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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Zito, o dono do meio-campo

Zito, dominava a bola, olhava para a direita e passava para a esquerda. Desacostumado com isso, o garoto Pelé perdia o lance. "Crioulo burro! A cabeça é para um lado, a bola para outro", bronqueava Zito com o novato. O maior volante que já surgiu no futebol brasileiro era assim: personalidade forte e liderança incontestável. Por isso era conhecido pelos companheiros como o Gerente. Mandava em todos, organizava o meio-de-campo, corria por todo o gramado.

José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito, nasceu no Município de Roseira, interior de São Paulo, em 8 de agosto de 1932.

Começou a carreira profissional, sendo revelado pelo Esporte Clube Taubaté, onde ficou até 1952, quando passou a defender o Santos.

Na Vila Belmiro: os títulos e a fama.
Na Vila Belmiro, Zito fez fama e conquistou títulos, defendendo também a seleção brasileira a partir de 1956, tendo ajudado nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962. Lembrado como grande marcador, Zito foi, no Santos, muito mais do que isso.  Apelidado de "Gerente", era o líder do time dentro de campo, inclusive recebendo do técnico Lula o aval para comandar os atletas em campo da maneira que achasse melhor.

Tornaram-se célebres seus gritos incentivando os jogadores a continuar marcando gols, mesmo com as partidas já decididas. Além dessas qualidades próprias da sua personalidade, tecnicamente era um grande jogador e não foram raras as vezes em que lançou Pelé e Coutinho no ataque para que estes fizessem seus belos gols.

Atuou no time por quinze anos (de 1952 a 1967), tendo jogado 733 partidas e marcado 57 gols. Conquistou nove Campeonatos Paulistas (1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967), quatro Taças Brasil (1961, 1962, 1963 e 1964), duas Libertadores da América (1962 e 1963), dois Mundiais Interclubes (1962 e 1963) e quatro Torneios Rio-São Paulo (1959, 1963, 1964 e 1966). Foi bicampeão mundial pela seleção brasileira, marcando um gol na final de 1962 contra a Tchecoslováquia.

Fontes; Revista Placar; Wikipedia.
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Gilmar, o goleiro número um


"Gilmar dos Santos Neves é o maior goleiro do mundo". A afirmação soaria como mais uma patriotada não tivesse sido feita pelo soviético Lev Iashin, tido como o maior guarda-metas de todos os tempos. Gilmar, de fato, encabeça qualquer lista dos melhores jogadores que o futebol brasileiro já teve. Nosso goleiro "Número Um" soube como nenhum outro trabalhar as cinco qualidades que ele próprio considera fundamentais para o bom guarda-metas: calma, coragem, boa estatura, reflexos rápidos e segurança. Gilmar impressionava também por sua capacidade de manter-se igualmente tranquilo tanto numa defesa milagrosa quanto num frango pavoroso. Seu rol de títulos é dos mais extensos, porque foi campeão de quase tudo que participou.

Gilmar dos Santos Neves, mais conhecido como Gilmar, nasceu em Santos, SP, em 22 de agosto de 1930. Gilmar veio do Jabaquara (pequeno clube da cidade onde nasceu) para o Corinthians, seu primeiro grande clube, por um acaso. Na verdade, os dirigentes do clube paulista queriam outro jogador do clube santista, o meio-campista Ciciá, que o Jabaquara só aceitou vender se o clube levasse Gilmar de contra-peso.

O seu início no Corinthians, foi um tanto complicado, pois foi considerado o principal culpado pela derrota por 7 a 3 (25 de novembro de 1951) contra a Portuguesa de Desportos pelo Campeonato Paulista.

Depois de quatro meses voltaria a defender a meta alvinegra, para se consagrar campeão paulista. Durante seus dez anos de Corinthians, conquistou os títulos do Torneio Rio-São Paulo de 1953 e 1954, os Campeonatos Paulistas de 1951, 1952 e 1954, este último no qual festejava-se o IV centenário da cidade de São Paulo e foi condecorado com o título de "supremo guardião do campeão do quarto centenário".

Em 1961, após dez anos, ele se despediu do Corinthians, em meio a brigas com o presidente Wadih Helou, que o acusava de corpo mole durante os primeiros anos de fila do clube paulistano. Seguiu sua trajetória no Santos, de Pelé, onde teve o melhor momento de sua carreira, se tornando um dos maiores goleiros de todos os tempos.

Gilmar foi bicampeão mundial de Interclubes vestindo a camisa do alvinegro praiano. Na foto, de pé estão: Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gilmar e Mauro; Agachados Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe

Gilmar dizia ser o melhor momento de sua carreira, não só pelo fato de estar em um grande e vitorioso time, mas também por estar no seu time de coração (Gilmar era torcedor do Santos desde os tempos de Jabaquara).

Suécia: campeão mundial com Pelé
Permanecendo no clube até 1969, construiu uma carreira vitoriosa, conquistando os Campeonatos Paulistas de 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968, as Taças Brasil de 1962, 1963, 1964 e 1965, as Taças Libertadores da América de 1962 e 1963, os Mundiais Interclubes de 1962 e 1963, os Torneios Rio-São Paulo de 1963, 1964 (dividido com o Botafogo), e 1966 (dividido com o Botafogo, o Corinthians e o Vasco da Gama), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968 e, a Recopa dos Campeões Mundiais de 1968.

Gilmar fez sua estreia na Seleção Brasileira em primeiro de março de 1953, na vitória de 8 a 1 sobre a Bolívia, válida pelo Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), disputado no Peru. Assim como nos clubes em que passou, Gilmar também fez história na Seleção do Brasil.

Suécia: Gilmar e Agne Simonsson
Em 1958, na Suécia, ajudou a Seleção Brasileira a conquistar a sua primeira Copa do Mundo. Em 1962, no Chile, repetiu o feito conquistando sua segunda Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Em 1966, Gilmar também estava lá. Porém, ele não teve a mesma glória das copas anteriores, embora tivesse jogado duas partidas, e mais tarde seria substituído por Haílton Corrêa de Arruda, o Manga.

Gilmar jogou pela Seleção Brasileira até 1969, sendo a vitória de 2 a 1 contra a Inglaterra, em 12 de junho, num amistoso disputado no Maracanã, sua última partida pela seleção.

Fontes: Revista Placar; Wikipedia.
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Julinho, a fibra de campeão

"A maior vaia já registrada na história do futebol brasileiro também marca a maior exibição de fibra de um jogador. Tudo aconteceu em 1959, na primeira aparição da Seleção Brasileira no Maracanã, depois da Copa da Suécia. O jogo era contra a Inglaterra e os torcedores cariocas queriam ver todos os campeões mundiais em ação, principalmente Garrincha. Só que o técnico escalou Júlio Botelho, o Julinho, na ponta-direita. Ao entrar em campo, Julinho recebeu os apupos de 160 mil "inimigos". Outro jogador teria sucumbido, Julinho não. Ele tinha fibra".

"Vão engolir essa vaia", prometeu para o amigo Djalma Santos. A primeira bola, Julinho meteu no meio das pernas do inglês. Com seis minutos de jogo já tinha entortado a defesa adversária e marcado um gol. As vaias transformaram-se em aplausos. O episódio coroou a carreira do maior ponta-direita do futebol brasileiro depois de Garrincha. Veloz, driblador fantástico e chutador fabuloso, atuou pela Portuguesa, pelo Palmeiras e pela Fiorentina da Itália. Defendeu a Seleção na Copa de 1954, sendo considerado o melhor jogador brasileiro e o melhor ponta-direita da competição.

Júlio Botelho ou Julinho, natural de São Paulo, SP (29/07/1929 - 10/01/2003), após ser dispensado da categoria de base do Corinthians, onde não se adaptou à posição de ponta-direita, chegou ao Juventus com 19 anos. No entanto sua passagem pelo clube da Mooca foi curta. Sendo promovido para a equipe profissional em 1950, depois de apenas seis meses foi contratado pela Portuguesa por Cr$ 50 mil.

O recém chegado,logo se tornou titular,estreando contra o Flamengo, no Maracanã, no dia 18 de fevereiro de 1951, jogo que a Portuguesa perdeu por 5 a 2. Seis dias depois,em seu segundo jogo, marcou os seus 2 primeiros gols pela Portuguesa, na vitória de 4 a 2 sobre o América-RJ, no Pacaembu.

Fez 191 partidas pela Portuguesa e marcou 101 gols, chegando a marcar 4 gols em um mesmo jogo na vitória da Portuguesa sobre o Corinthians por 7 a 3, em 25 de novembro de 1951, no Pacaembu. Suas atuações lhe renderam a convocação para a Copa do Mundo de 1954. Em julho de 1955, após conquistar seu segundo Torneio Rio São Paulo, pela Portuguesa, foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por US$ 5.500.

Contratação mais cara da Fiorentina no ano de 1955, Julinho foi destaque na conquista do título italiano da temporada de 1955/1956, na primeira vez em que a equipe de Florença conquistou este título. A Fiorentina foi ainda, com Julinho, vice campeã italiana, nas duas temporadas seguintes. Certa vez, quando andava de trem na Itália, precisou passar a viagem inteira escondido no banheiro para evitar o assédio dos fãs. Mas, em 1958, já mostrava seu desejo, de retornar à São Paulo. A Fiorentina fez uma proposta irrecusável e ele ficou. Ficou por mais um ano, mas pela vontade de voltar lhe deram o apelido de "Senhor Tristeza".

