A "chuva" de rãs, sapos e outros pequenos animais como peixes e
lagartixas, apesar de um fenômeno raríssimo, já foi registrada em vários
lugares do mundo. Mas não comece a pensar em pragas bíblicas porque a
queda do céu destes bichinhos desafortunados pode ser facilmente
explicada cientificamente.
A causa na verdade é bem singela. As fortes correntes ascendentes de ar
que encontramos nos tornados ou nas tempestades de alta intensidade
podem absorver ou empurrar para cima qualquer objeto ou animal que não
tenha sido suficientemente precavido para procurar um refúgio. Por isto
ninguém ouve falar em chuva de toupeiras ou coelhos, que procuram abrigo
rapidamente em caso de tempestade.
Uma vez empurrados para o núcleo da tempestade ou tornado, as correntes
ascendentes os mantêm dentro das nuvens, sendo fustigados por fortes
correntes de ar até que a tempestade perca intensidade. Aí então, tudo o
que tinha sido absorvido pela tempestade cede ante a lei da gravidade e
cai, criando uma verdadeira "chuva".
Quando estudamos as correntes de ar que se encontram dentro das
tempestades vemos que não é tão estranho que isto aconteça, já que os
ventos ascendentes podem chegar a 200 km/h, capazes de lançar para o
alto qualquer objeto que tenha sido absorvido. Este fenômeno já matou
vários praticantes de asa-delta que, por um excesso de confiança, voaram
perto demais de um tornado e acabaram sendo empurrados até seu "cume", a
mais de 11 mil metros de altura.
A esta altura as temperaturas são tão baixas que qualquer ser vivo morre
congelado. Alguns pilotos chegaram mesmo a tentar desprender-se da
asa-delta para lançar-se em queda livre, mas os ventos eram tão intensos
que eles foram empurrados para cima da mesma forma.
Fonte: Don Quixote de la Mancha - Há mesmo chuva de rãs e sapos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário