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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Mazzaropi

Mazzaropi (Amácio Mazzaroppi), cineasta, comediante, ator e cantor, nasceu no bairro da Barra Funda, em São Paulo, SP, em 1912, e faleceu na mesma cidade, em 13/6/1981. Estudou muito pouco e não chegou a terminar o curso ginasial. Quando adolescente, era fã da dupla de atores Genésio e Sebastião de Arruda. Com 15 anos de idade, assistindo a um espetáculo de circo, sem saber como, acabou indo parar nos bastidores e dali terminou trabalhando como pintor de letreiros.

Iniciou a carreira artística apresentando-se em circos, pois logo trocou os pincéis por um personagem vestido de caipira. Foi para o interior e começou a apresentar monólogos cômico-dramáticos.

O sucesso foi imediato, porém os rendimentos eram extremamente baixos. O salário de cerca de 25 mil-réis quase não dava para as despesas diárias. Quando formou sua própria companhia, a situação começou a mudar, tornou-se conhecido e todos os circos começaram a requerer a sua presença.

Em 1946, iniciou-se na Rádio Tupi de São Paulo. Em 1950, estreou na TV, no Canal 6, Tupi do Rio de Janeiro. De 1959 a 1962, apresentou programa na TV Excelsior de São Paulo.

Em 1952, participou de seu primeiro filme. Foi convidado pelo autor de peças para o Teatro Brasileiro de Comédia, Abílio Pereira de Almeida, que ficara deslumbrado ao vê-lo atuar em um programa de televisão, para fazer um teste. Passou e Abílio Pereira dirigiu Mazzaropi no filme Sai da frente. Nascia naquele filme o personagem característico de Mazzaropi, o Jeca, um tipo caipira de andar desengonçado, fala mansa, usando roupas curtas e sujas.

Em 28 anos de carreira fez 31 filmes, entre os quais Chofer de praça, Pedro Malazartes, O vendedor de lingüiças, O corinthiano, Casinha pequenina, Lamparina, uma sátira a Lampião, No paraíso das solteironas, Jeca Tatu, um de seus maiores sucessos, Uma pistola para Djeca, Betão Ronca Ferro, O grande xerife, Um caipira em Bariloche, Portugal... minha saudade, O jeca macumbeiro, Jeca e seu filho preto, O jeca contra o capeta, Um fofoqueiro no céu, A banda das velhas virgens e seu último filme O jeca e a égua milagrosa.

Seus filmes apresentam muita música popular, inclusive sertaneja (e até mesmo um pouco do nascente rock brasileiro). Na década de 1960, gravou alguns discos com sucesso, como a marcha Nhá Carola (Petit), em dupla com Lolita Rodrigues (RGE), e o xótis O azar é festa (Ado Benatti e Zé do Rancho), pela RGE.

Quase todas as atuações de Mazzaroppi como cantor em seus filmes estão reunidas nas coletâneas Os grandes sucessos de Mazzaroppi (RCA Camden, 1968) e Os grandes sucessos de Mazzaroppi, vol. 1 (Intermovies, 1995, em LP e CD, embora sem créditos dos autores das músicas). Jean e Paulo Garfunkel compuseram emsua homenagem a toada Mazzaroppi, gravada por Pena Branca e Xavantinho em 1990.

Faleceu em 1981, no Hospital Albert Einstein, de câncer na medula, deixando como herança, além de seus filmes, uma produtora com tudo funcionando perfeitamente, estúdios, máquinas e filmes virgens, que foi tocada adiante por seus filhos adotivos, Péricles Batista e João Batista de Souza. Deixou parte de sua imensa herança para seus antigos funcionários.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora e Publifolha; Dicionário Cravo Albin da MPB.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tobe Hooper

Ele nunca foi cultuado por nenhuma legião de fãs ou adorado pela crítica especializada. Sua filmografia oscila entre filmes medíocres e filmes quase medíocres. Entretanto, o cineasta texano Tobe Hooper merece alguns créditos por duas grandes façanhas: iniciar a carreira comercial dirigindo um dos filmes mais importantes da história do cinema de horror e manter-se fiel ao gênero durante mais de 25 anos.

Tobe Hooper (William Tobe Hooper), diretor de cinema e TV, nasceu em Austin, Texas, em 25 de janeiro de 1943. Aos 9 anos já demonstrava interesse por filmes e foi professor universitário e cameraman de documentários durante os anos 1960. 

Seu primeiro filme chamou-se "Eggshells" e fez parte do circuito universitário durante o ano de 1969, rendendo vários prêmios, mas sem nunca receber um lançamento no cinema.

Em 1974, Hooper juntou amigos, professores e alunos para filmar "O Massacre da Serra Elétrica" a partir de um orçamento de US$60 mil que passou para US$ 70 mil e especula-se que possa ter chegado a US$120 mil, embora Hooper não confirme esta possibilidade. Com o bom sucesso do filme, Tobe logo foi chamado para roteirizar grandes produções como "Eaten Alive" (1977), "Salem's Lot" (1979), de Stephen King.