Voltou ao Brasil em 1959, quando passou a defender o Palmeiras. Fez parte do time que ficou conhecido como "Primeira Academia", logo se tornou um dos maiores ídolos do Palmeiras. Conquistou o Supercampeonato Paulista contra o Santos de Pelé. Foi fundamental logo neste seu primeiro título no Palmeiras. Ganhou ainda, com o Palmeiras, a primeira, Taça Brasil da história do clube. Fez parte do elenco que disputou o jogo histórico em que o Palmeiras vestiu a camisa da Seleção e goleou a seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão. Na sua despedida contra o Náutico, saiu aos 32 minutos do primeiro tempo e deu lugar ao peruano Gallardo. Na primeira bola que o peruano errou o estádio inteiro puxou em coro: “Volta Julinho!”

Defendendo a seleção brasileira, realizou um total de 31 partidas, marcando 13 gols. Conquistou o Campeonato Pan-americano em 1952, o vice-campeonato sul-americano em 1953, disputou a Copa de 54, sendo eleito melhor jogador do torneio, e venceu a Copa Roccca de 1960.

Declinou a convocação para Seleção Brasileira de Futebol que disputaria a Copa do Mundo de 1958, alegando como motivo, o fato de que, como não atuava no futebol brasileiro, não seria justo para com os jogadores que atuavam no Brasil, que ele representasse o país em um campeonato mundial.

O dia 13 de maio de 1959 foi marcante para a vida de Júlio Botelho. Naquela ocasião, a Seleção Brasileira de Futebol enfrentaria no estádio do Maracanã a Inglaterra em uma partida amistosa. Quando o locutor oficial do estádio anunciou a escalação da Seleção Brasileira de Futebol, as 160 mil pessoas que estavam no estádio foram uníssonas vaiando o nome de Julinho Botelho, pois o técnico Vicente Feola, havia preterido, para a partida, Mané Garrincha, jogador naturalmente amado pela torcida carioca, porém, Julinho Botelho calou as vaias, com uma atuação magistral, sendo fundamental para a construção do placar, 2 X 0 para o Brasil, dando um passe para que Henrique abrisse o placar, e depois marcando um dos mais belos gols do estádio, recebendo após o lance os mais intensos aplausos já ouvidos no Maracanã deste a Copa do Mundo de 1950.

Fontes: Revista Placar; Wikipedia.
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sábado, 22 de outubro de 2011

Djalma Santos, o espetáculo em campo

"Espetacular, colossal, exuberante, perfeito. Não faltaram adjetivos para glorificar o maior lateral-direito do Brasil e de toda a história do futebol mundial. Dono de uma técnica primorosa e de um físico de ferro, Djalma Santos transformava as cobranças de laterais em verdadeiros cruzamentos, lançando a bola com as mãos até a área adversária. Mas era com a bola nos pés que seu futebol deslumbrava ".

Totalizou, entre l952 e 1968, cem partidas oficiais pela Seleção Brasileira, recorde absoluto. Participou das Copas de 1954, quando foi eleito o melhor zagueiro direito; 1958, tornando-se campeão do mundo; 1962, bicampeão; e 1966. Defendeu as equipes da Portuguesa, Palmeiras (campeão paulista em 1959/63/66) e Atlético Paranaense (campeão em 1970).

O físico privilegiado nunca significou jogo duro. Djalma se orgulha de nunca ter sido expulso de campo. Motivo de orgulho também foi ter sido o único brasileiro convocado para integrar a seleção da Fifa, em 1963, para disputar uma partida contra a Inglaterra em comemoração aos 100 anos do futebol.

Dejalma dos Santos, seu nome de batismo, nasceu em São Paulo, SP, em 27 de fevereiro de 1929. É considerado um dos maiores jogadores da história da Portuguesa e do Palmeiras, com partipação decisiva nas conquistas da época da chamada "Academia". Foi nomeado por Pelé um dos 125 maiores jogadores vivos de futebol em março de 2004. Foi um dos melhores laterais-direitos de toda história e disputou mais de cem partidas pela Seleção Brasileira de Futebol, incluídas as copas de 1954, 1958, 1962 e 1966.

Na final da Copa do Mundo de 1958 entrou no lugar do titular De Sordi, contundido e, em apenas noventa minutos, foi eleito o melhor jogador da posição no Mundial.

Portuguêsa, anos 50 - Em pé: Lindolfo, Djalma Santos, Ceci, Nena, Floriano e Brandãozinho. Agachados: Julinho Botelho, Zé Amaro, Ipojucan, Osvaldinho, Ortega e o massagista Mário Américo.
Djalma fez história nos três grandes clubes por onde passou, jogador exemplar, jamais foi expulso de campo. Na Portuguesa, fez parte de uma das melhores equipes do clube em todos os tempos - ao lado de jogadores como Pinga, Julinho Botelho e Brandãozinho, conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955 e Fita Azul em 1951 e 1953. É também o segundo maior recordista de jogos disputados pelo clube, 434 no total, ficando atrás apenas de Capitão, com 496 partidas.

No Palmeiras, com 498 jogos, é o sétimo jogador que mais vestiu a camisa do palestra, conquistou o Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966; a Taça Brasil em 1960 e 1967 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1967, torneios que classificam para a Libertadores da América, e, além disso, venceu o Torneio Rio-São Paulo em 1965.

Palmeiras, anos 60, em pé: Djalma Santos, Valdir, Carabina, Djalma Dias, Dudu e Ferrari. Agachados: Germano, Ademar Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo


Pelo Atlético Paranaense, o lateral jogou até os 42 anos de idade, outro verdadeiro recorde para jogadores de futebol.

Atualmente, Djalma Santos vive com sua esposa, Esmeralda Santos, na cidade de Uberaba, Minas Gerais.

Fontes: Revista Placar; Wikipedia.
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Nílton Santos, a "Enciclopédia do Futebol"

O Brasil ganhava de um a zero da Áustria na partida de estréia da Copa de 1958, quando Nilton Santos avançou pela esquerda para desespero do técnico Vicente Feola. Próximo da grande área, tocou para um espantado Mazzola. Teve que gritar um palavrão para que o atacante lhe devolvesse a bola e, assim, pudesse anotar o gol. Um gol histórico que marcou o nascimento do futebol moderno, já que, naquele tempo, um lateral jamais ultrapassava o meio-de-campo, e muito menos atacava. 

Nílton dos Santos, na verdade, gostava mesmo era de jogar para a frente, pois tinha técnica e sabia driblar. A contragosto, acabou na defesa. Mas foi da linha de trás que Nilton Santos se tornou o maior lateral-esquerdo do futebol brasileiro e conquistou o bicampeonato mundial em 1958 e 1962. Além da Seleção, Nílton só vestiu a camisa do Botafogo, clube pelo qual conquistou catorze títulos, entre os quais os Campeonatos Cariocas de 1948/57/61/62. Conhecia todos os segredos do jogo, o que lhe valeu ser chamado de Enciclopédia do Futebol.

Nílton Reis dos Santos, mais conhecido como Nílton Santos, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de maio de 1925. Já era craque jogando futebol na praia e.quando cumpria serviço militar foi descoberto por um oficial da Aeronáutica. Levado para jogar no Botafogo em 1948, somente deixou General Severiano em 1964 quando abandonou os gramados.

No Botafogo conquistou por quatro vezes o campeonato estadual (1948, 1957, 1961 e 1962), além do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio-São Paulo de 1962 e 1964) e do Torneio Internacional de Paris em 1963 - além de vários outros títulos internacionais. Nílton Santos participou de 718 partidas pelo clube sendo o recordista e marcou onze gols entre 1948 e 1964.


Sua estréia com a camisa do clube da estrela solitária aconteceu contra o América Mineiro. No campeonato carioca de 1948, disputou seu primeiro jogo contra o Canto do Rio em Caio Martins. O Botafogo venceu de 4 a 2. O Alvinegro de General Severiano foi o campeão carioca de 1948. Obs: no primeiro jogo do carioca contra o São cristóvão quem atuou pela equipe principal foi Nílton Barbosa.

Foi chamado de "A Enciclopédia" por causa dos conhecimentos sobre o futebol. Considerado o maior lateral-esquerdo de todos os tempos, foi o precursor em arriscar subidas ao ataque através da lateral do campo. Revolucionou a posição de lateral-esquerdo, utilizando-se de sua versatilidade ao defender e atacar, inclusive marcando gols, numa época do futebol onde apenas tinha a função defensiva.

Nílton estreou na seleção no sul-americano de 1949, a competição foi realizada no Brasil que acabou campeão. Participou da Copa do Mundo de 1950 onde foi vice-campeão. Ainda foi campeão com a seleção do pan-americano de 1952, bi campeão mundial em 1958 na Suécia e 1962 no Chile. Atuou em 75 partidas oficiais e 10 não oficiais. Sua despedida da seleção ocorreu na final da Copa de 1962. Marcou dois gols com a camisa da seleção.

