sábado, 29 de outubro de 2011

Rubens de Falco

Rubens de Falco (Rubens de Falco da Costa), ator, nasceu em São Paulo, SP, em 19/10/1931, e faleceu na mesma cidade, em 22/02/2008. Mais conhecido pela interpretação do vilão Leôncio Almeida, na novela televisiva de sucesso internacional, A Escrava Isaura, era neto de italianos e foi educado na cidade natal, começando a assistir espetáculos teatrais aos 14 anos.

Iniciou sua carreira (1951) estreando a peça Ralé, de Gorki, no Teatro Brasileiro de Comédia e Antígona, de Sófocles, sob a direção de Adolfo Celli. Participou das atividades do grupo Os Jograis de São Paulo (1955), ao lado de nomes como Armando Bogus, Rui Afonso, Italo Rossi e Felipe Wagner. 

Integrou o elenco de várias peças teatrais, inclusive da montagem original de Os Ossos do Barão  (1963), de Jorge Andrade, ainda no TBC. Seu reconhecimento definitivo de crítica e público veio quando começar a atuar na televisão, sendo freqüentemente escalado para papéis em telenovelas. 

Estreou em Maria Antonieta (1961) e atingiu o auge na primeira versão da novela Escrava Isaura  (1976), em que a atriz Lucélia Santos viveu a personagem título da novela, e ele ficou consagrado como o grande vilão da teledramaturgia brasileira. 

Outras participações marcantes em telenovelas de sucesso foram em A Rainha Louca (1967), A Última Valsa (1969), O Grito (1975), O Astro (1978), A Sucessora (1978), Gaivotas (1979) e interpretou o famoso Barão de Araruna na primeira versão da novela Sinhá Moça (1986). 

Também trabalhou na segunda versão de Escrava Isaura, na Rede Record (2004), então no papel de Comendador Almeida, o pai do vilão Leôncio. Participou também de Brida, baseada na obra de Paulo Coelho, pela extinta TV Manchete. 

Além da Globo, ao longo da carreira autuou na redes de televisão Tupi, Excelsior, Bandeirantes, SBT e Record, participando de mais de 20 novelas e de algumas minisséries para TV, entre elas Os Maias (1979), Padre Cícero (1984), Grande Sertão: Veredas (1985) e Memorial de Maria Moura (1994), seu último trabalho no gênero. 

No cinema estreou em uma pequena ponta no filme Apassionata (1952), de Fernando de Barros, pela lendária Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Esta estréia foi seguida de participações em mais de 30 filmes, entre eles Floradas na Serra (1954), O capanga (1958), Essa Gatinha é Minha (1966), A Difícil Vida Fácil (1972), Coronel Delmiro Gouveia (1978), Pixote, a lei do mais fraco (1981) e Monge e a Filha do Carrasco (1996). Seu último trabalho foi como o deputado Ernesto Alves em Fim da linha, longa-metragem de Gustavo Steinberg com estréia nos cinemas depois de sua morte. 

Solteiro, sem filhos e sofrendo com os graves problemas de saúde, depois de uma parada cardíaca provocada por uma embolia, morreu aos 76 anos, no Centro Integrado de Atendimento ao Idoso - CIAI, no Morumbi, em São Paulo, mesmo local onde, cerca de dois anos atrás, fora hospitalizado para tratar de problemas decorrentes de um acidente vascular cerebral e do qual nunca mais havia se recuperado. O corpo do ator foi velado e enterrado no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Fontes: Wikipedia; http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/RubdFalc.html.
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Ninguém tem nada com isto

Chega no sábado, seu Galdino não quer vender sapato. Quer é encher a cara, grande amigo da cachaça é o distinto.

Pode chegar freguês à vontade que ele não vende bulhufas, mesmo durante o horário comercial sabatino, isto é, de 8 ao meio-dia. Até aí — diga-se em favor da verdade — Seu Galdino fica só na sede, aguardando a hora. Mesmo assim não vende.

Se chega freguês ele até finge que não vê. Aliás, não chega freguês nenhum, pois todo mundo lá manja a mania do sapateiro.

