quinta-feira, 12 de abril de 2012

As primeiras escolas itajaienses

Grupo Escolar Victor Meirelles (atual Casa da Cultura) era a mais antiga escola pública de Itajaí (foto: maio/2000).

A educação da gente itajaiense naqueles primeiros tempos era em verdade carente. A falta de escolas adequadas e em número suficiente para o atendimento de toda a comunidade fazia com que a maioria das pessoas não soubesse ler e escrever.

A primeira escola pública criada no então Distrito do Santíssimo Sacramento do Rio de Itajaí se deveu ao trabalho do deputado provincial Agostinho Alves Ramos.

Dizia a Lei nº 9 de 15 de abril de 1835, aprovada pela Assembléia Provincial e sancionada pelo Presidente da Província Feliciano Nunes Pires, que o professor desta escola teria o ordenado anual de cento e oitenta mil réis e deveria ensinar segundo método individual a ler, escrever, as quatro operações de Aritmética, a Gramática Portuguesa e Ortografia, e a Doutrina Cristã.

Embora criada em 1835, a nova escola somente em 1837 teve provido o seu primeiro professor, Francisco José das Neves, o qual logo daqui se ausentaria, sendo substituído pelo professor Antônio Joaquim Ferreira.

A escola pública primária daqueles tempos conhecida como "escola de desemburrar", embora limitada no que diz respeito aos recursos materiais cumpria sua missão. A sala de aula era muitas vezes a própria sala de visita da casa do professor. As crianças se assentavam em bancos coletivos de madeira ou em cadeiras de palha e escreviam em grandes mesas. O mestre era acessível, mas severo e a palmatória ou a vara de marmelo tinha larga utilização!

A primeira escola pública de Itajaí foi mista; somente no final do século passado ela foi desdobrada em classes feminina e masculina e que funcionavam em locais distintos. A primeira professora de meninas foi Dona Amélia Müller dos Reis.

Já no meio do século, complementavam a educação dos itajaienses um sem número de professores e escolas particulares, dos quais cabem destaque: Dona Júlia Miranda de Souza; Dona Ernestina Lapa; Dona Maria Amália das Santos; professor João Maria Duarte, diretor do Colégio Itajaí; Luiz Tibúrcio de Freitas, diretor do Externato Itajaiense; professor Manoel Ferreira de Miranda, diretor do Lyceu Infantil.

Duas iniciativas educacionais de largo proveito para a educação da juventude daquela época foram a criação da "Deutsche Schulle Itajahy" ou Escola Alemã e do "Colégio Paroquial São Luiz".

A Escola Alemã, muito bem organizada e aparelhada, ministrava o ensino em língua alemã não somente a teuto-brasileiros, mas a todos que se interessassem; o Colégio Paroquial, iniciativa do vigário, Padre José Foxius, foi o embrião do atual Colégio São José.

Fonte: PEQUENA HISTÓRIA DE ITAJAÍ - Prof. Edson d´Ávila

Primórdios da vida religiosa em Itajaí

Construção de nossa Igreja Matriz - Lembrança do Padre José - 22/06/1944.

Os primeiros moradores das margens do rio Itajaí cumpriam suas obrigações religiosas na Matriz de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco do Sul, a cujo termo paroquial pertenciam. O templo religioso mais próximo, no entanto, era a Capela de São João Batista de Itapocoroy, distante duas léguas e meia. O vigário de São Francisco do Sul ou o Capelão-Curado de Armação, quando havia, visitavam as casas dos moradores, celebrando casamentos e batizados e rezando missas.

No início do ano de 1823, os principais moradores da região se organizaram em comissão e obtiveram do Vigário da Vara de São Francisco do Sul licença para a construção de uma Capela, próxima à casa de Agostinho Alves Ramos, e que seria dedicada ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora dos Remédios.

Neste ínterim fizeram um acordo com Frei Pedro Antônio de Agote, religioso franciscano espanhol, que vinha de deixar a capelania de Armação da Piedade, com breve passagem pela Capela de Enseada das Garoupas, para que o mesmo assumisse os encargos de Cura e Pastor daquela gente.

No entanto, o Vigário da Vara de São Francisco do Sul, Pe. Bento Barbosa de Sá Freire Azeredo Coutinho, houve por bem não aprovar o acerto, desgostando os moradores e exigindo-se lhes o recurso à autoridade religiosa maior, - D. José Caetano de Silva Coutinho, Bispo do Rio de Janeiro, enquanto o novo Cura aguardava as licenças necessárias ao bom desempenho do cargo, residindo na casa de Antônio Soares da Silva, na Barra de Camboriú e ali celebrando o culto religioso.