Decisão do Mundial de 1958 contra a Suécia. Vitória brasileira por 5 a 2 e o primeiro título mundial. Em pé estão Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar; agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e Mário Américo.
 Na Seleção Brasileira de futebol, Nílton foi um jogador chave na defesa durante os campeonatos mundiais em que participou e ficou famoso internacionalmente por marcar um gol magnífico no torneio de 1958, quando o Brasil jogou com a Áustria. Trazendo a bola do campo de defesa e driblando o time adversário inteiro (e deixando doido o técnico Vicente Feola), finalizou com um ótimo chute.

Outra jogada sua sempre lembrada é a do penalti que cometeu no jogo contra a Espanha na Copa do Mundo de 1962, considerado a partida mais difícil daquela campanha. O árbitro marcou a falta, mas quando chegou perto para conferir o lance, colocou a bola fora da área, pois não percebeu que Nílton Santos, sem se desesperar e gesticular os braços como fariam outros jogadores, matreiramente havia dado um passo e saido da área, enganando o árbitro.

Internado em uma clínica carioca, nosso eterno lateral-esquerdo sofre de doenças típicas da idade. Ele apresenta problemas cardíacos e, algumas vezes, perde a memória. o Botafogo, orientado pelo presidente Bebeto de Freitas, está arcando com as despesas de internação de um dos melhores laterais da história do futebol.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar; Que Fim Levou.
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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Jair da Rosa Pinto, o Jajá-da-Barra-Mansa

As pernas muitos finas e o corpo muito magro de Jair escondiam uma canhota poderosíssima e um craque incansável que por 26 anos encantou a torcida brasileira. Mas não se limitava aos chutes terríveis. Era um armador espetacular, organizador de jogadas e exato nos passes que fizeram a festa de muitos artilheiros (caso do garoto Pelé, que Jair encontrou no Santos). Jogava mais com a cabeça do que com o coração, fato que muitas vezes era confundido com falta de fibra.

Jair Rosa Pinto nasceu em Quatis, RJ, em 21/3/1921, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28/7/2005 e foi um dos principais futebolistas das décadas de 1940 e 1950, ídolo da história do Palmeiras, Santos e Vasco.

Conhecido como Jajá-da-Barra-Mansa (visto que Quatis, hoje município emancipado, na época era distrito de Barra Mansa), começou jogando no Vasco da Gama, como amador nas categorias de base. Contudo, acabou saindo do clube por haver atletas demais, segundo o próprio jogador.

Começou a carreira profissional no Madureira, atuando como meia-esquerda, em 1938, quando formou um trio com os jogadores Lelé e Isaías, conhecido como Os Três Patetas. O trio fez tanto sucesso que acabou sendo contratado pelo Vasco da Gama em 1943, onde participou do Expresso da Vitória, considerado um dos maiores elencos da história do clube. Pelo Vasco fez 71 jogos, com 44 vitórias, 18 empates e nove derrotas, marcando 27 gols (média de 0,39 gol por jogo).

Ademir, Lelé, Isaias, Jair e Chico,  ataque demolidor do Expresso da Vitória de 1945

Em 1946 saiu do Vasco e foi para o Flamengo, segundo ele, por receber menos que outros jogadores no elenco.

Do Flamengo se transferiu para o Palmeiras em 1949, após a acusação de ter sido subornado no jogo em que o clube perdeu de 5x2 para o Vasco e ter tido sua camisa queimada pela torcida. Segundo Jajá, tudo não passou de um mal entendido espalhado pelo rubro-negro Ary Barroso, devido a um almoço entre ele e Major Póvoas, dirigente vascaíno da época.

No clube do Parque Antártica Jair ganhou o Paulista de 1950, o Torneio Rio-São Paulo de 1951 e a Copa Rio (Mundial Interclubes) de 1951.

Jair  pedindo raça, no "Jogo da Lama".
A passagem marcante no Palmeiras foi na final do Paulistão de 1950, quando o Alviverde enfrentou o São Paulo na final e precisava de um empate para ser campeão. No 1o tempo, o Tricolor abriu o placar. No intervalo, Jair gritou com o time pedindo raça e incentivando os palestrinos, ocorreu o empate debaixo de uma chuva torrencial no Pacaembu e com muita lama. Ao fim do jogo, os palestrinos saíram campeões, impedindo o tricampeonato do São Paulo. E a torcida, às lágrimas, comemorou carregando Jair,num dia de festa na cidade de São Paulo. O fato ficou conhecido como o "Jogo da Lama" e está registrado como um dia em que o Palmeiras venceu o campeonato com muita garra, enfrentando o poderoso São Paulo.

Em 1956 foi para o Santos, onde venceu três campeonatos paulistas (1956, 1958 e 1960). Ainda em 1957 voltar a vestir a camisa do Vasco num combinado Vasco-Santos numa série de três amistosos no Maracanã. Jair jogou no Santos F.C. já quando veterano (tinha quase 40 anos), mas é lembrado até hoje como membro da melhor linha do Santos (que não tinha Mengálvio e Coutinho). O melhor ataque do Santos foi a que o Palmeiras enfrentou no famoso 7X6 do Torneio Rio-São Paulo de 1958, formada por Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe. Esse ataque bateu o recorde de gols do paulistão em 58, com 143 gols, e o aumentou em 59 para 151 gols.

Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe. Um ataque arrasador em 1957.

Jair atuou em 41 partidas pela Seleção Brasileira (39 oficiais), com 25 vitórias, cinco empates, onze derrotas, marcando 24 gols (22 oficiais). Foi o artilheiro da Copa América de 1949, com 9 gols, recorde até hoje não batido. Foi vice-campeão na Copa do Mundo de 1950, jogada no Brasil, onde marcou um gol em cinco jogos disputados. Sobre a derrota para o time do Uruguai, na final travada no estádio do Maracanã, Jair declararia: "Isso eu vou levar para a cova, mas, lá em cima, perguntarei para Deus por que perdemos o título mais ganho de todas as copas, desde 1930".

Ainda jogou com brilho no São Paulo e depois na Ponte Preta onde encerrou a carreira em 1963, aos 42 anos. Foi ainda técnico de oito clubes, mas sem conseguir alcançar o sucesso que teve como jogador.

Depois de aposentado, estabeleceu-se no bairro da Tijuca, onde era um popular freqüentador dos cafés da Praça Sáenz Peña. Jair morreu aos 84 anos, de embolia pulmonar após uma cirurgia e teve seu corpo cremado.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar.
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domingo, 16 de outubro de 2011

O vascaíno Pelé

Pelé nunca escondeu sua simpatia pelo Vasco, tendo sido um torcedor vascaíno durante a sua infância em Bauru. Quis o destino que ele vestisse a camisa do Vasco no início da sua carreira, em junho de 1957, em três partidas no Maracanã, e melhor ainda, que ele marcasse um gol no Flamengo.

Naquela ocasião, a equipe principal do Vasco excursionava na Europa e Vasco e Santos formaram um combinado para participar da Taça Morumbi, um torneio amistoso internacional com partidas no Rio e em São Paulo. O Vasco cedeu ao combinado Paulinho e Bellini, convocados para a seleção brasileira para a disputa da Copa Roca contra a Argentina, e mais Wagner, Iedo, Artoff e Valdemar, reservas que não participavam da excursão.

Entre os jogadores cedidos pelo Santos, um adolescente de 16 anos, ainda reserva, despontando para o futebol, cujo nome ninguém sabia ao certo se era Pelê ou Pelé.

O torneio nunca chegou ao fim, pois não despertou muito interesse junto ao público e os seus organizadores resolveram suspendê-lo devido aos prejuízos financeiros. O Combinado Vasco-Santos atuou quatro vezes, as três primeiras no Rio com o uniforme do Vasco e a última em São Paulo com o uniforme do Santos. Pelé marcou gols em todas as partidas, inclusive um sobre o Flamengo. Estas são as súmulas das partidas:

Combinado Vasco-Santos 6 x 1 Belenenses (Portugal)
Data: 19/6/1957
Local: Maracanã
Juiz: Amílcar Ferreira
Gols: Pelé(3), Álvaro(2), Pepe (Vasco-Santos) e Matateu (Belenenses)
Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe; Belenenses: Pereira, Polido (Moreira), Pires, Carlos Silva; Pires, Vicente (Pelefero); Dimas, Faia, Ricardo Peres, Matateu, Tito.

Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Dínamo Zagreb (Iugoslávia)
Data: 22/6/1957
Local: Maracanã
Juiz: Frederico Lopes
Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Panko (Dínamo Zagreb)
Vasco-Santos: Wagner, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Artoff), Pelé, Álvaro, Jair (Valdemar), Pepe; Dínamo Zagreb: Irovic, Sikio, Crocovic, Croncovic; Koskat, Horvat; Panko(Gaspert), Cercovic, Kong, Angic, Lipozonovic.

Combinado Vasco-Santos 1 x 1 Flamengo
Data: 26/6/1957
Local: Maracanã
Juiz: Anver Bilate
Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Dida (Flamengo)
Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo (Pagão), Pelé, Del Vecchio (Pepe), Jair, Tite; Flamengo: Ari, Joubert, Pavão, Jordan; Jadir (Dequinha), Mílton Copolilo; Luiz Carlos, Moacir, Henrique (Duca), Dida, Zagallo (Babá).

