sábado, 4 de junho de 2011

Prefeito morde morador que devia IPTU

O prefeito de Duartina (367 km de São Paulo), Aderaldo Pereira de Souza Júnior (PP), 51, conhecido como Juninho Aderaldo, mordeu um morador da cidade durante uma briga entre os dois no gabinete dele. O fato ocorreu em 24 de Janeiro deste ano.

O que era para ser uma reunião para discutir a dívida de IPTU do morador, o jornaleiro Paulo Odair Inácio, 34, acabou em pancadaria. O valor devido soma R$ 2.500.

Inácio disse que queria negociar a dívida e as formas de pagamento com o prefeito porque uma conta bancária sua foi bloqueada em razão desse débito.

Tanto o jornaleiro quanto o prefeito fizeram exames de corpo de delito e registraram boletim de ocorrência. A Polícia Civil vai apurar o caso.

Os dois foram apartados por funcionários durante a briga, que começou no gabinete e seguiu pelos corredores da prefeitura. O prefeito chegou a subir na mesa do gabinete na confusão.

Juninho Aderaldo alegou que Inácio o ameaçou, dizendo a funcionários da prefeitura que "daria três tiros" nele e que "não pagaria o IPTU". O prefeito disse ainda que se defendeu das agressões.

A assessoria de imprensa dele confirmou a mordida e disse que "esta era a única maneira dele se livrar de uma chave de braço" dada pelo jornaleiro.

"O prefeito me chamou no gabinete para negociar a dívida e quando cheguei lá vi que eu estava em um 'tribunal do júri', com sete funcionários dentro do gabinete e ele me questionando sobre a ameaça. Falei mesmo que iria dar três tiros nele, mas em tom de brincadeira, tanto que falei isso para a advogada dele", disse o jornaleiro.

Em nota, a assessoria do prefeito disse que "exaltado, Paulo agrediu fisicamente Juninho Aderaldo, que se defendeu dos ataques, fazendo-o na presença de testemunhas no gabinete municipal".

O prefeito disse que pretende processar o jornaleiro por agressão e ameaça. Já o morador disse não ter a intenção de acionar a Justiça.

O jornaleiro disse que o prefeito estava "encapetado" durante a briga. "Ele deu um soco na mesa, veio em minha direção e me deu um soco no nariz. Começou a briga e ele me mordeu no peito", disse Inácio.

"Depois funcionários nos separaram, ele subiu em cima da mesa e deu uma voadora em minha direção, mas consegui desviar. Nos separaram de novo, mas quando saí do gabinete ele veio para cima nos corredores", disse Inácio.

Duartina fica na região de Bauru (329 km de São Paulo) e tem cerca de 12,5 mil habitantes. Juninho Aderaldo foi duas vezes vice-prefeito e está em seu primeiro mandato à frente do Executivo.

Fonte: Folha.com
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A bela Elvira


Elvira Pagã (Elvira Cozzolino), cantora, atriz, vedete e compositora, nasceu em Itararé/SP em 6/9/1920 e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 8/5/2003. Sua família mudou para o Rio de Janeiro quando ela ainda era criança. Estudou com a irmã, Rosina Pagã, no colégio Imaculada Conceição em Botafogo.

Realizava com sua irmã inúmeras festas das quais participavam inúmeros artistas entre os quais os integrantes do Bando da Lua. Em 1935 cantaram com os Anjos do Inferno na inauguração do Cine Ipanema, sendo apresentadas por Heitor Beltrão como as Irmãs Pagãs.

Atuaram na Rádio Mayrink Veiga. Ao todo Elvira gravou 13 discos com a irmã. Em 1935, atuaram no filme Alô, alô, carnaval, de Wallace Downey, João de Barro e Alberto Ribeiro. Em 1936, no filme Cidade mulher, de Humberto Porto, onde apresentaram a música título (de Noel Rosa), cantando com Orlando Silva. Ainda com a irmã, excursionou por quatro meses pela Argentina, Peru e Chile. Em 1940, casou-se e encerrou a dupla com a irmã.

A cantora e compositora

Em 1944, gravou seu primeiro disco solo, pela Continental, com acompanhamento do Conjunto Tocantins, interpretando os sambas Arrastando o pé, de Peterpan e Afonso Teixeira e Samburá, de Valfrido Silva e Gadé. No ano seguinte, gravou um disco com quatro músicas, fato raro na época, com as marchas E o mundo se distrai e Meu amor és tu, de Amado Régis, Gadé e Almanir Grego e Cabelo azul e Briga de peru, de Roberto Martins e Herivelto Martins. No mesmo ano, gravou os sambas Na feira do cais dourado, de Nelson Teixeira e Nelson Trigueiro e Um ranchinho na lua, de Babi de Oliveira com acompanhamento de Claudionor Cruz e seu regional.

Em 1949, transferiu-se para o selo Star e estreou com a Marcha do ré e o samba Sangue e areia, da dupla Sebastião Gomes e Nelson Teixeira com acompanhamento de Sílvio César e sua orquestra. Em 1950, gravou o samba jongo Batuca daqui, batuca de lá, primeira composição de sua autoria, parceria com Antônio Valentim. No mesmo ano, gravou os baiões Vamos pescar, de sua parceria com Antônio Valentim e Sururu de capote, de Ramiro Guará e José Cunha com acompanhamento do Quarteto Copacabana com Abel Ferreira no clarinete.