Obtida a criação do Curato do Santíssimo Sacramento do Rio de Itajaí a 31 de março de 1824 e empossado o primeiro Cura, Frei Pedro Antônio de Agote, a vida religiosa passou a melhor se desenvolver, não sem muitas dificuldades.

Assim, com o fim de se encontrar um meio seguro para a estabilidade e aumento da Igreja, em 1830, os moradores mais destacados do Distrito fundaram a lrmandade do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição, que ficou sendo a primeira associação de leigos de Itajaí.

Embora provido de um Capelão desde 1824, o Curato do SS. Sacramento do Rio de Itajaí somente a 12 de agosto de 1833 foi alçado à condição de paróquia, com a elevação do Arraial à categoria de Freguesia. Nesta ocasião lhe foi dada uma co-padroeira: Nossa Senhora da Conceição, por sugestão de Agostinho Alves Ramos.

A primeira Capela-curada, erguida a partir de 1823, já em 1849 necessitava de reformas e em 1851 teve de ser totalmente demolida.

A nova construção, então, arrastou-se até 1865. Como a Vila aumentasse a sua população e o espaço físico da igreja fosse ficando pequeno, em 1889 começaram as obras de alargamento e remodelação interna da Matriz, as quais foram findadas em 1899.

Mas, poucos anos após o término destas obras de remodelação, já se pensava na construção de uma nova Matriz. Coube ao vigário, Pe. José Foxius, elaborar o primeiro plano de construção, o qual ficou inutilizado em virtude das dificuldades advindas com a 1a. Guerra Mundial. Em 1920, durante as comemorações do Centenário de Itajaí promovidas pelo Prefeito Marcos Konder, fez-se o lançamento da pedra fundamental daquela que seria a futura Matriz.

Em 1936, Cônego Francisco Xavier Giesberts, então vigário, retornou às ações com vistas à construção da Nova Matriz. Transacionou com a Prefeitura Municipal a área do cemitério e ali definiu o local da futura construção.

Foto sem data (Circa anos 1950).

 Mas seria o novo vigário, Pe. José Locks, quem efetivamente iniciaria as obras, em 1940, as quais seriam concluídas pelo vigário seguinte, Cônego Vendelino Hobbold, a 15 de novembro de 1955.

Menos numerosos do que os católicos, os itajaienses evangélicos aqui surgiram com a chegada dos emigrantes europeus, notadamente alemães, a partir da segunda metade do século passado. Entre estes evangélicos, os primeiros foram os luteranos, cuja comunidade foi fundada em 1871. Seguiram-se adventistas (1920), batistas (1925), pentecostais - Assembléia de Deus - (1931) e presbiterianos (1952).

Fonte: PEQUENA HISTÓRIA DE ITAJAÍ - Prof. Edson d'Ávila.

História do esporte em Itajaí

Equipe de Futebol do Clube Náutico Marcílio Dias - 1921 - Arquivo Fundação Genésio Miranda Lins

Contam-nos os nossos cronistas que entre os primeiros passatempos da gente itajaiense estavam as corridas de cavalo e as brigas de galo. Para as tais corridas de cavalo, improvisavam-se raias pela extensão da hoje Rua Lauro Müller e da Praia da Fazenda.

Dos esportes atuais, o primeiro a surgir em Itajaí foi o futebol. Trouxeram-no os estudantes que iam freqüentar fora os cursos ginasiais. O primeiro clube futebolístico foi fundado em 1911, denominava-se "Itajahyense Foot Ball Club" e tinha na presidência o jovem Bráulio Eugênio Müller.

O "Itajahyense" organizou duas equipes - a "Vermelha" e a "Azul" - que disputavam os primeiros jogos, aliás, muito pouco freqüentados pelo público.

Em 1919, outros jovens, animados com o desenvolvimento do remo na Capital do Estado e levando em conta a vocação marítima da nossa gente, decidiram fundar um clube náutico. Assim, surgia o Clube Náutico Marcílio Dias a 19 de março.

Meses depois, em razão de uma disputa acirrada pela escolha da madrinha, dissidentes marcilistas fundaram um novo clube - o Clube Náutico Almirante Barroso, a 11 de maio do mesmo ano.