Combinado Vasco-Santos 1 x 1 São Paulo
Data: 29/6/1957
Local: Morumbi
Juiz: Walter Galera
Gols: Pelé (Vasco-Santos) e Nei (São Paulo)
Vasco-Santos: Manga, Paulinho, Bellini, Ivan; Urubatão, Brauner; Iedo, Pelé, Del Vecchio, Valdemar (Darci), Pepe; São Paulo: Paulo, De Sordi (Clélio), Mauro, Riberto; Bauer, Vítor (Ademar); Maurinho, Nei, Gino (Baltazar), Maneca, Sílvio.

Deve ter sido tocante para a reduzida galera vascaína que compareceu às partidas rever um grande ex-ídolo, Jair Rosa Pinto, aos 36 anos, envergando o manto cruzmaltino depois de 11 anos longe de São Januário.

As atuações de Pelé pelo Combinado Vasco-Santos e os comentários nos jornais sobre o nascimento de um "futuro craque de seleção" foram fundamentais para que o então técnico da seleção brasileira, Sílvio Pirillo, decidisse convocá-lo para uma partida do Brasil contra a Argentina pela Copa Roca, no Maracanã, dia 7 de julho de 1957. Foi a estréia do futuro Rei na seleção, aos 16 anos de idade. Ele entrou no segundo tempo no lugar de Del Vecchio e marcou o seu primeiro tento com a camisa canarinho. Mesmo perdendo por 2x1, o time brasileiro foi elogiado e a presença de Pelé foi aclamada.

Fonte(s): http://www.netvasco.com.br
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No boteco do José

No boteco do José  (marcha / carnaval, 1946) - Wilson Batista e Augusto Garcez

Vamos lá
Que hoje é de graça
No boteco do José
Entra homem, entra menino
Entra velho, entra mulher
É só dizer que é vascaíno
Que ali tudo lelé


Solta foguete até de madrugada
Canta-se o fado bebendo a champanhada


Linda Batista
Segunda-feira só abre por insistência
Quando o Vasco é campeão
Seu José vai à falência!


Vamos lá
Que hoje é de graça
No boteco do José
Entra homem, entra menino
Entra velho, entra mulher
É só dizer que é vascaíno
Que ali tudo lelé


Fonte: MPB Cifrantiga
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O massacre de 1950

O melhor jogador da partida: Zizinho
Quando o Bangu goleou o Canto do Rio por 5 a 0 pela primeira rodada do Campeonato Carioca de 1950, ninguém deu muita bola. Afinal, o time de Niterói era um tradicional "saco de pancadas" das equipes do Rio. Ao mesmo tempo, surpreendeu a crônica esportiva, o fato de o Madureira ter batido o Flamengo por 1 a 0, na Gávea.

Para a segunda rodada, o Bangu entrou como favorito no confronto contra o Flamengo, no Maracanã. Havia também um novo ingrediente: Zizinho jogaria contra seu ex-clube. A história contada de diversas maneiras mostra sempre um Zizinho negociado sem seu conhecimento, numa espécie de "aposta" entre o presidente rubro-negro Dario de Melo Pinto e o patrono alvirrubro Guilherme da Silveira Filho.

A transação magoou o "Mestre Ziza" que, ao saber que Silveirinha tinha pago 800 mil réis pelo seu passe, disse assim: "Se o senhor pagou tanto dinheiro assim, é porque valoriza meu futebol. De hoje em diante, sou Bangu e não jogo mais pelo lamengo".

Além de não jogar mais pelo clube da Gávea, passou a ser tradição: sempre que os times se enfrentavam, Zizinho dava o máximo, se esforçava absurdamente, só para mostrar o seu real valor aos dirigentes rubro-negros.

Mais de 42 mil pessoas foram prestigiar o clássico naquele domingo, 20 de agosto de 1950. O resultado final, como já era esperado, foi uma vitória do Bangu. O que ninguém podia acreditar era a elasticidade do placar. Os "Milionários de Moça Bonita" tinham feito 6 gols no "Mengo". A goleada de 6 a 0 foi a maior de todos os tempos aplicada pelos suburbanos no clube da Gávea.

Uma partida que entrou para a história do Maracanã, que só mesmo o público presente ao estádio naquela tarde ou quem escutou a narração pelas ondas do rádio puderam comprovar: "sim, houve um dia que o Bangu fez 6 a 0 no Flamengo". Ao final do 1º tempo, o time já vencia por 3 a 0, com dois gols de Moacir Bueno e um de Sula, cobrando pênalti. Na segunda etapa, Zizinho fez o quarto, de falta; Joel o quinto, de cabeça; e Simões fechou a "tampa do caixão".

Antes do massacre, o time banguense posa para a foto oficial: Mirim, Pinguela, Rafanelli, Luiz Borracha, Sula e Guálter. Agachados: Djalma, Zizinho, Joel, Simões e Moacir Bueno.
Fato curioso ocorreu quando Zizinho encontrou sua mãe após o jogo. A velha senhora reclamou do massacre: "Você, hein? Estava 3 a 0 e você ainda fez um gol?" O craque respondeu com bom humor: "Eu queria ganhar! Se eu pudesse fazer dez, eu teria feito!"

A goleada colocava o Bangu na liderança do Campeonato Carioca de 1950 e jogava o Fla para a lanterna da competição.

Ficha do jogo

Domingo, 20 de agosto de 1950 - Bangu 6x0 Flamengo - Competição: Campeonato Carioca - Local: Maracanã - Juiz: Alberto da Gama Malcher - Público: 42.831;  Bangu: Luiz Borracha, Rafanelli e Sula; Guálter, Mirim e Pinguela; Djalma, Zizinho, Joel, Simões e Moacir Bueno. Técnico: Aymoré Moreira; Flamengo: Garcia, Biguá e Juvenal; Bria, Válter e Bigode; Aloísio, Hermes, Hélio, Lero e Esquerdinha. Técnico: Jayme da Almeida;  Gols: No 1º tempo: Moacir Bueno, Moacir Bueno e Sula (pên.). No 2º tempo: Zizinho, Joel.

Avaliações Individuais

Luiz Borracha - Foi empenhado, a rigor, somente uma vez com perigo. Foi num chute de Hermes, que ele agarrou com firmeza;  Rafanelli - Surgiu como uma das grandes figuras do embate, brilhando intensamente; Sula - Essa promessa que surge, cumpriu trabalho exato, à altura do valor do quadro; Mirim - Muito bom. Distribuiu e defendeu cem por cento bem; Pinguela - Foi um dos grandes homens em campo. Está em grande forma e será neste Campeonato uma das figuras mais salientes; Guálter - Firme na marcação e preciso nos despachos; Djalma - Manobrou para o conjunto, aparecendo pouco aos olhos do público, mas rendendo muito; Zizinho - Uma vez mais foi o motor banguense. Um portento, tal como nos jogos da Copa do Mundo; Joel - Foi um centroavante inteligente e quando passou para a extrema esquerda não decaiu, ao contrário, manteve o ritmo; Simões - Desenvolveu seu trabalho com requintada precisão; Moacir Bueno - Foi um constante perigo para Garcia.

A frase

"Esse foi o troco que eu dei a eles. Metemos 6 a 0. Foi a única partida que minha mãe me viu jogar. Quase me bateu na saída. Ela disse: 'Você, hein? Estava 3 a 0 e você ainda fez um gol?'. Eu queria ganhar. Se eu pudesse fazer dez, eu teria feito."  Zizinho (Eleito o melhor em campo pela imprensa)

A mais obscura jornada do Flamengo

"Uma das mais obscuras jornadas da vida do Clube de Regatas do Flamengo foi cumprida na tarde de domingo, no Maracanã, pela equipe rubro-negra. Apresentando em campo um team verdadeiramente desconexo, incorrendo ainda no erro de uma aventura, que foi o lançamento precipitado de Hermes, o Flamengo emudeceu os olhos de sua torcida, caindo por uma contagem que atinge tremendamente o prestigio do clube da Gávea.

Para o Flamengo, este Campeonato está com o "teto zero", para usarmos uma expressão da aviação. Não há visibilidade, não há horizontes para o rubro-negro. Sua administração colhe os frutos de haver cuidado mais da política do que da própria expressão do quadro para o Campeonato da cidade.

O Bangu quis cuidar, única e exclusivamente, de si mesmo, do seu quadro, que um bom quadro de profissionais é o melhor reflexo de um clube. O Bangu já está vendo que a frase popular - "plantando dá" - tem total razão de ser. A vitória de domingo, precisamente sobre um dos chamados "grandes" veio comprovar que não são vãos os esforços de seus responsáveis e que jamais serão vãs as tarefas construtivas em qualquer setor da vida.

