sexta-feira, 15 de julho de 2011

A maior voz da década de 1950



Frank Sinatra (Francis Albert Sinatra), cantor e ator, nasceu em Hoboken, New Jersey, EUA, em 12/12/1915, e faleceu em Los Angeles, California, EUA, em 14/5/1998. Considerado uma das maiores vozes da década de 1950 e com mais de 50 anos de carreira, iniciou sua carreira durante a Swing Era e lançou centenas de canções imortalizadas em sua voz, como Killing Me Softly, Strangers in the Night, New York, New York, My Way, Fly Me to the Moon, entre outras.

Filho de imigrantes italianos, foi casado com Nancy Barbato e posteriormente com as atrizes Ava Gardner e Mia Farrow, e com a socialite Barbara Marx, com quem terminou seus dias. Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma por seu trabalho na música e outra por seu trabalho na TV americana. É considerado um dos maiores intérpretes da música no século XX. Teve três filhos: Nancy Sinatra, Frank Sinatra Jr., e Tina Sinatra.

Sem nenhum treinamento formal, Sinatra desenvolveu estilo altamente sofisticado. Sua habilidade em criar uma longa e fluente linha musical sem pausas para respiração, sua manipulação de frases o fez chegar bem mais longe que o usual dos cantores populares.

Artista de grande popularidade, participou da campanha de Franklin Delano Roosevelt para a presidência da república dos Estados Unidos. Seus discos na época vendiam 10 milhões de cópias por ano e Sinatra passou a ser conhecido como "the voice" ("a voz").

No começo dos anos 1950, Sinatra enfrentou vários problemas. Foi acusado de participar da máfia e de envolver-se com o crime organizado. Ao mesmo tempo, seu romance com a atriz Ava Gardner tornou-se público e transformou-se num escândalo, uma vez que Sinatra ainda era casado.

A grande reviravolta ocorreu em 1953, com o lançamento do filme A um Passo da Eternidade. Por sua primorosa atuação no filme, Sinatra ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante. Reconquistando a popularidade, em 1955 foi indicado novamente ao Oscar de melhor ator pelo filme O Homem do Braço de Ouro.

Nas duas décadas seguintes, Sinatra realizou em média um filme por ano. Sua carreira de cantor também cativou mais e mais o público. Milhões de fãs por todo o mundo compraram os seus discos e assistiram às memoráveis apresentações do "blue eyes", como ficou conhecido. Contratado por uma nova gravadora, a Capitol Records, conquistou três álbuns de platina. Sinatra aproximou-se também da bossa nova, gravando canções do compositor Tom Jobim.

Em 1966, Sinatra casou-se com a atriz Mia Farrow, trinta anos mais jovem. O casamento durou dois anos. Oito anos depois, casou-se com Bárbara Marx, que abandonou seu marido, o ator Zeppo Marx, para viver com Sinatra.

Participou ainda de alguns filmes nas décadas de 1970 e 1980. Em 1988, emprestou sua voz para a animação Uma cilada para Roger Rabit.

Teve seu próprio show de TV durante vários anos e nos anos 90 continuou na ativa em concertos e gravações, onde lançou uma série de duetos, inclusive via satélite, utilizando recursos da mais moderna tecnologia.

Seus principais sucessos são Fly me to the moon, My Way e New York, New York. Sinatra também cantou com o brasileiro Tom Jobim. Na oportunidade, Girl from Ipanema brindou o grande encontro.

Com a saúde debilitada, Sinatra parou de fazer shows aos 80 anos, em 1995. No dia 14 de maio de 1998, Frank Sinatra morreu de um ataque cardíaco em Los Angeles, Califórnia.

