quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Luz del Fuego


Se hoje as mulheres têm direitos garantidos e podem assumir sua posição no meio da liberação sexual sem tantos tabus, muito devem a mulheres transgressoras que viveram antes delas. Infelizmente, muitas dessas representantes da ousadia, sempre a frente do seu tempo, acabam esquecidas entre as páginas da história (Imagem do livro "A bailarina do povo", de Cristina Agostinho - Ed. Best Seller).

Filha de comerciantes de Cachoeiro do Itapemirim (ES), a menininha Dora nasceu numa segunda de Carnaval. Fazia muito calor naquela madrugada de 21 de fevereiro de 1917. Ela era a 15ª filha do casal Etelvina e Antonio Vivacqua. A família Vivacqua   era grande e respeitada. Quando eles se mudaram para Belo Horizonte, a menininha de seis anos começou a apresentar gostos meio estranhos: ela gostava de ir ao serpentário do Instituto Ezequiel Dias e pegou uma cobra na mão no dia em que foi ao circo. Foi, também, uma adolescente rebelde e provocativa. Após a morte do pai, interrompeu os estudos e foi morar com o irmão mais velho no Rio de Janeiro.

No Rio, conheceu Cesar Ladeira, locutor da Rádio Mayrink Veiga que a introduziu no meio artístico e na high society. A   família não gostou de seus comportamentos inadequados e acabou mandando a moça voltar a Belo Horizonte.

Em 1936, Dora foi  morar com a irmã Angélica, casada com Carlos. Foi quando Angélica encontrou o marido assediando Dora e resolveu interná-la no Hospital Psiquiátrico Raul Soares. Dora ficou isolada durante dois meses. Quando saiu, transformou-se em presença incômoda e contava pra quem quisesse ouvir o caso do assédio.

Foi obrigada a passar uma temporada na fazenda. Foi quando ela se meteu no mato e voltou nua com duas cobras-cipó enroladas   no corpo, mandando o filho do administrador fotografá-la. Resultado: nova internação, dessa vez numa casa de saúde do Rio de Janeiro. Estava com 20 anos. Quando saiu do hospital, foi morar em Campos (RJ). 

Dos 21 anos em diante, teve uma vida cheia de fugas, emoções e desafios. Recusou um pedido de casamento, tirou brevê, quis ser paraquedista, apaixonou-se, desiludiu-se e decidiu ser dançarina sensual coadjuvada por serpentes. Arranjou uma jiboia, deu-lhe o nome de "Anjo" e treinou-a durante 12 semanas. Mas a cobra morreu durante o último ensaio antes da estreia. Já experiente, domesticou e treinou duas outras cobras. Depois de dois anos, dezessete dias e quase cem mordidas, fez seu espetáculo na companhia do casal de jiboias "Cornélio" e "Castorina".

Em 1944, virou a atração da noite no palco do picadeiro do Circo Pavilhão Azul, sendo anunciada como "A Luz Divina e suas incríveis serpentes".Também nesse ano estreou no teatro de revista, no espetáculo "Tudo é Brasil", no Teatro Recreio. Fez seus bailados com as cobras e muito sucesso, ao lado de Jararaca & Ratinho, Colé, Celeste Aída e Aracy Côrtes.

Apresentou-se em outros circos de periferia no Rio de Janeiro e acatou a sugestão do palhaço Cascudo: mudou o nome artístico para "Luz del Fuego", que era como se chamava o batom argentino da Carmen Miranda.

Luz seguiu salvando circos da falência até que, em 1950, foi contratada pelo casal Juan Daniel e Mary Daniel 1, donos do Teatro Follies, em Copacabana. No ano seguinte, ela foi para o Teatro Recreio.

Um dos seus grandes sucessos foi "Eva no Paraíso" (1951). A peça era fraca, mas ela brilhava com seus brotinhos cultivados na ilha nudista que apareciam no quadro "O nu através dos tempos". A "Verdade Nua" (1952) a fez voltar ao follies com a família Daniel. Luz, com suas cobras, se sobrepunha aos esforços de Zeloni e a beleza das follies-girls. Também atuou na companhia de Dercy Gonçalves e no Teatro de Zaquia Jorge. Bastava colocar seu nome nos cartazes que era bilheteria garantida.

