domingo, 21 de agosto de 2011

Divina comédia

No fim de sete anos de matrimônio, o único vínculo do casal eram os cravos do marido, que Marlene gostava de espremer. Fora esta distração profunda e imprescindível, não havia mais nada. Debaixo do mesmo teto, cercados pelas mesmas paredes, eles se sentiam como dois estranhos, dois desconhecidos, sem assunto, um interesse ou um ideal comum. E, como não tinham filhos, a inexistência de criança aumentava o tédio. Até que, um dia, Godofredo toma coragem e ataca, de frente, o problema da monotonia conjugal:

— Sabe qual é o golpe? O grande golpe? A solução batata?

— Qual?

E ele:

— A separação. Que é que você acha? Vamos nos separar?

No momento, Godofredo estava com a cabeça no colo da mulher. Muito entretida, Marlene coçava e catava os cravos do marido com inenarrável deleite. O rapaz insiste:

— Como é? Topas?

Ora, Marlene estava entregue a um mister que lhe parecia de suprema volutuosidade. Justamente acabava de fazer uma des¬coberta da maior gravidade. Com água na boca, anunciou:

— Achei um formidável! Grande mesmo!

E não sossegou enquanto não completou a extração do cravo monumental. Satisfeita, eufórica, vira-se, então, para Godofredo:

— O que é que você perguntou?

Ele repete:

— Vamos nos separar?

A princípio ela não entendeu:

— Separar?

Godofredo confirma: “Exato”. Sem horror, sem drama, apenas surpresa, ela indaga: “Separar por quê? A troco de quê? Sinceramente, não vejo razão”. Sóbrio, mas firme, ele protesta:

— Razão há. Tenha santíssima paciência, mas há. Você quer ver como há? Nossa vida é duma chatice inominável. Te juro o seguinte: — não há no mundo uma vida mais sem graça, mais besta do que a nossa. Há? Fala francamente.

Marlene parece disposta a uma segunda pesquisa no rosto do marido. Pergunta, meio distraída:

— Você me dá três dias pra pensar?

Godofredo faz os cálculos:

— Três dias? Dou.

A VIZINHA

Na história matrimonial de ambos, não havia a lembrança de um atrito, de um incidente sério, de um ressentimento. Eles se aborreciam juntos, eis tudo. Para Godofredo, a monotonia era um motivo mais do que suficiente para a separação. Já Marlene, que respeitava mais a opinião dos parentes e vizinhos do que a do próprio Juízo Final, duvidava um pouco. De qualquer maneira, como era uma mártir, uma Joana d’Arc do tédio, é possível que acabasse concordando. Mas aconteceu uma coincidência interessante: no dia seguinte, conhece Osvaldina, sua nova vizinha. Conversa vai, conversa vem, e Osvaldina, sua vizinha, começa a pôr o seu marido nas nuvens.

— Esposa tão feliz como eu, pode haver. Mas duvido!

Isto foi o princípio. Formara-se um grupo de mulheres na calçada. E Osvaldina continuou, no mesmo tom de comício: “Estou casada há cinco anos. Muito bem. Vocês pensam que a minha lua-de-mel acabou? Que esperança!”. Houve em derredor um assombro mudo e, possivelmente, um despeito secreto. Uma lua-de-mel assim infantil e infinita era um fato sem precedente naquela rua, onde o fastio do matrimônio começava ao término da primeira semana. E a fulana prosseguia, cada vez mais cheia de si e do marido:

— Jeremias me beija, hoje, como na primeira noite etc. etc.

De noite, quando Godofredo chegou, Marlene estava indignada. Contou-lhe o caso da vizinha e explodiu:

— Uma mascarada! Pensa que é o quê? Melhor do que ninguém? Ora veja!

Godofredo rosna:

— Deixa pra lá!

Mas ela estava numa revolta sincera e profunda:

— Você conhece o marido dela? Viu? É um espirro de gente, um tampinha! E vou te dizer mais: não chega a teus pés, não é páreo pra ti!

