quinta-feira, 2 de junho de 2011

Molhes, Atalaia e Surf

057
Os molhes da entrada da barra e ao lado a praia da Atalaia

Uma tarde ensolarada bem aprazível nesse final de Maio. Mas o mar agitado não estava para os nossos banhistas não, talvez para peixe e com certeza, ideal para os surfistas. Depois da Praia Brava demos uma chegadinha em Cabeçudas e o nobre balneário itajaiense estava entregue as moscas, digo aos pescadores.

Depois no encaminhamos aos molhes da barra, na Praia da Atalaia, onde, como sempre, estava lotado de todos os tipos: curiosos, turistas, crianças, pescadores amadores e na água... um enorme “cardume” de surfistas!

A Praia da Atalaia é a praia mais próxima do centro da cidade de Itajaí, fica bem ao lado do bairro da Fazenda 9Saco da Fazenda) e é separada do Rio Itajaí-Açu pelo molhe Sul da Barra.

É uma praia rasa, com poucas ondas, mas consideradas as ondas mais regulares do Brasil. Essa característica faz com que seja bastante frequentada por surfistas.

Oferece uma boa infra-estrutura aos visitantes, como bares, estacionamento, chuveiros e posto salva-vidas. É também palco de campeonatos de futebol, vôlei e esportes de areia durante todo o ano.

Por ser muito freqüentada, principalmente na temporada, onde jogos e outras atividades são realizadas, o agito é garantido. Vejam as fotos da linda tarde de 28/5/2011.

056

062

061
Leia mais...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mitu no menu

Se o distinto aí tivesse ido a Liverpool, durante a lamentada Copa do Mundo, ficaria espantado com o grande número de patrícios desembarcados no movimentado porto inglês.

Dizem até que lá chegou um navio da Cos­teira, cheio de torcedor apaixonado, dois dias depois de a seleção brasileira ter ido pra cucuia. Dizem também que o navio voltou de marcha à ré - mas isto eu não afirmo, apenas comento de ouvir dizer.

O que eu vi mesmo foi muito brasileiro se virando pra poder dormir. Lembro-me de uma tarde, em que saímos do Press Center" - eu e o coleguinha Achilles Chirol, que não me deixa mentir. A gente ia saindo e conver­sando em português, porque era muito pedante ficar ali gastando inglês entre si, quando se aproximaram três su­jeitos meio ressabiados. Um deles virou-se para o colegui­nha e perguntou:

— Os senhores são brasileiros?

Nós éramos (e ainda somos). O cara então quis saber se naquele prédio de onde saíamos tinha poltronas no corredor. O Achilles disse que tinha e os três ficaram muito contentes. Entreolharam-se e um deles propôs:

— Vamos entrar aí, turma. Assim a gente dorme um pouquinho nas poltronas.

To contando o caso, para vocês sentirem o drama de quem faz do futebol uma paixão capaz de levar um coita­do a atravessar um oceano para ir dormir em banco de jardim, numa cidade onde chove de duas em duas horas, e onde o verão é tão extenso que — no ano passado — caiu num domingo.

A sorte desses dignos representantes da plebe ignara que foram parar em Liverpool era a quantidade de brasi­leiros presentes. No idioma pátrio eles conseguiam pedir uma ajudazinha e iam maneirando. Mas, depois que o Bra­sil foi eliminado e os jornalistas tiveram que partir para outras cidades, onde prosseguiria o campeonato mundi­al, eles ficaram na maior bananosa, e quem não conse­guiu passagem de volta nos primeiros aviões passou até fome.

Foi o caso do homem que comia mitu!

