sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Flávio, o implacável artilheiro

O centroavante Flávio fez a alegria de muitas galeras. Mais precisamente, do Internacional, Corinthians, Fluminense, Porto (Portugal), Pelotas, Santos, Figueirense, Brasília e Wilstermann (Bolivia). Ao todo, atingiu a espantosa marca de 603 tentos, nove dos quais marcados em rápida passagem pela Seleção. Mas foi nos clubes que conseguiu seus feitos mais notáveis: a artilharia do Campeonato Paulista de 1967, dos Cariocas de 1969 e 1970, do Gaúcho de 1977. Sem falar no Brasileirão de 1975, quando marcou dezesseis vezes com a camisa 9 do Internacional.

Flávio Almeida da Fonseca, também conhecido como Flávio Minuano, Flávio Bicudo ou simplesmente Flávio, nasceu em Porto Alegre, RS, em 09/09/1944. Foi um centroavante artilheiro, goleador de diversas competições. Quando menino, era músico (tocava saxofone) e entregava jornais, profissões que trocou depois pela de jogador de futebol.

Começou no Real Madri, equipe de várzea da cidade de Porto Alegre, de onde ele se transferiu para o Sport Club Internacional em 1959. Logo no teste que fez para tentar ingressar nas equipes infantis do Inter, marcou 3 gols em 35 minutos. Ingressou no time principal do Internacional em 1961, sendo campeão gáucho aquele ano e ganhando o apelido de Flávio Bicudo, com o qual foi convocado para a Seleção Brasileira em 1963.

Em 1964 transferiu-se para o Sport Club Corinthians Paulista, onde jogou até 1969 sem conquistar nenhum título paulista, mas sendo o artilheiro do estadual de 1967 com 21 gols (superando Pelé) e sendo autor de um dos gols que quebrou o tabu de 11 anos que o Corínthians ficou sem ganhar do Santos Futebol Clube. Foi neste período que ganhou do locutor Geraldo José de Almeida o apelido de Flávio Minuano, numa alusão ao vento minuano, característico do Rio Grande do Sul.

De São Paulo, Flávio transferiu-se para o Fluminense Football Club em 1969, sendo campeão carioca logo no primeiro ano. Era uma época de clássicos com o Maracanã lotado e mais de 171.000 pagantes na final deste campeonato, um Fla-Flu sensacional, em que o Fluminense venceu por 3 a 2, de virada, com Flávio sendo o grande herói da conquista. Pelo Fluminense, Flávio foi ainda campeão do Campeonato Brasileiro em 1970 e do Campeonato Carioca de 1971, marcando 92 gols em 115 partidas disputadas neste período. No Campeonato Brasileiro de 1970 não pode jogar as últimas quatro partidas, vindo a perder a artilharia nacional na última rodada, por diferença de um gol.

Após a sua passagem pelo Fluminense, Flávio se transferiu para o Futebol Clube do Porto, de Portugal, onde manteve a fama de matador, marcando mais de 70 gols por este clube.

Voltou para o Brasil e para o Internacional em 1975, reestreando num grenal (dia 13 de julho) em que marcou um gol logo aos 4 minutos, ajudando a construir a vitória do Inter por 2 a 1. Quatro semanas depois, na decisão do campeonato gaúcho, em novo grenal, Flávio marcou na prorrogação o único gol da partida, dando ao Inter o título de heptacampeão. Nos meses seguintes, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1975, ajudando a construir o primeiro título nacional de um clube gaúcho.

Em 1977, transferiu-se depois para o Esporte Clube Pelotas, pelo qual foi artilheiro do campeonato gaúcho. Ainda jogou depois em outros clubes até 1981, sem o mesmo sucesso de antes. Atualmente, Flávio trabalha com escolinhas infantis de futebol em São Paulo, no distrito de Ermelino Matarazzo.

Flávio afirma ter feito 1.070 gols em toda sua carreira. Sobre o milésimo gol, ele fala: "Foi quando eu jogava pelo Pelotas, no interior do Rio Grande do Sul, em uma partida contra o Caxias no Alfredo Jaconi. Acho que foi empate de 3 a 3. O pessoal lá comemorou, teve um oba-oba, mas foi uma coisa superficial. O Brasil não ficou sabendo".

Títulos

Pelo Internacional: Campeonato Gaúcho: 1961, 1975, 1976 - Campeonato Brasileiro: 1975; pelo Corinthians: Torneio Rio-São Paulo: 1966; pelo Fluminense: Campeonato Carioca: 1969, 1971 - Campeonato Brasileiro: 1970.