De cócoras, ao pé do rádio, Godofredo estava procurando uma estação. Súbito, a mulher vira-se para ele. Foi misteriosa:

— Ela não perde por esperar! Vou tomar as minhas providências! Quando quero, sou maquiavélica!

MUDANÇA

De manhã, quando o marido ia sair, ela avisou: “Vou te levar ao portão”. Ele, que enfiava o paletó, espanta-se: “Que piada é essa?”. O espanto era natural, considerando-se que, após dez dias de lua-de-mel, ela jamais rendera ao marido semelhante homenagem. Interpelada por Godofredo, eleva a voz:

— Piada por quê, ora bolas? Você não é meu marido? Devo tratar meu marido a pontapés?

Ele, sem entender patavina, rosna:

— É fantástico!

E vai saindo na frente. Então, Marlene, dando-lhe o braço, exige: “Presta atenção. Lá fora, vou te beijar, percebeste?”. Houve no portão o que o próprio Godofredo chamaria depois de um verdadeiro show. Marlene dependurou-se no braço do esposo e deu-lhe um beijo cinematográfico na boca. Em seguida, enquanto o espantadíssimo Godofredo afasta-se, ela, num quimono rosa, debruçada no portão de madeira, esvazia-se em adeusinhos com os dedos.

A coisa fora tão insólita que, da cidade, o rapaz bateu o telefone para casa, fulo. Começou grosseiramente: “Você bebeu? Acordou com os azeites? Que papelão foi aquele?”.

Marlene engrolou as palavras. Ele insistiu:

— Há uns duzentos anos que tu não me beijavas na boca. Por que esse carnaval?

EXPLICAÇÃO

Quando voltou do serviço, e pôde conversar com a esposa, Godofredo soube de tudo. Quem tomara a iniciativa de proporcionar aos vizinhos e eventuais transeuntes cenas amorosas ao portão fora a nova vizinha. Osvaldina, com efeito, dava com o marido um espetáculo de incomensurável chamego. Marlene vira aquilo e se doera. Prometera de si para si: “Eu te dou o troco!”. E dizia agora ao esposo:

— Essa lambisgóia me atira na cara a sua felicidade. Pensa, talvez, que é a única esposa amada. As outras não são, só ela é que é. Mas comigo não, uma ova!
Devidamente esclarecido, Godofredo esbravejava, por sua vez: “Você resolveu dar um espetáculo e quem paga o pato sou eu? Exatamente eu?”. Exaltada, andando de um lado para o outro, Marlene estaca: “Você é marido pra quê, carambolas?”. E ele consternado:

— Mas, criatura, raciocina! Pensa um pouco! A gente não estava combinando o desquite? Separação?

Só faltou bater no marido:

— Você pensa que eu vou dar o gostinho a essa cavalheira? Se eu me separar, ela vai mandar repicar os sinos, vai espalhar que eu fracassei como mulher. Não, nunca! Você não casou comigo? Meu filho, aqui no Brasil não há divórcio, compreendeu? Agora agüenta!

Ele, pasmo, lívido, abria os braços para o teto:

— Essa é a maior! É a maior!

RIVALIDADE

E, então, todas as manhãs, era um duplo show de indescritível felicidade conjugai. No portão fronteiro, Osvaldina atracava-se ao esposo e submergia-se nas demonstrações mais deslavadas. Beijava-o como se o pobre homem fosse partir para a Coréia ou coisa que o valha. Por sua vez, Marlene não ficava atrás. Como os dois maridos saíssem quase na mesma hora, os dois espetáculos foram muitas vezes simultâneos. A princípio, Godofredo, envergonhado da comédia, quis relutar. Mas Marlene foi intransigente. Definiu em termos precisos a situação:

— O negócio é o seguinte: aqui, dentro de casa, você pode me tratar a pontapés. Mas lá fora, não. Lá fora, eu quero, eu faço questão que você banque o apaixonado até debaixo d’água, sim? Eu nunca te pedi nada. Te peço isso!

