terça-feira, 29 de novembro de 2011

A idade certa para fazer academia

"Exercícios aeróbicos, como bicicleta, esteira e natação, têm sinal verde em qualquer idade”, diz Dalton Müller, professor de educação física da Universidade Estadual Paulista em Bauru. Mas há restrições para prática da musculação.

“Mulheres podem começar aos 16 anos, quando em geral param de crescer, e os meninos, só depois dos 18", completa. Antes disso, nem pense em hipertrofiar os músculos.

O máximo permitido são exercícios de força individualizados e sempre com pesos bem leves. Caso contrário, o desenvolvimento fica comprometido.

Fonte: Revista Saúde é Vital. Ago/06
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História de João Grilo

Era uma vez um moço muito preguiçoso, por nome João Grilo, casado de novo, mas não queria trabalhar. A mulher apertou com ele, que precisava ganhar mais, pois eles viviam de alugar o pasto para os tropeiros, naquele tempo, a vintém por cabeça, ché! o que dava?

João Grilo pensou, pensou e falou:

— Vou ser adivinhador!

Pegou três cavalos, dos melhores, que estavam de pouso, levou para o meio do matão e escondeu bem.

Os tropeiros, no outro dia, procuraram que procuraram, nada de encontrarem os cavalos. João Grilo propôs a eles adivinhar onde estavam os cavalos. Aceitaram. Arranjou um pouco de cinza e traçou, traçou no terreiro, fez umas historiadas e disse:

— Estão em tal e tal lugar, uma picada às direitas da estrada larga, no matão. Os tropeiros voltaram contentes com os cavalos e deram uma boa gratificação a João Grilo.

Ele foi se mostrar à mulher:

— Eu não disse que arranjava o dinheiro?

Depois mandou escrever um letreiro em cima da porta de sua casa: João Grilo, adivinhador.

Foram contar pro rei. O rei mandou buscar  tal para o palácio e fazer a ele umas perguntas.

Se não respondesse, a cabeça dele voava pelos ares.

Fechou uma porca num quarto e mandou que ele adivinhasse. João Grilo se viu perdido, coçou a cabeça e falou:

— Agora é que a porca torce o rabo.

O rei gostou muito, pegou um grilo e fechou a mão.

— Me diga, então, o que é que eu tenho na mão?

O nosso homem lida que lida, viu que não podia adivinhar e respondeu:

— João Grilo está perdido!

O rei gostou.

Depois, sua majestade mandou encher de fezes uma tigela (com perdão da palavra!) e pôr na mesa no meio de outros pratos. Perguntou o que era.

João Grilo nada de adivinhar. Só pôde mesmo dizer:

— Bem, minha mãe me dizia que as minhas adivinhações iam dar em fezes!

Foi perdoado e saiu muito contente.
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Em Brandão, Téo. Seis contos populares do Brasil. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Folclore; Maceió, Universidade Federal de Alagoas, 1982, p.59. - Fonte: Jangada Brasil.
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História da grande carneirada

Era uma vez um moço muito bonito, bonito mesmo. Olhos azuis, cabelos louros, rosto de anjo, corpo gracioso, rico e que tinha carneiros que era um despropósito.

Um dia estava ele nos altos, bem nos altos de um grande morro, maior do que ali o nosso morro da Cruz, quando, olhando pra longe, viu que vinha uma nuvem grande e preta feito tinta.

— Virge Nossa Senhora!... — gritou ele. — Lá evem uma tempestade dos diabos!

Desceu, correndo, do morro, assoviou os cães de guarda, tocou a carneirada pela estrada larga e chegou numa ponte que tinha de atravessar. A ponte era comprida como daqui até lá na venda de sô Zé Havera. Mas no diabo da tal ponte os carneiros só podiam passar numa só fila: um atrás do outro, de tão estreita que ela era. Pois bem. O moço botô um cão na frente e, atrás dele, um carneirão guia e foi tangendo e gritando da entrada da ponte:

— Cá... cá... cá... anda, Brinquinho!... anda, Rola!... Eh! Eh! Vamo, carneirada!...

Mas não é que o diabo do cachorro que ia na frente, parou no meio da ponte, assentou-se e começou a se coçar feito um danado? E a carneirada nada de poder passar...

O moço, aí, gritou para o cachorro:

— Anda, Valente... cachorro dos diabo!

Mas qual o quê? O cachorro não ouviu nada com o barulho do rio...

Neste momento, o contador calou-se, tirou um toco de cigarro de palha que estava entre a orelha e a cabeça, bateu a binga e ficou fumando bem quieto de seu.

— Continua, seu Moreira. — pediu um dos meninos.

— Lá vai, gente. Agora é que o cachorro de levantou. Lá vai ele, o carneirão e aquela fila comprida de carneiro... tudo branquinho... bonito mesmo!

Nova e longa pausa do contador.

— Seu Moreira!... Seu Moreira!... — arriscou timidamente outro dos pequenos ouvintes — faz de conta que já passou tudo. Os carneiros estão todos do outro lado. E agora?

— Não, — diz o Moreira, — assim não serve. História é história. Deixa os carneiros passar devagar... E, olha, vocês não ficam falando muito não que agora mesmo vocês espantam eles e eles caem na água, se espalham e vai ser um Deus nos acuda para ajuntar tudo outra vez.
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- Extraída do artigo de Levi Braga, "Contos de burla". Província de São Pedro, nº 11, março-junho de 1945 - Fonte: Jangada Brasil.
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