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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Julinho, a fibra de campeão

"A maior vaia já registrada na história do futebol brasileiro também marca a maior exibição de fibra de um jogador. Tudo aconteceu em 1959, na primeira aparição da Seleção Brasileira no Maracanã, depois da Copa da Suécia. O jogo era contra a Inglaterra e os torcedores cariocas queriam ver todos os campeões mundiais em ação, principalmente Garrincha. Só que o técnico escalou Júlio Botelho, o Julinho, na ponta-direita. Ao entrar em campo, Julinho recebeu os apupos de 160 mil "inimigos". Outro jogador teria sucumbido, Julinho não. Ele tinha fibra".

"Vão engolir essa vaia", prometeu para o amigo Djalma Santos. A primeira bola, Julinho meteu no meio das pernas do inglês. Com seis minutos de jogo já tinha entortado a defesa adversária e marcado um gol. As vaias transformaram-se em aplausos. O episódio coroou a carreira do maior ponta-direita do futebol brasileiro depois de Garrincha. Veloz, driblador fantástico e chutador fabuloso, atuou pela Portuguesa, pelo Palmeiras e pela Fiorentina da Itália. Defendeu a Seleção na Copa de 1954, sendo considerado o melhor jogador brasileiro e o melhor ponta-direita da competição.

Júlio Botelho ou Julinho, natural de São Paulo, SP (29/07/1929 - 10/01/2003), após ser dispensado da categoria de base do Corinthians, onde não se adaptou à posição de ponta-direita, chegou ao Juventus com 19 anos. No entanto sua passagem pelo clube da Mooca foi curta. Sendo promovido para a equipe profissional em 1950, depois de apenas seis meses foi contratado pela Portuguesa por Cr$ 50 mil.

O recém chegado,logo se tornou titular,estreando contra o Flamengo, no Maracanã, no dia 18 de fevereiro de 1951, jogo que a Portuguesa perdeu por 5 a 2. Seis dias depois,em seu segundo jogo, marcou os seus 2 primeiros gols pela Portuguesa, na vitória de 4 a 2 sobre o América-RJ, no Pacaembu.

Fez 191 partidas pela Portuguesa e marcou 101 gols, chegando a marcar 4 gols em um mesmo jogo na vitória da Portuguesa sobre o Corinthians por 7 a 3, em 25 de novembro de 1951, no Pacaembu. Suas atuações lhe renderam a convocação para a Copa do Mundo de 1954. Em julho de 1955, após conquistar seu segundo Torneio Rio São Paulo, pela Portuguesa, foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por US$ 5.500.

Contratação mais cara da Fiorentina no ano de 1955, Julinho foi destaque na conquista do título italiano da temporada de 1955/1956, na primeira vez em que a equipe de Florença conquistou este título. A Fiorentina foi ainda, com Julinho, vice campeã italiana, nas duas temporadas seguintes. Certa vez, quando andava de trem na Itália, precisou passar a viagem inteira escondido no banheiro para evitar o assédio dos fãs. Mas, em 1958, já mostrava seu desejo, de retornar à São Paulo. A Fiorentina fez uma proposta irrecusável e ele ficou. Ficou por mais um ano, mas pela vontade de voltar lhe deram o apelido de "Senhor Tristeza".

Voltou ao Brasil em 1959, quando passou a defender o Palmeiras. Fez parte do time que ficou conhecido como "Primeira Academia", logo se tornou um dos maiores ídolos do Palmeiras. Conquistou o Supercampeonato Paulista contra o Santos de Pelé. Foi fundamental logo neste seu primeiro título no Palmeiras. Ganhou ainda, com o Palmeiras, a primeira, Taça Brasil da história do clube. Fez parte do elenco que disputou o jogo histórico em que o Palmeiras vestiu a camisa da Seleção e goleou a seleção uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão. Na sua despedida contra o Náutico, saiu aos 32 minutos do primeiro tempo e deu lugar ao peruano Gallardo. Na primeira bola que o peruano errou o estádio inteiro puxou em coro: “Volta Julinho!”

Defendendo a seleção brasileira, realizou um total de 31 partidas, marcando 13 gols. Conquistou o Campeonato Pan-americano em 1952, o vice-campeonato sul-americano em 1953, disputou a Copa de 54, sendo eleito melhor jogador do torneio, e venceu a Copa Roccca de 1960.

Declinou a convocação para Seleção Brasileira de Futebol que disputaria a Copa do Mundo de 1958, alegando como motivo, o fato de que, como não atuava no futebol brasileiro, não seria justo para com os jogadores que atuavam no Brasil, que ele representasse o país em um campeonato mundial.