Godofredo coçava a cabeça impressionado. Mas era um bom sujeito, doce de caráter, fraco de coração. Compreendia que, para Marlene, aquela misteriosa mistificação matinal era um problema de vida e morte. Suspirou, arrasado:

— OK! OK!

AMOR DE VERDADE

Todos os dias, ela o instigava: “Vamos embasbacar essa gente, meu filho, conta pra eles que tu me amas com loucura e vice-versa”. Pouco a pouco, o espírito de concorrência, de rivalidade, foi se apoderando de Godofredo. À noite, depois do jantar, os dois saíam num agarramento, numa inconveniência de namorados. Já se rosnava na rua: “Aqueles dois são impróprios para menores!”. Simulavam também, no cinema, um falso assanhamento que indignava as pessoas próximas. Em casa, trancados, tiravam a máscara e agiam com a maior circunspeção. Mas tanto fingiram que, uma noite, a portas fechadas, ele se vira para a mulher: “Dá cá um beijinho”. Então espantado, inquieto, Godofredo saboreia o beijo, como se lhe descobrisse, subitamente, um sabor diferente e mágico.

Levanta-se e vem, transfigurado, beijar sôfrego e brutal a pequena. Arquejante, balbucia:

— Gostei.

Pronto. A partir de então, começaram uma nova e inenarrável lua-de-mel.
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A coroa de orquídeas e outros contos de A vida como ela é... / Nelson Rodrigues; seleção de Ruy Castro. — São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
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A divina Ava Gardner

Ava Gardner (Ava Lavinia Gardner), atriz, nasceu em Grabtown, Carolina do Norte, EUA, em 24/12/1922, e faleceu em Londres, Inglaterra, em 25/01/1990, aos 67 anos. Atriz americana do cinema clássico de Hollywood, é considerada uma das mais belas da história do cinema e uma das grandes estrelas do século XX.

Nascida no condado de Johnston, foi a sétima criança do casal Mary (Molly) Elizabeth Gardner e Jonas Gardner. Ava teve os irmãos Raymond (que morreu, aos dois anos de idade, de uma forma trágica, quando sua mãe, Molly, jogou no fogo, por engano, um detonador de dinamite que explodiu em seguida), Melvin, Beatrice, Elsie Mae, Inez, e Myra.

Seu cunhado Larry Tarr era fotógrafo em Nova Iorque e encheu suas vitrines com fotos de Ava Gardner, então com 16 anos de idade. Uma dessas fotos foi vista por um funcionário da Metro Goldwyn Mayer, Barney Duhan que aconselhou Larry Tarr a encaminhar fotos de sua cunhada para o estúdio. O diretor George Sidney gostou do que viu e convidou-a para Hollywood, onde desembarcou a 23 de agosto de 1941. Conseguiu um teste e um contrato com a produtora a 50 dólares por semana.
Foi também modelo da agência nova-iorquina de John Powers. Estudou dicção a fim de perder o forte sotaque sulino e estreou em um filme de Norma Shearer, "We Were Dancing" de 1942 e a partir daí fez uma série de pontas em filmes em que seu nome nem sequer aparecia nos letreiros.

Em 1941, Mickey Rooney era o pequeno rei da Metro: fazia um musical chamado "Babes On Broadway", no qual imitava Carmen Miranda, de baiana e maquiagem exagerada. Ava foi-lhe apresentada nesse dia. Casaram-se em 10 de janeiro de 1942, divorciando-se um ano depois, após uma série de brigas, em 21 de maio de 1943 (no mesmo dia em que sua mãe faleceu).

Seu segundo casamento deu-se em 17 de outubro de 1945, com o músico, compositor e regente Artie Shaw, homem extremamente culto e inteligente, que tentou fazer dela uma erudita, "inundando" sua vida com obras literárias clássicas e famosas. Esse casamento também não deu certo, durando apenas um ano e sete dias.

Seu último casamento foi com o célebre cantor Frank Sinatra, em 7 de novembro de 1951 e durou dois anos, embora a separação oficial só ocorresse em 1957. Ela nunca teve filhos e nem se casou mais, embora tenha mantido um romance com o toureiro Luis Dominguin por alguns anos.