Está de parabéns o Bangu pela sua estupenda vitória. Vitória que veio como efeito natural do amplo domínio exercido pelo seu conjunto, cujas manobras táticas foram perfeitas e cujo padrão de jogo é o que se pode exigir de um grande esquadrão. A sua linha média foi precisamente aquilo que o Flamengo não pôde ser, uma peça de vai e vem dentro da equipe, o traço de união entre as ultimas linhas e a vanguarda. Defenderam os três intermediários banguenses com a mesma maestria e firmeza com que nunca deixaram seu trio final desprotegido e o ataque jamais deixou de contar com seu apoio. A harmonia da equipe residiu mais nesse particular. E o desequilíbrio do team rubro-negro esteve antagonicamente, no fato da linha média jamais ter apoiado ou defendido com acerto." (Revista Esporte Ilustrado, 24 de agosto de 1950)

Fonte: www.bangunet.net/novidades
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Ademir de Menezes

Combinava o brilho do craque e o faro dos artilheiros. Centroavante inteligente, observava e explorava as deficiências dos zagueiros adversários como poucos, para concluir com chutes fortes e precisos dados com os dois pés. Ademir também ficou famoso por suas arrancadas fulminantes que costumavam resultar em gols.

Conquistou cinco vezes o Campeontato Carioca jogando pelo Vasco (1945/49/50/52) e pelo Fluminense (1946), tornando-se artilheiro estadual em 1949 com trinta gols e em 1950 com 23. Representava um perigo tão grande para os adversários que muitos técnicos passaram a reforçar a defesa com mais um jogador, o quarto zagueiro do 4-2-4. Na Seleção, marcou 35 gols em 41 partidas e tornou-se artilheiro máximo da Copa de 1950 com nove tentos.

Ademir de Menezes (Ademir Marques de Menezes), futebolista, nasceu em Recife, PE, em 08/11/1922, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11/05/1996. Apelidado de "Queixada" devido ao queixo proeminente, foi um cultuado artilheiro revelado pelo Sport Club do Recife, para muitos o maior jogador a ostentar no peito o leão rampante e a Cruz de Malta, símbolos do rubro-negro pernambucano e do Vasco da Gama.

Pela seleção brasileira, foi campeão sul-americano em 1949 e artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com nove gols. É também, junto com outros atletas, o terceiro maior artilheiro da Copa América, com treze gols marcados.

Ademir iniciou sua carreira em 1938 no Infantil do Sport Club do Recife. Após brilhar no time infantil do Sport, conquistando os títulos pernambucanos da categoria em 1938 e 1939, o craque foi promovido à equipe principal rubro-negra. Estreou no futebol profissional em 1939, aos 16 anos de idade, em um Sport x Tramways pelo Campeonato Pernambucano. Naquele ano, o ainda muito jovem Ademir jogaria apenas mais um jogo, um amistoso em Salvador, do qual participou como suplente.

Em 1940, Ademir aos poucos começou a ganhar espaço na equipe principal. Disputou vários amistosos como titular do time. Porém, no Pernambucano, apesar de ter participado de diversas partidas, na grande maioria delas entrou como suplente.

O ano de 1941 foi aquele em que a estrela de Ademir brilhou mais forte em sua passagem pelo Sport. Embora tivesse apenas 18 anos durante a maior parte da temporada, conquistou a titularidade absoluta e o status de craque da equipe. Levantou a taça do Pernambucano daquele ano de maneira invicta, como artilheiro da competição com 14 gols. Foi neste campeonato que Ademir fez seu único hat trick com a camisa rubro-negra. A vítima foi o Náutico, numa goleada por 8x1, em pleno Estádio dos Aflitos.

No final da temporada, o Sport partiu para sua primeira excursão ao Sul e Sudeste do país, sob o comando do argentino Ricardo Diez. Esta excursão ficou marcada na história pelos excepcionais resultados obtidos pelo rubro-negro pernambucano, em um tempo no qual o restante do Brasil considerava quase inexistente o futebol nordestino. Foram 18 jogos: 11 vitórias, 2 empates e 5 derrotas. Daquele time brilhante, Ademir era o gênio.

Após uma exibição de gala contra o Vasco, dirigentes do clube carioca iniciaram negociação para contratá-lo. Na volta da excursão ao Recife, já em 1942, Ademir jogou dois jogos de despedida pelo Sport e partiu para o Rio de Janeiro, onde integrou um dos maiores times da história do Vasco, e para muitos do futebol mundial: o "Expresso da Vitória".

A estréia do “Queixada” foi contra o América no campo do Botafogo, em Março de 1942. Estava em disputa o Troféu da Paz e o Vasco o conquistou ao vencer por 2 a 1, gols de Viladônica (2) e Nelsinho para os rubros. A partir de então, os confrontos envolvendo Vasco e América ficaram sendo conhecidos como Clássico da Paz.


Na equipe, Ademir teve como companheiros Barbosa, Augusto, Laerte, Eli, Danilo, Jorge, Alfredo, Ipojucan, Maneca, Friaça, Tesourinha, Dejair e Chico, dentre outros.

Apesar de seu passe ter custado apenas 800 mil-réis, Ademir foi o primeiro profissional a exigir luvas (40 contos), mas o Vasco pagou 45 contos e venceu a disputa com o Fluminense para tirá-lo do Sport Club do Recife. Seu salário era de 500 mil réis.

No ano de 1946, porém, o técnico Gentil Cardoso, contratado pelo Fluminense, em uma célebre frase afirmou: “Dêem-me Ademir e eu lhes darei o campeonato”.

Ao marcar o gol da vitória de 1 a 0 sobre o Botafogo no jogo final, em São Januário, o Tricolor sagrou-se campeão em 1946, naquele que é considerado o mais emocionante Campeonato Carioca da história, pois sendo disputado por pontos corridos terminou com quatro equipes empatadas em primeiro lugar, sendo necessária uma disputa extra entre eles que ficou conhecida como Supercampeonato.

Segundo Ademilson Marques de Menezes, seu irmão, antes de jogar no Vasco Ademir era tricolor: “Nossa família sempre torceu para o Fluminense. O time de botão do Ademir era o do Fluminense. Como ele vinha para o Fluminense e ficou no Vasco, fez amizade com os portugueses e tornou-se vascaíno. Foram doze anos de Vasco”.

Ao voltar ao Vasco, em 1948, Ademir ajudou a equipe a conquistar um de seus mais importantes títulos, o Campeonato Sul-Americano de Campeões, num empate em 0x0 com o River Plate de Di Stéfano.

Porém, devido à trágica derrota na final da Copa do Mundo de 1950, onde o Vasco cedeu 8 jogadores, sendo 6 titulares (Barbosa, Augusto, Danilo, Maneca, Ademir e Chico), o esquadrão cruz-maltino não teve um reconhecimento ainda maior na história. Nesta competição, Ademir foi o artilheiro com nove gols.

Em 1957, Ademir retornou ao Sport Club do Recife, clube que o revelou, para encerrar sua carreira. Despediu-se do futebol vestindo a camisa do clube pelo o qual admitia torcer desde criança. Seu último jogo foi um amistoso entre Sport e Bahia, na Ilha do Retiro, a 10 de março daquele ano.

Ademir explicou o encerramento de sua carreira com uma simples frase: “Abandonei o futebol antes que ele me abandonasse”, segundo ele “quando um jogador encerra sua carreira, ele está contrariando a ele mesmo, por isso é tão difícil parar”.

Após o fim de sua carreira, Ademir Menezes, que tantas alegrias havia dado à imensa torcida vascaína como jogador, agora assumia o cargo de técnico do Vasco no ano de 1967, estreitando ainda mais seus laços com o Clube da Colina do qual Ademir é um dos maiores ídolos da história até hoje. A carreira de Ademir como técnico, porém, não chegou nem perto de ser bem sucedida como sua carreira de jogador. Ademir ficou menos de um ano no comando do Vasco. Após a experiência como técnico, Ademir se tornou comentarista.

Seu estilo de jogo deu origem à posição de “ponta de lança”; sua versatilidade em atuar em qualquer posição do ataque e sua habilidade nas arrancadas a caminho do gol obrigou a adoção de novos sistemas de jogo pelos técnicos para tentar contê-lo.

Não tomava grande distância da bola para chutar, sem mudar o passo, partia para bola surpreendendo muitas vezes o goleiro.

No time que jogava, longos lançamentos eram feitos para aproveitar sua velocidade. No Vasco teve lançadores como Ipojucan e Danilo (“o Príncipe”).

Fontes: Wikipedia; Revista Placar.
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sábado, 15 de outubro de 2011

Zizinho, o Mestre Ziza

Os torcedores que compareceram ao treino do Flamengo naquela tarde de 1939 estavam preocupados com Leônidas, que saiu de campo mancando. Nem haviam notado que em seu lugar entrou um rapaz magricela. Mas bastou que Thomaz Soares da Silva pegasse na bola para todos os olhos se voltarem para ele. Zizinho, era assim que o chamavam, driblou quatro, marcou um gol. Minutos depois, marcou outro. "Era tudo ou nada. Se pegasse a bola tinha que sair driblando sem parar senão o técnico nem ia me notar", recorda.

Considerado o jogador mais completo antes do surgimento de Pelé, Zizinho possuía uma técnica refinada, rica em dribles curtos, chutes venenosos e passes medidos. Chamado de Mestre Ziza, jogou no Bangu, Flamengo (tricampeão em 1942/43/44), São Paulo (campeão em 1957). Na Seleção foi titular absoluto durante toda a década de 40 e escolhido o melhor jogador da Copa de 1950. Cabe a ele a honra de ter sido o primeiro jogador de futebol que mereceu o tratamento de gênio. Como dizia o cronista Nelson Rodrigues: "Não há bola no mundo que seja indiferente a Zizinho".