Em 1981, apresentou um roteiro chamado "The Funhouse", que girava em torno de palhaços assassinos em um circo itinerante e logo recebeu permissão para dirigir a trama. No mesmo ano, foi convidado por Steven Spielberg para dirigir um "Night Skies", que tratava de uma família sendo atacada por ETs hostís em uma fazenda (mais tarde Spielberg amenizou o roteiro e transformou-o no famoso "E.T.", 1982), mas recusou o convite. Muito interessado no sobrenatural, Hooper conversou com Spielberg, outro aficcionado pelo tema, que escreveu um roteiro para Tobe chamado "Poltergeist" (1982). Isso gerou uma grande polêmica em Hollywood, pois muitos diziam que aquele não era o modo de direção de Hooper e sim de Spielberg e o desacreditaram quando disse que a direção foi sua. De fato muitos membros do elenco do filme dizem que Spielberg e Hooper dividiram a direção em dias alternados.

Depois disso, Hooper passou a trabalhar com a produtora Cannon Group e refilmou o clássico "Invasores de Marte" (1953) e a sequência de seu bem sucedido trabalho de 1974, "O Massacre da Serra Elétrica 2", ambos em 1986. Entre os final dos anos 1980 e o ano 2000, todas as produções de Hooper foram mal sucedidas, como "The Mangler" (1995) e " Crocodile" (2000), tirando muita da credibilidade do diretor que passou a focar-se em trabalhos para a televisão.

Em 2002 o diretor voltou a ter sucesso com o episódio piloto da série "Taken" e o remake do filme "Toolbox Murders", o que possibilitou a criação de sua própria produtora, a T. H. Nightmares, em 2004. A partir do ano seguinte, o nome do diretor envolveu-se em uma série de projetos que nunca sairam do papel até a data atual.

Dentre os projetos, os mais esperados são a série de TV "The Texas Chainsaw Massacre Chronicles" e um novo filme para a franquia que se passaria nos dias atuais.

Filmografia

- Eggshels (1969)
- The Texas Chainsaw Massacre (1974)
- Eaten Alive (1977)
- Salem's Lot (1979)
- The Funhouse (1981)
- Poltergeist (1982)
- Lifeforce (1985)
- Invaders from Mars (1986)
- The Texas Chainsaw Massacre 2 (1986)
- Spontaneous Combustion (1990)
- I'm Dangerous Tonight (1990)
- Night Terrors (1993)
- Body Bags (1993)
- The Mangler (1995)
- Nowhere Man (1995)
- Dark Skies (1997)
- The Apartment Complex (1999)
- Crocodile (2000)
- Toolbox Murders (2004)
- Dance of the Dead (Masters of Horror) (2005)
- Mortuary (2006)
- The Damned Thing (Masters of Horror) (2006)

Fontes: Wikipedia; Deadly Movies; Boca do Inferno.
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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Terence Fisher

Terence Fisher, cineasta britânico, que atuou principalmente regendo filmes da Hammer Films, nasceu em 23 de fevereiro de 1904 em Maida Vale (Londres) e faleceu em 18 de Junho de 1980 em Twickenham. Seu pai morreu quando ele tinha quatro anos de idade, ficando sua educação a cargo de sua mãe e avós.

Seus avôs de férreas tradições vitorianas o matriculam, contra sua vontade, em uma escola militar. Porém se alista na marinha mercante, como aprendiz a bordo do H. M. S. Conway, onde percorrerá o mundo durante cinco anos. Após regressar a Londres trabalha como empregado numa loja de tecidos.

Para se distrair começa a freqüentar os cines. Maravilhado com o que vê na tela, decide trabalhar na indústria cinematográfica a qualquer custo.

Em 1930 foi trabalhar na Shepard’s Bush Studios como editor, mas apenas iria dirigir seu primeiro filme em 1948, A Song for Tomorrow. Mas foi na Hammer Films que o diretor conseguiria seus mais importantes filmes. Já trabalhara para a Hammer Films em 1933 nos primeiros filmes de ficção-científica da produtora, Four-Sided Triangle e Spaceways.

Em 1957 juntou-se ao roteirista Jimmy Sangster e aos atores Peter Cushing e Christopher Lee para refilmar Frankenstein, o clássico da Universal Pictures. Tendo Cushing como o doutor Frankenstein e Lee como a criatura (totalmente deformada, pois a produção não pode contar com as formas da criatura imortalizadas por Boris Karloff, cuja patente pertencia à Universal Pictures), o filme foi um enorme sucesso.

A mesma equipe foi reunida outra vez para, no ano seguinte, filmar O Vampiro da Noite, que superou todas as expectativas e seu estupendo sucesso colocou os filmes de terror outra vez no cenário cinematográfico mundial, tendo a Hammer Films como sucessora da Universal Pictures neste terreno – tanto que esta última, em acordo, cedeu os copyrights de seus monstros para que a Hammer produzisse seus filmes.

Estas duas obras dirigidas por Fisher praticamente definiram as produções de terror até a década de 70. Além da introdução das cores neste tipo de filme, a sensualidade era também mais destacada, com a constante presença de lindas mulheres com decotes bastante provocantes e, quase sempre, com seios grandes.

