sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Pouco amor não é amor

Nem Balbino, nem Arlete confessariam o seguinte: — o amor de ambos nascera no cemitério.

A menina acompanhava o enterro da avó. E o rapaz, que não conhecia a morta, nem a neta, estaria interessado em outro defunto. Parou um momento para espiar a sepultura aberta e o caixão que chegava. E viu Arlete, à beira do túmulo, assoando-se no lencinho amarrotado. Ela adorava a avó e estava fora de si.

Fazia um sol brutal — a luz era uma agressão. Balbino postou-se logo atrás da pequena e, sem querer, adotou uma tristeza de falso parente, de falso conhecido. Pouco depois, estava ao lado da moça. Tudo o interessou em Arlete, inclusive a coriza. E foi aí que começou o flerte.

Na saída do cemitério, Balbino juntou-se ao grupo de familiares, de amigos. Pararam todos, na porta, para as despedidas. Ninguém ali conhecia aquele rapaz fino, educado, que cumprimentava os presentes, um por um. Esquecia-me de dizer que o rapaz estava de luto, não sei por quem.

Ao apertar a mão da menina, deixou-lhe um papelzinho. Ela, ainda chorosa, teve um movimento de espanto, quase de susto.

Ele diz entredentes:

— Meu telefone.

Arlete, meio desconcertada, ia dizer qualquer coisa. Mas já o rapaz se afastava, em passadas largas, como se fugisse. Pois bem: — a pequena (jeitosa de corpo e de rosto) tomou um táxi, com o pai, a mãe e o tio. Fez a viagem para casa com aquilo na cabeça. Chega, diz que vai ao banheiro, e lá, com um sentimento de culpa, olha o número: — prefixo 29.

Parecia-lhe uma falta de respeito a atitude de Balbino. Pensava: — “Num enterro, ora veja!”. Podia ter jogado fora ou rasgado o papelzinho. Mas guardou, sei lá por quê. Decidiu, porém: — Não telefono.

Até o fim do dia, ora chorava pela avó, ora pensava em Balbino. Deitou-se cedo, mas só conseguiu pegar no sono alta madrugada. De manhã, bem cedinho, estava de pé. Escovou os dentes, lavou o rosto, imaginando: — “O telefone não deve ser do trabalho, deve ser de casa”. Durante uns dez minutos ficou matutando. Valeria a pena ou não?

Finalmente, com o coração batendo mais forte, discou. Atende uma voz de homem. Começa:

— Foi o senhor que.

Não teve nem tempo de completar. Ele se antecipou, radiante:

— Já sei, já sei! É aquela senhorinha de ontem. Muito prazer.

Nervosa, atalha:

— O senhor fez aquilo. Um momento. Fez aquilo em hora e local impróprios. Afinal, o senhor não tinha o direito!

Estava ofegante, quase chorando. Do outro lado da linha, ele se desmanchava:

— Tem toda a razão. Está ouvindo? Toda a razão. Mas não me interprete mal. Com licença. Um minutinho só. Eu seria incapaz de, entende? O que senti por si foi uma forte simpatia. Pelo amor de Deus, não pense que...

Parou. Ela não sabia o que dizer, o que pensar. E o rapaz, mais seguro, continuou:

— Viu como foi bom eu ter lhe dado o meu telefone? A senhorinha...

Preferia “senhorinha” a “senhorita”. Podia chamá-la de você, mas uma certa cerimônia, no começo, ajuda. Continuou, com a boca no fone, sentindo que o romance estava nascendo:

— Lhe dei o meu telefone e vou ter a satisfação de saber o seu nome. O meu é Balbino. — E disse, por extenso: — José Marcondes Balbino. Por obséquio, sua graça?

Arlete vacilou. Teve medo de confiar a sua identidade a um desconhecido. Mas refletiu que um nome é pouco, quase nada e que há muitas Arletes por aí. Disse, não sei por quê, comovida:

— Arlete.

O outro repetiu:

— Arlete.

E ela:

— Desiludido?

Exagerou:

— Lindo, lindo. — E insistia: — Bonito nome! Dou-lhe a minha palavra!

Ele não parou mais. Ora a chamava de senhorinha, ora de você ou, ainda, de meu anjo. Contou que era baiano e acrescentou, feliz:

— Por isso é que falo muito.

Como a menina insistisse em tratá-lo por senhor, Balbino arrisca:

— Seria muito sacrifício para você me chamar de você?