Zizinho (Thomaz Soares da Silva), futebolista, nasceu em São Gonçalo, RJ, em 14/09/1921, e faleceu em Niterói, RJ, em 08/02/2002. Começou nas divisões de base do Byron, de Niterói, e foi revelado e jogou entre 1939 a 1950 no Flamengo sediado no Rio de Janeiro, e com ele o time ganhou o seu primeiro tricampeonato estadual em 1942, 1943 e 1944, além do Campeonato Carioca de 1939.

Selecionado brasileiro na final da Copa de 1950: Johnson e Mário Américo (massagistas); Barbosa (goleiro), Augusto, Danilo Alvim, Juvenal, Bauer, Ademir, Zizinho, Jair, Chico, Friaça e Bigode.

Antes da estréia na Copa do Mundo de 50, foi vendido para o Bangu Atlético Clube, clube que defendeu por 6 anos e do qual foi o 5º maior artilheiro, com 120 gols. Zizinho, sobre sua saída do Flamengo, comentou ter sido a maior mágoa de sua vida e dor maior até que perder a copa de 50, pois apaixonado de corpo e alma pela equipe rubra-negra a qual defendeu por tantos anos, teve seu passe vendido ao Bangu por uma fortuna (segundo registros 800 mil cruzeiros) sem sequer ser consultado. Um dirigente do Bangu, Guilherme da Silveira, confirmou a negociação e Zizinho assinou o contrato sem sequer ler. Segundo se conta ele só fez um comentário: "Se o Senhor pagou tanto pelo meu passe é porque reconhece o meu futebol". No livro "Nação Rubro-negra" de Edilberto Coutinho, Zizinho desabafou "Difícil dizer o que me magoou mais, se a perda da Copa de 50 ou a minha saída do Flamengo... acho que foi a saída do Flamengo, a maneira como os homens que dirigiam o Flamengo fizeram a transação me machucou muito... nunca aceitei" e na sua primeira partida contra o ex-clube deixou clara a sua mágoa com o Bangu goleando por 6x0 naquela que foi uma de suas melhores partidas.

Na Copa de 50 seu estilo de jogar maravilhou os torcedores e ajudou o Brasil a chegar até a final; e mesmo apesar da derrota surpreendente de 2 a 1 para o Uruguai, foi considerado o melhor jogador daquela copa. Zizinho é considerado por muitos o jogador mais completo depois de Pelé, tendo marcado 145 gols pelo Flamengo e 31 pela a seleção.

Craque da Copa de 50, Zizinho (centro) ao lado de Décio e Nívio. Atuou no Bangu de 1950 a 1957.

Em 1957 teve uma passagem pelo São Paulo, onde conquistou seu quinto título estadual, marcando 24 gols. Seu último clube foi o Audax Italiano, do Chile. Zizinho foi considerado por Pelé como o seu ídolo. Tudo porque quando o Rei estava começando a carreira de jogador no Santos Futebol Clube, ele viu Zizinho atuando pelo São Paulo Futebol Clube, em 1957 onde conquistou o Campeonato Paulista daquele ano. Suas atuações impressionaram tanto o futuro Rei do Futebol, que ele sempre o cita como ídolo e inspiração, ao lado de seu pai, Dondinho.

Zizinho foi o responsável pelo surgimento de outro craque: Gérson. Zizinho era amigo do pai de Gérson, e quando ele iniciou a carreira de jogador, sempre ouvia atentamente os conselhos do "Mestre Ziza" (apelido carinhoso de Zizinho), no tocante à marcação, visão de jogo, distribuição de passes, e partindo em velocidade com a bola dominada. Em agradecimento, o "Canhotinha de Ouro" sempre que entrevistado, cita carinhosamente Zizinho como seu mentor e incentivador na carreira de jogador.

Após encerrar a carreira, Zizinho tornou-se fiscal de rendas do Estado do Rio de Janeiro, função que exerceu até a aposentadoria.

Morreu em 8 de fevereiro de 2002 vítima de problemas do coração.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar; e-biografias.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O elegante e intempestivo Heleno de Freitas

O mais clássico, técnico e elegante centroavante que pisou nos gramados brasileiros chamava-se Heleno de Freitas. Filho de família rica, formou-se em Direito mas nunca exerceu o bacharelado. Muito provavelmente porque a magia do futebol já o havia conquistado. Entrou na história do Botafogo como um dos maiores goleadores, embora seu único título tenha sido conquistado no Vasco, em 1949. Vestiu a camisa da Seleção Brasileira dezoito vezes, assinalando 15 gols.

Heleno de Freitas nasceu em São João Nepomuceno, MG, em 12/02/1920, e faleceu em  Barbacena, MG, em 08/11/1959. Advogado, boêmio, catimbeiro, boa vida, irritadiço, galã, Heleno era homem de boa aparência, mas quase intratável. Depois de onze anos jogando futebol, entrou para a história como um dos maiores craques do futebol sul-americano.

Dono de um gênio intempestivo, que muitas vezes o fazia ser expulso de campo e lhe trazia muitos inimigos, Heleno de Freitas, apelidado do "Gilda" por seus amigos do Clube dos Cafajestes e pela torcida do Fluminense, por seu temperamento e por este ser o nome de uma personagem da atriz americana Rita Hayworth em filme de mesmo nome, foi o símbolo de um Botafogo guerreiro, que nunca se dava por vencido.

Descoberto por Neném Prancha no time do Botafogo de praia, Heleno, que iniciou a carreira no Fluminense Football Club, chegou ao time principal do Botafogo em 1937, com a responsabilidade de substituir o ídolo Carvalho Leite (goleador do tetracampeonato estadual, de 1932 a 35) e não decepcionou a torcida, com grande habilidade e excelente cabeceio.

Dono de uma postura elegante dentro e fora de campo, o jogador de cerca de 1,82 metros foi o maior ídolo alvinegro antes de Garrincha, mesmo sem nunca ter sido campeão pelo clube. Marcou sua passagem pelo Glorioso com 209 gols em 235 partidas, tornando-se o quarto maior artilheiro da história do clube. Deixou General Severiano em 1948, quando foi vendido ao Boca Juniors, da Argentina, na maior transação do futebol brasileiro até então.

Ainda atuou pelo Vasco, onde foi campeão carioca de 1949 com o Expresso da Vitória, pelo Atlético Junior de Barranquilla (da Liga Pirata da Colômbia), pelo Santos e pelo América, onde encerrou a carreira, porém tendo jogado apenas uma partida pelo clube de Campos Sales, sua única no estádio do Maracanã, sendo expulso aos 35 minutos do primeiro tempo, após acertar um carrinho violento em um zagueiro adversário. Ainda tentou, depois, voltar aos campos pelo Flamengo por indicação de Kanela, mas se desentendeu com os jogadores do rubro-negro num jogo-teste e não foi aceito.

Heleno, o craque, o artista da bola, o mito do futebol, o artista das multidões, o craque galã, o diamante branco, a elegância do futebol, são adjetivos, que perfeitamente se enquadram a figura ímpar de um gênio chamado Heleno e alguns desses fazem parte do somatório de homenagens, que ao decorrer dos anos serviram também como meio de imortalizar o grande ídolo.

Foi com a bola nos pés, levando a torcida ao delírio que Heleno deixou a marca de sua genialidade, se tornando uma das mais ricas histórias do futebol brasileiro. Seu futebol encantou o mundo e lhe rendeu fantásticas expressões e frases de grande efeito, como a que se encontra na estátua em sua homenagem em Barranquilla na Colômbia "El Jogador".

Vida pessoal

Heleno estudou no Colégio São Bento e depois obteve o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro (atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ). Era considerado membro da alta sociedade, com amigos empresários, juristas e diplomatas. Seu pai era dono de um cafezal e ainda cuidava de negócios de papel e chapéus.

Sua vida foi marcada por vícios em drogas como lança-perfume e éter. Isto o fez tentar se auto-eletrocutar num treino do Botafogo. Boêmio, era freqüentador de diversas boates do Rio de Janeiro.

Enquanto esteve na Argentina, suspeitou-se que Heleno teve um caso amoroso com Eva Perón, fato nunca comprovado.

Teve um filho apenas, Luiz Eduardo, com sua esposa Ilma. Porém, ela fugiu para Petrópolis por conta do temperamento de Heleno de Freitas em 1952. Luiz Eduardo só teve notícias sobre o pai com 10 anos de idade por ter perdido contato desde a mudança, justamente sobre seu falecimento.

Heleno teve complicações com sífilis, que o deixou louco. Veio a falecer no ano de 1959, em um sanatório de Barbacena, onde se internou seis anos antes, em 1953, com apoio da família.

Sua vida é retratada no filme “Heleno” estrelado por Rodrigo Santoro que fez o papel-título e Alinne Moraes, que fez sua esposa Ilma.

Fontes: Wikipédia; Revista Placar.
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Domingos da Guia

Numa época em que beque bom era aquele que entrava duro e dava chutões para a frente, o zagueiro-central Domingos da Guia marcava a bola, que geralmente matava no peito para, em seguida, driblar os atacantes adversários dentro da própria área e fazer um passe milimétrico em direção do meio-de-campo. Não é à toa que ele é considerado o maior zagueiro do futebol brasileiro de todos os tempos e que seu surgimento assinala o nascimento do defensor técnico.