Filmografia

* 1990 - Listen Up: The lives of Quincy Jones
* 1988 - Uma cilada para Roger Rabbit (Who framed Roger Rabbit?) (voz)
* 1984 - Um rally muito louco (Cannonball run II)
* 1980 - O primeiro pecado mortal (The First Deadly Sin)
* 1977 - Contratado para matar (Contract on Cherry Street) (TV)
* 1974 - Isto era Hollywood (That's Entertainment!)
* 1970 - O mais bandido dos bandidos (Dirty Dingus Magee)
* 1968 - A mulher de pedra (Lady in Cement)
* 1968 - O crime sem perdão (The Detective)
* 1967 - Tony Rome (Tony Rome)
* 1967 - Serviço secreto em ação (The Naked Runner)
* 1966 - Confidências de Hollywood (The Oscar)
* 1966 - Assalto em um transatlântico (Assault on a Queen)
* 1966 - A sombra de um gigante (Cast a Giant Shadow)
* 1965 - Vamos casar outra vez (Marriage On The Rocks)
* 1965 - O expresso de Von Ryan (Von Ryan's Express)
* 1965 - Os bravos morrem lutando (None But The Brave)
* 1964 - Robin Hood de Chicago (Robin and The 7 Hoods)
* 1963 - Os quatro heróis do Texas (4 for Texas)
* 1963 - O bem-amado (Come Blown Your Horn)
* 1963 - A lista de Adrian Messenger (The List of Adrian Messenger) (participação)
* 1962 - Sob o domínio do mal (The Manchurian Candidate)
* 1962 - Tempestade sobre Washington (Advice and Consent) (voz)
* 1962 - Dois errados no espaço (The Road to Hong Kong)
* 1962 - Os 3 sargentos (3 Sergeants)
* 1961 - A hora do diabo (The Devil at 4 O'Clock)
* 1960 - Pepe (Pepe)
* 1960 - Onze homens e um segredo (Ocean's Eleven (1960))
* 1960 - Can-Can (Can-Can)
* 1959 - Quando explodem as paixões (Never So Few)
* 1959 - Os viúvos também sonham (A Hole in the Head)
* 1958 - Deus sabe quanto amei (Some Came Running)
* 1958 - Só ficou a saudade (Kings Go Forth)
* 1957 - Meus dois carinhos (Pal Joey)
* 1957 - Chorei por você (The Joker is Wild)
* 1957 - Orgulho e paixão (The Pride and the Passion)
* 1956 - A volta ao mundo em 80 dias (Around the world in 80 days)
* 1956 - Redenção de um covarde (Johnny Concho)
* 1956 - Alta sociedade (High Society)
* 1956 - Viva Las Vegas (Meet me in Las Vegas)
* 1955 - O homem do braço de ouro (The Man with the Golden Arm)
* 1955 - Armadilha amorosa (The Tender Trap)
* 1955 - Eles e elas (Guys and Dolls)
* 1955 - Não serás um estranho (Not as a stranger)
* 1954 - Corações enamorados (Young at Heart)
* 1954 - Meu ofício é matar (Suddenly)
* 1953 - A um passo da eternidade (From here to eternity)
* 1952 - Ao compasso da vida (Meet Danny Wilson)
* 1951 - Isto sim que é vida (Double Dynamite)
* 1949 - Um dia em Nova York (On the Town)
* 1949 - A bela ditadora (Take me out to the ball game)
* 1948 - Beijou-me um bandido (The Kissing Bandit)
* 1948 - O milagre dos sinos (The Miracle of the Bells)
* 1947 - Aconteceu assim (It Happened in Brooklyn)
* 1946 - Quando as nuvens passam (Till the Clouds Roll By)
* 1945 - Marujos do amor (Anchors aweigh)
* 1945 - A casa em que vivemos (The House I live in)
* 1944 - Vivendo de brisa (Step lively)
* 1943 - A lua ao seu alcance (Higher and higher)
* 1943 - Alvorada da alegria (Reveille with beverly)
* 1942 - Barulho a bordo (Ship ahoy)
* 1941 - Noites de rumba (Las Vegas Nights)

Premiações

* Oscar humanitário, em 1972.
* Indicação ao Oscar de Melhor Ator, por "O Homem do Braço de Ouro" (1955).
* Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, por "A Um Passo da Eternidade" (1953).
* Duas indicações ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "Meus Dois Carinhos" (1957) e "O Bem-Amado" (1963). Vence em 1957.
* Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, por "A Um Passo da Eternidade" (1953).
* Prêmio Cecil B. DeMille em 1971, concedido pela Associação de Jornalistas Estrangeiros nos Estados Unidos.
* Duas indicações ao BAFTA de Melhor Ator Estrangeiro, por "Não Serás um Estranho " (1955) e "O Homem do Braço de Ouro" (1955).

Grammy

o 1958
+ Best Album Cover - Only The Lonely (Frank Sinatra foi Diretor de Arte. Curiosamente seu primeiro Grammy foi pela pintura da capa)
o 1959
+ Album Of The Year - Come Dance With Me
+ Best Vocal Performance, Male - Come Dance With Me
o 1965
+ Album Of The Year - September Of My Years
+ Best Vocal Performance, Male - It Was A Very Good Years
+ Lifetime Achievement Award
o 1966
+ Album Of The Year - Sinatra: A Man And His Music
+ Record Of The Year - Strangers In The Night
+ Best Vocal Performance, Male - Strangers In The Night
o 1979
+ Trustees Award
o 1982
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I'll Never Smile Again (Tommy Dorsey With Frank Sinatra & The Pied Pipers)
o 1984
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - In the Wee Small Hours
o 1994
+ Grammy Legend Award
o 1995
+ Best Traditional Pop Vocal Performance, Male - Duets II
o 1998
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - The House I Live In
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I've Got You Under My Skin
o 1999
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Frank Sinatra Sings For Only The Lonely
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - September Of My Years
o 2000
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - My Way
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Songs For Swinging' Lovers!
o 2004
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - Come Fly With Me
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - I've Got The World On A String
o 2005
+ GRAMMY Hall Of Fame Award - One For My Baby

Fonte: Wikipedia - A Enciclopedia Livre; Biografia de Frank Sinatra - Letras.com.br; 70 anos de cinema - Frank Sinatra; Net Saber - Biografias.
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

A moça e a calça

Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibição é ruim: “O menino mágico.” Se mágico geralmente é chato, imaginem menino. Mas isto não vem ao caso. O que vem ao caso é a mocinha muito da redondinha, condição que seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi até a porta, mas aí o porteiro olhou pra ela e disse que ela não podia entrar:

- Não posso por quê?

