Numa época em que beque bom era aquele que entrava duro e dava chutões para a frente, o zagueiro-central Domingos da Guia marcava a bola, que geralmente matava no peito para, em seguida, driblar os atacantes adversários dentro da própria área e fazer um passe milimétrico em direção do meio-de-campo. Não é à toa que ele é considerado o maior zagueiro do futebol brasileiro de todos os tempos e que seu surgimento assinala o nascimento do defensor técnico.
Domingos da Guia (Domingos Antonio da Guia), um dos melhores zagueiros de todos os tempos, nasceu no bairro de Bangu, Rio de Janeiro, em 19/11/1912, e faleceu na mesma cidade em 18/05/2000. Originário de uma família de lavradores fez apenas o curso primário, e aos 16 anos, entrou para a equipe principal do Bangu, assim como seus três irmãos e mais tarde, seu filho. Sua ligação com esse clube foi tão grande que seu nome é citado no hino do Bangu.
Estreou na Seleção Brasileira em 1929, vencendo a Hungria por 6 a 1. Em 1932, época em que o futebol brasileiro começou a se profissionalizar, trabalhou como agente da Saúde Pública participou da seleção que venceu a Copa Rio Branco, no Uruguai, fechou contrato com o América e largou o emprego.
Apenas seis dias depois foi contratado pelo Vasco, e em menos de dois meses o Nacional, do Uruguai, o contratou por um dos maiores salários da época. Foi campeão uruguaio de 1933. Voltou ao Rio em 1934, jogou pelo Vasco da Gama e ganhou o campeonato carioca de 1934.
Domingos da Guia transferiu-se para o Boca Juniors e conquistou o campeonato argentino de 1935. Em 1937 foi contratado pelo Flamengo, tornando-se campeão carioca em 1939, 1942 e 1943. Em 1938 participou da Copa do Mundo na França.
Em 1943 transferiu-se para o Corinthians. Em São Paulo não conseguiu nenhum título. Em 1947, voltando ao Bangu, abandona os campos como jogador.
Em 1952, depois de passar pelo Olaria carioca como técnico, retornou ao serviço público, pelo qual se aposenta como fiscal de renda.
Zagueiro clássico e de excelente técnica, é apontado como um dos melhores do futebol brasileiro. Sua "marca registrada" era sair driblando os atacantes adversários. Tal jogada de extrema habilidade e risco, mas que sempre foi perfeitamente executada por Domingos da Guia, ficou conhecida como Domingada.
Pela seleção brasileira foram 30 jogos, sendo 19 vitórias, 3 empates e 8 derrotas. Jogou a Copa do Mundo de 1938, tendo o Brasil ficado em terceiro lugar. Com a seleção ele foi campeão da Taça Rio Branco, em 1931 e 1932, e da Copa Rocca em 1945.
Domingos é pai de Ademir da Guia, maior ídolo da história do Palmeiras e irmão de Ladislau da Guia, o maior artilheiro da história do Bangu (com 215 gols), clube que revelou as duas gerações de craques.
Foi considerado por Obdulio Varela o melhor jogador do Brasil. "O melhor que vocês já tiveram foi Domingos, completo. Campeão lá [Brasil], aqui [Uruguai] e na Argentina", declarou a um repórter brasileiro em 1970.
Fontes: Wikipedia; Revista Placar; Que Fim Levou?; Algo Sobre.
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Domingos da Guia (Domingos Antonio da Guia), um dos melhores zagueiros de todos os tempos, nasceu no bairro de Bangu, Rio de Janeiro, em 19/11/1912, e faleceu na mesma cidade em 18/05/2000. Originário de uma família de lavradores fez apenas o curso primário, e aos 16 anos, entrou para a equipe principal do Bangu, assim como seus três irmãos e mais tarde, seu filho. Sua ligação com esse clube foi tão grande que seu nome é citado no hino do Bangu.
Estreou na Seleção Brasileira em 1929, vencendo a Hungria por 6 a 1. Em 1932, época em que o futebol brasileiro começou a se profissionalizar, trabalhou como agente da Saúde Pública participou da seleção que venceu a Copa Rio Branco, no Uruguai, fechou contrato com o América e largou o emprego.
Apenas seis dias depois foi contratado pelo Vasco, e em menos de dois meses o Nacional, do Uruguai, o contratou por um dos maiores salários da época. Foi campeão uruguaio de 1933. Voltou ao Rio em 1934, jogou pelo Vasco da Gama e ganhou o campeonato carioca de 1934.
Domingos da Guia transferiu-se para o Boca Juniors e conquistou o campeonato argentino de 1935. Em 1937 foi contratado pelo Flamengo, tornando-se campeão carioca em 1939, 1942 e 1943. Em 1938 participou da Copa do Mundo na França.
Em 1943 transferiu-se para o Corinthians. Em São Paulo não conseguiu nenhum título. Em 1947, voltando ao Bangu, abandona os campos como jogador.
Em 1952, depois de passar pelo Olaria carioca como técnico, retornou ao serviço público, pelo qual se aposenta como fiscal de renda.
Domingos da Guia último à direita é homenageado no hino do Bangu. |
Zagueiro clássico e de excelente técnica, é apontado como um dos melhores do futebol brasileiro. Sua "marca registrada" era sair driblando os atacantes adversários. Tal jogada de extrema habilidade e risco, mas que sempre foi perfeitamente executada por Domingos da Guia, ficou conhecida como Domingada.
Pela seleção brasileira foram 30 jogos, sendo 19 vitórias, 3 empates e 8 derrotas. Jogou a Copa do Mundo de 1938, tendo o Brasil ficado em terceiro lugar. Com a seleção ele foi campeão da Taça Rio Branco, em 1931 e 1932, e da Copa Rocca em 1945.
Domingos é pai de Ademir da Guia, maior ídolo da história do Palmeiras e irmão de Ladislau da Guia, o maior artilheiro da história do Bangu (com 215 gols), clube que revelou as duas gerações de craques.
Foi considerado por Obdulio Varela o melhor jogador do Brasil. "O melhor que vocês já tiveram foi Domingos, completo. Campeão lá [Brasil], aqui [Uruguai] e na Argentina", declarou a um repórter brasileiro em 1970.
Fontes: Wikipedia; Revista Placar; Que Fim Levou?; Algo Sobre.