Domingos da Guia (Domingos Antonio da Guia), um dos melhores zagueiros de todos os tempos, nasceu no bairro de Bangu, Rio de Janeiro, em 19/11/1912, e faleceu na mesma cidade em 18/05/2000. Originário de uma família de lavradores fez apenas o curso primário, e aos 16 anos, entrou para a equipe principal do Bangu, assim como seus três irmãos e mais tarde, seu filho. Sua ligação com esse clube foi tão grande que seu nome é citado no hino do Bangu.

Estreou na Seleção Brasileira em 1929, vencendo a Hungria por 6 a 1. Em 1932, época em que o futebol brasileiro começou a se profissionalizar, trabalhou como agente da Saúde Pública participou da seleção que venceu a Copa Rio Branco, no Uruguai, fechou contrato com o América e largou o emprego.

Apenas seis dias depois foi contratado pelo Vasco, e em menos de dois meses o Nacional, do Uruguai, o contratou por um dos maiores salários da época. Foi campeão uruguaio de 1933. Voltou ao Rio em 1934, jogou pelo Vasco da Gama e ganhou o campeonato carioca de 1934.

Domingos da Guia transferiu-se para o Boca Juniors e conquistou o campeonato argentino de 1935. Em 1937 foi contratado pelo Flamengo, tornando-se campeão carioca em 1939, 1942 e 1943. Em 1938 participou da Copa do Mundo na França.

Em 1943 transferiu-se para o Corinthians. Em São Paulo não conseguiu nenhum título. Em 1947, voltando ao Bangu, abandona os campos como jogador.

Em 1952, depois de passar pelo Olaria carioca como técnico, retornou ao serviço público, pelo qual se aposenta como fiscal de renda.

Domingos da Guia último à direita é homenageado no hino do Bangu.

Zagueiro clássico e de excelente técnica, é apontado como um dos melhores do futebol brasileiro. Sua "marca registrada" era sair driblando os atacantes adversários. Tal jogada de extrema habilidade e risco, mas que sempre foi perfeitamente executada por Domingos da Guia, ficou conhecida como Domingada.

Pela seleção brasileira foram 30 jogos, sendo 19 vitórias, 3 empates e 8 derrotas. Jogou a Copa do Mundo de 1938, tendo o Brasil ficado em terceiro lugar. Com a seleção ele foi campeão da Taça Rio Branco, em 1931 e 1932, e da Copa Rocca em 1945.

Domingos é pai de Ademir da Guia, maior ídolo da história do Palmeiras e irmão de Ladislau da Guia, o maior artilheiro da história do Bangu (com 215 gols), clube que revelou as duas gerações de craques.

Foi considerado por Obdulio Varela o melhor jogador do Brasil. "O melhor que vocês já tiveram foi Domingos, completo. Campeão lá [Brasil], aqui [Uruguai] e na Argentina", declarou a um repórter brasileiro em 1970.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar; Que Fim Levou?; Algo Sobre.
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Os conquistadores do mundo

O Grêmio, Campeão do Mundo de 1983 - Formou com Paulo Roberto, Mazarópi, Baidek, China, Casemiro e De León; mais o massagista Banha; Renato, Osvaldo, Tarciso, Paulo César e Mário Sérgio.

O tricampeonato brasileiro do Internacional ainda estava entalado na garganta dos gremistas quando o time perdeu para o Flamengo, deixando escapar o título nacional de 1982. Mas o Grêmio fez dessa derrota o início da campanha mais vitoriosa que um time gaúcho realizou até hoje.

Começou com a conquista heróica da Libertadores da América vencendo o Penãrol por 2 a 1 em Porto Alegre, depois de arrancar um empate em um gol na casa do adversário. O time contava então com quatro ótimos jogadores saídos das divisões inferiores do próprio clube: Paulo Roberto, China, Renato Gaúcho e Baidek.

Mas para trazer o Mundial Interclubes era preciso jogadores mais experientes. Para isso chegaram Mário Sérgio e Paulo César Caju. Entretanto, quem brilhou como nunca naquela decisão contra o Hamburgo foi o ponta-direita Renato. No primeiro gol, driblou o zagueiro uma, duas, três vezes antes de mandar a bola entre a trave e o goleiro. O time alemão chegou ao empate, mas, na prorrogação, ali estava ele de novo. De pé esquerdo. Renato fuzilou o gol adversário e garantiu o maior título que o Grêmio já conquistou.

Recebido em festa ao voltar de Tóquio, o time já encontrou afixada sobre a marquise do Estádio Olímpico a placa: "Grêmio campeão do mundo: nada pode ser maior" – provocação nada sutil aos colorados que não cansavam de lembrar a vantagem que levavam em títulos nacionais.

Na decisão mundial, o time entrou em campo com Mazarópi: Paulo Roberto, Baidek. De León e Paulo César; China, Osvaldo e Paulo César Lima; Renato, Tarciso e Mário Sérgio.

"Publicação dedicada a César Ferle, Redivo e toda cambada gremista, tequileros cruéis armados com tequila, limão e sal, daquela esbórnia da rua Chile em 2009. Saudade..."

Fonte: Wikipedia; Revista Placar.
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Do Maracanã para o mundo

Flamengo, campeão mundial de 1981
Flamengo (1978 - 1983)

Em cada posição, um craque. Esta foi a receita que levou o Flamengo a se tornar o maior time que o Brasil viu jogar na virada dos anos 70. O Brasil e o mundo.

Foram quatro Campeonatos Cariocas (1978, 1979, o Especial de 1979 e 1981), três Brasileiros (1980, 82 e 83), uma Libertadores da América (1981) e um Mundial Interclubes (1981). A construção do time começou pelas mãos do técnico Cláudio Coutinho.

O Mengo contava com Zico, o maior craque hrasileiro de então, o goleiraço Raul e o zagueiro Rondinelli. Nos anos seguintes surgiram Júnior, Leandro, Mozer, Adílio, das divisões inferiores. Mas o clube não descuidou das contratações. A mais frutífera foi a do centroavante Nunes. o artilheiro das decisões.

Das inúmeras batalhas vencidas pelos rubro-negros, duas marcaram: sobre o violento Cobreloa, do Chile, na decisão da Libertadores (2 a O), e sobre o Liverpool (Inglaterra), 3 a O na decisão do Mundial Interclubes.

Raul Plasmann, Leandro, Marinho, Mozer, Júnior, Andrade, Tita, Adílio, Nunes, Zico e Lico.

Tri da alegria

O esquadrão que deu o primeiro tricampeonato ao Flamengo (1942-1944) reunia o que de melhor o futebol brasileiro havia produzido até então. Na zaga, a técnica de Domingos Da Guia; no meio-campo imperava o jogador mais completo antes do surgimento de Pelé, Zizinho; e no ataque havia Leônidas da Silva. Durante os três anos de campanha, Leônidas e Domingos dariam lugar a Silvio Pirillo e Quirino. Mas nada que pudesse atrapalhar o tricampeonato. Confira o timaço: Jurandir; Domingos Da Guia (Quirino) e Nilton; Biguá, Bria e Jaime; Valido. Zizinho, Leônidas (Pirillo), Perácio e Vevé.

Fonte: Revista Placar.
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Leônidas, o Diamante Negro

Tão elástico que recebeu o apelido de Homem Borracha, tão raro que passou a ser conhecido como Diamante Negro. Naqueles anos 30 e 40, ninguém era tão famoso como Leônidas da Silva, o maior centroavante de todos os tempos. Reuniu as principais virtudes que fariam a sua fama: o drible de corpo, a ginga com a bola, o deslocamento rápido, a invenção. Apesar de considerado o pai da bicicleta, sempre fez questão de dar o crédito de inventor a Petronilho de Brito.

Leônidas da Silva nasceu em São Cristóvão, Rio de Janeiro, em 6/9/1913, filho de Dona Maria e do Sr. Manoel Nunes da Silva. Na infância era torcedor do Fluminense, encantado que foi com o grande time tricolor tricampeão carioca em 1917/1918/1919. Começou sua carreira em 1923 no infantil do São Cristovão do Rio. Em 1929 passou a jogar pelo Sirio Libanês F.C., e no mesmo ano disputou o Campeonato da Liga Brasileira pelo Sul América F.C. sagrando-se campeão. Ainda em 1929 foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, onde estreou fazendo dois gols.

Em 1931 passou a atuar pelo Bonsucesso F.C. onde ficou até o final de 1932, tendo sido convocado diversas vezes para a Seleção Carioca, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais em 1931, além de ser o maior artilheiro da história do Bonsucesso. Nesse clube, também jogou basquete, tendo conquistado campeonato desta modalidade esportiva.

Em 1933 foi jogar pelo Peñarol do Uruguai onde ajudou o clube a conquistar o vice-campeonato. No ano seguinte retornou ao Brasil para jogar pelo Vasco da Gama, o qual ajudou a ganhar o campeonato carioca de 1934.