Tanto o Clube Náutico Marcílio Dias, como o Clube Náutico Almirante Barroso, de suas secções iniciais de remo se ampliaram para outros esportes; tendo sido o primeiro o clube mais completo de Santa Catarina, com secções de remo, water-polo, natação, atletismo, tênis, vôlei, basquete e futebol, esta iniciada em 1921.

O esporte náutico naquele ano de 1919 também viu surgir um outro clube o "Cruz e Souza" - constituído por gente de cor e cuja existência não chegou aos nossos dias.

Embora pouco prestigiado no seu início, o futebol com o desaparecimento do remo, logo se transformaria na grande sensação popular, inclusive, com o surgimento de outras agremiações como o "Tiradentes F. C.", o "CIP F. C.” e o "Lauro Müller F. C.". Mas os clubes de maior popularidade, no remo e depois no futebol, sempre foram o "Marcílio" e o "Barroso". Nas disputas esportivas, a cidade praticamente se dividia ao meio entre "marcilistas" e "barrosistas" orgulhosos das vitórias e dos títulos alcançados na cidade e no Estado por seus clubes.

O grande desenvolvimento do desporto em Itajaí motivou a fundação aqui de diversas entidades que se propunham à promoção e defesa do esporte: a "Liga Catarinense de Desportos", em 1921; a "Associação Sportiva Vale do Itajaí", em 1937; a "Liga Esportiva Vale do Itajaí", em 1944 e a "Liga Itajaiense de Desportos", em 1951, atualmente a entidade maior do desporto da nossa terra.

Fonte: PEQUENA HISTÓRIA DE ITAJAÍ - Prof. Edson d'Ávila.

Mais 5 academias ao ar livre

A Secretaria de Obras de Itajaí iniciou nesta semana, a instalação de novas Academias ao Ar Livre.

Os trabalhos começaram na Praça Sodegaura, na Fazenda, com a substituição dos antigos equipamentos, que foram retirados para reforma e depois de recuperados e aptos para uso, serão instalados em outro local.

Além disso, outras cinco academias serão instaladas em novos locais: no São Judas - no Centro de Convivência do Idoso (CCI); no São João - Praça Abelardo Correa (Rua Eugênio José Reichert com Rua Altino Werner); no Portal I - próximo à E.B. Prof.Thereza Bezerra de Athayde; em Cordeiros - ao lado da UPA, na Rua Enedina D’Ávila Ferreira e em Espinheiros - ao lado da Associação de Moradores.

A instalação de todas as novas academias deve ser concluída em até 60 dias.

Fonte: Prefeitura de Itajaí.

Como se formam as conchas?

Elas são basicamente carapaças protetoras dos moluscos marinhos, animais de corpo mole. Quando eles nascem, forma-se a seu redor uma concha provisória, chamada protoconcha. Quando o molusco cresce e atinge a idade jovem, começa a se constituir a concha definitiva, substituindo a primeira.

É o chamado manto - tecido parecido com a pele, envolvendo as partes vitais do animal - que secreta as substâncias formadoras das quatro camadas da concha.

O principal componente é o carbonato de cálcio, extraído da água do oceano. Há também elementos orgânicos, como proteínas, produzidos pelo próprio animal.

"À medida que molusco cresce, o manto elimina mais carbonato e proteínas, e a concha também aumenta de tamanho", diz a oceanógrafa Ceci Pereira Moreira de Souza, da Universidade de São Paulo.

Além das conchas formadas por duas partes (conhecidas como sistema bivalve), existem também as estruturas em forma de cone produzidas pelos moluscos da classe conhecida como gastrópodes.

Fonte: ME

Três amigos aposentados

Conversa entre três amigos com mais de 60 anos, já aposentados:

- O que você tá fazendo na vida, Oswaldo? (ex-executivo da Pirelli) - Eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela estrutura e organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli, mas vai indo muito bem.

- E você, José? (ex-gerente de vendas da Shell) - Eu abri um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho a estrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell, mas estou progredindo.

- E você Marcos? (ex-funcionário do Congresso Nacional) - Eu montei um puteiro...

- Um puteiro??? - ÉÉÉÉÉÉ!!! Um puteiro!!! É claro que não é aquela zona toda que é o Congresso Nacional, mas também tá dando lucro!!!

Fonte: Um e-mail recebido hoje de uma amiga.

Água com açúcar acalma?