Arlete concordou. Era muito meiga e tinha uma facilidade espantosa para se afeiçoar por gente, bichos, móveis. Conversaram cerca de uma hora. Quando saiu do telefone, a mãe passou-lhe um pito:

— Tua avó foi enterrada ontem e você já está namorando?

Começou a chorar:

— A senhora faz essa idéia de mim? Oh, mamãe? Nunca pensei.

Explicou que era um rapaz que acabava de conhecer. Dizia que:

— Não há nada, mamãe. Quer que eu jure?

Mas já conhecia toda a vida de Balbino. Tinha vinte e oito anos, era advogado (embora não exercesse a profissão) e vinha tentar a vida no Rio. No dia seguinte, foi ele que ligou. No fim de dez minutos de conversa, a menina não se conteve:

— Você que fala tão bem... Sabe que você fala bem pra chu¬chu? Por que você não segue carreira?

Tentou explicar:

— Minha filha, o negócio não é assim, não. O advogado não tem outra saída. Ou é um Clóvis Beviláqua, ou uma besta. Já que não sou um Clóvis Beviláqua, também não quero ser uma besta.

Ela ainda suspirou:

— Uma carreira tão bonita!

Balbino vacila e acaba dizendo:

— Olha. Há outro motivo, compreendeu? O seguinte: — minha vocação é outra.

— Qual?

Fez um mistério:

— Você saberá um dia. Não se incomode.

Os telefonemas diários continuaram. Na missa do sétimo dia, lá compareceu o Balbino. Não sendo parente, não sendo nada, era o mais grave talvez e, ainda por cima, num luto total. Terminada a missa, Arlete fez a apresentação:

— Papai, aquele rapaz que lhe falei.

O velho teve a exclamação:

— Ah, o advogado?

Passou. Dois dias depois, Arlete falava no telefone. E, súbito, o pai arranca o aparelho das mãos da pequena: — “Deixa que eu falo”. Disse tudo:

— Ó rapaz! Escuta. Eu sou contra namoro de esquina, de portão. Namoro é dentro de casa. Você não tem boas intenções? O quê? Suas intenções não são boas?

— Claro, claro!

— Então vem pra cá, rapaz! Eu te espero pra tomar um café contigo.

O velho quando gostava de uma pessoa era de uma efusão brutal. Mais tarde, aparece Balbino, ressabiado. A cordialidade feroz do velho o assustava. Mas o dono da casa o recebeu de braços abertos. O convívio com as Novas Gerações o rejuvenescia. Fez perguntas:

— O amigo exerce a profissão?

Meio sem jeito, explicou:

— É o seguinte: — estou desiludido com os colegas. Por exemplo: — na Procuradoria do Estado conheço vários que nem sabem o que é vara. Parece piada, mas juro e posso até citar nomes. Um procurador que não sabe o que é vara!

O velho achou graça:

— Vejo que o amigo gosta de paradoxo. Mas há talento. Você se esquece do Otto Lara Resende? É uma mentalidade! E brilhante!

Balbino, grave, admitiu uma exceção para o Otto, que, segundo concordou, falava bem “pra burro”. A conversa durou até alta madrugada. Na saída, o futuro sogro bateu-lhe nas costas:

— Venha sempre, rapaz!

A partir de então, todos os dias, Balbino ia para a casa da namorada. Começou a ser apresentado como “meu noivo”. E toda a rua sabia que Arlete estava de amores com um advogado.

Uma noite, a sogra vira-se para Balbino:

— Está de luto por quem?

O rapaz tomou um susto. Ele próprio não sabia. Estava de luto, eis tudo. E teve de confessar, vermelho, confuso:

— Por ninguém. Eu sou assim mesmo.

Foi bastante honesto com a família. Disse que se casaria quando melhorasse de situação. Fez mistério:

— Estou esperando por uma vaga. — E repetiu, baixando a vista: — Uma vaga.

Não se sabia, nem ele disse, que vaga seria essa. Mas os vizinhos, os parentes passaram a falar da “vaga” como de alguém, de uma pessoa. O tempo foi passando. Cinco, seis meses, oito e nada ainda. Já o interpelavam na calçada:

— Mas sai ou não sai essa vaga?

— Estou caprichando.

Até que o pai de Arlete avisou, piscando o olho:

— Estou mexendo também os meus pauzinhos. Tenho relações, amizades. — E baixava a voz: — Vem por aí uma bomba.

