Operária, Casa Primo Uller, Casa Rauert, Casarão Burghardt, Casarão da Família Fontes, Casarão Malburg, Casarão Olímpio Miranda, Casarão Peiter, Cia. Fábrica de Papel Itajaí, Colégio São José, Edifício da Fiscalização dos Portos, Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, Farmácia Brasil, Ginásio Itajaí, Grupo Escolar Floriano Peixoto, Grupo Escolar Lauro Müller, Grupo Escolar Victor Meirelles, Herbário Barbosa Rodrigues, Hospital Santa Beatriz, Hotel Brazil, Hotel Cabeçudas, Igreja da Imaculada Conceição, Igreja da Vila Operária, Igreja do Santíssimo Sacramento, Igreja Luterana, Mercado Público, Palácio Marcos Konder, Primeira Sede da Municipalidade, Primeira Sede dos Correios, Sociedade dos Atiradores, Sociedade Guarani.

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