Os monstros também eram apresentados de maneira direta, diferentemente do que acontecia nos filmes da Universal Pictures, sempre envolvidos com problemas com a censura e com a distribuição. Mesmo assim, Fisher impunha um rígido código moral nas suas obras: o mal era sempre derrotado no final. Fisher aproveitou-se das novas condições morais menos rígidas e das novas tecnologias cinematográficas para renovar o universo de terror.

Fisher foi, sem dúvida, um dos diretores de filmes de terror mais influentes da segunda metade do século XX. Primeiro a imprimir o estilo gótico com a tecnologia a cores da Technicolor, com ênfase no sangue, na sensualidade e horror explícito que, se hoje parecem moderados, foram uma inovação em seu tempo.

Apesar de sua temática ser sombria e escatológica, seus filmes foram comercialmente bem sucedidos, mesmo que a crítica sempre o desdenhasse, ao longo de sua carreira. Somente após sua morte é que houve um justo reconhecimento por seus trabalhos.

Seu estilo pode ser definido como próprio, uma mistura de contos de fadas, mitos e sensualidade. Ao longo disso, uma temática cristã está fortemente presente, onde as forças do mal são derrotadas por um herói através da combinação da fé em Deus com a razão, em contraste com outras personagens que ou são bastante supersticiosos ou céticos, como observou o crítico Paul Leggett (in: Terence Fisher: Horror, Myth and Religion, 2001).

Uma completa análise de seus trabalhos foi feita na obra "The Charm of Evil: The Films of Terence Fisher" de Wheeler Winston Dixon (Londres, Scarecrow Press, 1991).

Principais filmes

1947 - Colonel Bogey
1948 - To the Public Danger
1948 - Song for Tomorrow
1948 - Portrait From Life
1949 - Marry Me!
1949 - The Astonished Heart (co.)
1950 - So Long at the Fair (co.)
1951 - Home to Danger
1952 - The Last Page
1952 - Wings of Danger
1952 - Stolen Face
1952 - Distant Trumpet
1953 - Four Sided Triangle
1953 - Mantrap
1953 - Spaceways
1953 - Blood Orange
1953 - Three's Company (co.)
1954 - Face the Music
1954 - The Stranger Came Home
1954 - Mask of Dust
1954 - Final Appointment
1954 - Children Galore
1955 - Murder By Proxy
1955 - The Flaw
1955 - Stolen Assignment
1956 - The Last Man to Hang?
1957 - Kill Me Tomorrow
1957 - he Curse of Frankenstein
1958 - Horror of Dracula
1958 - The Revenge of Frankenstein
1959 - The Hound of the Baskervilles
1959 - The Man Who Could Cheat Death
1959 - The Mummy
1959 - The Stranglers of Bombay
1960 - The Two Faces of Doctor Jeckyll
1960 - The Brides of Dracula
1960 - The Sword of Sherwood Forest
1961 - The Curse of the Werewolf
1962 - The Phantom of the Opera
1962 - Sherlock Homes und das Halsband des Todes
1964 - The Horror of It All
1964 - The Gorgon
1964 - The Earth Dies Screaming
1966 - Dracula - Prince of Darkness
1966 - Island of Terror
1967 - Frankenstein Created Woman
1967 - Night of the Big Heat
1968 - The Devil Rides Out
1969 - Frankenstein Must Be Destroyed
1974 - Frankenstein and the Monster from Hell

Fontes: Terence Fisher; Wikipédia; e traduzido da"Biografía de Terence Fisher"
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Sam Raimi

Sam Raimi (Samuel M. Raimi), nasceu em 23 de outubro de 1959 em Franklin, Michigan, nos Estados Unidos. Diretor, produtor, roteirista e ator, é filho de Leonard Raimi, proprietário de uma loja de móveis, e de Celia Raimi, uma empresária.

Desde sua tenra juventude e com uma câmara de 8 mm Raimi realizou seus primeiros curtas como narrador de histórias, prediletamente dos tipos fantásticos e de humor, imitando os filmes dos "Três Patetas" (Three Stooges).

Após concluir a escola secundária matriculou-se na Universidade de Michigan State, na qual conheceu Robert Taper e Bruce Campbell, que se converteria em seu ator predileto. Com ambos criou a produtora Reinassance Pictures.

No final dos anos 70 realizou seus primeiros curtas, como “It’s murder!” (1977), “Within the woods” (1978) e “Clockwork” (1978), fitas de terror com retalhos de comédia que exibiam sua destreza em efeitos visuais com um vigoroso emprego do movimento da câmara.

No começo dos anos 80 realizou seu primeiro longa-metragem, "Uma noite alucinante" - "A Morte do Demônio" (Evil dead, The, 1982), uma fita de terror que lhe valheu aplausos no Festival de Cannes.

Posteriormente apareceu como ator em "Dois heróis bem trapalhões" (Crimewave, 1985), uma comédia dirigida por seu bom amigo John Landis. "Uma noite alucinante 2" (Evil dead 2), em 1987, seqüência de "Uma noite alucinante" - "A morte do demônio", devolveu o sucesso a Raimi depois do fiasco comercial de seu prévio trabalho, graças ao tom de paródia, ao sentido "cartoon" empregado no relato e ao estilizado processo narrativo.

