sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Hotel Cabeçudas

"O prédio onde funcionou o Hotel Cabeçudas foi construído para ali ser instalada uma casa de repouso na década de 30, tendo a sua destinação mudado, com a transação de compra efetuada entre a Construtura Catarinense, presidida por José Eugênio Müller e José Zwoelfer, austríaco da cidade de Melke, onde fizera seu curso de hotelaria.

Com a aquisição, o prédio foi adaptado para as novas atividades, com água corrente quente e fria em seus quartos, contando ainda, com máquinas importadas, para o uso em sua lavanderia e cozinha.

Além destas novidades no setor hoteleiro no Estado, o novo proprietário mandou construir uma adega subterrânea nos moldes europeus e uma câmara frigorífica, para a conservação dos alimentos e a fabricação de gelo, pois somente Blumenau fabricava este produto.

Com o início das atividades, o hotel logo ganhou conceito entre os seus "habitués" em todo o Vale do Itajaí, que motivou o crescimento da praia, com a construção de belas residências naquele local.

O sucesso do Hotel e da comida ali servida regada com bebidas importadas, fez com que a sua fama ultrapassasse as fronteiras do Estado, provocando a vinda de gaúchos e paranaenses.

Quando da viagem de José Zwoelfer para o Brasil, fugindo das agruras da Primeira Guerra Mundial, chegou com grandes conhecimentos que foram de grande valia para o seu novo negócio, um estabelecimento hoteleiro próprio, pois trabalhou em hotéis na Inglaterra, Alemanha e Argentina.

O lugar aprazível, com uma urbanização avançada, tendo as suas ruas e passeios pavimentados, além das frondosas árvores com grandes sombras para o deleite dos veranistas, fez com que os frequentadores do Hotel Cabeçudas promovessem a sua divulgação.

Ainda hoje, após a sua demolição, em 1972, inúmeros são os casais que procuram os familiarEs de José Zwoelfer, para recordar as temporadas aqui passadas e muitos deles, a feliz lua-de-mel. Sem dúvida, um hotel que foi marco do início do turismo em Santa Catarina."

Texto: Félix Alvino Gomes Fóes (Filho do jornalista Abdon Fóes e de Lídia Gomes Fóes, natural de Itajaí, SC, casado, advogado, exerceu várias atividades públicas, comunitárias, comerciais e políticas, sendo eleito por dois mandatos vereador da Câmara Municipal de Itajaí, tendo sido seu Presidente por duas vezes); Ilustração: Lindinalva Deóla da Silva

Algumas páginas sobre edíficios históricos de Itajaí:

Asilo Dom Bosco, Banco Inco, Bangalô, Bar Dinamarca, Bauer e Cia, Café Democrático, Caixa da Sociedade Beneficente dos Estivadores, Capelinha de Cabeçudas, Casa Agostinho Alves Ramos, Casa Alberto Werner, Casa Almeida e Voigt, Casa Amaral, Casa Asseburg, Casa Bonifácio Schmitt, Casa Bruno Malburg, Casa Cesário, Casa da Família João Bauer, Casa das Irmãs da Imaculada Conceição, Casa Jacob Bauer, Casa Konder, Casa Lauro Müller, Casa Popular da Vila Operária, Casa Primo Uller, Casa Rauert, Casarão Burghardt, Casarão da Família Fontes, Casarão Malburg, Casarão Olímpio Miranda, Casarão Peiter, Cia. Fábrica de Papel Itajaí, Colégio São José, Edifício da Fiscalização dos Portos, Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, Farmácia Brasil, Ginásio Itajaí, Grupo Escolar Floriano Peixoto, Grupo Escolar Lauro Müller, Grupo Escolar Victor Meirelles, Herbário Barbosa Rodrigues, Hospital Santa Beatriz, Hotel Brazil, Hotel Cabeçudas, Igreja da Imaculada Conceição, Igreja da Vila Operária, Igreja do Santíssimo Sacramento, Igreja Luterana, Mercado Público, Palácio Marcos Konder, Primeira Sede da Municipalidade, Primeira Sede dos Correios, Sociedade dos Atiradores, Sociedade Guarani.

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