sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Sexta-feira 13 e suas supertições

A Sexta-feira que cai num dia 13 de qualquer mês é considerada popularmente como um dia de azar.

O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 signos do zodíaco.

Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.

Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.

Esta superstição pode ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.

Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.

Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio.

Além da justificativa cristã, antes disso existem duas outras versões que provêm da mitologia nórdica que explicam a superstição. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.

Segundo outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.

A superstição é derivada apenas de nosso desconhecimento, mas quando nos tornamos mais conscientes de nossos atos, nossa forma-pensamento se fortalece.

Superstições são as culpadas que encontramos para nossos erros e desconhecimentos:

-Quando um gato preto atravessa nosso caminho logo pensamos que teremos um dia inteiro de azar, mas podem ter certeza de que ele estará pensando que terá “azar” se você o chutar;

-Quando quebramos um espelho acidentalmente morremos de pavor achando que teremos sete anos de azar, mas nós você não tivermos cuidado com nossas coisas poderemos ter um prejuízo sete vezes maior que aquele;

-Ao passarmos por debaixo de uma escada também pensamos que nosso dia será desastroso, cheio de azar, mas podem ficar certos de que teremos um grande “azar” se tropeçarmos na escada e em cima dela estiver um pintor com várias latas de tinta.

Fonte: Site de Curiosidades.
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Gérard de Nerval

Contemporâneo de Victor Hugo, Musset e Lamartine, Nerval nada tem em comum com esses românticos franceses: como Edgar Allan Poe, cresceu de olhos postos na Alemanha de Hoffmann e foi um precursor do simbolismo, de Baudelaire e do surrealismo.

Gérard Labrunie, que adotou o pseudônimo Gérard de Nerval, nasceu em Paris em 22 de maio de 1808. Filho de um médico militar, perdeu a mãe aos dois anos e passou a infância junto ao avô, na região do Valois. Em 1822 foi estudar em Paris, onde freqüentou os círculos artísticos e dissipou a fortuna na boêmia. Aos vinte anos publicou uma tradução do Faust, de Goethe, que fascinou o autor.

Em 1934 Nerval viajou à Itália e, de volta, apaixonou-se pela atriz Jenny Colon, que se transformaria em imagem mítica das futuras obras do poeta. Nerval também viajou pela Alemanha e pelo Oriente Médio.

Na criação de Nerval, a sonoridade da linguagem acentua a magia de seu significado, em que se misturam influências cristãs e gregas, cabalísticas e orientais, sobretudo nos sonetos de Les Chimères (As quimeras), coletânea acrescida aos contos de Les Filles du feu (1854; As filhas do fogo), que incluem Sylvie, evocação transcendente do mundo de beleza e inocência da infância no Valois.

Ainda mais significativo, para muitos, é o romance Aurélia ou Le Rêve et la vie (1855; Aurélia ou O sonho e a vida), em que imagens da amada e da Virgem Maria se mesclam oniricamente. O melhor de sua obra foi realizado nos últimos anos, em que sofreu graves crises mentais e foi várias vezes internado, acabando por enforcar-se em Paris, em 26 de janeiro de 1855.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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Kafka e a desesperança

A desesperança e a alienação do homem moderno, imerso num mundo que não consegue compreender, estão magistralmente descritas na obra de Kafka, escritor tcheco de expressão alemã.

Franz Kafka nasceu em Praga, então pertencente ao império austro-húngaro, em 3 de julho de 1883, de família judia remediada. Sua infância e adolescência foram marcadas pela figura dominadora do pai, comerciante próspero, para quem apenas o sucesso material contava.

Na obra de Kafka, a figura paterna está freqüentemente associada à opressão ou aniquilação da vontade humana, especialmente na célebre Brief an den Vater (1919; Carta a meu pai).

Na formação intelectual de Kafka tiveram peso especial a leitura de Heinrich von Kleist, Flaubert, Pascal e Kierkgaard e o ambiente de Praga, cidade medieval gótica dotada de elementos eslavos, alemães e de barroco sombrio.

De 1901 a 1906, estudou direito na Universidade de Praga, onde conheceu seu grande amigo (e posterior biógrafo) Max Brod. Começou então a freqüentar os círculos literários e políticos da pequena comunidade judaico-alemã, na qual circulavam idéias e atitudes críticas e inconformistas, com que Kafka se identificava. Concluído o curso, empregou-se em 1908 numa companhia de seguros, como inspetor de acidentes de trabalho.

Apesar da competência profissional e da consideração que lhe dispensavam os colegas de trabalho, Kafka sempre se sentiu insatisfeito, pois o emprego o impedia de dedicar-se totalmente à atividade literária. Também a vida emocional foi conturbada, com noivados e amores infelizes.

Tais circunstâncias acentuaram o sentimento de solidão e desamparo que nunca o abandonaria e que ele próprio manifestou nos fragmentos publicados em 1909 sob o título Beschreibung eines Kampfes (Descrição de uma luta) e publicado na íntegra em 1936. Nessa inquietante e perturbadora narração, que passou quase despercebida, o mundo dos sonhos, tema constante na produção do autor, adquiria uma desconcertante e persistente lógica no mundo da realidade.

Em 1912 Kafka escreveu a maior parte do romance Amerika, que permaneceu inacabado e foi publicado postumamente em 1927. Em vida, publicou apenas Die Verwandlung (1915; A metamorfose), em que o personagem acorda certo dia transformado num imenso e repugnante inseto; Das Urteil (1916; A sentença); In der Strafkolonie (1919; Na colônia penal), que narra as torturas a que são submetidos presidiários que desconhecem a natureza dos crimes que cometeram; e Ein Landarzt (1919; Um médico rural), coletânea de contos.

Suas obras-primas, Der Prozess (1925; O processo) e Das Schloss (1926; O castelo), só foram publicadas postumamente por Max Brod. Nesses romances, a ambigüidade onírica do peculiar universo kafkiano e as situações de absurdo existencial chegam a limites insuspeitados. No primeiro, o bancário Joseph K., por razões que nunca chega a descobrir, é preso, julgado e condenado por um misterioso tribunal. A desolada poesia de sua obra, em estilo sóbrio e realista, não nascia, porém, da resignação, mas do desejo de encontrar um fundamento espiritual capaz de explicar a contradição entre o desejo humano e a realidade cotidiana.

Afligido pela tuberculose, Kafka submeteu-se, a partir de 1917, a longos períodos de repouso. Em 1922 deixou definitivamente o emprego e, excetuadas breves temporadas em Praga e Berlim, passou o resto da vida em sanatórios e balneários.

Morreu em 3 de junho de 1924, em Kierling, perto de Viena. Contra o desejo expresso do escritor, que queria que seus inéditos fossem queimados após sua morte, Max Brod publicou romances, textos em prosa, correspondência pessoal e diários de Kafka. Sua obra teve profunda influência sobre movimentos artísticos como o surrealismo, o existencialismo e o teatro do absurdo.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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