No final dos anos 80 produziu fitas de terror como “Mondo Zombie” (1989) de J. R. Bookwalter ou “Easy wheels” (1989), filme cult que também escreveu (com o pseudônimo de Celia Abrams) junto com seu irmão Ivan e o diretor David O’Malley. “Darkman” (1990), título do filme de ficção científica protagonizado por Liam Neeson faz com que alcance grande sucesso como diretor cinematográfico.

Posteriormente rodaria a comédia de terror e aventura "Uma noite alucinante 3" (Army of darkness) (1993), terceira da séria iniciada com "Uma noite alucinante" - "A morte do demônio" com Campbell repetindo o papel de Ash J. Williams. No mesmo ano da estréia de "Uma noite alucinante 3" Sam se casa com Gillian Greene, filha do ator Lorne Green, conhecido por ter se protagonizado na série “Bonanza”.

A década terminaria para Raimi com o western "Rápida e mortal" (Quick and the dead, The) (1995), "Um plano simples" (A simple plan, 1998), thriller baseado na novela de Scott B. Smith, e "Por amor" (For love of the game, 1999), fita romântica ambientado no mundo do beisebol, adaptado de um livro de Michael Shaara.

Neste período também colaborou com os irmãos Coen escrevendo o roteiro do filme "The Hudsucker Proxy" (1994). Depois de "O dom da premonição" (Gift, The, 2000), um thriller escrito por Billy Bob Thornton, Sam Raimi rodou seu filme que mais rendeu nas bilheterias, adaptado das revistas em quadrinhos, "Homem-Aranha" (Spiderman, 2002),que contava como ator principal Tobey Maguire. Posteriormente apareceria suas seqüências, “Spiderman 2” (2004) y "Spiderman 3" (2007).

Filmografia (como diretor)

2007 - Homem-Aranha 3 (Spider-man 3)
2004 - Homem-Aranha 2 (Spider-man 2)
2002 - Homem-Aranha (Spider-man)
2000 - O dom da premonição (Gift, The)
1999 - Por amor (For love of the game)
1998 - Um plano simples (A simple plan)
1995 - Rápida e mortal (Quick and the dead, The)
1993 - Uma noite alucinante 3 (Army of darkness)
1990 - Darkman - Vingança sem rosto (Darkman)
1987 - Uma noite alucinante 2 (Evil dead 2)
1985 - Dois heróis bem trapalhões (Crimewave)
1982 - Uma noite alucinante - A morte do demônio (Evil dead, The)
1978 - Clockwork
1978 - Within the woods
1977 - It's murder!

Fonte: Adictosalcine.com - Sam Raimi.
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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Roger Corman

Roger Corman, cineasta, nasceu em cinco de abril de 1926, em Detroit, Michigan. É produtor, realizador, argumentista e, de vez em quando, ator. Estudou engenharia industrial na Universidade de Stanford, mas a paixão pela Sétima Arte o desviou para o cinema em 1953, tornando-se o diretor apelidado de "o rei da série B" do cinema americano.

Transformou-se numa celebridade no mundo do entretenimento, em sua freqüência incomum dirigindo e produzindo filmes em larga escala, chegando a produzir sete películas em um ano.

Fez filmes em dois dias e uma noite, com orçamentos de meia dúzia de dólares, um punhado de atores e um só cenário; é um dos nomes independentes históricos de Hollywood; assinou nos anos 60 uma série de adaptações de culto de contos de Edgar Allan Poe interpretadas por atores como Vincent Price, Peter Lorre, Boris Karloff e um novato chamado Jack Nicholson; e lançou as carreiras de nomes como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Peter Bogdanovich, James Cameron, Joe Dante, Jonathan Demme ou Ron Howard.

Entre 1954 e o presente ano, Roger Corman já produziu e realizou mais de 400 filmes, gabando-se de ter perdido dinheiro apenas com um, The Intruder (1962), uma história anti-racista com William Shatner.

Formado em engenharia pela Universidade de Stanford e ex-aluno de Literatura Inglesa em Oxford, Corman já tocou praticamente em todos os gêneros, com particular ênfase no terror, na ficção científica, no filme de ação e de gangsteres e no policial. Em 1990, Roger, publicou as suas memórias, apropriadamente intituladas How I Made a Hundred Movies in Hollywood and Never Lost a Dime.

