domingo, 24 de julho de 2011

A vedete que encantou Getúlio

Virgínia Lane (Virgínia Giacone), cantora e vedete, nasceu em 28/2/1920 no Rio de Janeiro. Foi interna do Colégio Regina Coeli, dos 6 aos 14 anos. Estudou, em seguida, no Instituto Lafayette (famoso colégio do bairro carioca de Botafogo), chegando depois a cursar o primeiro ano de Direito. Estudou um período com Maria Olenewa na Escola de Bailados do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 1943, iniciou sua carreira, trabalhando como corista do Cassino da Urca. Por intermédio do maestro Vicente Paiva, tornou-se "crooner" de sua orquestra e, além de atuar no Cassino, passou a se apresentar na Rádio Mayrink Veiga.

Em 1945, depois de apresentações na Rádio Splendid e na boate Tabaris, de Buenos Aires, fixou residência na capital argentina por três anos. Em 1946 lançou pela Continental, seu primeiro disco interpretando a marcha Maria Rosa, de Oscar Bellandi e Dias da Cruz e o samba Amei demais, de Ciro de Souza e J. M. da Silva.

Quando voltou ao Brasil, em 1948, atuou como vedete na revista Um milhão de mulheres, de Chianca de Garcia, encenada no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. A revista rendeu-lhe muito sucesso, o que lhe possibilitou um contrato com a companhia de Walter Pinto, no qual trabalhou por quatro anos em espetáculos no Teatro Recreio.

Em 1951, lançou seu grande sucesso, a marchinha Sassaricando, de Luís Antônio, Zé Mário, pseudônimo de Jota Júnior e Oldemar Magalhães, cantada por ela na revista Eu quero sassaricá, de Luís Iglesias e Freire Júnior, e gravada pela Todamérica em novembro de 1951. A música foi feita de encomenda para a revista Jabaculê de penacho, produzida por Walter Pinto que, adorando o tema, resolveu trocar o nome da revista. O sucesso foi tanto, que a música acabou criando a expressão maliciosa "sassaricar".

A partir de 1952, trabalhou no Teatro Carlos Gomes. No mesmo ano, gravou as marchas Santo Antônio casamenteiro, de Antônio Almeida e Alberto Ribeiro e Balão, de Luiz Antônio. Foi eleita Rainha das Atrizes, pela Casa dos Artistas. Destacou-se em programas da TV Tupi (Espetáculos Tonelux) na década de 1950.


Em 1953, fez sucesso com a marcha Zé Corneteiro, de Lalá Araújo. Em 1954, gravou com sucesso a Marcha do fiu-fiu, que ela assinou com Nelson Castro e Marcha da pipoca, de Luiz Bandeira e Arsênio de Carvalho, de sentido malicioso ou de duplo sentido.

Em 1955 lançou o maxixe No balaio de sinhá, de Arsênio de Carvalho; o samba Portão da casa do Juca, de Rubens Silva e Loé Moulin e Chorinho gostoso, de sua autoria. Em 1956, gravou os cha-cha-chas Aprenda o cha-cha-cha, de C. Garcia e Hello e Um beijinho por telefone, de M. Perdomo, ambos com versão de Alberto Ribeiro.

Em 1957, gravou as marchas É baba de quiabo, de sua parceria com Arsênio de Carvalho e Madame sapeca, de José Roberto e José Batista. Em 1958, gravou Lanterninhas multicores, marcha de sua autoria; Santo Antônio vai me abençoar, baião de Nelson Castro e José Batista e Que palhaço, marcha de sua parceria com William Duba.

Gravou 24 discos em 78 rpm, um pela Continental e os outros pela Todamérica, principalmente com marchinhas de temas maliciosos ou humorísticos, apesar de ter gravado sambas também.

Em 1960, gravou dois discos pela etiqueta Carroussel, incluindo as marchas Meu América, campeão carioca de futebol daquele ano, de Nelson Castro e Marcha da vitória, de Hélio Nascimento, Mirabeau e J. Gonçalves.

