segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fausto, a Maravilha Negra

Foi Fausto que viveu uma das mais brilhantes e trágicas histórias do futebol brasileiro. Começou a carreira no Bangu, mas seu futebol logo chamou a atenção do Vasco. Possuía um domínio de bola elegante, fazia passes precisos e exercia um comando incontestável, qualidades que o tornaram um dos maiores meio-campistas de todos os tempos, tanto que, na Copa de 1930, passou a ser chamado de Maravilha Negra. Toda sua carreira, entretanto, foi marcada por constantes problemas de saúde e pela revolta contra o preconceito e a pobreza, mostrada em campo através de seguidas expulsões.

Fausto (Fausto dos Santos), futebolista, nasceu em Codó, Maranhão, em 28/01/1905, e faleceu na cidade de Santos Dumont, Minas Gerais, em 28/03/1939. Media 1,86m e pesava 75 kg e era um centromédio de muita disposição, grande técnica, habilidade, liderava o meio de campo de sua equipe com muita elegância e tinha precisão no toque de bola.

Foi considerado o melhor jogador de sua posição nas décadas de 1920 e 1930 e por isso na copa de 1930, o jogador despertou a cobiça de vários clubes do exterior. No mundial do Uruguai, em 1930 recebeu a alcunha de "Maravilha Negra" pela crônica esportiva uruguaia devido a sua atuação na copa de 1930.

Iniciou sua carreira defendendo o Bangu em 1926 e no início de 1929 chega ao Vasco da Gama, onde foi campeão neste mesmo ano. Durante uma excursão do Vasco à Espanha impressionou tanto pelo futebol apresentado que o Barcelona o contratou imediatamente em 1931.

No clube espanhol sofreu atos discriminatórios pelo fato de ser negro, após um ano na Espanha transferiu-se para atuar pelo Young Fellows, da Suíça, em 1934 chega para defender o Nacional, do Uruguai e em 1935 retornou ao Vasco, já com o profissionalismo já instalado no país

Em 1936 foi contratado pelo Flamengo, permanecendo neste clube até 1938, onde disputou 80 jogos e marcou um gol. 

Não disputou o Mundial de 1934 porque era profissional e o de 1938 por causa de uma gripe – na realidade, uma manifestação da tuberculose que o iria matar. Em busca de riqueza e reconhecimento, só encontrou pobreza e preconceito.

Morreu em 1939, aos 34 anos.

Fontes: Wikipédia; Revista Placar.

Constelação de Garotos

Cruzeiro Campeão da Taça Brasil de 1966  -  Em pé: Neco, Pedro Paulo, William, Procopio, Piazza e Raul. Agachados: Natal, Tostão, Evaldo, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira.
"Quem poderia esperar que um time de garotos recém-saídos do juvenil pudesse impor alguma resistência ao Santos de Pelé‘? Ninguém. Só mesmo Tostão, 19 anos, Dirceu Lopes, 20, e Wilson Piazza, 23, eram atrevidos o bastante para apostar no time do Cruzeiro na decisão da Taça Brasil de 1966. Apostaram e ganharam. Naquele campeonato, o país inteiro pôde testemunhar o nascimento da mais brilhante geração de jogadores do final dos anos 60.

O esquadrão cruzeirense tinha a segurança de Raul, o goleiro que inovou com as camisas amarelas, uma zaga às vezes violenta e um ataque infernal. Que o digam os atleticanos, que tiveram que assistir impotentes ao pentacampeonato do Cruzeiro entre 1965 e 1969.

Que o digam os craques do Santos, derrotados por 6 a 2 no Mineirão e por 3 a 2, de virada, no Pacaembu. Aquele Cruzeiro realmente valia ouro: Raul; Pedro Paulo, William, Procópio e Neco; Piazza e Dirceu Lopes; Natal, Evaldo, Tostão e Hilton Oliveira.

Brilho das Américas

Quando Tostão foi para o Vasco e, em seguida, abandonou o futebol, o Cruzeiro ainda teve fôlego para formar outro timaço com a chegada de Jairzinho e a ascensão de Palhinha, Joãozinho e Nelinho. Uma equipe que venceu a Libertadores da América em 1976 e só não ganhou o título mundial porque teve de enfrentar o Bayern de Munique num campo coberto de neve. O Cruzeiro jogava com Raul; Nelinho, Morais, Darci e Vanderlei; Wilson Piazza e Zé Carlos; Eduardo, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho.

Fonte: Revista Placar.

Marcos de Mendonça, o goleiro galã

"Era um menino triste. Todos os amigos e irmãos corriam atrás da bola, menos ele. Proibição médica, pois ele tivera febre amarela, infecção nos pulmões, e pequenos transtornos cardíacos. 'Todo mundo me enchia de cuidados, impedindo-me de fazer grandes esforços. Mas, eu queria jogar futebol, e achei que no gol seria menos exigido', contou tempos depois. Nasceu assim o maior guarda-metas dos primórdios do futebol brasileiro.”

Com excelente sentido de colocação, ótima visão das jogadas e uma mistura precisa de arrojo e segurança, Marcos mudou a concepção de que jogar no gol era apenas para os pernas-de-pau.

Também iniciou a tradição de goleiros-galãs. Elegante, arrebatava corações femininos, principalmente quando entrava em campo com uma fitinha roxa amarrada no calção.

Marcos Carneiro de Mendonça, historiador, escritor e futebolista, nasceu em Cataguases, em 25/12/1894, e faleceu no Rio de Janeiro em 19/10/1988. Foi o primeiro goleiro da Seleção Brasileira e detém até os dias atuais o título de goleiro mais jovem a ser selecionado, pois tinha 19 anos quando de seu primeiro jogo, contra o Exeter City, da Inglaterra em 21 de Julho de 1914. Foi titular por nove anos, conquistando os campeonatos sul americanos de 1919 e 1922.

Marcos começou a sua carreira no time do Haddock Lobo, com a fusão deste clube ao América Futebol Clube passou a defender o time rubro, onde foi campeão carioca de 1913. Tinha 1,87 m.

A poetisa Anna Amelia e Marcos
Assim como outras dezenas de sócios e atletas do América, descontentes com a diretoria, Marcos se transferiu para o Fluminense F. C. em 1914, tendo sido seu goleiro titular até 1922. Em 127 jogos nesse período, sofreu 164 gols e foi tricampeão carioca em 1917/1918/1919.

Casado com a poetisa Anna Amélia Carneiro de Mendonça, pai da crítica teatral Bárbara Heliodora, uma das maiores especialistas em Shakespeare, que escreve semanalmente, coluna no jornal O Globo. Após encerrar a sua carreira, Marcos trabalhou como historiador e foi presidente do Fluminense, conquistando como dirigente, o bicampeonato carioca em 1940/41.

Títulos

América RJ - Campeonato Carioca: 1913; Fluminense - Campeonato Carioca: 1917, 1918 e 1919; Seleção Brasileira - Copa Roca: 1914 / Campeonato Sul-Americano: 1919 e 1922

Fontes: Wikipédia; Revista Placar.