Breve,
porém completo resumo da história deste livro, de seu autor, de
diversas traduções e edições desde sua redação (no ano de 730) até os
dias atuais.
Edição comemorativa a cargo de Wilson H. Shepherd, The Rebel Press, Oakman, Alabama.
O título original era “Al-Azif”. Azif era o termo utilizado pelos árabes para designar o ruído noturno (produzido pelos insetos) que, supunha-se, era o murmúrio dos demônios. Escrito por Abdul Al Hazred (figura acima), um poeta louco de Sana, fugido no Iêmen, na época dos califas Olmeias, pelo ano de 700.
Visita as ruínas da Babilônia, e os subterrâneos secretos de Mênfis, e passa dez anos sozinho no grande deserto que se estende ao sul da Arábia, o Roba el-Khaliyeh, o “Espaço vital” dos antigos e o Dahna, “O deserto Rubro” dos árabes modernos. Afirma-se que este deserto é habitado por espíritos malignos e por monstros tenebrosos. Os que afirmam haver penetrado em suas regiões contam coisas estranhas e sobrenaturais.
Durante os últimos anos de sua vida, Al Hazred viveu em Damasco, onde escreveu o “Necrononicon” (Al-Azif), por onde circulam terríveis e contraditórios boatos sobre a sua morte ou desaparecimento em 738. O seu biógrafo do Séc. XII, Ibn-Khalikan, conta que Al Hazred foi assassinado por um monstro invisível em pleno dia, sendo devorado na presença de um número expressivo de testemunhas aterrorizadas.
Contam-se ainda muitas coisas acerca de sua loucura. Ele alegava ter visto a famosa Ilrem, a Cidade dos Pilaree, e ter encontrado, sob as ruínas de uma cidade perdida do deserto, oos anais secretos de uma raça mais antiga que a humanidade. Ele não participava da fé mulçumana, pois adorava umas desconhecidas entidades chamadas Yog-Sothoth y Cthulhu.
No ano de 950, o “Azif”, que havia circulado secretamente entre os filósofos da época, foi ocultamente traduzido pelo grego Theodorus Philetas, de Constantinopla, sob o título “Necronomicon”. Durante um século, e por arte de sua influência, ocorreram certos fatos terríveis, razão pela qual o livro foi proibido e queimado pelo patriarca Michael. Desde então, não temos mais que vagas referências ao livro, mas em 1228, Olaus Wormius encontrou uma tradução para o latim que foi impressa duas vezes, sendo uma no Séc. XV, em letras negras (com toda segurança na Alemanha) e outra no Séc. XVII (provavelmente na Espanha).
Estas traduções não trazem qualquer esclarecimento, de tal forma que somente pela tipografia é que se supõe a data e o local de impressão. A obra, tanto em sua versão grega quanto na latina, foi proibida em 1232 pelo Papa Gregório IX, pouco depois que a tradução latina havia se convertido em um poderoso foco de atenção.
A edição árabe original se perdeu na época de Wormius, conforme foi dito no prefácio (há vagas alusões sobre a existência de uma cópia secreta encontrada em São Francisco, no início do século, mas que desapareceu no grande incêndio). Não há rastro da versão grega, impressa na Itália, entre 1500 e 1550, depois do incêndio ocorrido na biblioteca de uma certa personagem de Salem, em 1692.
Igualmente, existia uma tradução do doutor Dee, jamais impressa, baseada no manuscrito original. Os textos latinos ainda subsistem; um, (do Séc. XV) está guardado no Museu Britânico; outro (do Séc. XVII), se acha na Biblioteca Nacional de Paris. Uma edição do Séc. XVII encontra-se acautelada na biblioteca de Wiedener de Harvard e outra na Biblioteca da Universidade de Miskatonic, en Arkham; há mais uma na biblioteca da Universidade de Buenos Aires.
É possível que existam outras cópias mantidas em segredo; há rumores persistentes de que uma cópia do Séc. XV foi parar na coleção de um célebre milionário americano. Outro rumor assegura que uma cópia do texto grego do Séc. XVI é propriedade da família Pickman de Salem, mas é quase certo que esta cópia desapareceu, ao mesmo tempo que o artista R. U. Pickman, em 1926.
A obra está veementemente proibida pelas autoridades e por todas as organizações legais inglesas. Sua leitura pode atrair conseqüências nefastas. Acredita-se que R. W. Chambers se baseou neste livro em sua obra “O rei amarelo.”
Cronologia
-Al-Azif é escrito em Damasco en el 730, por Abdul Al-Hazred.
-Traducão grega com o l título de Necronomicón, por Theodorus Philetas, em 950.
-O patriarca Michael o proíbe no ano de 1050 (texto grego). O árabe se perdera.
-Em 1228, Olaus traduz o l texto grego para o latim.
-As edições latina e grega são destruídas por Gregório IX em 1232.
-Em 14... (?), aparece una edição em caracteres góticos na Alemanha.
-Em 15... (?), o texto grego é impresso na Itália.
-Em 16... (?), aparece a tradução espanhola do texto latino.
