terça-feira, 3 de abril de 2012

Injeção letal

Como agem as injeções letais usadas em execuções nos EUA? O condenado, firmemente preso a uma maca, recebe três substâncias, aplicadas no braço por via intravenosa. A primeira seringa vem recheada com uma dose altíssima de anestésico, que o deixa desacordado.

Segundo o anestesiologista José Otávio Auller Jr., da Universidade de São Paulo, não dá nem para contar até dez antes de dormir. “Só essa quantidade exagerada de barbitúrico, vinte vezes maior do que a média usada em cirurgias, já pode provocar a morte por parada respiratória.”

Em seguida, os executores aplicam um forte relaxante muscular, que, entre outros efeitos, paralisa o diafragma, interrompendo a respiração. O toque final é dado pelo cloreto de potássio, que pára o coração. A morte chega em cerca de 1 minuto.

Visto friamente, sem levar em conta a questão ética envolvida na pena de morte, o método de execução é eficiente. Mesmo assim, pode apresentar complicações. Entre os acidentes possíveis está a má aplicação das substâncias. “Se o preso oferecer resistência e o anestésico acertar o músculo por engano, a dor será insuportável”, ressalta Auller Jr.

Trinta e oito Estados americanos prevêem a pena de morte em sua legislação. “Desse total, só quatro ainda utilizam a cadeira elétrica: Alabama, Geórgia, Nebraska e Flórida”, diz Tracy Snell, do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Alguns também recorrem à câmara de gás.

O coquetel macabro

1 – Uma boa quantidade (5 gramas) do anestésico pentotal sódico encharca o córtex cerebral, atrapalhando o funcionamento das células responsáveis pela consciência e desacordando o preso.

2 – Depois, são aplicados 50 mililitros de brometo de pancurônio, um relaxante muscular. Ele impede que o sinal nervoso responsável pela contração dos músculos seja transmitido. O diafragma – essencial para a respiração – deixa de funcionar.

3 – Nessa etapa, o condenado geralmente já está morto. Mas, para garantir a execução, são injetados mais 50 mililitros de cloreto de potássio, que impedem a contração do músculo cardíaco, parando o coração.

Fonte: Mega Arquivo.
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domingo, 1 de abril de 2012

Copa do Mundo 1934

A conquista da seleção dona da casa é usada como propaganda para o regime fascista. Ganhar a Copa do Mundo que sediaria era um ponto de honra para a Itália de Benito Mussolini. O fascismo avançava na Europa e a vitória dos italianos seria propaganda desse regime autoritário.

Para garantir o melhor time possível, Mussolini mudou leis para facilitar a naturalização de bons jogadores descendentes de italianos que nasceram em outros países. Pela primeira vez, o número de países inscritos (32) superou o número de vagas (16), obrigando o início do sistema de eliminatórias.

O Uruguai, campeão em 1930, boicotou o torneio em protesto à ausência da maioria das seleções européias na primeira Copa. O torneio adotou o sistema de eliminatória simples, do tipo "perdeu, cai fora". Nenhum país das Américas venceu na estréia. O maior adversário da Itália foi a Espanha, considerada por muitos o melhor time da Copa. Para vencê-lo, a Itália jogou 210 minutos: 1 a 1 na primeira partida (com prorrogação) e 1 a 0 no jogo-desempate. Na final, com o time cansado, a Itália venceu a Tchecoslováquia por um minguado 2 a 1.


Seleção brasileira decepciona

Outra briga, desta vez entre profissionais e amadores, enfraqueceu o Brasil para a Copa da Itália. A CBD, amadora, teve dificuldade para montar uma boa seleção, pois surgira uma nova entidade – a Federação Brasileira de Futebol, profissional. A maioria dos bons jogadores brasileiros atuava em clubes profissionais, filiados à FBF. Não houve acordo para uma trégua durante a Copa. A solução foi negociar diretamente com os jogadores. A CBD aliciou Leônidas (Vasco), Luizinho e Waldemar de Brito (São Paulo), entre outros. Os clubes profissionais eram contra: o Palestra Itália (hoje Palmeiras) escondeu seus jogadores em uma fazenda.

Espanha 3 x 1 Brasil, a defesa da Espanha desceu a bota nos brasileiros: quatro contra um.
A campanha foi curta. O Brasil foi eliminado na estréia, em Gênova, pela forte seleção espanhola: 3 a 1. Com 30 minutos de jogo, os espanhóis já venciam por 3 a 0, dois gols de Langara e um de Irarogorri, de pênalti. No segundo tempo, o Brasil melhorou. Leônidas pegou um rebote do goleiro Zamora e descontou aos 7 min. Oito minutos depois, Luizinho teve um gol anulado pelo juiz alemão Birlem, por impedimento. Aos 25 min, Waldemar de Brito desperdiçou um pênalti, defendido pelo grande Zamora. Waldemar se redimiria muito mais tarde: foi ele quem descobriu o talento de Pelé.

