Desconhecido e cobiçado, o caviar era alimento básico dos pescadores pobres americanos (Delaware) e Europa (França, Alemanha e Rússia). A pesca predatória acabou com o esturjão americano, francês e alemão. Hoje, países em volta do mar Cáspio produzem o caviar tradicional, e experiências de cultivo podem ser encontradas até no Uruguai, que abastece o mercado brasileiro.
O caviar consiste em ovas de esturjão preservadas com sal. É preparado removendo as massas de ovos de peixes frescos acabados de serem capturados. São cuidadosamente passados através de uma malha fina para separar os ovos e remover pedaços de tecido e gorduras. Ao mesmo tempo, 4 a 6 % de sal é adicionado para preservar os ovos e dar-lhe sabor. A maioria é produzido na Rússia e Irã a partir de peixes capturados no Mar Cáspio, no Mar negro e no mar de Azov.
É qualificado de acordo com o tamanho dos ovos e o seu processamento. A qualidade é designada para cada tipo de esturjão dos quais os ovos são retirados. As espécies de esturjão (Família Acipenseridae) que produzem caviar são, por ordem de tamanho, Beluga (Huso huso), Osetra (Acipenser gueldenstaedtii colchicus), e Sevruga (Acipenser stellatus).
O produto de qualidade mais baixa é feito através de ovos imaturos e danificados que possuem uma maior quantidade de sal e são prensados. Este caviar “payusnaya” (caviar prensado) é preferido por alguns, pelo seu sabor mais intenso.
O esturjão e tipos de caviar
Existem 24 espécies de esturjão em todo o mundo. Cinco destas espécies vivem no Mar Cáspio, mas apenas três são utilizadas para fabricar caviar. As três espécies de esturjão utilizadas são a beluga, a osetra, e a sevruga. Estas três dão-nos cerca de 90% da produção mundial de caviar. O caviar de beluga é o de maiores dimensões, entre o cinzento claro e escuro. É muito valioso pelos seus grânulos largos e pele delicada. O caviar de osetra varia entre um cinzento acastanhado escuro e o dourado. É a única variedade de caviar com um sabor único a noz. O caviar de sevruga, é o de menores dimensões, a sua cor é preto esverdeada, e com grãos muito finos.
Como é diferenciado o caviar?
Os fatores considerados para a determinação da qualidade do caviar são essencialmente a uniformidade e a consistência dos grãos, o tamanho, a cor, o odor, o sabor, o brilho, a firmeza e a vulnerabilidade da pele dos ovos.
Grau 1 – Caviar de grau 1 é caviar que idealmente combina todas as propriedades: tem de ser firme, grâos largos, delicado, intacto, de cor e sabor finos.
Grau 2 – Caviar de grau 2 é caviar também fresco com tamanho de grãos normal, muito boa cor e sabor refinado.
Caviar prensado – Neste grau, efeitos externos causaram a fratura da pele de mais de 35% dos ovos antes de estes serem removidos do peixe. Então, este caviar é tratado de forma diferente do grau 1 e 2. Consiste em ovos misturados de osetra e sevruga. Esta mistura de ovos, usualmente de aspecto leitoso, é aquecida a 38ºC, numa solução salina e misturada até absorver o sal e voltar à sua cor natural. Depois, é colocado em recipientes onde é prensado para remover o excesso de sal e gordura. O caviar prensado contém quatro vezes mais ovos que caviar fresco da mesma dimensão, devido a ser necessário quatro porções de caviar fresco para produzir uma porção de prensado. A pasta preta resultante tem um sabor muito concentrado.
Preparação do caviar
Os ovos frescos de caviar são preparados a partir das ovas de uma fêmea de esturjão. Os esturjões são capturados em redes e trazidos de volta para o laboratório de pesca, ainda vivos. Aqui são anestesiados, não mortos, e o conteúdo das ovas extraído. O pescador cuidadosamente anestesia o peixe dando-lhe uma pancada num local específico, abaixo da cabeça. Os ovos devem ser retirados enquanto o peixe ainda está vivo. Se o peixe experiência o stresse da morte, liberta uma substância química para os ovos que estraga o caviar dando-lhe um sabor amargo.
Quando os ovos de beluga são retirados desta para fabricar o caviar de qualidade mais elevada (grau 1), este é processado manualmente. Os peixes são colocados sob uma rede de malha de tamanho específico com um tubo por baixo. Os ovos são retirados ao fazer um corte com uma faca pontiaguda no esturjão. Então os sacos de ovos são rompidos e os ovos são passados por malhas de diferentes dimensões de forma a separar os grãos de diferentes tamanhos. O processo separa também os ovos do tecido circundante.
Quando todos os ovos são recolhidos, colocam-se num recipiente, e sal seco é adicionado e cuidadosamente misturado com os ovos. Os ovos são depois empacotados devidamente, consoantes o seu grau de qualidade. Estão então preparados para comer ou serem guardados num frigorífico.
Fonte: http://www.drashirleydecampos.com.br; http://www.charutosebebidas.com.br
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