sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Primeira Sede da Municipalidade

"Durante o período do Império (1822 a 1889), quem administrava o município era a Câmara Municipal. A ela incumbiam as tarefas legislativas e executivas. Por isso, o presidente da Câmara de Vereadores era também o executivo municipal.

Foi a partir da implantação do regime republicano que separam-se as funções, surgindo a figura do Superintendente, depois, Prefeito Municipal, chefe do poder local.

Quando se instalou o Município de Itajaí, em 15 de junho de 1860, seus vereadores tiveram que se reunir em casa alugada, por falta de sede própria para se instalar a administração municipal. Por muitos anos, a administração itajaiense submeteu-se a diversos senhorios.

A idéia de se construir ou adquirir um edifício próprio apareceu pela primeira vez, na sessão da Câmara de Vereadores de 26 de junho de 1873. Ela não prosperou. Em 24 de janeiro de 1884, nova resolução autorizou a edificação de um edifício municipal no terreno aos fundos da atual Igreja da Imaculada Conceição. Mas a obra foi embargada porque o vigário reclamou a posse do terreno para a igreja.

Afinal, a 5 de novembro de 1888, a Câmara Municipal fechou contrato de compra do imóvel pertencente ao mestre-pedreiro Guilherme Müller, situado à rua Dom Pedro II, atual rua XV de Novembro, que passou a ser a primeira sede própria da administração municipal e ondc funcionavam a Câmara de Vereadores e a sede da Comarca de Itajaí.

A partir da proclamação da República e até 1925, aí também funcionou a Superintendêncía Municipal (Prefeitura Municipal).

O prédio era uma construção baixa de alvenaria de tijolos, em estilo luso-brasileiro e cobertura de duas águas com telhas de barro, estilo capa e canal. A fachada do edifício estava marcada por uma porta principal, ladeada por duas janelas à direita e à esquerda, com duas aberturas em arco. Embora sem nenhum aspecto monumental, o edifício no entanto guardava certa elegância devido à harmonia e à beleza singela dos acabamentos frontais.

Vendido pelo município a particulares, a histórica construção foi demolida na década dc 1980 para dar lugar ao atual Edifício Solane."

Texto: Rosni Ferreira (Professor da UNIVALI - Direito do Trabalho e Previdência Social. Procurador Geral do Município de Itajaí. Autor de diversas obras sobre Direito Previdenciário); Ilustração: Lindinalva Deóla da Silva

Algumas páginas sobre edíficios históricos de Itajaí:

Asilo Dom Bosco, Banco Inco, Bangalô, Bar Dinamarca, Bauer e Cia, Café Democrático, Caixa da Sociedade Beneficente dos Estivadores, Capelinha de Cabeçudas, Casa Agostinho Alves Ramos, Casa Alberto Werner, Casa Almeida e Voigt, Casa Amaral, Casa Asseburg, Casa Bonifácio Schmitt, Casa Bruno Malburg, Casa Cesário, Casa da Família João Bauer, Casa das Irmãs da Imaculada Conceição, Casa Jacob Bauer, Casa Konder, Casa Lauro Müller, Casa Popular da Vila Operária, Casa Primo Uller, Casa Rauert, Casarão Burghardt, Casarão da Família Fontes, Casarão Malburg, Casarão Olímpio Miranda, Casarão Peiter, Cia. Fábrica de Papel Itajaí, Colégio São José, Edifício da Fiscalização dos Portos, Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, Farmácia Brasil, Ginásio Itajaí, Grupo Escolar Floriano Peixoto, Grupo Escolar Lauro Müller, Grupo Escolar Victor Meirelles, Herbário Barbosa Rodrigues, Hospital Santa Beatriz, Hotel Brazil, Hotel Cabeçudas, Igreja da Imaculada Conceição, Igreja da Vila Operária, Igreja do Santíssimo Sacramento, Igreja Luterana, Mercado Público, Palácio Marcos Konder, Primeira Sede da Municipalidade, Primeira Sede dos Correios, Sociedade dos Atiradores, Sociedade Guarani.

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