Em 1951, gravou mais duas composições de sua autoria, o baião Saudade que vive em mim, parceria com Antônio Valentim e o samba Cassetete, não! com acompanhamento do Conjunto Star. No mesmo ano, gravou no selo Carnaval a marcha A rainha da mata, de sua parceria com Antônio Valentim e a batucada Pau rolou, de Sátiro de Melo e Manoel Moreira.

Em 1953, foi para a gravadora Todamérica e lançou os sambas Reticências, de sua autoria e Sou feliz, parceria com M. Zamorano. Gravou ainda pelo selo Marajoara o samba Vela acesa, de sua autoria, Antônio Valentim e Orlando Gazzaneo e a marcha Viva los toros, parceria com Orlando Gazzaneo. Seu último disco foi pelo pequeno selo Ritmos onde registrou a marcha Marreta o bombo e o samba Condenada, de sua autoria.

O mito sexual

Seguiu carreira como vedete em teatros de revista na década de 50, tornand0-se um dos mitos sexuais do Rio de Janeiro. Foi das primeiras brasileiras a explorar o impacto do nudismo, nos anos 50 e 60, disputando com Luz del Fuego o espaço nos noticiários da época.

Com seu corpo perfeito para os padrões da época, Elvira Pagã mexeu com a cidade, promoveu Copacabana internacionalmente e foi a primeira Rainha do Carnaval Carioca. Elvira Olivieri Cozzolino expunha o corpo e idéias bastante avançadas para os anos 50 e veio a ser a primeira mulher a usar biquíni no Brasil.

Era uma figura muito divertida, como se pode ver ainda hoje nas chanchadas de que ela participou, algumas bem conhecidas como Carnaval no fogo, e, principalmente, ousadíssima pra época. Um dia, na praia de Copacabana, ela rasgou o maiô (pelo que consta, feito de um tecido de penugem dourada) e o adaptou ao modelo de duas peças, que só se usava no teatro rebolado, chegando a ficar conhecida fora do Brasil por causa disso.

Excursionando por todo o Brasil e conhecida no exterior como The Original Bikini Girl e The Brazilian Buzz Bomb, Elvira não desistia de afrontar a moral, provocando verdadeiras enchentes nos cabarés e teatros de rebolado. Depois de operar os seios, posou nua e distribuiu a fotografia como cartão de Natal, reafirmando-se como sinônimo de escândalo, atentado ao pudor, imoralidade.

Por seus atributos físicos e audácia provocou incontáveis e devastadoras paixões, confessando numa de suas últimas entrevistas: “Foi uma orgia só”. O perigoso bandido Carne Seca forrou a sua cela com fotos dela, e numa em que a vedete encosta-se numa pele de onça, lia-se a dedicatória: “Para Carne Seca, um consolo de Elvira Pagã”. Desesperado, o marginal tentou fugir da prisão inúmeras vezes.

Nos anos 60 ela se recolheu, como faria Odete Lara na década seguinte. Saiu da vida artística e da vida social. Dizia não precisar de amantes e se intitulava sacerdotisa, ligada a discos voadores e à Atlântida, criando uma seita, Doutrina da Verdade. Elvira faleceu aos 80 anos, em 8 de maio de 2003.

Fontes: Cine TV Brasil - Elvira Pagã; Dicionário Cravo Albin da MPB.
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O gatinho de Eunice

Eunice chorava com o seu gatinho no colo…

Eunice chorava porque era pobre e feia. De repente se lhe surge pela janela uma fada que lhe pergunta:

-Choras por que, Eunice?

-Ah, minha fada, - responde Eunice - eu choro porque sou pobre e feia…

-Mas eu sou sua fada-madrinha e vim realizar três desejos seus.

E Eunice:- Que bom! Que bom!

-Primeiro, minha boa fada – continua Eunice – Queria ser linda.

E a fada-madrinha pega a sua varinha e plim! Eunice transforma-se na mais bela das damas… loira, bonita, assim uma mistura de Bundchen com Ana Hickmann e uma pitadinha de Galisteu.

-Agora – fala a deslumbrante Eunice – quero ser rica, porque ser linda e pobre nesse país subdesenvolvido é uma merda…

E a fada pega sua varinha e plim! A choupana onde Eunice morava vai se transformando aos poucos num castelo encantado, com pontes levadiças, duendes, príncipes, fogos de artifício, caminhão do Faustão, filhos de duplas sertanejas, Chupaozinho e Chateiasó, discos do Nelson Ned…

-Agora como último desejo eu quero que esse gato que me acompanhou fielmente por toda a vida virasse o meu príncipe encantado, o meu amor!. E a fadinha plim! Diz: - Felicidades, Eunice! E sai voando pela janela e some.

Eunice vê o seu gato se transformando num príncipe: alto, bonito, moreno, de olhos azuis como todo príncipe… costureiro… que costurava…

Ela grita: - Meu príncipe!?

E ele: - Bem feito, bem feito, nojenta! Quem mandou castrar o gatinho… 
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Fonte: Gato Peleque.
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