Artilharia

Pelo Corinthians: Torneio Rio-São Paulo: 1965 (13 gols) - Campeonato Paulista: 1967 (21 gols); pelo Fluminense: Campeonato Carioca: 1969 (15 gols), 1970 (18 gols); pelo Internacional: Campeonato Brasileiro: 1975 (16 gols); pelo Pelotas: Campeonato Gaúcho: 1977 (13 gols).

Fontes: Revista Placar; Wikipédia.
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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Camboriú em Novembro

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Balneário Camboriú da linda Santa Catarina na tarde de 29 de novembro. As duas primeiras fotos no Pontal Norte da famosa cidade. A última, saboreando um sundae depois da Rua 2000.

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Paulette Goddard

Paulette Goddard (Pauline Marion Goddard Levy), atriz e modelo americana, nasceu em Nova Iorque, em 03/06/1910 (ou por volta de 1910, não há um consenso sobre a data), e faleceu em Ronco sopra Ascona, Suíça, em 23/04/1990.

Foi famosa por seus filmes pela Paramount Pictures nos anos 40, e pelos seus casamentos com homens notáveis: Charles Chaplin, Burgess Meredith e Erich Maria Remarque. Seu pai, Joseph Russell Levy, era judeu, e sua mãe, Alta Mae Goddard, era da igreja episcopal. Divorciaram-se quando Paulette ainda era jovem, ficando ela aos cuidados da mãe. O pai praticamente desapareceu de sua vida, ressurgindo posteriormente, no final de 1930, depois que ela se tornou uma estrela.

Inicialmente pareciam ter bom relacionamento, e assistiam juntos as estréias dos filmes, mas depois ele alegou em mais de um artigo de revista que ela o abandonou quando jovem. Eles nunca se reconciliaram e, após a sua morte, ele lhe deixou apenas um dólar em seu testamento.

Paulette frequentou a Washington Irving High School, em Manhattan, ao mesmo tempo que Claire Trevor, após o que decidiu se dedicar ao mundo artístico. Charles Goddard a ajudou a encontrar trabalhos como modelo, em especial com o Ziegfeld Follies, como uma das “Ziegfeld Girls” entre 1924 e 1928.

Conseguiu participar do grupo de coristas ao alegar ter nascido em 1905, o que lhe conferia cinco anos a mais e a possibilidade de atuar nos palcos da Broadway, aos 15 anos de idade. Sua estréia nos palcos foi na revista de Ziegfeld “No Foolin”, em 1926, e desempenhou um pequeno papel em “Rio Rita”.

No ano seguinte, fez sua estréia no palco atuando em “The Unconquerable Male”. Ela também mudou seu primeiro nome para Paulette, e adotou o nome de solteira de sua mãe (que também era o sobrenome do seu tio favorito Charles) como seu próprio sobrenome.

Paulette casou pela primeira vez aos 16 anos de idade, com o industrial do setor madeireiro Edward James. Em 1929, ainda casada, foi contratada por Hal Roach como extra. Em 1931, depois de se divorciar, foi para Hollywood e participou do grupo “Goldwyn Girls”, nas comédias musicais de Eddie Cantor, produzidas por Goldwyn: “O garoto da Espanha", “Escândalos Romanos" e “Cai, Cai, Balão".

Em 1932, conheceu Charles Chaplin, que a convidou para integrar o elenco de "Tempos Modernos" (1936), filme de grande sucesso na época. A sua carreira, contudo, não decolou devido aos comentários sobre seu relacionamento com Chaplin. Casaram-se secretamente nesse mesmo ano, acabando por se separar em 1940.

Ainda antes do lançamento de "The Great Dictator" (O Grande Ditador), de Chaplin, em 15 de abril de 1940, Paulette trabalhou em “The Young in Heart” (Jovem no Coração) (1938), de David O. Selznick, “Dramatic School” (Escola Dramática) (1938), da Metro Goldwyn Mayer e “The Women” (As Mulheres) (1939).

Em "Tempos Modernos" (1936), com Chaplin
Pelo papel de "Miriam Aarons" em “The Women”, foi contratada pelos estúdios Paramount Pictures. Ficou na Paramount até 1949, fazendo 21 filmes, e sendo emprestada para outros estúdios. Os anos 40, foram o período em que mais trabalhou. Após "O Grande Ditador" (1940), participou em "Vendaval de Paixões" (1942), de Cecil B. DeMille e contracenou com Burgess Meredith em "Segredos de Alcova", de 1946.