Filmografia


The Beast With a Million Eyes (1956, não creditado)
The Day the World Ended (1956)
It Conquered the World (1956)
O Emissário de Outro Mundo (Not of This Earth, 1957)
Attack of the Crab Monsters (1957)
The Undead (1957)
Teenage Caveman (1958)
War of the Satellites (1958)
A Bucket of Blood (1959)
A Mulher Vespa (The Wasp Woman, 1959)
O Solar Maldito (The Fall of the House of Usher, 1960)
A Pequena Loja dos Horrores (The Little Shop of Horrors, 1960)
The Last Woman on Earth (1960)
A Mansão do Terror (The Pit and the Pendulum, 1961)
Creature from the Haunted Sea (1961)
A Torre de Londres (Tower of London, 1962)
The Premature Burial (1962)
Muralhas do Pavor (Tales of Terror, 1962)
Terror no Castelo (The Terror, 1963)
O Corvo (The Raven, 1963)
O Homem dos Olhos de Raio-X (X, The Man With the X-Ray Eyes, 1963)
O Castelo Assombrado (The Haunted Palace, 1963)
A Máscara Mortal (The Masque of the Red Death, 1964)
O Túmulo Sinistro (The Tomb of Ligeia, 1964)
Bloody Mama (1970)
Ga-s-s-s! Or it became necessary to destroy the world in order to save it (1970)
Deathsport (1978, não creditado)
Frankenstein, o Monstro das Trevas (Frankenstein Unbound, 1990)

Fontes: Biografia curta de Roger Corman; nostalgia: Roger Corman; Wikipédia.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

John Landis

John Landis, cineasta, nasceu em Chicago, Illinois, EUA, em 3 de Agosto de 1950. Aos 17 anos trabalhou como carteiro nos estúdios da Fox. Frequentemente escala diretores e produtores como atores em pequenas papéis em seus filmes. Dirigiu os videoclips das músicas Thriller e Black or White, ambos de Michael Jackson.

Landis é um caso peculiar na lista dos mestres do terror. De fato, o cineasta trabalhou tantas vezes no gênero como fora dele e não há dúvidas que o seu gênero de predileção é antes de tudo a comédia.

Essa forma de distanciação poderia ter feito de Landis um detestável realizador do gênero, mas, felizmente, o realizador nunca deixou dúvidas sobre o seu amor pelo gênero do fantástico, fazendo sempre prova de um grande respeito para com ele. Assim, John Landis deu-nos alguns dos melhores exemplos da fusão entre o riso e o medo, entre a comédia e o terror.

A sua carreira começou com o chanfrado Schlock em 1973, escrito e realizado pelo cineasta. Este low budget  deixou claro de imediato a fusão de gêneros que marcará a sua filmografia. A partir daqui, Landis alternaria puras comédias e filmes de terror paródicos. Seguiram-se, portanto The Kentucky Fried Movie, Animal House, o mítico Os Irmãos Cara-de-Pau (The Blues Brothers), o não menos mítico Um Lobisomem Americano em Londres, Os Ricos e os Pobres", a sua participação em The Twilight Zone: The Movie, o famoso vídeo para Michael Jackson Thriller, as comédias Into the Night, Spies Like Us, Três Amigos, Cheeseburger Film Sandwich e Um Príncipe em Nova Iorque.

Como se pode verificar, John Landis contribuiu muito mais para o gênero da comédia do que para o do terror, mas Um Lobisomem Americano em Londres valeu-lhe uma merecida entrada no clube fechado dos realizadores do cinema fantástico.

Como praticamente todos os realizadores de gênero da sua geração, a entrada nos anos 90 foi complicada para o cineasta e os seus ensaios no cinema foram pouco convincentes, obrigando-o a desenvolver trabalhos para a televisão. No cinema, sucederam-se o fraco Oscar - Minha Filha Quer Casar, a simpática comédia vampiresca Innocent Blood, ou para esquecer Um Tira da Pesada 3", o desnecessário Blues Brothers 2000 e o inconseqüente Susan's Plan.

O seu trabalho para a televisão, como escritor, realizador e produtor, foi mais empolgante nomeadamente com a fabulosa série Dream On.

Será, portanto um pouco abusivo considerar John Landis um mestre do terror, mas há que reconhecer que muitos dos seus filmes, terror ou não, entraram no inconsciente coletivo dos fãs de filmes do gênero e, pensando bem, a sua participação nas duas temporadas de Masters of Horror parece perfeitamente lógica.

Filmografia

2007 - Don Rickles documentary
2006 - Great sketch experiment, The
2004 - Slasher (TV)
1998 - Plano de risco (Susan's plan)
1998 - Os irmãos cara-de-pau 2000 (Blue brothers 2000)
1996 - Os babacas (Stupids, The)
1994 - Um tira da pesada 3 (Beverly Hills cop 3)
1992 - Inocente mordida (Innocent blood)
1991 - Oscar - Minha filha quer casar (Oscar)
1988 - Um príncipe em Nova York (Coming to America)
1987 - As amazonas na lua (Amazon women on the moon)
1986 - Três amigos! (Three amigos!)
1985 - Os espiões que entraram numa fria (Spies like us)
1985 - Um romance muito perigoso (Into the night)
1983 - No limite da realidade (Twilight Zone: The movie)
1983 - Trocando as bolas (Trading places)
1981 - Um lobisomem americano em Londres (An american werewolf in London)
1980 - Os irmãos cara-de-pau (Blue brothers, The)
1978 - Clube dos cafajestes (Animal house)
1977 - Kentucky fried movie, The
1973 - Schlock

Fontes: FanatiCine; Adoro Cinema - Personalidades.
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

George Romero

George Romero é o mais lendário e aclamado realizador de filmes de zumbis (considerados um gênero próprio pelos fãs nos EUA), com títulos como A Noite dos Mortos-Vivos, Despertar dos mortos e O Dia dos Mortos no seu currículo de escritor/cineasta.

