sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Barba, cabelo e bigode

A barbearia era na esquina da pracinha, ali na­quele bairro pacato. Um recanto onde nunca havia bron­ca e o panorama era mais monótono que itinerário de ele­vador. Criancinhas brincando, babás namorando garbosos soldados do fogo em dia que o fogo dava folga, um sorveteiro que, de tão conhecido na zona, vendia pelo credi-picolé, e o português que viera do seu longínquo Alentejo para ser gigolô de bode: alugava dois carrinhos puxados por bodes magros, para as criancinhas darem a volta na pracinha.