Em um de seus quadros famosos ela aparecia de freira e, com ar sério, caminhava até o proscênio, dizendo:  – Eu sei que os senhores me consideram uma mulher leviana, imoralíssima, e não querem me ver nem como irmã de caridade. Vocês estão doidos é para me ver pelas costas, não é mesmo? Está bem!

E quando dava as costas  para o público, o que se via era seu traseiro completamente nu. A plateia ia ao delírio.

Em meio a esses acontecimentos positivos Luz publicou seu livro "Trágico Black-Out", cheio de relatos sobre a sedução do cunhado. Neste livro, apresentava, também, suas ideias naturalistas, vegetarianas e nudistas: "Um nudista é uma pessoa que acredita que a indumentária não é necessária à moralidade do corpo humano. Não concebe que o corpo humano tenha partes indecentes que se precisam esconder". 

Publicou "Verdade Nua", o livro em que lançou bases de sua filosofia naturalista. As autoridades deram sumiço na obra. A segunda edição foi vendida por reembolso postal. O dinheiro serviu para arrendar uma ilha na qual se instalaria a sede do seu clube naturalista.

Na primeira metade dos anos 1950, Luz causava furor por onde passava. Era conhecida em todo o País. Doava renda de seus espetáculos para instituições beneficentes. Era atração também durante o carnaval, quando aparecia nua em cima de carros alegóricos. Sempre acompanhada das cobras.

Criou o PNB (Partido Naturalista Brasileiro) à custa de espetáculos gratuitos, que fazia seminua, nas escadarias do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Luz obteve licença para viver na ilha Tapuama de Dentro, que foi rebatizada como Ilha do Sol. Essa ilha, na Baía de Guanabara, passou a ser uma das grandes atrações turísticas do Rio de Janeiro. Ali funcionava o Clube Naturalista Brasileiro, o primeiro clube de nudismo da América Latina. Em sua fase áurea de 1956 a 1961, chegou a ter 240 sócios, apesar dos protestos da Igreja.

Nos anos 1960, Luz passou a viver, definitivamente, na Ilha do Sol. Suas reservas financeiras terminavam, a idade chegava e o mito começou a desaparecer. Seus amantes já não eram homens influentes e ricos. Envolveu-se com Júlio, um pescador musculoso  e analfabeto, com quem manteve uma relação de muitos meses. 

Como precisava de dinheiro para obras no clube, retornou aos palcos em 1965, com "Boas em Liquidação". Na ilha, passou a receber poucos amigos e alguns casos amorosos, encerrando as atividades do clube.

Em 1967, Luz del Fuego e seu caseiro foram assassinados. Seus corpos foram amarrados em pedra e lançados ao mar. Os criminosos, presos, confessaram. Mas a tragédia da Ilha do Sol teve requintes de crueldade e muitos fatos não explicados. 

Luz foi ousada, avançada e, ao mesmo tempo, fiel aos seus princípios. Apesar de frequentar as festas noturnas regadas a  álcool, não fumava nem ingeria bebidas alcoólicas. Ela teve sua vida transformada em filme, estrelado por Lucélia Santos.

O dia 21 de fevereiro, data do seu nascimento, é comemorado como o Dia do Naturismo.

Fonte:  As Grandes Vedetes do Brasil - de Neyde Veneziano; Vila Mulher - Terra.
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Marejada 2012

Marejada 2012:  Amanda Gastaldi, 1ª princesa, Bruna Piske, rainha, e Tayse de Brito, 2ª princesa.


A Marejada, uma das mais tradicionais festas típicas do país, acontece entre os dias 11 e 21 de outubro em Itajaí, polo pesqueiro e portuário do sul do Brasil. Neste ano, o evento chega a sua 26ª edição e será realizado com uma nova proposta. A programação será ampla, integrando exposições, desfile, sete shows nacionais e 190 atrações artísticas, passeio de escuna e artesanato. A festa irá contar, também, com estacionamento para cerca de 300 veículos para comodidade dos visitantes.

Para visitar o Parque da Marejada o visitante irá pagar R$ 5,00 (cinco reais) nos dias em que não tiver show nacional. No entanto, em dias de atrações nacionais, o público será isento da cobrança de ingresso para a Festa. A entrada para os shows nacionais será cobrada separadamente e acontecerá no Centreventos Itajaí. A venda de ingressos para os Shows Nacionais está sendo realizada pelo endereço virtual: www.blueticket.com.br. Em breve serão divulgados novos pontos de vendas.