Recentemente, Romero apostou em remakes da sua obra, e assim estreou em 2005 o filme Terra dos mortos para voltar a fazer as delícias dos fãs do gênero. Alguns anos antes, o nome de Romero tinha sido considerado para realizar a adaptação do jogo de vídeo Resident Evil, mas acabou por ser retirado do  projeto em detrimento de Paul W. S. Anderson.

Continuando a retomada iniciada em 2005, Romero rodou o filme Diary of the Dead, lançado em 2007. O filme foi produzido com um orçamento menor que o Terra dos mortos. Existem boatos de que ele realize uma continuação direta para Diary of the Dead.

George A. Romero (por Gabriel Paixão)

"Meus filmes sobre zumbis foram tão longe que eu fui capaz de refletir os climas sócio-políticos de décadas diferentes. Eu tenho um conceito de que eles têm uma pequena parte de uma crônica, um diário cinemático do que está acontecendo”.

Se fôssemos capazes de resumir em uma única palavra o que George A. Romero representa para o gênero terror, ela seria nada menos do que Mestre. Considerado como o pai dos filmes modernos sobre zumbis, Romero sempre foi respeitado, homenageado e referenciado neste sub-gênero que ajudou a promover com excelência.

Sua figura simpática, acessível e por vezes tímida na vida pessoal se transforma em um homem com o pulso firme de uma pessoa que sabe o que quer, quando está dirigindo uma produção e tornando-a mais um sucesso.

George Andrew Romero (sim, o A é de Andrew), nasceu no dia 4 de fevereiro de 1940, na cidade de Nova York, Estados Unidos, com descendência cubana, e entrou na renomada universidade Carnegie-Mellon em Pittsburgh no estado da Pennsylvania. Depois de graduado, Romero passa a dirigir pequenos curtas e comerciais.

Ele e alguns amigos formaram a produtora Image Ten Productions no final dos anos 60. Fizeram uma espécie de "vaquinha" levantando cerca de 10 mil dólares para cada um e produzir o que se tornaria um dos filmes de terror mais celebrados de todos os tempos: A Noite dos Mortos Vivos (1968).

Filmado em preto e branco com um orçamento de um pouco mais de 100 mil dólares, a visão de Romero, combinada com um roteiro sólido de autoria própria com auxílio do co-fundador da Image, John A. Russo, trouxe para a produtora um excelente retorno financeiro, alçando status de cult. A importância da produção foi tamanha que em 1999 o filme foi indicado para entrar no registro nacional de filmes do congresso dos Estados Unidos.

Antes de retornar aos mortos-vivos os próximos filmes de Romero foram menos aclamados e conseqüentemente menos vistos, mas não menos curiosos. Nesta fase estão filmes como Estrnhas Mutações (1973) e Martin (1977). Apesar de não obterem o sucesso atingido com A Noite..., estes filmes tem sua assinatura nas críticas e comentários sociais, normalmente relacionados com o terror. Como a maioria de seus filmes, eles foram rodados na cidade favorita de Romero (Pittsburgh, Pennsylvania) ou arredores.

Até que chega 1978 e Romero retorna ao gênero dos zumbis com o filme que conseguiu superar o resultado obtido anteriormente com A Noite dos Mortos Vivos. Despertar dos Mortos foi produzido sem o envolvimento da Image Ten, até então detentora da franquia, pois devido a um erro da produtora na hora de registrar A Noite... acabou transformando-o em um filme de domínio público, como resultado Romero e os investidores originais não receberiam nenhum dinheiro sobre os lançamentos em vídeo.

Filmando em um shopping na Pennsylvania durante a madrugada, Romero conta à história de quatro pessoas que escapam de uma série de ataques de zumbis e se trancam dentro de um lugar em que pensam que é um paraiso até que se tornam vitimas de si mesmos, da cobiça e de uma gang de motoqueiros.

Filmado com um orçamento de apenas 500 mil dólares (dizem que a cifra de 1,5 milhões divulgada foi apenas uma jogada de marketing para ajudar os produtores nas negociações com os distribuidores), o filme arrecadou mais de 40 milhões no mundo inteiro e foi nomeado como um dos filmes mais "cults" de todos os tempos pela revista Entertainment Weekly no ano de 2003. O filme também marcou o início de uma amizade e parceria duradoura entre Romero e o brilhante artista em maquiagem e efeitos Tom Savini.

Despertar dos Mortos abriu as portas para Romero trabalhar com maiores orçamentos e elencos mais estrelados. O primeiro filme desta fase foi Cavaleiros de Aço (1981), onde trabalhou com o ator Ed Harris e em seguida Creepshow (1982) que marcou a primeira, mas não a última, adaptação de um trabalho do escritor Stephen King. Creepshow fez sucesso suficiente para que fosse habilitada uma continuação em 1987 também roteirizada por Romero.