Não. Essa receita antiga, usada para acalmar pessoas que passaram por alguma situação de susto e tensão não passa de crendice popular. “Quando o açúcar é metabolizado pelo organismo, ele se transforma principalmente em glicose, que é uma fonte de energia e não tem nenhum efeito tranquilizante ou sedativo”, diz a endocrinologista Adriana Teloglia, professora do Centro Universitário São Camilo, de São Paulo.

“Apesar disso, o açúcar pode provocar uma sensação de bem-estar por causa da produção de certos neurotransmissores, como a serotonina. Essa sensação de bem-estar é muitas vezes confundida com o tal efeito relaxante que muita gente acredita que a mistura de água com açúcar tem”, diz a farmacêutica mineira Denise Polato de Lima.

Ao mesmo tempo, a ingestão do líquido pode ter um bom efeito psicológico e acabar funcionando como um placebo, acalmando por autosugestão. Os especialistas afirmam, no entanto, que contar até dez ou respirar fundo por alguns minutos são técnicas muito mais eficazes para conter o nervosismo e recuperar a tranquilidade. Outra saída é recorrer a alguns calmantes naturais, como os chás de camomila ou de erva-doce.

Fonte: Minuto Ligado.

O que causa a verruga?

A verruga é uma lesão saliente da pele, áspera e chega a medir de meio a três centímetros. Pode ser redonda ou oval, da mesma cor da pele, mais clara ou até bem mais escura. Seu aparecimento é muito mais comum do que se imagina.

É é causada por um dos vários tipos do papiloma vírus humano, conhecido como HPV. Esse vírus é transmissível, ou seja, pode passar de uma pessoa para outra. Isso ocorre facilmente, já que o HPV está presente em todos os lugares. Em geral, surge depois de um corte na pele por onde entra o vírus.

Para impedir sua reprodução, as células de defesa do organismo iniciam um processo inflamatório que provoca o aumento da camada de queratina (substância encontrada também na unha e cabelo) que fica na região superficial da pele. O excesso dessa substância torna o local mais duro e espesso, formando uma lesão elevada. Esse processo é demorado: o tempo entre o primeiro contato com o vírus e o desenvolvimento de lesões visíveis é de alguns meses.

A verruga pode aparecer em qualquer parte do corpo, mas é vista com mais frequência nas mãos, pés, rosto e joelhos. Ocorre mais facilmente em áreas onde a pele está danificada, como o dedo de quem rói unha ou tem a cutícula ferida.

A maioria das verrugas desaparece naturalmente na infância porque no crescimento, o organismo vai adquirindo maior imunidade. Mas pode demorar anos. Por isso, a história de que elas caem por simpatia, mágica ou métodos caseiros (como amarrar uma linha) é pura lenda.

Saiba mais

- A tal verruga de bruxa, na verdade, é uma pinta chamada nevo. Essa pinta é saliente e pode ter coloração castanha, preta ou rósea, e também apresentar pelos. Pode aparecer em qualquer período da vida e é mais comum em pessoas que têm a pele mais clara.

- Verruga ou berruga? O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa considera corretas as duas formas, embora alguns condenem a palavra berruga por não estar de acordo com o termo latino verruca.

- Há vários tipos de verrugas, dependendo da área onde nascem. As mais comuns são as vulgares que crescem em volta das unhas, dedos e mãos; as plantares ocorrem na sola dos pés; as planas são as menores e mais macias e crescem mais no rosto; e as genitais aparecem na região íntima e são as mais perigosas.

- Os animais também têm verrugas, principalmente, os mamíferos. São mais comuns na boca e lábios, e sua coloração varia entre o branco, o cinza e o negro.

Fonte: Diário do Grande ABC.

Os peixes bebem água?

Beber não é bem o termo, pois eles praticamente não ingerem líquido. A pequena quantidade que entra pela boca vai para as brânquias, órgãos respiratórios onde também acontecem as trocas de água com o ambiente.

Nos peixes de água doce, o líquido entra naturalmente no organismo, por osmose. Isso acontece devido à concentração de sais ser maior no corpo do peixedo que na água que o cerca. Como absorvem muita água, eles possuem um rim bem desenvolvido, capaz de eliminar excessos.

Já nos peixes marinhos, a tendência é inversa: o animal é que perde água para o ambiente e os rins são pouco desenvolvidos (justamente para evitar maior perda de líquido). O excesso de sais é eliminado por meio de glândulas especiais localizadas nas brânquias. Para realizar todas essas funções, é fundamental manter uma boa circulação de água.