A sua primeira competição importante com a camisa da seleção foi a Copa do Mundo, em 1934, na Itália. O Brasil fez uma péssima campanha, perdendo logo na estréia e sendo eliminado, mas Leônidas marcou o único gol do Brasil na competição.

Botafogo, Campeão de 1935 -  Em pé: Carvalho Leite, Álvaro, Martin, André, Leônidas da Silva, Russinho, Patesko e Moura Costa; agachados: Octacílio, Alberto, Nariz, Canali e Afonso.

Em 1935 mudou novamente de clube, indo atuar no Botafogo, onde conquistou o bicampeonato carioca, e em 1939, pelo Flamengo chegou ao tricampeonato estadual, por 3 equipes diferentes. No Flamengo consolidou sua imagem como ídolo nacional e ajudou a combater o preconceito, sendo um dos primeiros jogadores negros a jogar pelo clube.

Em 1938, foi artilheiro da Copa do Mundo com oito gols, incluindo três marcados contra a Polônia. O Brasil conseguiu a sua melhor participação em mundiais até então, ficando com a terceira colocação. Posteriormente, Lêonidas foi escolhido o melhor jogador do mundial.


Em 1942 transferiu-se para São Paulo e atuou no São Paulo Futebol Clube por onde passou dificuldades financeiras devido ao atraso de pagamentos do clube diante da falência. Foi cinco vezes campeão paulista, tornando-se um dos maiores ídolos da história do São Paulo, sendo homenageado no museu do clube com uma réplica de uma bicicleta que ele executou.

Durante a década de 1940, devido a Segunda Guerra Mundial, os mundiais que seriam realizados em 1942 e 1946 foram cancelados, prejudicando enormemente jogadores como Leônidas, que não tiveram a oportunidade de se tornar conhecidos e reconhecidos mundialmente.

Depois de abandonar os gramados, em 1951, ainda continuou ligado ao esporte. Foi dirigente do São Paulo, logo depois virou comentarista esportivo, sendo considerado por muitos um comentarista direto, duro e polêmico. Chegou a ganhar sete Troféus Roquette Pinto. Sua carreira de radialista teve que ser interrompida em 1974 devido a doença do Mal de Alzheimer. Durante trinta anos ele viveu em uma casa para tratamento de idosos em São Paulo até morrer, em 24 de janeiro de 2004, por causa de complicações relacionadas à doença.

Graças ao trabalho de pessoas esforçadas o legado do "Diamante Negro" jamais será esquecido, mesmo o Brasil sendo considerado uma país que não dá atenção aos ídolos do passado. Foi lançada uma biografia do atleta e sua vida vai ser transformada em filme. Tudo para que os amantes do futebol não esqueçam desse que foi um dos maiores jogadores de todos os tempos. Alguns acham que isso ainda é pouco, já que Leônidas foi um dos maiores ídolos do Brasil, até o aparecimento de Pelé, no final dos anos 50. Alguns consideram Leônidas melhor que Pelé, porém é algo que ficará incerto, visto que os jogos ainda não eram televisionados na época em que Leônidas atuava como jogador.

Leônidas, atuando pelo São Paulo, em uma de suas "bicicletas" - Pacaembu, anos 1940.

A "bicicleta"

Leônidas recebeu o crédito por ter inventado a "bicicleta". Ele mesmo se autoproclamava o inventor da plástica jogada. Alguns afirmam ter sido criada por um outro jogador brasileiro, Petronilho de Brito, e que Leônidas apenas a teria aperfeiçoado.

A primeira vez que Leônidas executou essa jogada foi em 24 de abril de 1932, em uma partida entre "Bonsucesso" e "Carioca", com vitória do Bonsucesso por 5 X 2. Já pelo Flamengo, realizou a jogada somente uma vez, em 1939 contra o Independiente, da Argentina, que ficou muito famosa na época.

Pelo São Paulo ele realizou a jogada em duas oportunidades, a primeira em 14 de junho de 1942, contra o Palestra Itália, na derrota por 2 X 1. E a mais famosa de todas, em 13 de novembro de 1948, contra o Juventus, na goleada por 8 X 0. A jogada ficou imortalizada pela mais famosa foto do jogador.

Na Copa do Mundo de 1938 ele também realizou a jogada, para espanto dos torcedores, e o gol foi anulado pelo juiz que desconhecia a técnica.

Diamante Negro

O apelido de "Diamante Negro" foi dado pelo jornalista francês Raymond Thourmagem, da revista Paris Match, maravilhado pela habilidade do brasileiro. Já o apelido de "Homem-Borracha", também dado pelo mesmo jornalista, foi devido a sua elasticidade.

Anos mais tarde a empresa Lacta homenageou-o, criando o chocolate "Diamante Negro", vendido até hoje. A empresa só pagou dois contos de réis à época (o equivalente a R$ 112 mil, aproximadamente), sendo que Leônidas nunca mais cobrou nada pelo uso da marca.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar.
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Tim, o Peão

Tim é considerado um dos maiores dribladores que o futebol brasileiro já produziu. O reconhecimento faz justiça apenas parcialmente ao grande jogador. Afinal, era um craque complelo. Meio-campista inteligente, comandava a estratégia da equipe, dava passes imprevisíveis e parecia constantemente na área para marcar. Sua capacidade de ordenar a equipe em campo fez com que a imprensa argentina o chamasse de El Peón (O Peão), pois conduzia o time como "um peão conduz a manada".

Elba de Pádua Lima, o Tim, nasceu em 20/02/1916, numa fazenda que pertencia ao município de Rifaina, São Paulo. Ele era filho do ferroviário Vargas Lima e de Tereza Granato. Quando criança, sua família chamava-o carionhosamente de Ti. Em 1923, aos sete anos, Elba perdeu o pai. A partir daí, passou a ser criado pela mãe na Vila Tibério, tradicional bairro de Ribeirão Preto, onde ele descobriria o talento que tinha para jogar futebol. Foi nas peladas pelas ruas dessa cidade, que Elba despertou seus dons futebolisticos. Foi nessa época também que o apelido de família, Ti, virou Tim.

Em 1931, aos 15 anos, após ganhar destaque nos infantis do Botafogo, passou para a equipe profissional. No profissional do Pantera, com seu bom futebol, Tim desbancou o maior craque do time até então, o atacante Piquetote, se tornando, assim, ídolo da torcida botafoguense.

Em 1934, aos 18 anos, foi vendido para a Portuguesa Santista, pela quantia de 500 mil Réis, onde sua carreira viria a deslanchar. Com o bom futebol apresentado nesse clube, Tim alcançou em 1935 a Seleção Paulista de Futebol, onde conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Em 1936, chegou a Seleção Brasileira, participando do grupo que foi ao Campeonato Sul-americano de 1936. Quando retornou ao Brasil, após o Sul-Americano, decidiu ficar perto da família, e voltou a defender o Botafogo de Ribeirão Preto. Mas ele ficaria pouco tempo no time ribeirão pretano, cerca de 4 meses.

Ainda em 1936, transferiu-se para o Fluminense, quando lhe foi ofertado vinte mil contos de Réis e mais um conto mensal. No Flu viveria o auge de sua carreira. Sua primeira glória no tricolor carioca, foi integrar o time tricampeão estadual em 1936, 1937 e 1938.

Tim disputou a Copa do Mundo de 1938 na França. Após, voltou ao Rio de Janeiro para ser bicampeão do Campeonato Carioca em 1940 e 1941. Ainda pelo Fluminense, este meia-apoiador, fez 71 gols em 226 partidas.

Em 1942 foi disputar a Copa América pela Seleção Brasileira em Buenos Aires, e voltou com o prestígio redobrado, por suas grandes atuações, que levaram os argentinos a o apelidarem de "El Peón", por "conduzir o time brasileiro como um peão (peón) conduz a sua manada". Naquela Copa América o Brasil terminou em 3º Lugar.

Em 1944 aposentou-se da Seleção Brasileira, deixando sua vaga para Jair da Rosa Pinto. No mesmo ano transferiu-se para o São Paulo, onde jogaria até 1947, ano em que transferiu-se para o Botafogo do Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, foi jogar e treinar, ao mesmo tempo, a equipe do Olaria. A ocupação do cargo de técnico-jogador do time carioca durou até 1948, quando Tim foi ocupar o mesmo cargo no Botafogo de Ribeirão Preto, ficando no clube de 1948 até 1950.

Tim, como técnico do Vasco da Gama, orientando o jogador Dé.

Encerrou sua carreira como jogador em 1950, na Colômbia, então o Eldorado do futebol sul-americano. Tornou-se em seguida técnico, posição que confirmou sua fama como um dos grandes estrategistas do futebol brasileirom treinando o Bangu, depois o Fluminense, Vasco, Flamengo, Coritiba, Botafogo, San Lorenzo (ARG), São José/SP e Inter de Limeira/SP.

Em 1982, assumiu a Seleção Peruana de Futebol, quando esta não vivia um bom momento. Tim, porém, reorganizou a equipe, e conseguiu fazer com que o time se classificasse para a Copa de 1982. Nesta copa, o Peru, nos três jogos que fez, conseguiu dois empates, contra Camarões (0x0) e Itália (1x1), mas acabou derrotada pela Polônia (5x1).

Tim víria a falecer em 7 de julho de 1984, na cidade do Rio de Janeiro.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar.
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