A carreira de Romero deu uma declinada com o encerramento da então trilogia dos mortos com o filme Dia dos Mortos (1985). Sem o mesmo brilhantismo de seus dois filmes anteriores sobre zumbis, a produção derrapou na mão dos críticos que o consideraram bem "nhé", não tendo o sucesso esperado na bilheteria e fazendo com que Romero voltasse ao assunto quase 20 anos depois.

Na seqüência Romero dirige Comando Assassino (1988), sobre um homem tetraplégico e um macaco treinado que vira aos poucos seu instrumento de vingança. Ganhou prêmios em alguns festivais, mas não foi muito celebrado pelo público médio. Depois reparte uma adaptação de um conto de Edgar Allan Poeno filme Dois Olhos Satânicos (1990) com o diretor Dario Argento e em seguida mais uma adaptação de Stephen King com o interessante e subestimado A Metade Negra de 1993.

Sem obter o mesmo reconhecimento em termos de bilheteria dos seus filmes de zumbis, Romero só voltaria à cadeira de diretor após um hiato de sete anos com o filme A Máscara do Terror, sobre um homem cuja face se torna gradualmente uma máscara branca, que também não foi bem e entrou no hiato novamente, desta vez por mais cinco anos.

Mas um pouco antes, em 1998, Romero foi contratado pela produtora de games Capcom para rodar um comercial de 30 segundos para promover o popular game Resident Evil 2, acontece que o comercial foi divulgado nas semanas que seguiram do lançamento jogo e se tornou muito popular no Japão, fato este que fez com que a Capcom formalizasse um convite para que Romero dirigisse a versão cinematográfica do game. Como bem sabemos Romero recusou, em suas palavras: "Não quero fazer mais um filme de zumbis e não quero fazer um filme baseado em alguma coisa que não é minha...". Entretanto um pouco depois o diretor reconsiderou e chegou a escrever um roteiro, embora tenha recebido vários elogios, foi descartado para dar lugar ao tratamento de Paul W. S. Anderson.

Romero demonstrou admiração pelo diretor Zack Snyder após os bons resultados do remake de Despertar dos Mortos, lançado no Brasil como Madrugada dos Mortos (2004), fato este que contribuiu para o retorno do diretor em transformar a trilogia em quadrilogia, não antes de se aventurar no mundo dos quadrinhos ao escrever uma minissérie pela DC Comics em 6 partes chamada "Toe Tags Featuring George Romero" (com arte de Tommy Castillo e Rodney Ramos).

Em 2005 finalmente sai Terra dos Mortos e com criticas positivas e bom retorno financeiro, Romero anunciou mais um filme sobre zumbis: Diary of the Dead, mas rumores que, no começo do mês outubro de 2006, o diretor teria sido hospitalizado por um colapso preocuparam os fãs. Surpreendentemente na metade deste mesmo mês o mestre se sentiu bem o suficiente para continuar sua mais nova obra. Atualmente o filme se encontra em pós-produção para lançamento em meados de 2007.

Curiosidades

- George Romero é casado com a atriz Christine Forrest que conheceu nos sets de Season of the Witch e que quase sempre faz ponta nos seus filmes;

- Foi candidato para dirigir uma versão cinematográfica do livro "A Dança da Morte" de Stephen King, adaptado por Rospo Pallenberg, mas o filme nunca se materializou. Ao invés disto foi adaptada pelo próprio King em uma minissérie de TV;

- Também foi contatado para dirigir Cemitério Maldito, mas desistiu devido a diversos atrasos, passou o bastão para o amigo Tom Savini, que também caiu fora até que finalmente Mary Lambert ficou com o trabalho;

- Começou a fazer filmes quando ainda tinha 14 anos em uma câmera de 8mm;

- Romero colaborou com a empresa de games Hip Interactive na produção de um jogo chamado City of the Dead, mas o jogo foi cancelado devido a problemas financeiros da empresa;

- Segundo George Romero seus 10 filmes favoritos são: Irmãos Karamazov (1958), Casablanca (1942), Dr. Fantástico (1964), Matar Ou Morrer (1952), As Minas do Rei Salomão (1950), Intriga Internacional (1959), Depois Do Vendaval (1952), Repulsa Ao Sexo (1965), A Marca Da Maldade (1958) e Os Contos de Hoffman (1951), muito embora afirme que foi este último que o fez ter vontade de fazer filmes;

Filmografia

2005: Terra dos mortos (Land of the dead)
2000: A Máscara Do Terror (Bruiser)
1993: A Metade Negra (Dark half, The)
1990: Dois olhos satânicos (Due occhi diabolici)
1988: Comando assassino (Monkey shines)
1985: O Dia dos Mortos (Day of the dead)
1982: Creepshow - Show de horrores (Creepshow)
1981: Cavaleiros de aço (Knightriders)
1978: Despertar dos mortos (Dawn of the dead)
1977: Martin (Martin)
1974: O.J. Simpson: Juice on the loose (TV)
1973: Exército de Extermínio (The Crazies)
1972: Season of the Witch / Hungry wives
1971: There's always vanilla
1968: A Noite dos Mortos-Vivos (Night of the living dead)

Fontes: Wikipédia; George A. Romero.
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sábado, 6 de agosto de 2011

Argento, o mestre do horror italiano

Mestre do "Horror Italiano", Dario Argento nasceu em Roma, em 7/9/1940. Sua mãe era uma fotógrafa brasileira que se casou com um italiano, Salvatore Argento (produtor de cinema), e decidiu morar na Itália. Por esse motivo, Dario considera-se meio brasileiro. Diz ter familiares e muitos amigos no Brasil.