Por isso, depois da entrada do líquido, o peixe fecha a boca e pequenos ossos chamados opérculos obstruem a superfície das brânquias, também conhecidas como guelras. "Com esses orifícios fechados, cria-se uma pressão que impulsiona a água em direção aos filamentos branquiais, responsáveis pela retirada do oxigênio", explica o biólogo Naércio Aquino Menezes, do Museu de Zoologiada USP.

O sangue flui nos vasos capilares localizados nas brânquias em sentido contrário ao da água. Essa contra-corrente faz o oxigênio passar para o sangue, enquanto a água absorve o gás carbônico. Após esse processo, que dura poucos segundos, o peixeabre os opérculos, eliminando a água.

Por viverem em meio líquido, os peixes não precisam beber água para hidratar a pele, ao contrário dos animais terrestres.

Fonte: ME

Ademir Da Guia, o Divino

Ademir Da Guia não herdou do pai, Domingos, apenas o apelido de Divino. Herdou também o futehol maravilhoso com o qual encantou a torcida e ditou a cadência do esquadrão do Palmeiras no início da década de 70. Estilo clássico, eficiência impressionante nos passes, era um polivalente. Podia jogar atrás dos zagueiros em uma partida para em outra partir para a frente e marcar gols. Como o pai, começou no Bangu mas logo se transferiu para um grande clube. No Palmeiras, sagrou-se campeão paulista em 1963, 66. 72, 74 e 76, e brasileiro em 1967, 69, 72 e 73. Apesar de ser considerado um fora-de-série, jogou apenas 45 minutos de Copa do Mundo, em 1974.

Ademir da Guia, um dos maiores ídolos do Palmeiras, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 3 de abril de 1942. Considerado pela crítica como um dos melhores jogadores do futebol brasileiro de todos os tempos pela classe com que jogava, herdou o apelido de seu pai, Domingos da Guia, e passou a ser chamado de "Divino".

Também é tido como um dos craques mais injustiçados da história do futebol brasileiro, pois durante toda a sua longa carreira, foi convocado apenas 14 vezes para a Seleção, e disputou apenas uma partida em Copas do Mundo, a de 1974, quando o Brasil já estava desclassificado, na disputa pelo 3º lugar contra a Polônia.

Ademir é filho do zagueiro brasileiro Domingos da Guia, chamado de "O Divino Mestre", considerado um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro. Alto e esguio, Ademir chegou a atuar como centroavante no início da carreira, mas sempre preferiu o meio-de-campo.

Chegou em São Paulo em 1961 vindo do Bangu-RJ, clube que o revelou para o futebol, assim como a seu pai e a seu tio, Ladislau da Guia (até hoje o maior artilheiro da história do Bangu, com 215 gols), para jogar no Palmeiras onde permaneceu até encerrar a carreira em 1977.

Um dos maiores ídolos da história do clube, formou o célebre meio-de campo Dudu & Ademir, teve a biografia publicada em 2001. Em 2006, foi lançado um documentário sobre a sua carreira, intitulado Um craque chamado Divino.

Ademir da Guia já foi vereador da cidade São Paulo, tendo sido eleito pelo PC do B, e migrado posteriormente para o PL, atual Partido da República-PR.

Clubes

Céres - (1952 a 1956) (categoria de Base); Bangu - (1956 a 1961); Palmeiras - (Agosto de 1961 a 1977)

Títulos pelo Palmeiras

Internacionais: Troféu Ramón de Carranza (Espanha): 1969, 1974 e 1975; Torneio Mar del Plata (Argentina): 1972.

Nacionais: Taça Brasil: 02; Campeonato Brasileiro: 5 (1967, 1967, 1969, 1972 e 1973)

Regionais: Campeonato Paulista: 1963,1966,1972,1974 e 1976; Torneio Rio-São Paulo: 1965.

Outros: Torneio IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro: 1965; Torneio Laudo Natel: 1972.

Estatísticas


Partidas pelo Palmeiras: 901 (recordista do clube)
Partidas oficiais: 980
Gols pelo Palmeiras: 153 (3° maior goleador do clube)
Gols na carreira: 165
Partidas pela Seleção: 1
Gols pela Seleção: nenhum

Fonte: Wikipédia; Placar.