Edição comemorativa a cargo de Wilson H. Shepherd, The Rebel Press, Oakman, Alabama.
O título original era “Al-Azif”. Azif era o termo utilizado pelos árabes para designar o ruído noturno (produzido pelos insetos) que, supunha-se, era o murmúrio dos demônios. Escrito por Abdul Al Hazred (figura acima), um poeta louco de Sana, fugido no Iêmen, na época dos califas Olmeias, pelo ano de 700.
Visita as ruínas da Babilônia, e os subterrâneos secretos de Mênfis, e passa dez anos sozinho no grande deserto que se estende ao sul da Arábia, o Roba el-Khaliyeh, o “Espaço vital” dos antigos e o Dahna, “O deserto Rubro” dos árabes modernos. Afirma-se que este deserto é habitado por espíritos malignos e por monstros tenebrosos. Os que afirmam haver penetrado em suas regiões contam coisas estranhas e sobrenaturais.
Durante os últimos anos de sua vida, Al Hazred viveu em Damasco, onde escreveu o “Necrononicon” (Al-Azif), por onde circulam terríveis e contraditórios boatos sobre a sua morte ou desaparecimento em 738. O seu biógrafo do Séc. XII, Ibn-Khalikan, conta que Al Hazred foi assassinado por um monstro invisível em pleno dia, sendo devorado na presença de um número expressivo de testemunhas aterrorizadas.
Contam-se ainda muitas coisas acerca de sua loucura. Ele alegava ter visto a famosa Ilrem, a Cidade dos Pilaree, e ter encontrado, sob as ruínas de uma cidade perdida do deserto, oos anais secretos de uma raça mais antiga que a humanidade. Ele não participava da fé mulçumana, pois adorava umas desconhecidas entidades chamadas Yog-Sothoth y Cthulhu.
No ano de 950, o “Azif”, que havia circulado secretamente entre os filósofos da época, foi ocultamente traduzido pelo grego Theodorus Philetas, de Constantinopla, sob o título “Necronomicon”. Durante um século, e por arte de sua influência, ocorreram certos fatos terríveis, razão pela qual o livro foi proibido e queimado pelo patriarca Michael. Desde então, não temos mais que vagas referências ao livro, mas em 1228, Olaus Wormius encontrou uma tradução para o latim que foi impressa duas vezes, sendo uma no Séc. XV, em letras negras (com toda segurança na Alemanha) e outra no Séc. XVII (provavelmente na Espanha).
Estas traduções não trazem qualquer esclarecimento, de tal forma que somente pela tipografia é que se supõe a data e o local de impressão. A obra, tanto em sua versão grega quanto na latina, foi proibida em 1232 pelo Papa Gregório IX, pouco depois que a tradução latina havia se convertido em um poderoso foco de atenção.
A edição árabe original se perdeu na época de Wormius, conforme foi dito no prefácio (há vagas alusões sobre a existência de uma cópia secreta encontrada em São Francisco, no início do século, mas que desapareceu no grande incêndio). Não há rastro da versão grega, impressa na Itália, entre 1500 e 1550, depois do incêndio ocorrido na biblioteca de uma certa personagem de Salem, em 1692.
Igualmente, existia uma tradução do doutor Dee, jamais impressa, baseada no manuscrito original. Os textos latinos ainda subsistem; um, (do Séc. XV) está guardado no Museu Britânico; outro (do Séc. XVII), se acha na Biblioteca Nacional de Paris. Uma edição do Séc. XVII encontra-se acautelada na biblioteca de Wiedener de Harvard e outra na Biblioteca da Universidade de Miskatonic, en Arkham; há mais uma na biblioteca da Universidade de Buenos Aires.
É possível que existam outras cópias mantidas em segredo; há rumores persistentes de que uma cópia do Séc. XV foi parar na coleção de um célebre milionário americano. Outro rumor assegura que uma cópia do texto grego do Séc. XVI é propriedade da família Pickman de Salem, mas é quase certo que esta cópia desapareceu, ao mesmo tempo que o artista R. U. Pickman, em 1926.
A obra está veementemente proibida pelas autoridades e por todas as organizações legais inglesas. Sua leitura pode atrair conseqüências nefastas. Acredita-se que R. W. Chambers se baseou neste livro em sua obra “O rei amarelo.”
Cronologia
-Al-Azif é escrito em Damasco en el 730, por Abdul Al-Hazred.
-Traducão grega com o l título de Necronomicón, por Theodorus Philetas, em 950.
-O patriarca Michael o proíbe no ano de 1050 (texto grego). O árabe se perdera.
-Em 1228, Olaus traduz o l texto grego para o latim.
-As edições latina e grega são destruídas por Gregório IX em 1232.
-Em 14... (?), aparece una edição em caracteres góticos na Alemanha.
-Em 15... (?), o texto grego é impresso na Itália.
-Em 16... (?), aparece a tradução espanhola do texto latino.
por H. P. Lovecraft
Tradução de J. Jaegger
Tradução de J. Jaegger