Uma tarde, Balbino entra e é abraçado, beijado, apalpado por todo mundo. Olha em torno: — “Mas o que é que há?” O sogro adiantou-se, de olho rútilo:

— Rapaz! Arranjei o teu emprego. E sabe onde? Na Procuradoria! Tu vais ser companheiro do Otto, do Laet, do Genolino. E olha: são Oitocentos pacotes!
Atônito, Balbino olha as caras que o cercavam. Alguém o puxa pelo braço. Desprende-se, num repelão:

— Com licença. Um momento. Meu sogro, há um equívoco. Eu não pedi nada. Eu estava esperando uma vaga e finalmente.

No seu assombro, o velho balbucia:

— Você recusa?

Explicou:

— Um momento. É que a tal vaga saiu, finalmente. Saiu hoje. Recebi esta tarde a comunicação.

O sogro aperta a cabeça entre as mãos:

— Quer dizer que... Então eu banquei o palhaço?

O outro perdeu a paciência:

— Escuta, escuta! Direito não é minha vocação. Entende? Não é minha vocação. Não dou para esse troço, juro. E tenho a minha vocação. Ouviu? Ponho a minha vocação acima de tudo! De tudo!

Esganiçou-se tanto que, afinal, conseguiu intimidar a família. Pausa. Ele arqueja. Um dos presentes pensa: — “Será que ele é epilético?”. O sogro o olhava, amargurado e mudo. Finalmente, o velho quer saber:

— Que vocação é essa? Pra ser melhor do que procurador do Estado, deve ser de rajá, de Rockefeller. Fala!

O genro ergue a fronte, enche o tórax e parece desafiar o mundo:

— Vocação de coveiro. Arranjei a vaga no São João Batista. Coveiro, sim! É a minha vocação. Coveiro!

Houve, ali, um silêncio maravilhado. Os presentes se entreolharam. O primeiro a se recuperar foi o velho. Abotoa Balbino:

— Isso é piada? Responde! É piada?

Berrou também:

— É a minha vocação! Todo mundo tem a sua. Eu também tenho a minha. Se Deus quiser, hei de enterrar muita gente boa.

Ia contar que tivera o primeiro aviso de sua predestinação quando, aos sete anos, enterrara um cachorro atropelado. Mas não teve tempo de nada. O velho passa-lhe, por baixo, um rapa tremendo. Caiu para se levantar e cair novamente. Saiu, de lá, a tapas, a pescoções. A sogra berrava da porta:

— Urubu! Urubu!
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A coroa de orquídeas e outros contos de A vida como ela é... / Nelson Rodrigues; seleção de Ruy Castro. — São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
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Pacto de pecado e de morte

Quando ele, no telefone, propôs um encontro, Luci quase caiu para trás, dura:

— Você está maluco? Doido?

E ele:

— Por quê? Tem alguma coisa demais? É um encontro numa sorveteria ou onde você quiser. Eu digo o que tenho para dizer, você me escuta e pronto. Só.

Mas Luci protestava ainda. Reagiu ferozmente: “Você se esquece que sou casada? Que tenho marido, filhos?”. Do outro lado da linha, Reginaldo tratava de argumentar:

— O que eu estou pleiteando de ti é apenas um encontro e nada mais. Um simples encontro cordial. Tu estás fazendo um bicho-de-sete-cabeças à toa, sem motivo.

Apavorada, perguntou: “Mas pra quê? Com que finalidade?”.

Respondeu:

— Preciso falar contigo, dizer umas coisas a ti. Te juro o seguinte: será o primeiro e o último encontro. — Toma respiração e suplica: — Tu vais?

Silêncio no telefone. Por fim, quase sem voz, ela admite:

— Irei.

O ENCONTRO

Marcaram o encontro numa confeitaria do Largo da Carioca. Nenhum local mais lírico e inofensivo. Todavia, ela, que se criara num colégio de irmãs e tivera em casa uma educação medieval, tiritava de pavor. E só transigiu, afinal, só condescendeu em ir porque Reginaldo frisara: “Só esta vez e nunca mais”. Há quinze dias que ele, às tardes, ligava para ela. Começava sempre assim: “Sou eu. Te amo, te amo e te amo”. Ora, Luci pertencia a uma dessas famílias em que a fidelidade feminina era um hábito, uma virtude obrigatória e hereditária. Recebeu um impacto medonho. Ameaçava sempre: “Eu desligo. Olha que eu desligo”.

Mas não desligava. Reginaldo era amigo do marido. Desde que começaram os telefonemas, ela experimentava uma sensação atroz de culpa, de mácula. Em todo caso, o telefone não tinha o perigo, a ameaça da presença material. Eis que Reginaldo pedia, pela primeira e última vez, um encontro. Na hora marcada, nervosíssima, Luci entrava; pouco depois, aparecia Reginaldo.

