sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Teleco, o inimigo dos goleiros

Ídolo no Corinthians entre 1934 e 1944, o centroavante Teleco se intitulava o inimigo número um dos goleiros, apesar de ser irmão do guarda-metas King, que jogou no São Paulo na década de 40. Mas não havia verdade maior, como prova sua incrível marca de 243 gols em 234 jogos, mais de um tento por partida.

Artilheiro que chutava com os dois pés e excelente cabeceador, Teleco, cujo verdadeiro nome era Uriel Fernandes, também ficou conhecido por seus gols de virada e por sua raça. Na decisão paulista de 1937 contra o Palestra, Teleco fez questão de jogar mesmo machucado. Entrou e marcou o gol da vitória.

Uriel Fernandes nasceu em  Curitiba (PR), no dia 12 de novembro de 1913, e recebeu o apelido de Teleco de sua avó. Antes de chegar ao Corinthians, fazia parte do ataque do Britânia Sport Club, um dos clubes que deu origem ao Paraná Clube (o Paraná surgiu após a fusão entre o EC Pinheiros e o Colorado EC – por sua vez, o Colorado surgiu após a junção entre Atlético Ferroviário, Palestra Itália FC e Britânia SC).

Defendeu o alvinegro de 1934 a 1944 e tem a maior média de gols pelo Corinthians, registrada desde a fundação do clube. Com 251 gols em 246 jogos, o ex-centroavante atingiu média superior a um gol por partida, marca não superada até hoje no clube e maior até que a do Pelé, que fez 1281 gols em 1375 jogos – média de 0,93 gols por partida.

O maior artilheiro (pelo total de gols), no entanto, é Cláudio Christovam de Pinho com 306 gols. Ficando atrás também de Baltazar, "o Cabecinha de Ouro", em total de gols, Teleco é o terceiro maior artilheiro da história do timão. Encabeçou a lista de artilheiros do Campeonato Paulista em 1935 e 1936, ambos com nove gols, 1937 com quinze, 1939 com 32 e 1941 com 26.

Teleco morreu em Osasco (SP), no dia 22 de julho de 2000. Até 2006, ele continuava sendo o jogador que mais vezes conseguiu ser artilheiro vestindo a camisa do timão.

Títulos

Corinthians - Campeonato Paulista: 1937, 1938, 1939, 1941

Fontes: Revista Placar; Por Onde Anda?

Pérolas

A pérola é o resultado de uma reação natural da ostra contra invasores externos, como certos parasitas que procuram reproduzir-se em seu interior.

Para isso, esses organismos perfuram a concha e se alojam no manto, uma fina camada de tecido que protege as vísceras da ostra.

Ao defender-se do intruso, ela o ataca com uma substância segregada pelo manto, chamada nácar ou madrepérola, composta de 90% de um material calcário - a aragonita (CaCO3) -, 6% de material orgânico (conqueolina, o principal componente da parte externa da concha) e 4% de água. Depositada sobre o invasor em camadas concêntricas, essa substância cristaliza-se rapidamente, isolando o perigo e formando uma pequena bolota rígida.

As pérolas perfeitamente esféricas só se formam quando o parasita é totalmente recoberto pelo manto, o que faz com que a secreção de nácar seja distribuída de maneira uniforme. "Mas o mais comum é a pérola ficar grudada na concha, como uma espécie de verruga.

Por isso, as esféricas são tão valiosas", diz o biólogo Luís Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP). O tempo médio de maturação de uma pérola é de três anos. Como a ostra já se defende muito bem de invasores com sua concha, o fenômeno é raro, acontecendo, na natureza, em apenas um em cada 10.000 animais.

No início do século XX, os japoneses inventaram uma forma simples de acelerar o processo, introduzindo na ostra uma pequena bola de madrepérola, retirada de uma concha, com cerca de três quartos do tamanho final desejado. O resultado é tão bom que, mesmo para um especialista, é difícil distinguir a pérola natural da cultivada. Substâncias presentes na água também podem ser incorporadas à pérola, por isso sua cor varia de acordo com o ambiente, gerando as mais diversas tonalidades. A pérola é a única gema de origem animal.

Até o século XVII, não existia tecnologia para polir pedras preciosas como rubis e esmeraldas, por isso as pérolas eram um dos maiores símbolos de riqueza e poder, usadas como adorno nas mais valiosas jóias da época.

A cor da pérola varia conforme as condições ambientais e a saúde da ostra: as mais comuns são rosa, creme, branca, cinza e preta. As formas da pérola dependem do formato do invasor e do local onde ele se instala. As esféricas são as mais raras e, conseqüentemente, mais valiosas.

Fonte: Mundo Estranho.