As apresentações artísticas contam com ritmos variados que abrangem cerca de 190 apresentações artísticas que passarão pelos quatro palcos da Marejada (Palco Gastronomia, Palco Centreventos (Shows Nacionais), Palco Píer e Palco Folclórico (Auditório), durante os 11 dias de festa, valorizando, principalmente, os músicos locais. Também estão previstos dias com programações temáticas como o “Festival do Pagode”, “Noite Sertaneja”, “Noite do Reggae” e “Dia do Rock”. Já o público infantil terá tardes animadas por diversas atividades, na conhecida “Marejadinha”, além de um dia especial (16) dedicado a melhor idade com baile e outras apresentações.

A edição 2012 contará com sete shows de renome nacional em seis noites de festa. A programação nacional foi definida após processo licitatório, na modalidade de pregão presencial, para agenciamento de shows nacionais que serão administrados por empresa terceirizada. Na abertura, dia 11 de outubro, o cantor Luan Santana retorna a cidade e promete agitar a primeira noite de festa. Dia 13 de outubro o pagode e o sertanejo se encontram com os shows da Turma do Pagode e da consagrada dupla Victor e Léo.

Já no domingo, dia 14, o cantor Israel Novaes é quem sobe ao palco. Conhecido como o “Cara do Arrocha”, o músico é referência no estilo musical, novidade nas baladas do país. Na quinta-feira, dia 18, a dupla Jorge & Mateus, responsáveis por algumas das levadas mais animadas do sertanejo universitário, como “Pode Chorar”, “De Tanto Te Querer”, “Voa Beija Flor”, “Querendo Te Amar”, “Amo Noite e Dia”, embalam a noite da Marejada.

Na sexta-feira, dia 19, em seu décimo ano de carreira solo, o cantor Belo promete agitar o público com grandes sucesso e as novas músicas do seu 10º álbum "Pra Ser Amor". Para encerrar os grandes shows nacionais, no sábado, dia 20, a dupla Fernando & Sorocaba irá apresentar seus grandes sucessos "Madri", "Paga pau", "Bala de prata", "A casa caiu", "Tô passando mal", "Você não sabe o que é amor", entre outras.

Programação dos shows nacionais

Dia 11 (quinta-feira) - 23h30min - Luan Santana
Dia 13 (sábado) - 23h30min - Turma do Pagode / Victor e Leo
Dia 14 (domingo) - 23h30min - Israel Novaes
Dia 18 (quinta-feira) - 23h30min - Jorge e Mateus
Dia 19 (sexta-feira) - 23h30min - Belo
Dia 20 (sábado) - 23h30min - Fernando & Sorocaba


Fontes: Site Oficial; Click Camboriú.
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Espionando no Facebook

De acordo com uma pesquisa feita pela Werstern University, do Canadá, 88% dos usuários do Facebook usam a rede social para acompanhar o que o ex-namorado anda fazendo. O estudo de nome "É complicado: rompimentos românticos e suas consequências no Facebook" foi feito pela estudante de mestrado Veronika Lucacs.

Ela entrevistou pessoas, durante um ano, que tiveram o "coração partido" com o fim da relação. Segundo a pesquisa, quase 90% dos entrevistados admitiram que, de alguma forma, buscavam saber o que os ex-parceiros estavam fazendo.

O curioso é que 70% das pessoas que admitiram ser espiãs dos amados usavam perfis de amigos para dar uma olhada na vida social do ex-companheiro.

O maior interesse dos entrevistados era saber se a pessoa tinha um novo companheiro (74%). Já o principal temor era saber se o novo namorado era algum conhecido em comum. Ou pior, aquela pessoa "que ele já desconfiava estar interessado".

Veja outros dados da pesquisa:

48% das pessoas permaneceram amigos dos seus ex no Facebook.

74% tentaram arrastar um novo parceiro ou ex novo parceiro suspeita.

64% disseram reler mensagens antigas de seu ex.

50% excluíram fotos do ex do perfil.

52% disseram que ficaram com ciúmes das imagens que o ex postou.


Fonte - UOL Tecnologia
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