FRAQUEZA

Sentaram-se num canto: ela, no pavor de pessoas conhecidas; e ele, convulso de paixão. Repete: “Sabe que eu te amo muito? Que eu te amo cada vez mais?”. Falava com tanto fervor e, ao mesmo tempo, com tanta humilhação que, sem querer, Luci teve uma fraqueza deliciosa, ou seja: admitiu que também o amava. Logo, porém, sublinhava: “Mas você não vê que esse amor é impossível?”. Reginaldo inclinava-se na mesa, alucinado de esperança: “Por quê? Impossível por quê?”. E a pequena:

— Por quê? Pelo seguinte: eu sou uma criatura que perdoa tudo. Para mim, só uma coisa tem importância: a traição. Compreende? — E continua, com os olhos cheios de lágrimas: — Eu, se traísse uma vez, uma única vez, não poderia olhar nunca mais nem meu marido, nem meus filhos. E teria que morrer, Ouviste? Depois da traição, eu teria nojo da vida!

Reginaldo, porém, estava mais seguro de si mesmo e do próprio sentimento, agora que se sabia amado. Trincou as palavras nos dentes, com uma obstinação de fanático: “Hás de ser minha! Hás de ser minha!”. Ela baixa a voz, espantada:

— Tua? Nunca! — Pausa e prossegue, na violência contida: — Eu seria tua, sim, se me matasse depois. Só assim!

Reginaldo olha em torno. Por cima da mesa, apanha a mão da pequena. Grave e lento, pergunta:

— Queres um pacto de morte? Escuta: tenhamos uma tarde, uma noite de amor, e, em seguida, a morte, compreendes-te? Eu morreria mil vezes para viver uma hora, meia hora contigo! Queres? Seria lindo, não seria?

Por um momento, Luci deixa quase de respirar, como se a dupla sugestão do amor e da morte a arrebatasse. Foi um breve e violento delírio: amar e morrer,.. Pensa que os defuntos não têm memória, nem culpa, como se a morte levasse tudo. Abre os olhos, diz, baixinho, para si mesma: “Meu marido, meus filhos...”. Mas a voz interior responde que uma morta não tem marido, não tem filhos, nada. Olharam-se em silêncio, enamo¬radíssimos. Dir-se-ia que a idéia de morrer os unia mais. E, então, sem desfitá-la, pergunta:

— Queres morrer comigo? Deve ser fabuloso morrer contigo!

Ela responde, fascinada:

— Quero sim. Quero...

Baixa a cabeça, deliciada.

E Reginaldo:

— Amanhã.

AMOR E MORTE

Ali mesmo combinaram tudo. No dia seguinte, às quatro horas, ela iria ao apartamento dele em Copacabana. Quando a pequena chegasse, estariam, em cima da mesinha-de-cabeceira, dois copos. Luci quer saber: “Veneno?”. Ele fez que sim com a cabeça. Despediram-se, felicíssimos. E o que a fascinava, acima de tudo, é a impunibilidade que a morte dá às criaturas.

Nessa noite, quando o marido quis beijá-la, Luci fugiu com o rosto e usou uma desculpa inesperada e lógica: “Estou com muita dor de cabeça, meu bem. Não consigo nem ficar de pé, nem olhar para as paredes de tanta dor”. Na verdade, queria preservar-se para o pecado e para a morte.

O PECADO

À tarde, às quatro horas, como estava marcado, ela bate na porta do apartamento. Estava ali, sem saudade nenhuma do marido, dos filhos, da casa ou do mundo. Entra e, depois que Reginaldo fecha a porta, Luci, de pé, fecha os olhos e pede:

— Me beija, me beija!

E, de fato, houve um primeiro beijo, com uma violência e um desespero de quem vai morrer. Quando se desprenderam, Luci, crispada, balbucia: “Estás vendo?”. Eram os dois copos, cheios, em cima da mesinha. Três horas depois, já caíra a noite. Ela está com a cabeça pousada no seu peito. E ele, brincando com os cabelos da moça, fala: “Agora podemos morrer”. Do fundo do seu sonho, Luci parece espantada:

— Morrer?

E ele, com a boca encostada no seu ouvido:

— Quero morrer contigo.

Sem uma palavra, Luci levanta-se. Com os pés frescos e nus, vai apanhar os dois copos, e, antes que o rapaz pudesse prever o gesto, corre até a janela, que se abre para a noite, e despeja, lá do alto, do décimo segundo andar, todo o veneno. Depois deixa cair um e, depois, o outro copo. Sem compreender, ele quer segurá-la, mas ela se desprende com violência:

— Agora que me ensinaste o amor, não quero morrer, nunca mais!