Também teve um caso amoroso nos anos 1940 com o aviador bilionário Howard Hughes que durou até os anos 1950.


Para o cineasta Cecil B. DeMille, Ava era "a mulher mais linda do mundo". Nos estúdios ela era definida como possuidora de um olhar de gata, por isso o poeta Jean Cocteau a definiu como o "mais belo animal do mundo".

Passou seu último ano de vida reclusa em seu apartamento de Londres - eram suas companheiras apenas sua antiga governanta Carmen Vargas e seu amado Welsh Corgi, Morgan. Frank Sinatra pagou todas as suas despesas médicas após seu acidente vascular cerebral em 1989, que a deixou parcialmente paralisada e acamada.

Vargas levou seu corpo para sua casa nativa na Carolina do Norte para um funeral privado. Nenhum de seus ex-maridos participou. Gardner foi sepultada no Sunset Memorial Park, Smithfield, ao lado de seus irmãos e seus amados pais, Jonas (1878-1938) e Mollie Gardner (1883-1943). O centro de Smithfield tem o Ava Gardner Museum.

Prêmios

Academy Awards:

1954 Melhor Atriz, Mogambo

BAFTA Awards:

1957 Melhor Atriz Estrangeira, Bhowani Junction
1960 Melhor Atriz Estrangeira, On the Beach
1965 Melhor Atriz Estrangeira, The Night of the Iguana

Golden Globes:

1965 Best Motion Picture Actress - Drama, The Night of the Iguana

Laurel Awards:

1958 Top Estrela Feminina - sétimo lugar

San Sebastián International Film Festival:

1964 Melhor Atriz, The Night of the Iguana

Filmografia

1941 Fancy Answers
1941 Shadow of the Thin Man
1941 H.M. Pulham, Esq.
1941 Babes on Broadway
1942 We Do It Because
1942 Joe Smith, American
1942 This Time for Keeps
1942 Kid Glove Killer
1942 Sunday Punch
1942 Calling Dr. Gillespie
1942 Mighty Lak a Goat
1942 Reunion in France
1943 Du Barry Was a Lady
1943 Ghosts on the Loose
1943 Young Ideas
1943 Swing Fever
1943 Lost Angel
1944 Two Girls and a Sailor
1944 Three Men in White
1944 Maisie Goes to Reno
1944 Blonde Fever
1945 She Went to the Races
1946 Whistle Stop
1946 The Killers
1947 Singapore
1947 The Hucksters
1948 One Touch of Venus
1949 The Bribe
1949 The Great Sinner
1949 East Side, West Side
1951 Pandora and the Flying Dutchman
1951 My Forbidden Past
1951 Show Boat
1952 Lone Star
1952 The Snows of Kilimanjaro
1953 Ride, Vaquero!
1953 Mogambo
1953 Knights of the Round Table
1954 The Barefoot Contessa
1956 Bhowani Junction
1957 The Little Hut
1957 The Sun Also Rises
1958 The Naked Maja
1959 On the Beach
1960 The Angel Wore Red
1963 55 Days at Peking
1964 Seven Days in May
1964 The Night of the Iguana
1966 The Bible: In the Beginning…
1968 Mayerling
1970 Tam Lin
1972 The Life and Times of Judge Roy Bean
1974 Earthquake
1975 Permission to Kill
1976 The Blue Bird
1976 The Cassandra Crossing
1977 The Sentinel
1979 City on Fire
1981 Priest of Love
1982 Regina Roma
1985 A.D. (minisseries)
1985 The Long Hot Summer (TV)
1986 Harem (TV)

Fonte: Wikipédia.
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Anne Francis

Anne Francis, atriz americana, nasceu em Ossining, Nova Iorque, em 16/09/1930, e faleceu em Santa Barbara, California, em 02/01/2011. Começou bem cedo trabalhando como modelo, aos seis anos já trabalhava no rádio e aos 11 estreou na Broadway.