A crítica o considera como uma espécie de Hitchcock italiano, principalmente quando assina obras de suspense como O pássaro das plumas de cristal e O gato das nove caudas. Da mesma forma como Hitchcock descobriu Psicose, Dario descobriu o horror. Virou o mestre europeu do gênero. "Até os americanos me reconhecem como mestre", admite sem falsa modéstia.

Ele não consegue explicar de onde veio sua atração pelo 'giallo', o nome como o gênero policial é tratado na Itália, porque os pulps, antigamente, tinham capas amarelas (uma característica que não era só italiana; no Brasil também houve a Série Amarela). Mas arrisca uma interpretação. "Não tenho medo de olhar para o meu lado escuro, não vejo os olhos quando vejo a violência do mundo à minha volta." Foi assim que, em sua carreira, o suspense progressivamente foi sendo substituído pelo horror e, por meio dele, Argento gosta de explorar os limites do medo na tela. Mas não prega sustos só por pregar. Está sinceramente interessado em discutir a angústia contemporânea.

Diz que se interessa muito por psicanálise. Jung? Não, Freud. "A Interpretação dos Sonhos é a minha Bíblia; sempre que vou a Viena, nunca deixo de visitar a casa dele." O freudianismo transparece no filme A Síndrome de Stendhal, que costuma passar na TV paga, mas o preferido de Argento é Suspiria. "É belíssimo", define. Belíssima, para ele, também é a sua versão de O Fantasma da Ópera, que saiu só em vídeo no Brasil, com Julian Sands e Asia Argento, sua filha.

Muitos diretores como Brian De Palma e Stanley Kubrick aprenderam com ele a usar um estilo único de movimentação de câmera e mistura de cores que criam efeitos impressionantes na tela.

Filmografia

- 1969: As Plumas de Cristal
- 1975: Prelúdio Para Matar
- 1977: Suspiria
- 1980: A Mansão do Inferno
- 1985:Demons (produção)
- 1986:Demons 2 (produção)
- 1986:Terror na Ópera
- 1990:Dois Olhos Satânicos
- 1993:Trauma

Fonte: baseado num texto de Luiz Carlos Merten
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terça-feira, 26 de julho de 2011

Hitchcock, o mago do suspense

Apelidado de "mago do suspense", Hitchcock se tornou um dos mais conhecidos e bem-sucedidos cineastas do mundo, gênero a que dedicou quase todos seus filmes.

Alfred Hitchcock nasceu em Londres em 13 de agosto de 1899. Estudou engenharia e começou a trabalhar no cinema em 1920, como criador de letreiros de filmes mudos e depois como roteirista.

Dirigiu o primeiro filme em 1925 e no ano seguinte iniciou, com The Lodger (1926), a série de películas de suspense que o fariam famoso. Blackmail (1929; Chantagem), seu primeiro filme sonoro, alcançou grande sucesso.

Depois de um período britânico, com filmes como The Thirty-nine Steps (1935; Os trinta e nove degraus) e The Lady Vanishes (1938; A dama oculta), Hitchcock prosseguiu a carreira nos Estados Unidos, onde sua primeira película, Rebecca (1940; Rebeca, a mulher inesquecível), ganhou o Oscar da Academia para melhor filme.

Posteriormente, realizou Suspicion (1941; Suspeita), com uma inesquecível cena final centrada sobre um copo de leite presumivelmente envenenado, e Notorious (1946; Interlúdio).

Na década de 1950, aperfeiçoou ao máximo suas técnicas de suspense em filme como Strangers on a Train (1951; Pacto sinistro), Rear Window (1954; Janela indiscreta), The Wrong Man (1959; O homem errado) e Vertigo (1959; Um corpo que cai), este último, na opinião de alguns críticos, sua obra-prima.

Hitchcock experimentou mais tarde novos recursos dramáticos e expressivos. Assim, por exemplo, em Psycho (1960; Psicose), o espetacular assassinato da protagonista ocorre logo no início do filme; em The Birds (1963; Os pássaros), o clima de terror é provocado por aves que, inexplicavelmente, começam de repente a atacar as pessoas. Em Torn Curtain (1966; Cortina rasgada) e Topaz (1969; Topázio), histórias convencionais de espionagem, expôs uma clara divisão maniqueísta entre o bem e o mal.

Hitchcock tornou-se uma figura familiar ao grande público ao apresentar na televisão, nas décadas de 1950 e 1960, relatos breves de suspense. Era costume do diretor fazer em seus filmes aparições fugazes, que podiam ir desde subir num trem com um violoncelo até cruzar a tela passeando com um cachorro. Morreu em 29 de abril de 1980 em Bel Air, Califórnia.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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