E, com efeito, por um momento, eles se sentiram eternos.
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A coroa de orquídeas e outros contos de A vida como ela é... / Nelson Rodrigues; seleção de Ruy Castro. — São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O poder de cura do limão

Estudos constataram que o uso do limão estimula a produção do carbonato de potássio no organismo, promovendo a neutralização da acidez do meio humoral, pois o ácido cítrico presente no limão é transformado durante a digestão e comporta-se como um alcalinizante, ou seja, um neutralizante da acidez interna. Além disso, os diversos sais do limão se convertem em carbonatos e bicarbonatos de cálcio, potássio, entre outros, que aumentam a alcalinidade do sangue.

Quando tomado pela manhã em jejum, descongestiona e desintoxica o organismo. É útil no combate às diversas patologias reumáticas e artríticas, além de aumentar a excreção de ácido úrico, uréia e ácido fosfórico. Regenera os tecidos inflamados das mucosas, estimulando o funcionamento normal de todos os órgãos do aparelho digestivo.

Nas afecções gastrintestinais, os ácidos do limão destroem os germes e as bactérias nocivas que se libertam e contribuem para gerar ulcerações. Ainda combate as fermentações e os gases. É amigo do pâncreas, expurga e tonifica o fígado e a vesícula.

Relativamente ao aparelho geniturinário, bem como ao sistema cardiovascular, é igualmente um poderosíssimo eliminador de toxinas e um tônico privilegiado. Tem, assim, ação que impede e neutraliza a proliferação das tão temidas afecções arterioscleróticas.

Gargarejos do seu suco fresco são benéficos para todos os tipos de afecções do trato nasofaríngeo, bem como para laringites e gengivites. Inalado (puro ou diluído), é um bom desinfetante nas rinites e sinusites.

Indicações de uso interno

Asma, enfisema (paralelamente com a terapia do limão, deve-se reduzir o consumo de proteínas).

Infecções pulmonares, tuberculose pulmonar e óssea, bronquite crônica, constipação e gripe.

Afecções cardiovasculares, varizes e flebites.

Fragilidade capilar, dermatites, prurido, eczema e despigmentação.

Doenças infecciosas (coadjuvante no tratamento de mononucleoses, leucocitoses, blenorragias, sífilis, etc.).

Febre (infusão de folhas de limoeiro e/ou cascas do fruto, podendo juntar-se o suco).

Gastrite, dispepsias e aerofagias (também se podem mastigar finas lascas da casca).

Úlceras de estômago e do duodeno, esofagite de refluxo.

Insuficiência hepática e pancreática, icterícia e congestão hepática (utilização e quantidade adaptadas a cada caso).

Disenteria, diarréia, febre tifóide e hemorróidas.

Colite, meteorismo e parasitas intestinais (ralar a casca do limão e fervê-la em água, com ou sem açúcar).

Fortalecimento da visão, glaucoma e hipertensão ocular.

Hemorragias, hemofilia e escorbuto.

Astenia, anemias e desmineralização (aumenta a capacidade imunológica).

Amamentação, obesidade e disfunções metabólicas (reequilibrante).

Hipertensão arterial, hipotensão arterial (regulador da pressão).

Afecções do sistema nervoso (fortalece e equilibra. As flores do limoeiro são também muito benéficas).

Diabetes, leucemia (preventivo), cancro (preventivo), enfarte (preventivo), trombose, embolia (preventivo).

Esclerose, arteriosclerose, doenças reumáticas e artrite.

Descalcificação, linfatismo e ascites.

Retenções urinárias e litíase urinária e biliar.

Indicações de uso externo

Cefaléias (colocar compressas embebidas em sumo na fronte e nas têmporas).

Febre do feno, sinusites e anginas.

Hemorragias nasais e otite.

Estomatite, glossite, afta e sifílides bucais.

Blefarites, terçóis e herpes.

Dermatoses (erupções, furúnculos, etc.), feridas infectadas e picadas de inseto.

Verrugas, seborréia facial.

Unhas quebradiças e pés sensíveis (friccionar com sumo ou polpa).

Queda do cabelo (fazer lavagens e fricções do couro cabeludo com o sumo puro).

Tonificante corporal (juntar suco de limão espremido à água do banho).

Fontes: http://www.ahau.org/curalimao.0.html; http://curapelanatureza.blogspot.com/2008/02/o-poder-de-cura-do-limo.html
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