sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guaraná Jesus

Tempos atrás, eu ouvi a história de um comerciante que resolveu revender o Guaraná Jesus em São Paulo. Trata-se de um refrigerante cor-de-rosa, com leve sabor de cravo e canela que é uma marca de grande sucesso de vendas no Maranhão.

Segundo consta, a fórmula da bebida foi criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes que, por ironia do destino, teria sido ateu e foi excomungado após uma agressão física contra um padre. 

Originalmente, Norberto visava finalidades medicinais, assim como o farmacêutico John Pemberton, criador da formula do refrigerante Coca-Cola®. Consta que o guaraná deveria servir para os males do estômago, assim como à Coca-Cola® deveria agir no alivio de dores de cabeça.

Não se abatendo com o fracasso da proposta medicinal, Norberto usou o xarope para produzir uma bebida para os netos. A aceitação foi tanta que a bebida extrapolou os limites familiares para cair nas graças dos consumidores maranhenses.

O Guaraná Jesus ganhou o mercado local sem precisar de vultosas campanhas publicitárias ao seu redor. Sob os slogans "O Sonho Cor-De-Rosa", "Abençoe sua sede!", "Guaraná Jesus, porque nem só de pão vive o Homem" e "Fé no estômago", a bebida, literalmente, obteve a aprovação do gosto popular.

Em 2001, ele foi incorporado pela The Coca-Cola Company que intencionava extinguir a marca por competir vitoriosamente contra o produto americano. A multinacional seguia à risca a estratégia de comprar e fechar as fábricas concorrentes ao redor do mundo com a conivência dos governos de onde estava instalada.

O caso do Maranhão é atípico porque a resposta dos maranhenses foi organizar um boicote à compra de Coca-Cola®. O mote "Volta Jesus!" deu voz ao protesto e o governo do Maranhão interferiu, proibindo o fechamento da fábrica. Diante disso, a Coca-Cola teve que ceder e recolocar o refrigerante no mercado. Porém, restringiu a sua distribuição àquele estado.

Voltando ao comerciante paulistano, ao tomar contato com a marca, ele apostou na ideia de ir à porta das Igrejas e vender para os evangélicos. Sua estratégia de vendas foi descrita através da seguinte cena:

- Irmão, você aceita "Jesus" na sua vida?
- Sim, eu a-aceito! - responde o irmão meio embaraçado.
- Irmão, você aceita deixar que "Jesus" entre dentro de você para saciar a sua sede?
- S-s-sim...
- Então: toma "Jesus", irmão! - diz, entregando uma amostra para degustação.

Essa história serve apenas para ilustrar um artifício comercial e não está sendo narrada para condenar a atitude do negociante que fez uma associação bastante lógica e anedótica para encontrar o seu nicho de mercado. A reação natural deveria ser o riso, sem qualquer sentimento de indignação, pois o Guaraná Jesus é somente um produto que obteve grande sucesso através da coincidência dos nomes e a popularidade do Filho de Deus.

Fonte:  http://midiailluminati.blogspot.com/2011/01/o-nome-de-jesus.html
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A platinada Carroll Baker

Carroll Baker (Karolina Piekarski), atriz,  nasceu em Johnstown, Pennsylvania, em 28 de maio de 1931. Descendente de poloneses era filha de um vendedor ambulante. Freqüentou a faculdade local durante um ano, abandonando para seguir carreira como dançarina.

Após um rápido casamento, fez uma pequena participação em Easy to Love (1953), comerciais de tv e peças da Broadway.

Estudou no Actors Studio. Loira, foi uma das atrizes colocadas para rivalizar com a bela Marilyn Monroe.

Casou-se com o diretor Jack Garfein, com quem teve uma filha, Blanche Baker. Em 1982 casou-se com Donald Burton.

Dentre seus filmes de destaque, podemos citar Giant (1956), Baby Doll (1956), The Carpetbaggers (1964) e Harlow (1965).

Carroll também fez filmes na Espanha, Alemanha, México e Inglaterra. Teve inúmeras brigas com a Warner Bross e ela se negou a fazer alguns filmes para a companhia, dentre estes, Devil's Disciple (1959).