O piedoso sacerdote

Depois de conversar com o diretor do xadrez sobre a necessidade de melhorar as instalações e de ouvir deste a desculpa de que não tinha verba para tais coisas, o piedoso sacerdote comprometeu-se a conversar com o secretário do Sr. Ademar de Barros, "que é muito amigo de minha família" — explicou o padre.

Não sei se esse secretário é o Sr. Artur Audrá ou desce, pois a notícia não diz.

Diz, isto sim, que o sacerdote que visitou a cadeia, conversou — momentos antes de encerrar a visita — com um detento, no corredor, dando conselhos ao rapaz e ministrando-lhe palavras de conforto.

Depois, agradeceu as informações que lhe deram, declarou-se satisfeito com o que vira, "pois há prisões que visitei de instalações estarrecedoras" — voltou a falar, acrescentando: "Aqui, pelo menos, somente algumas reformas colocarão esta casa correcional num nível cristão".

À saída, o bom padre parou de novo, fez algumas perguntas aos guardas e ofereceu um santinho a um deles, que lhe pareceu mais contrito diante da sua bondosa presença.

Ao deixar as instalações que acabava de visitar, o religioso voltou-se para abençoá-las. Entrou num carro e partiu logo em seguida, deixando um sorriso de fervor, pendurado nos lábios de guardas e detentos, os quais de forma tão amena confortara.

Meia hora depois veio o alarma: José Cardoso Guerra, perigoso assaltante a mão armada, fugira da cela onde se encontrava (aparentemente incomunicável) vestindo uma batina de procedência ignorada.

Comentário do chefe da guarda, que se encontrava de plantão à entrada da penitenciária:

— E ele ainda me abençoou e prometeu rezar para eu ficar bom do reumatismo!
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: GAROTO LINHA DURA - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975

Operação pneu

A frase, cheia de sinceridade, é atribuída ao Padre Olímpio de Melo, que acumula as funções de Ministro de Deus e do Tribunal de Contas. Consta que o piedoso sacerdote é que disse isto, uma vez: "Uma mulher bem administrada vale mais que uma paróquia".

Eu nunca tive paróquia, mas — modéstia à parte — vinha com uma mulher. Vinha no meu modesto carrinho ali pela Praia de Botafogo, com uma mocinha dessas que, quando passam, a conversa dos homens vai diminuindo, vai diminuindo e depois que a moça passa fica tudo calado, pensando besteira.

Pois era uma mocinha assim que vinha comigo ali pela Praia de Botafogo e, quando entramos na Rua São Clemente, rumo ao Jardim Botânico, o pneu do carro furou. Também o desgraçado estava mais careca do que o Marechal Mendes de Morais. Fazia muito sol, irmãos. Este mês de março, aqui no Rio, eu vou te contar, está queimando a pele até do Monsueto.

E eu ali, de pneu furado, com o asfalto da Rua S. Clemente um bocado inclemente, a derreter quente sob os meus borzeguins. Mudar pneu de carro numa hora dessas é de lascar. E foi então que, olhando para a mocinha, solidária comigo na tristeza do imprevisto, eu me lembrei da frase do Padre Olímpio: uma mulher bem administrada vale mais que uma paróquia.

Combinei o golpe com ela, a mocinha topou e eu fui sentar num café em frente, para tomar uma cerveja. Ela saltou do carro, abaixou-se junto à roda de pneu furado e ficou olhando pra dita, desconsolada. Logo parou um carro e saltou um rapaz. Olhou a roda, falou qualquer coisa com ela e eu vi — lá do café — ela concordando com ele, num gesto.

O rapaz tirou o paletó e estava abrindo a mala do carro para retirar o macaco, quando dois outros rapazes, ambos altos e espadaúdos, atravessaram a rua, falaram também com a mocinha e começaram a ajudar o que chegara primeiro. O pneu sobressalente ainda não tinha sido retirado da mala para substituir o furado, e já havia mais um cavalheiro solícito, ajudando.

Para encurtar a conversa, enquanto eu bebi a cervejinha, cinco rapazes muito bonzinhos, todos sorridentes e solícitos, mudaram o pneu do carro, puseram o que estava furado na mala, ajeitaram as ferramentas e ainda indicaram à mocinha onde ficava o borracheiro mais próximo. Ela agradeceu muito, fez menção de entrar no carro e eu então paguei a cerveja, vim também, sentei na direção e fomos embora.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: GAROTO LINHA DURA - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975