Deu-se que, uma tarde, descia um grupo de jornalis­tas a principal avenida de Liverpool (cujo nome eu esque­ci, porque de Liverpool não estou querendo me lembrar de nada), quando apareceu o homem que comia mitu. Eu estava no grupo e vi quando ele se aproximou. Disse que era brasileiro, que não falava nem "yes" de inglês, e per­guntou se não podia almoçar com a gente. Vimos logo que ele estava pedindo benção a mendigo e chamando cachorro de dindinho. Quem lhe pagaria o almoço seria mesmo o grupo, mas como éramos vários nesse grupo, concordamos em levá-lo. Saía barato e era menos um nor­destino com fome (o nossa-amizade era pernambucano).

No restaurante, cada um pediu seu prato. O penúlti­mo a escolher pediu costeletas de carneiro com legumes, e o último, como quisesse a mesma coisa, disse, em in­glês, para o garçom:

— Me too!

Quando vieram os pratos o fominha olhou para as costeletas, depois olhou pro garçom e — como ouvira a pedida — apontou para o prato e disse:

-Mitu!

Ora, "mitu" pode ser "me too", e o garçom trouxe o mesmo prato para ele também.

Depois soubemos que o distinto dava o golpe em tudo que era brasileiro que entrava em restaurante. Pedia para almoçar junto e era o último a pedir: — Mitu! — e o garçom trazia.

Mas aí o Brasil entrou bem, os brasileiros se manda­ram e ele ficou lá. Consta que, depois de muita luta, arran­jou uns "shillings" e entrou num restaurante. Quando o garçom se aproximou, fez a pedida:

- Mitu!

O garçom não entendeu nada. Parece que, depois que os brasileiros foram embora... o mitu acabou.
______________________________________________________

Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.
Leia mais...

domingo, 29 de maio de 2011

Parapente

DSCN5758a
Parapente de 28/5/2011 quando eu sofria na subida do Morro da Rainha

O parapente, numa definição geral e divertida, é um instrumento inflável, que possibilita seres humanos voarem, além de avião ou pensamentos, numa linha de esporte radical. É semelhante a um pára-quedas, em que são suspensos por linhas o piloto e um possível corajoso passageiro. Admiro e tenho grande respeito pelos corajosos praticantes. 

Costuma-se denominar para-motor o parapente no qual um motor é empregado para propelir o piloto. O vôo de parapente (conhecido em alguns países como paragliding) é uma modalidade de vôo livre que pode ser praticado tanto para recreação quanto para competição. Pode ser descrito como um híbrido entre a asa delta e o pára-quedas.

Diferentemente do pára-quedas, o parapente oferece um vôo dinâmico, onde o piloto pode controlar sua ascendência e direção, dependendo das condições meteorológicas como velocidade do vento e também a incidência solar sobre determinada superfície que gera correntes de ar ascendentes (termais) e descendentes.

DSCN5320G
Essa foto é do dia 6 de maio de 2011, na Praia do Buraco

A história do parapente começa em 1965 com a velasa (sailwing em inglês) criada por Dave Barish que chamou de slope soaring (vôo de talude) a prática de vôo com esta vela. Paralelamente Domina Jalbert inventa um pára-quedas cujo velame é composto por células, para gerar efeito asa. Este pára-quedas com dorso e intra-dorso, separados pelas células, foi o ancestral dos atuais pára-quedas, parapentes e kites (as velas do kitesurf). 

Desde então passaram a evoluir separadamente e atualmente a diferença mais importante entre pára-quedas e parapente é em relação ao chamado L/D (em inglês, Lift and Drag), ou coeficiente de planeio, que significa a distância horizontal que se pode atingir quando se parte de uma certa altura. 

Por exemplo: com um parapente de L/D 7, se a decolagem é feita de uma altura de 1 km, atinge-se 7 km de distância horizontal. 

Nos parapentes básicos atuais os L/Ds são superiores a 9, equipamentos de competição já possuem L/D maior que 11, já os L/Ds dos pára-quedas são muito inferiores a este valor. Na verdade, tenho que entrevistar um amante deste esporte tão radical...

Fontes: Wikipédia; O morro do Careca; Minhas fotos.
Leia mais...