No início do ano 2000, continuava a se apresentar em bailes populares de carnaval, na Cinelândia no Rio de Janeiro, com grande agrado do público. Foi uma das artistas de maior prestígio no governo de Getúlio Vargas que, além de ser seu fã, conta-se, chegou a ter um romance com ela.

Fonte: Cantoras do Brasil - Virgínia Lane

A britânica Deborah Kerr

Deborah Kerr (Deborah Jane Kerr-Trimmer), atriz, nasceu em Helensburgh, Escócia, em 30/09/1921, e faleceu em Suffolk, Inglaterra, em 16/10/2007). Recebeu um Oscar honorário por sua carreira, que sempre representou perfeição, disciplina e elegância. Foi homenageada pela Rainha do Reino Unido com a Ordem do Império Britânico.

Originalmente treinada como dançarina de balé, teve sua primeira apresentação no palco em 1938, no Sadler's Wells. Depois de mudar de carreira, encontrou sucesso como atriz.

Sua estréia no filme britânico Contraband em 1940 terminou no chão da sala de edição. Mas a isso se seguiu uma série de outros filmes, incluindo um papel triplo no filme The Life and Death of Colonel Blimp, de Michael Powell e Emeric Pressburger. Mas foi seu papel como uma freira com problemas em Narciso Negro, dos mesmos diretores, em 1947, que chamou a atenção dos produtores de Hollywood.

Suas maneiras e sotaque britânicos conduziram a uma sucessão de papéis em que representava honoráveis, dignas, refinadas e reservadas senhoras inglesas. Contudo, Kerr freqüentemente aproveitava uma oportunidade para descartar seu exterior tão reservado. No filme de aventuras As Minas do Rei Salomão, de 1950, filmado em locações na África com Stewart Granger e Richard Carlson, ela impressionou as audiências com tanta sexualidade e vulnerabilidade emocional que trouxe novas dimensões para um filme de ação orientado para o público masculino.


Como Karen (foto acima) em A um Passo da Eternidade (From Here to Eternity), de 1953, ela recebeu a indicação para o Oscar de Melhor Atriz. O American Film Institute reconheceu o caráter icônico da cena do beijo entre ela e Burt Lancaster numa praia do Havaí, no meio das ondas. A organização colocou o filme na lista dos "Cem mais românticos filmes" de todos os tempos.

Kerr recebeu o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia/musical de 1957 com o filme O Rei e Eu, com Yul Brynner.

Morreu em Suffolk, na Inglaterra, por problemas decorrentes do Mal de Parkinson, deixando viúvo Peter Viertel, seu marido durante mais de 47 anos.

Filmografia

* Contraband (filme) (1940)
* Major Barbara (1941)
* Love on the Dole (1941)
* Hatter's Castle (filme) (1941)
* Courageous Mr. Penn (1941)
* The Day Will Dawn (1942)
* The Life and Death of Colonal Blimp (1943)
* Perfect Strangers (filme) (1945)
* The Adventuress (1946)
* If Winter Comes (1947)
* Black Narcissus (1947)
* The Hucksters (1947)
* Edward, My Son (1949
* Please Believe Me (1950)
* King Solomons' Mines (1950):
* Quo Vadis (1951) (1951)
* The Prisoner of Zenda (1952)
* Young Bess (1953)
* Thunder in the East (1953)
* Julius Caesar (1953)
* Dream Wife (1953)
* From Here to Eternity (1953)
* The End of the Affair (1955) (1955)
* Tea and Sympathy (1956)
* The Proud and the Profane (1956)
* The King and I (1956)
* Heaven Knows, Mr. Allison (1957)
* An Affair to Remember (1957)
* Bonjour Tristesse (1958)
* Count Your Blessings (1959) (1959)
* Beloved Infidel (1959)
* The Journey (1959)
* The Sundowners (1960)
* The Grass Is Greener (1960)
* The Innocents (1961) (1961)
* The Naked Edge (1961)
* The Night of the Iguana (1964)
* The Chalk Garden (1964)
* Marriage on the Rocks (1965)
* The Eye of the Devil (1967)
* Casino Royale (1967)
* Prudence and the Pill (1968)
* The Gypsy Moths (1969)
* The Arrangement (1969)
* Witness for the Procution (1982) (TV)
* A Woman of Substance (1983) (TV)
* Reunion of Fairborough (1985) (TV)
* The Assam Garden (1985)
* Hold the Dream (1986) (TV)

Fonte: Wikipedia.