O dia 13 de maio de 1959 foi marcante para a vida de Júlio Botelho. Naquela ocasião, a Seleção Brasileira de Futebol enfrentaria no estádio do Maracanã a Inglaterra em uma partida amistosa. Quando o locutor oficial do estádio anunciou a escalação da Seleção Brasileira de Futebol, as 160 mil pessoas que estavam no estádio foram uníssonas vaiando o nome de Julinho Botelho, pois o técnico Vicente Feola, havia preterido, para a partida, Mané Garrincha, jogador naturalmente amado pela torcida carioca, porém, Julinho Botelho calou as vaias, com uma atuação magistral, sendo fundamental para a construção do placar, 2 X 0 para o Brasil, dando um passe para que Henrique abrisse o placar, e depois marcando um dos mais belos gols do estádio, recebendo após o lance os mais intensos aplausos já ouvidos no Maracanã deste a Copa do Mundo de 1950.

Fontes: Revista Placar; Wikipedia.
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sábado, 22 de outubro de 2011

Djalma Santos, o espetáculo em campo

"Espetacular, colossal, exuberante, perfeito. Não faltaram adjetivos para glorificar o maior lateral-direito do Brasil e de toda a história do futebol mundial. Dono de uma técnica primorosa e de um físico de ferro, Djalma Santos transformava as cobranças de laterais em verdadeiros cruzamentos, lançando a bola com as mãos até a área adversária. Mas era com a bola nos pés que seu futebol deslumbrava ".

Totalizou, entre l952 e 1968, cem partidas oficiais pela Seleção Brasileira, recorde absoluto. Participou das Copas de 1954, quando foi eleito o melhor zagueiro direito; 1958, tornando-se campeão do mundo; 1962, bicampeão; e 1966. Defendeu as equipes da Portuguesa, Palmeiras (campeão paulista em 1959/63/66) e Atlético Paranaense (campeão em 1970).

O físico privilegiado nunca significou jogo duro. Djalma se orgulha de nunca ter sido expulso de campo. Motivo de orgulho também foi ter sido o único brasileiro convocado para integrar a seleção da Fifa, em 1963, para disputar uma partida contra a Inglaterra em comemoração aos 100 anos do futebol.

Dejalma dos Santos, seu nome de batismo, nasceu em São Paulo, SP, em 27 de fevereiro de 1929. É considerado um dos maiores jogadores da história da Portuguesa e do Palmeiras, com partipação decisiva nas conquistas da época da chamada "Academia". Foi nomeado por Pelé um dos 125 maiores jogadores vivos de futebol em março de 2004. Foi um dos melhores laterais-direitos de toda história e disputou mais de cem partidas pela Seleção Brasileira de Futebol, incluídas as copas de 1954, 1958, 1962 e 1966.

Na final da Copa do Mundo de 1958 entrou no lugar do titular De Sordi, contundido e, em apenas noventa minutos, foi eleito o melhor jogador da posição no Mundial.

Portuguêsa, anos 50 - Em pé: Lindolfo, Djalma Santos, Ceci, Nena, Floriano e Brandãozinho. Agachados: Julinho Botelho, Zé Amaro, Ipojucan, Osvaldinho, Ortega e o massagista Mário Américo.
Djalma fez história nos três grandes clubes por onde passou, jogador exemplar, jamais foi expulso de campo. Na Portuguesa, fez parte de uma das melhores equipes do clube em todos os tempos - ao lado de jogadores como Pinga, Julinho Botelho e Brandãozinho, conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955 e Fita Azul em 1951 e 1953. É também o segundo maior recordista de jogos disputados pelo clube, 434 no total, ficando atrás apenas de Capitão, com 496 partidas.

No Palmeiras, com 498 jogos, é o sétimo jogador que mais vestiu a camisa do palestra, conquistou o Campeonato Paulista em 1959, 1963 e 1966; a Taça Brasil em 1960 e 1967 e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1967, torneios que classificam para a Libertadores da América, e, além disso, venceu o Torneio Rio-São Paulo em 1965.

Palmeiras, anos 60, em pé: Djalma Santos, Valdir, Carabina, Djalma Dias, Dudu e Ferrari. Agachados: Germano, Ademar Pantera, Servílio, Ademir da Guia e Rinaldo


Pelo Atlético Paranaense, o lateral jogou até os 42 anos de idade, outro verdadeiro recorde para jogadores de futebol.

Atualmente, Djalma Santos vive com sua esposa, Esmeralda Santos, na cidade de Uberaba, Minas Gerais.

Fontes: Revista Placar; Wikipedia.
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