Contratada pela MGM, apareceu em pequenos papéis em musicais e dramas a partir de 1948, mas retornou a Nova Iorque logo depois, onde atuou na TV. Chamou a atenção do magnata do cinema Darryl F. Zanuck e assinou novo contrato com a 20th Century Fox.

Viveu sua cota de papéis de louras ingênuas, mas teve boas oportunidades em Sementes de Violência (1955) e no clássico da ficção científica Planeta Proibido (1956), no papel da encantadora Altaira, ao lado de Leslie Nielsen e de Robby, o robô.
Na TV, nos anos de 1950, teve participações especiais em séries como Os Intocáveis, Além da Imaginação, Rawhide, Rota 66, Dr. Kildare, Culpado ou Inocente, Alfred Hitchcock Apresenta, Ben Casey, Histórias do Velho Oeste/Death Valley Days, O Agente da UNCLE, O Fugitivo, A Lei de Burke, Os Invasores, Missão: Impossível, Dan August, Os Audaciosos, O Homem de Virgínia, Gunsmoke, Columbo, Kung Fu, Barnaby Jones, Petrocelli, A Mulher Maravilha, Demônios do Ar, Police Woman, Vegas, As Panteras, Os Grandes Heróis da Bíblia, Dallas, A Ilha da Fantasia, Assassinato por Escrito”, Nash Bridges, The Drew Carey Show e Without a Trace.

Entre 1965 e 1966, estrelou Honey West, primeira tentativa de Aaron Spelling de produzir uma série estrelada por uma detetive feminina. A decisão de produzir a série veio da paixão de Spelling pela inglesa Os Vingadores/The Avengers, na época estrelada por Patrick McNee e Honor Blackman. Spelling tentou reproduzir seu estilo em várias ocasiões diferentes ao longo de sua carreira, como em As Panteras e Jovens Bruxas/Charmed.

Para estrelar Honey West, Spelling convidou Honor Blackman para o papel principal, mas ela recusou. Por isso, o produtor procurou por alguém que fosse fisicamente parecida com ela. Foi assim que encontrou Anne Francis, que estrelara o filme Planeta Proibido, ao lado de Leslie Nielsen.

Introduzida como um episódio de A Lei de Burke, a série, adaptada da literatura policial, apresenta Honey, uma jovem que assume a agência de detetives do pai após sua morte. Para ajudá-la a resolver seus casos, ela conta com o apoio de Sam Bolt (John Ericson), da tia Meg West (alusão a Mae West), interpretada por Irene Verney, e do leopardo Bruce, seu bichinho de estimação.


A personagem era uma espécie de James Bond de saias. A proposta foi bem recebida pelo público e pela crítica, levando a atriz a ser indicada ao Emmy e ao Golden Globe. Mesmo assim, a ABC cancelou a série. Dizem que o motivo teria sido o fato do canal ter comprado Os Vingadores. O valor de compra da produção inglesa seria menor que o custo de produção de Honey West. A série foi cancelada com apenas uma temporada de 30 episódios. No entanto, ao longo dos anos, Honey West ganhou status de cult.

Em 1982, a atriz publicou sua autobiografia, com o título de Voices From Home: An Inner Journey. Anne foi casada duas vezes, sendo que as duas relações terminaram em divórcio. Em seu segundo casamento, teve uma filha, Jane Elizabeth Uemura. Em 1970, a atriz adotou Margaret West, tornando-se uma das primeiras mulheres solteiras a adotar uma criança no estado da Califórnia.

Em 2007, Anne foi diagnosticada com câncer no pulmão, passando por um tratamento de quimioterapia. Em 2008, foi submetida a uma cirurgia para remoção de parte de seu pulmão direito. A doença retornou, atingindo o pâncreas. Nos últimos anos, Anne vivia em uma casa de repouso em Santa Barbara.

A atriz faleceu no dia 2 de janeiro de 2011, aos 80 anos, vítima de câncer no pâncreas.

Fontes: Revista Carcasse; Anne Francis - Wikipédia; Anne Francis (1930-2011) - Revista Veja.
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