O fósforo de segurança

Quando criança, eu gastava a maior parte dos palitos de fósforo, tentando acender em algum lugar que não era do lado da caixa de fósforos. Eu queria fazer igual os cowboys e bandidos do velho cinema americano que acendiam um fósforo em qualquer lugar. Isso também acontece muito nos desenhos animados, você já viu?

Os anos passaram e eu finalmente entendi por que eu nunca seria capaz de repetir o que tenho visto na televisão. A razão é simples: o que existe hoje na nossa casa é chamado fósforo de segurança, que tem o material necessário para a combustão, dividido entre o palito e recipiente.

Além disso, o fósforo não é a cabeça do palito, mas a superfície áspera da caixa, que contém fósforo vermelho (uma das mais seguras maneiras de se usar o fósforo), sulfeto de antimônio (Sb2S3), trióxido de ferro ( Fe2O3) e goma arábica (cola). O palito é o clorato de potássio (KClO3) e não como muitas pessoas pensam que a pólvora.

Mas então por que colocar esse nome: Palito de Fósforo? Durante muito tempo, o fósforo foi realmente colocado no palito e acendia em qualquer superfície áspera. Na verdade, este tipo de palito ainda está lá, é tradicionalmente encontrado no Reino Unido.

A descoberta do fósforo

O palito de fósforo foi inventado no século XIX, porém a história do palito que mudou a forma de se fazer fogo se iniciou bem antes, em 1669, com a descoberta do fósforo (elemento químico P).

O alemão Hennig Brand, em suas tentativas de transformar metais em ouro, descobriu acidentalmente o elemento ao estudar amostras de urina. O material que obteve brilhava e, por essa razão, Brand batizou a substância de Phosphoros, que quer dizer “aquele que traz a luz, que ilumina”.

Em 1680, o britânico cientista Robert Boyle, um dos mentores e fundadores da química atual, observou que uma chama era gerada ao gerar atrito entre um pedaço de papel com fósforo em um pedaço de madeira coberto com enxofre.

Boyle acreditava que o fogo não era provocado apenas pela atrito, mas por algo próprio àquelas substâncias. E estava certo, tinha descoberto o princípio que levaria à invenção do fósforo.

Depois da descoberta, vários aparatos químicos para gerar fogo foram desenvolvidos na Europa. Alguns usavam a descoberta de Boyle, outros, hidrogênio, porém eram todos complicados e arriscados. Em 1805, um químico francês chamado K. Chancel criou um palito coberto de clorato de potássio e açúcar. Mas, como era preciso encharcá-lo em ácido sulfúrico para que queimasse, ele não fez muita fama.

Em 1827, o farmacêutico inglês John Walker descobriu que se combinasse, na ponta de um palito, sulfeto de antimônio, clorato de potássio, cola e amido, ele poderia ser aceso por atrito em qualquer superfície arida. Walker chamou os seus palitos de congreves, numa citação aos foguetes bélicos inventados por William Congreve em 1808.

Apesar do apoio de amigos, Walker decidiu não patentear sua invenção, registro que dá direitos exclusivos ao criador, pois desejava que ela fosse um bem público. Por isso, muitas pessoas a replicaram, inclusive Samuel Jones, que começou a vender os palitos com o nome de Lucifers (um dos nomes dados ao diabo).

Embora cheirasse mau e fossem perigosos (eram explosivos e às vezes acendiam sozinhos dentro da própria embalagem), os Lucifers ficaram muito famosos entre fumantes. Para evitar acidentes, os primeiros palitos eram carregados em estojos de metais ou de porcelana. Os mais finos eram feitos de ouro e prata e eram trabalhados como uma jóia.

Fonte: Felipe - http://www.vocesabia.net em 24/02/2011