Foi indicada para o Oscar uma única vez, na categoria de "Melhor Atriz Secundária" por "So Proudly We Hail!" (A Legião Branca), de 1943, e seu filme de maior sucesso foi "Kitty" (1945), onde interpretou o papel título.

No início dos anos 40, era uma das estrelas top contradas pela Paramount. No final dos anos 40, entrou em declínio, tendo sido dispensada em 1949. Após sair da Paramount fez, entre 1949 e 1954, oito filmes como “free-lance”, entre eles “Anna Lucasta” (1949) e “The Torch” (Do Ódio Nasce o Amor) (1950).

Após atuar em alguns filmes B, abandonou o cinema e foi viver para a Europa, onde casou com o escritor alemão Erich Maria Remarque, no final da década de 1950. Só voltou a filmar em 1972, num filme para televisão "The Snoop Sisters".

Paulette foi uma das muitas atrizes que fez o teste para o papel de "Scarlett O'Hara", protagonista do filme Gone with the Wind, de 1939, papel que acabou ficando para Vivien Leigh. No mesmo ano atuou com Bob Hope em "The Cat and the Canary" (O Gato e o Canário), um filme considerado bom, mas nunca à altura de Gone with the Wind.

Após a morte de Remarque, com quem vivia longe do cinema nos arredores de Lugano, ao sul da Suíça, Paulette dedicou-se aos negócios com jóias. Ainda aceitou um papel, a de mãe de Claudia Cardinale em "Gli Indifferent" (Os Indiferentes), filme italiano. Seu último filme, feito para televisão, foi "Snoop Sisters" (também conhecido como "Female Instinct"), para a MTV, em 1972, dirigido por Leonard B. Stern, ao lado de Helen Hayes, Mildred Natwick, Craig Stevens e Jill Clayburn, fazendo um pequeno papel de uma estrela assassinada.

Goddard foi tratada de câncer de mama, aparentemente com sucesso, embora a cirurgia tenha sido muito invasiva e que o médico teve de retirar várias costelas. Mais tarde, ela se estabeleceu em Ronco sopra Ascona, na Suíça, onde morreu após uma doença de curta duração (supostamente) enfisema vários meses antes de seu aniversário de 80 anos. Ela está enterrada no cemitério Ronco, ao lado de Remarque e sua mãe.


Filmes

The Snoop Sisters (1972) (TV)
Indifferenti, Gli (1964)
The Phantom (1961) (TV)
The Stranger Came Home (1954)
Charge of the Lancers (1954)
Paris Model (1953)
Sins of Jezebel (1953)
Vice Squad (1953)
Babes in Bagdad (1952)
The Torch (1950)
Anna Lucasta (1949)
Bride of Vengeance (1949)
Hazard (1948)
On Our Merry Way - Tudo pode acontecer (1948)
An Ideal Husband (1947)
Unconquered - Os inconquistáveis (1947)
Suddenly, It's Spring (1947)
The Diary of a Chambermaid - Segredos de Alcova (1946)
Kitty (1945)
I Love a Soldier (1944)
Standing Room Only (1944)
So Proudly We Hail! - Legião Branca (1943)
The Crystal Ball (1943)
The Forest Rangers (1942)
Reap the Wild Wind - Vendaval de Paixões (1942)
The Lady Has Plans (1942)
Nothing But the Truth - 24 horas sem mentir (1941)
Hold Back the Dawn (1941)
Pot o' Gold (1941)
Second Chorus - Amor da minha vida (1940)
orth West Mounted Police - Legião de Heróis (1940)
The Great Dictator - O grande ditador (1940)
The Ghost Breakers - O castelo sinistro (1940)
The Cat and the Canary - O gato e o canário (1939)
The Women - As mulheres (1939)
Dramatic School - Escola dramática (1938)
The Young in Heart - Jovem no Coração (1938)
The Bohemian Girl - A princesa boêmia (1936)
Modern Times - Tempos modernos (1936)
Kid Millions (1934)
Roman Scandals - Escândalos romanos (1933)
The Bowery - O Bamba da Zona (1933)
The Kid from Spain - Meu boi morreu (1932)
Girl Grief (1932)
Pack Up Your Troubles (1932)
Show Business (1932)
The Mouthpiece (1932)
Ladies of the Big House (1931)
The Girl Habit (1931)
City Streets (1931)
The Locked Door (1929)
Berth Marks (1929)

Fontes; Wikipédia; Cinema Clássico.
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