sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O papel e sua história

A palavra papel é originária do latim "papyrus", nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus), encontrado às margens do rio Nilo, no Egito,  e que representou para os egípcios o suporte da escrita hieroglífica, veículo de transmissão do conhecimento e da sensibilidade do homem da época.

O talo dessa planta era cortado na parte interior onde se encontravam as fibras muito resistentes e flexíveis e que unidas em lâminas, serviam de superfície própria para escrever.

O papiro atravessou séculos, levando a cultura do Egito a outros povos, copiada até pelos gregos e romanos, que escreviam em rolos; por isso permitiu não só a preservação da memória cultural, mas serviu também de testemunho da história dos materiais usados pelo homem.

No século II, o papiro fazia tanto sucesso entre os gregos e os romanos, que os mandatários do Egito decidiram proibir a sua exportação, temendo a escassez do produto. Isso disparou a corrida atrás de outros materiais.

Na cidade de Pérgamo, na Antiga Grécia (hoje, Turquia), foi usado o pergaminho, obtido da parte interna da pele do carneiro. Grosso e resistente, ele era ideal para os pontiagudos instrumentos de escrita dos ocidentais que cavavam sulcos na superfície do suporte, os quais eram, depois, pacientemente preenchidos com tinta.

O pergaminho, entretanto, não era liso e macio o suficiente para resolver o problema dos chineses, que praticavam a caligrafia com o delicado pincel de pêlo, inventado por eles ainda no ano 250 a.C. - só lhes restava, assim, a solução muito menos econômica de escrever em tecidos como a seda. E o tecido, naqueles tempos antigos, podia sair tão caro como uma pedra preciosa.

Provavelmente, o papel já existia na China desde o século II a.C., como indicam os restos num túmulo, na província de Shensi. Mas o fato é que somente no ano 105, o oficial da corte T'sai Lun anunciou ao imperador a sua invenção. Tratava-se, afinal, de um material muito mais barato do que a seda, preparado sobre uma tela de pano esticada por uma armação de bambu. Nessa superfície, vertia-se uma mistura aquosa de fibras maceradas de redes de pescar e cascas de árvores.

No ano 750, dois artesãos da China foram aprisionados pelos árabes, na antiga cidade de Samarcanda, aos pés das montanhas do Turquistão. A liberdade só lhes seria devolvida com uma condição - se eles ensinassem a fabricar o papel, que assim iniciou a sua viagem pelo mundo. No século X, foram construídos moinhos papeleiros em Córdoba, Espanha.

Os italianos da cidade de Fabriano começaram a fabricar papel, em 1268, à base de fibras de algodão e de linho, além de cola - substância que, ao envolver as fibras, tornava-as mais resistentes às penas metálicas com que escreviam os europeus. Quanto ao preço, no entanto, papel e pergaminho empatavam, pois era muito difícil conseguir roupas velhas para extrair a celulose.

Quando, na Renascimento, o advento da imprensa fez o consumo de papel aumentar terrivelmente, os ingleses chegaram a determinar que as pessoas só poderiam ser enterradas com trajes de lã, a fim de poupar os trapos de algodão, deixados como herança para os papeleiros. Até hoje o papel-moeda, por exemplo, não dispensa esse nobre ingrediente, que por ter fibras longuíssimas faz um produto difícil de rasgar.

Apenas em 1719, o entomologista René de Réaumur (1683-1757) sugeriu trocá-lo pela madeira. Ele observou vespas a construir ninhos com uma pasta feita a partir da mastigação de minúsculos pedaços de troncos.

Fontes: http://catarinameireles.no.sapo.pt; http://www.sitedecuriosidades.com.
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Sexta-feira 13 e suas supertições

A Sexta-feira que cai num dia 13 de qualquer mês é considerada popularmente como um dia de azar.

O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 signos do zodíaco.

Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.

Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.

Esta superstição pode ter tido origem no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França; os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.

Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.

Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio.

Além da justificativa cristã, antes disso existem duas outras versões que provêm da mitologia nórdica que explicam a superstição. Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Daí veio a crendice de que convidar 13 pessoas para um jantar era desgraça. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.

Segundo outra versão, a deusa do amor e da beleza era Friga (que deu origem a frigadag, sexta-feira). Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Friga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.

A superstição é derivada apenas de nosso desconhecimento, mas quando nos tornamos mais conscientes de nossos atos, nossa forma-pensamento se fortalece.

Superstições são as culpadas que encontramos para nossos erros e desconhecimentos:

-Quando um gato preto atravessa nosso caminho logo pensamos que teremos um dia inteiro de azar, mas podem ter certeza de que ele estará pensando que terá “azar” se você o chutar;

-Quando quebramos um espelho acidentalmente morremos de pavor achando que teremos sete anos de azar, mas nós você não tivermos cuidado com nossas coisas poderemos ter um prejuízo sete vezes maior que aquele;

-Ao passarmos por debaixo de uma escada também pensamos que nosso dia será desastroso, cheio de azar, mas podem ficar certos de que teremos um grande “azar” se tropeçarmos na escada e em cima dela estiver um pintor com várias latas de tinta.

Fonte: Site de Curiosidades.
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Gérard de Nerval

Contemporâneo de Victor Hugo, Musset e Lamartine, Nerval nada tem em comum com esses românticos franceses: como Edgar Allan Poe, cresceu de olhos postos na Alemanha de Hoffmann e foi um precursor do simbolismo, de Baudelaire e do surrealismo.

Gérard Labrunie, que adotou o pseudônimo Gérard de Nerval, nasceu em Paris em 22 de maio de 1808. Filho de um médico militar, perdeu a mãe aos dois anos e passou a infância junto ao avô, na região do Valois. Em 1822 foi estudar em Paris, onde freqüentou os círculos artísticos e dissipou a fortuna na boêmia. Aos vinte anos publicou uma tradução do Faust, de Goethe, que fascinou o autor.

Em 1934 Nerval viajou à Itália e, de volta, apaixonou-se pela atriz Jenny Colon, que se transformaria em imagem mítica das futuras obras do poeta. Nerval também viajou pela Alemanha e pelo Oriente Médio.

Na criação de Nerval, a sonoridade da linguagem acentua a magia de seu significado, em que se misturam influências cristãs e gregas, cabalísticas e orientais, sobretudo nos sonetos de Les Chimères (As quimeras), coletânea acrescida aos contos de Les Filles du feu (1854; As filhas do fogo), que incluem Sylvie, evocação transcendente do mundo de beleza e inocência da infância no Valois.

Ainda mais significativo, para muitos, é o romance Aurélia ou Le Rêve et la vie (1855; Aurélia ou O sonho e a vida), em que imagens da amada e da Virgem Maria se mesclam oniricamente. O melhor de sua obra foi realizado nos últimos anos, em que sofreu graves crises mentais e foi várias vezes internado, acabando por enforcar-se em Paris, em 26 de janeiro de 1855.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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