- A senhora está de “Saint-Tropez”.

- E daí?

Daí o porteiro olhou pras exuberâncias físicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: - Por mim a senhora entrava (Provavelmente compeltou baixinho:...e entrava bem.) Mas o gerente tinha dado ordem de que não podia com aquela calça bossa-nova e, sabe como é... ele tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela calça não.

- O senhor não vai querer que eu tire a calça.

Nós, que estávamos perto, quase respondemos por ele: - Como não, dona! – Mas ela não queria resposta. Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calças “Saint-Tropez”. Disse então que suas calças eram tão compridas como outras quaisquer. O cinema Pax é dos padres e talvez por causa desse detalhe é que não pode “Saint-Tropez”. A calça, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. O umbigo ficava ali, isolado, parecendo até o representante de Cuba em conferências panamericanas.

- Quer dizer que com minhas calças eu não entro? – Quis ela saber ainda uma vez. E vendo o porteiro balançar a cabeça em sinal negativo, tornou a perguntar: - E de saia?

De saia podia. Ela então abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo de discórdia. No caso, a calça “Saint-Tropez”. Depois, calmamente, afrouxou a calça e deixou que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que só vendo.

Enquanto rasgava o bilhete, o porteiro comentou:

- Faço votos que ela tenha outra por baixo.

Outra calça, naturalmente.
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: PONTE PRETA, Stanislaw. Primo Altamirando e elas. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p.140-142.
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quarta-feira, 13 de julho de 2011

O primeiro uso das impressões digitais

Em 28 de julho de 1858, impressões digitais foram usadas pela primeira vez para fins de identificação por um funcionário da administração britânica. Mas a polícia só incorporou o método em investigações 31 anos depois.

Era irritante! Toda semana, sir William Herschel, que trabalhava na administração civil inglesa em Calcutá, fazia o pagamento dos funcionários indianos. E toda vez era a mesma coisa: havia mais gente para receber que o número real de empregados. 

William não conseguia diferenciar as pessoas nem pelo nome e muito menos pela aparência. Elas lhe pareciam todas iguais. Até que, enfim, teve uma brilhante ideia: arquivou a impressão digital de cada um dos empregados. A partir daí, quando eles recebiam o salário, tinham que, além de assinar um papel, deixar a marca dos dedos indicador e médio, que seriam comparados à impressão arquivada.

A identificação era perfeita e ele nunca mais teve problemas. Sua intenção maior era fazer uma pressão moral e não tanto um apurado trabalho de comparação das digitais. Esta idéia, entretanto, não foi inédita. Já no século 14, na Pérsia, há registros de papéis oficiais que continham, ao lado da assinatura, uma impressão digital como comprovante de autenticidade. Ninguém sabia ainda que a digital é uma absoluta prova de individualidade. 

Quanto mais impressões digitais William colecionava, mais ele se convencia de que se tratava de uma identificação única, sem margens de erro. Sua suposição estava certa. Todos nós temos nosso próprio e exclusivo modelo digital. Cada particularidade do desenho da pele das mãos é única, e este modelo não sofre modificações com o passar dos anos, nem é transferido geneticamente. Isto significa que todas as pessoas, incluindo as que já morreram e as que nascerão, podem ser diferenciadas uma das outras através da impressão digital.

Nem mesmo uma cicatriz no dedo é capaz de alterar a identificação. A polícia só precisa de uma parte da superfície, seja uma curvatura, um nó ou mesmo um redemoinho das finas linhas do dedo, para realizar o trabalho de investigação. Mas, desde a iniciativa de Herschel em 1858 até seu uso para fins policiais, passaram-se décadas. 

A polícia usava o método de Alphonse Bertillion, que identificava um suspeito através da medição do antebraço, da coxa, da circunferência do crânio, da distância entre os dois olhos. Se isto não bastasse, o método previa outros 243 critérios. Porém, um erro da Justiça aboliu este método. Um homem foi executado como assassino de uma prostituta.

Após sua morte, seu advogado apresentou restos de uma xícara de café que havia sido destruída na cabeça da vítima. Embora o homem executado tivesse enorme semelhança física com o verdadeiro assassino, as impressões digitais nos cacos da xícara comprovaram que seu cliente não poderia ser o autor do crime. Este caso teve tamanha repercussão que a impressão digital acabou sendo definitivamente adotada pela polícia. 

A datiloscopia, como é chamado o sistema de identificação por meio de impressões digitais, foi empregada pela primeira vez na Alemanha em 1903, pelo departamento criminal de Dresden. Em 1914, quase todos os países já utilizavam este sistema.

Fonte: http://www.odebate.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=14979&Itemid=17
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