Filmografia

•  Another Woman's Husband (2000) (TV)
•  Nowhere to Go (1998)
•  Heart Full of Rain (1997) (TV)
•  The Game (1997)
•  North Shore Fish (1997) (TV)
•  Skeletons (1997) (TV)
•  Rag and Bone (1997) (TV)
•  La signora della città (1996) (TV)
•  Dalva (1996) (TV)
•  Im Sog des Bösen (1995)
•  A Kiss to Die For (1993) (TV)
•  Men Don't Tell (1993) (TV)
•  Judgment Day: The John List Story (1993) (TV)
•  Jackpot (1992)
•  Gipsy Angel (1992)
•  Blonde Fist (1991)
•  Kindergarten Cop (1990)
•  Ironweed (1987)
•  On Fire (1987) (TV)
•  Native Son (1986)
•  What Mad Pursuit? (1985) (TV)
•  Hitler's S.S.: Portrait in Evil (1985) (TV)
•  The Secret Diary of Sigmund Freud (1984)
•  Red Monarch (1983) (TV)
•  Star 80 (1983)
•  The Watcher in the Woods (1980)
•  Las flores del vicio (1979)
•  The World Is Full of Married Men (1979)
•  Bad (1977)
•  Zerschossene Träume (1976)
•  La moglie di mio padre (1976)
•  Ab morgen sind wir reich und ehrlich (1976)
•  La moglie vergine (1975)
•  Lezioni private (1975)
•  Il corpo (1974)
•  Il fiore dai petali d'acciaio (1973)
•  Baba Yaga (1973)
•  Il coltello di ghiaccio (1972)
•  Il diavolo a sette facce (1971)
•  Captain Apache (1971)
•  La última señora Anderson (1971)
•  Paranoia (1970)
•  Così dolce... così perversa (1969)
•  Orgasmo (1969)
•  Il dolce corpo di Deborah (1968)
•  L'harem (1967)
•  Harlow (1965)
•  Mister Moses (1965)
•  The Greatest Story Ever Told (1965)
•  Cheyenne Autumn (1964)
•  The Carpetbaggers - Os Insaciáveis (1964)
•  Station Six-Sahara (1962)
•  A Conquista do Oeste (1962)
•  Something Wild (1961)
•  Bridge to the Sun (1961)
•  The Miracle (1959)
•  Beijos que não se esquecem (1959)
•  The Big Country (1958)
•  Baby Doll - Boneca de carne (1956)
•  Assim Caminha a Humanidade (1956)
•  Fácil de Amar (1953)

Fonte: Wikipedia; Carroll Baker - Cinema Clássico.
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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Adúlteros em cana

Foi noutro dia, num prédio da Rua Barata Ri­beiro. Quando chegou a Polícia, naquela viatura da Po­lícia Secreta Portuguesa, que quando encosta no meio-fio todo mundo manja, os vagabundos que circulavam pela redondeza pararam logo para ver o bicho que ia dar. Que qui foi, que qui não foi - ficou-se sabendo que era um marido cretino, interessado em dar flagrante de adultério na mulher. Ora, uma bossa dessas dá mais renda que Fla-Flu.

Enquanto as autoridades subiam em companhia do cocoroca enganado, juntou mais gente em baixo que mosca em banheiro de botequim. E foi aí que a nossa re­portagem descobriu um fato interessante na psicologia das multidões: tava todo mundo torcendo pela adúltera.

Quando ela apareceu no asfalto, nervosa e pálida, foi aque­la salva de palmas, consagradora. Ao passo que o marido apontado por um dos circunstantes com o grito esclare­cedor de "o corno é aquele ali", foi saudado com uma vaia firme e de certa forma surpreendente.

Mas isto deixa pra lá. Eu só contei porque o episódio me pareceu deveras interessante, e dele me lembrei por causa da notícia que acabo de ler aqui no jornal. É sobre o novo código penal na Argélia. Aqui no Brasil, entre as muitas reformas que a "redentora" prometeu e que não fez ainda, estava incluída a do Código Penal. Daí, eu me interessei pelo que o jornal dizia; principalmente por este trecho:

"O adultério tornou-se ontem um crime sob a lei argelina; e a mulher será punida duas vezes mais forte­mente que o homem. O novo Código Penal dispõe que a mulher que cometer o adultério é passível de dois anos de prisão. Já para o homem a pena máxima é de um ano. O novo código pune ainda o homossexualismo com uma pena de três anos de prisão".

Está aí um troço que aquela turma daquela tarde, na Rua Barata Ribeiro ia vaiar na certa. Por que metade da pena para o homem, se para o pecado do adultério são precisos um homem e uma mulher? Ora, numa disputa dessas é muito difícil dizer qual dos dois está pecando mais.

Desconfio que o código argelino está injusto. E sa­bem por quê? Primo Altamirando, quando leu a notícia, elogiou muito e ainda me chamou a atenção para o deta­lhe dos três anos, que pega o bicharoca na Argélia. E com aquela desfaçatez peculiar ao seu deformado caráter, co­mentou:

— "Coitada da adúltera que se meter com uma bicha lá na Argélia. Vai pegar cinco anos de cana. Dois de adul­tério e três de frescura".

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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. —  Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.
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