domingo, 7 de agosto de 2011

O humor satírico de Ambrose Bierce

Ambrose Bierce nasceu em Ohio, EUA, a 24 Junho de 1842. Depois da Guerra Civil Americana, em que participou do lado da União, Bierce partiu para a Califórnia, onde se tornou jornalista.

Na Inglaterra a partir de 1872, trabalhou para revistas humorísticas como a «Figaro» e a «Fun». Regressou aos Estados Unidos em 1875, iniciando um longo período de colaboração com vários jornais.

Tornar-se-ia um dos jornalistas e escritores mais conhecidos do seu tempo, não deixando ninguém indiferente ao seu sentido acutilantemente crítico e satírico da humanidade. Com humor insolente, atacou todos os quadrantes da sociedade: as religiões, a política, a economia, o sentimentalismo...

Em 1913, aos setenta e um anos, Bierce partiu ao encontro da Revolução Mexicana, sem deixar rastro. A sua morte permanece um mistério, mas acredita-se que possa ter acontecido durante a Batalha de Ojinaga, em Janeiro de 1914.

Algumas de suas obras

Dicionário do Diabo (publicado num jornal, entre 1881 e 1906), Um Incêndio Imperfeito, O Dedo Médio do Pé Direito.

Seu humor satírico

"O que vale a pena fazer vale a pena o trabalho de pedir a alguém para o fazer".

"Dever: aquilo que nos impele inexorávelmente, através do nosso desejo, na direção do lucro".

"Anistia é a generosidade do governo para com os condenados cujo castigo se tornaria demasiado caro".

"Uma insanidade passageira, curável pelo casamento".

"Crítico: Pessoa que se vangloria de ser de satisfação difícil, porque ninguém lhe tenta agradar".

"O egoísta é um sujeito mais interessado em si próprio do que em mim".

"O conhecimento é a pequena porção da ignorância que arrumamos e classificamos".

"Economia: aquisição do barril de uísque de que não precisamos pelo preço da carne de vaca que não nos podemos dar ao luxo de comprar".

"O saber é um gênero da ignorância humana que distingue o homem estudioso".

"Hospitalidade: virtude que nos obriga a alimentarmos e alojarmos certas pessoas que não precisam de alimentos nem de alojamento".

"Cristão: Alguém que acredita que o Novo Testamento seja um livro inspirado por Deus, admiravelmente adaptado às necessidades espirituais do seu próximo".

"O casamento é uma cerimônia em que dois se tornam um, um se torna nada e nada se torna suportável".

"A eloquência é a arte de persuadir oralmente os tolos de que o branco é a cor que parece ser. Inclui o dom de fazer qualquer cor parecer branca".

"A morte não é o fim. Resta sempre a luta pelo espólio".

"Paciência: uma forma menor de desespero, mascarada de virtude".

"Ousadia: Uma das qualidades mais notáveis de um homem em segurança".

"Epitáfio é uma inscrição num túmulo que mostra que as virtudes adquiridas pela morte têm efeito retroativo".

"Riso: uma convulsão interior, que produz uma distorção da expressão facial e que é acompanhada por sons desarticulados. É contagioso e, embora intermitente, incurável"
(Dicionário do Diabo).

"O pessimismo é uma filosofia imposta às convicções do observador pelo desalentador predomínio do otimista".

"Casamento: estado ou condição de uma comunidade formada por um senhor, uma senhora, e dois escravos, totalizando dois".

Fontes: Edições tinta-da-china - Autores; Ambrose Bierce - Pensador.
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sábado, 6 de agosto de 2011

Caminho das praias - II

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Mais duas fotos das praias de Itajaí. Nelas, o local predileto dos surfistas: praia da Atalaia (Junho/2011).
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Argento, o mestre do horror italiano

Mestre do "Horror Italiano", Dario Argento nasceu em Roma, em 7/9/1940. Sua mãe era uma fotógrafa brasileira que se casou com um italiano, Salvatore Argento (produtor de cinema), e decidiu morar na Itália. Por esse motivo, Dario considera-se meio brasileiro. Diz ter familiares e muitos amigos no Brasil.

A crítica o considera como uma espécie de Hitchcock italiano, principalmente quando assina obras de suspense como O pássaro das plumas de cristal e O gato das nove caudas. Da mesma forma como Hitchcock descobriu Psicose, Dario descobriu o horror. Virou o mestre europeu do gênero. "Até os americanos me reconhecem como mestre", admite sem falsa modéstia.

Ele não consegue explicar de onde veio sua atração pelo 'giallo', o nome como o gênero policial é tratado na Itália, porque os pulps, antigamente, tinham capas amarelas (uma característica que não era só italiana; no Brasil também houve a Série Amarela). Mas arrisca uma interpretação. "Não tenho medo de olhar para o meu lado escuro, não vejo os olhos quando vejo a violência do mundo à minha volta." Foi assim que, em sua carreira, o suspense progressivamente foi sendo substituído pelo horror e, por meio dele, Argento gosta de explorar os limites do medo na tela. Mas não prega sustos só por pregar. Está sinceramente interessado em discutir a angústia contemporânea.

Diz que se interessa muito por psicanálise. Jung? Não, Freud. "A Interpretação dos Sonhos é a minha Bíblia; sempre que vou a Viena, nunca deixo de visitar a casa dele." O freudianismo transparece no filme A Síndrome de Stendhal, que costuma passar na TV paga, mas o preferido de Argento é Suspiria. "É belíssimo", define. Belíssima, para ele, também é a sua versão de O Fantasma da Ópera, que saiu só em vídeo no Brasil, com Julian Sands e Asia Argento, sua filha.

Muitos diretores como Brian De Palma e Stanley Kubrick aprenderam com ele a usar um estilo único de movimentação de câmera e mistura de cores que criam efeitos impressionantes na tela.

Filmografia

- 1969: As Plumas de Cristal
- 1975: Prelúdio Para Matar
- 1977: Suspiria
- 1980: A Mansão do Inferno
- 1985:Demons (produção)
- 1986:Demons 2 (produção)
- 1986:Terror na Ópera
- 1990:Dois Olhos Satânicos
- 1993:Trauma

Fonte: baseado num texto de Luiz Carlos Merten
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