Na Copa de 1934, a estréia do Brasil foi também a despedida: Espanha 3 x 1

Curiosidades

Lenço na cabeça - O atacante italiano Luigi Bertolini, melhor cabeceador da Europa, disputou a Copa com seu tradicional lenço branco amarrado na cabeça. As bolas tinham costuras externas grosseiras que machucavam a testa do jogador.

Brasileiro campeão - Anfilogino Guarisi, o Filó, brasileiro que jogou no ataque do Corinthians, foi um dos italianos naturalizados no time campeão.

Comentário - "Ides para um país que se renova moral e materialmente. O italiano, que se sentia deprimido antes do advento do fascismo, sente-se agora orgulhoso de sua própria raça. É esse o exemplo que deve guiar os esportistas brasileiros". De Getúlio Vargas, então presidente, à delegação que seguia para a Itália.

Informações gerais

Participantes - 16
Anfitrião - Itália
Período - 27 de Maio – 10 de Junho
Gols - 70 (média de 4,1)
Campeão - Itália
Vice-campeão - Tchecoslováquia
Artilheiro - Oldřich Nejedlý (Tchecoslováquia), 5 gols
Maior goleada - Itália 7 – 1 Estados Unidos - Stadio Nazionale PNF, Roma, 27/5
Público - 358.000 (média de 21.058)

Classificação: 1º - Itália / 2º - Tchecoslováquia / 3º - Alemanha / 4º - Áustria

A Seleção Italiana posando antes da final. Em pé, da esquerda para a direita, estão Combi, Monti, Ferraris IV, Allemandi, Guaita e Ferrari; agachados, Schiavio, Meazza, Monzeglio, Bertolini e Orsi
A campanha do campeão:

Oitavas-de-final
27/5 Itália 7 x 1 Estados Unidos
Quartas-de-final
31/5 Itália 1 x 1 Espanha
31/5 Itália 1 x 0 Espanha
Semifinal
3/6  Itália 1 x 0 Áustria
Final
10/6 Itália 2 x 1 Tchecoslováquia

Fonte: http://www.cassio.com.br/bolabrasil/copa1934.html
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sexta-feira, 30 de março de 2012

Rivelino, a Patada Atômica

"Vim ver Pelé, mas acabei vendo Rivelino", disse Beckenbauer, depois de ver o meia-esquerda driblar três e meter a bola por baixo das suas pernas numa jogada impressionante, o "elástico". Rivelino ainda marcou um gol em Iashin naquele jogo Brasil 2 x Seleção da Fifa 1, no Maracanã. em 1968. O futebol de Roberto Rivelino realmente era de impressionar. Tanto que os mexicanos, na Copa de 1970, o chamaram de "Patada Atômica" por causa de seus chutes violentos e venenosos.

Mas não dependia apenas do chute, que usava como poucos para bater faltas precisas e fazer lançamentos perfeitos. Driblava curto e com rapidez estonteante.

Sua condição de craque, entretanto, não conseguiu trazer um título para o Corinthians, clube que o revelou. Depois de perder uma decisão para o Palmeiras, em 1974, foi crucificado pela torcida e pelo dirigente Vicente Matheus, sendo vendido ao Fluminense.

Roberto Rivellino nasceu no bairro da Aclimação, em São Paulo, em 10/1/1946. Caçula de três filhos de um técnico de telefonia e pequeno empresário passou a infância e a adolescência no bairro do Brooklin, jogando futebol nos campos de várzea da região. Estudou até o ginásio. Aos 16 anos, entrou para o juvenil do Corinthians, chegando a titular desse clube três anos mais tarde, vestindo a camisa 10.

Foi campeão dos torneios Rio-São Paulo (1966), do Povo (1971) e Laudo Natel (1973), sem conquistar nenhum campeonato paulista. Em 1966 foi convocado para a seleção brasileira pela primeira vez, para um amistoso contra a Hungria. Participou de todas as seleções entre 1968 e 1978, vestiu a camisa brasileira 121 vezes e jogou três Copas do Mundo (1970/1974/1978).

Na Copa do Mundo de 1970, no México, atuou fora de posição, pela ponta esquerda. Em 1974 deixou o Corinthians e foi para o Fluminense. No tricolor foi bicampeão carioca em 1975 e 1976, além de ganhar a Taça Guanabara em 1975.

Em 1978 foi comprado pelo El Helal, da Arábia Saudita, no qual jogou até encerrar a carreira, em 1982. Pelo time árabe foi bicampeão regional e campeão da Copa do Rei (campeonato nacional). Após abandonar a carreira, tornou-se comentarista esportivo e abriu uma escolinha de futebol em São Paulo.

Fontes: Revista Placar; Algo Sobre.
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