Mas chega garoto chato, pra gozar o velho. Chega e pede:

— Seu Galdino, tem sapato preto tamanho 35? O velho olha e resmunga: — Não tem sapato nenhum, seu besta. Essas caixas estão todas cheias de... e larga o palavrão que francês tanto gosta de usar.

Mas é depois de meio-dia que Seu Galdino começa. Fecha a loja e chama um garoto que trabalha para ele: — Meu filho, vá na venda do Fulgêncio e me traz uma garrafa de cachaça. Mas leve esta caixa de sapato vazia e bote a garrafa dentro. Não convém esse povo falador ver a cachaça, senão vai dizer que eu sou bêbedo e não é verdade. Eu não sou bêbedo, eu só bebo um pouquinho, pra distrair.

O menino pega o dinheiro, pega a caixa de sapato vazia e vai no botequim, trazendo, em seguida, a cachaça pedida e escondida. Seu Galdino vai lá pra dentro e brinca fácil pelo gargalo. Quando dá negócio de duas, três horas, ele chama o menino de novo, dá dinheiro e manda buscar mais uma.

O garoto pergunta se é pra trazer na caixa, mas Seu Galdino diz que não: — É dar muita importância a essa gente faladeira. Traz embrulhada num pedaço de jornal e basta.

O menino vai, compra, embrulha e manda, ou melhor, traz. Seu Galdino some lá pra dentro. Aí quando vai baixando a tardinha, Seu Galdino vem lá de dentro cambaleando, com um monte de dinheiro amassado na mão e diz:

— Meu filho, vai na venda do Fulgêncio e me compra duas garrafas logo de uma vez. E não embrulha não. Vem pela rua batendo uma na outra e se alguém perguntar, diz que é pra mim, porque vagabundo nenhum tem nada com isso e eu não devo um vintém a essa cambada.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: O MELHOR DE STANISLAW - Crônicas Escolhidas - Seleção e organização de Valdemar Cavalcanti - Ilustrações de JAGUAR - 2.a edição - Rio - 1979 - Livraria José Olympio Editora.
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Desculpe, seu Zagalo

Neeskens (13) encobre o goleiro Leão, em Dortmund: eliminação brasileira na Copa de 1974

Em relação ao tricampeonato Mundial em 1970, nossa seleção chegou na Copa seguinte muito modificada. Dos titulares da final contra a Itália, apenas Rivelino começou jogando contra a "Laranja Mecânica", que contava com uma ótima equipe com destaques para Cruyff, Neeskens, Rensenbrink, e Krol.

Acabou prevalecendo a superioridade (ou incompetência de nosso técnico e da comissão técnica?) da seleção de Rinus Michels, que venceu o Brasil por 2 a 0, com gols de Neeskens e Cruijff. Local e data: Westfalenstadiun, Dortmund, Alemanha - 03/07/1974.

C7+   A7        Dm                G7
Desculpe seu Zagalo/     Mexe nesse time 
  C7+     Em             Eb0       Dm
Que tá muito fraco/ Levaram uma flecha, 
esqueceram o arco
               G7             C7+
Botaram muito fogo e sopraram o furacão
          A7 
Que nem saiu do chão
        Dm         G7
Desculpe seu Zagalo/   Puseram uma palhinha 
    C7+       Em          Eb0       Dm
Na sua fogueira/ E se não fosse a força desse tal Pereira
     G7                  C7+
Comiam um frango assado lá na jaula do Leão
   
Mas não tem nada não !
  E7
Cuidado seu Zagalo/O garoto do parque 
              Am            D7
Está muito nervoso/ E nesse meio-campo fica perigoso
                G7
Parece que desliza nesse vai não vai
         A7
Quando não cai

Dm     G7           C 
É camisa dez da seleção, laiá laiá laiá -  BIS
     Dm                               C
Dez é a camisa dele/ Quem é que vai no lugar dele - BIS

       E7      Am
Desculpe seu Zagalo/A crítica que faço é pura brincadeira
                   D7
Espírito de humor , torcida brasileira !
             G7                  A7
A turma está sorrindo para não chorar ... /   Tá devagar

Autor: Luiz Américo

Fonte: MPB Cifrantiga
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