sábado, 18 de fevereiro de 2006

Alguém me segue, mas não sou paranóico!

O pior é que tem gente que pode ler essa asneira e dizer que "faz sentido"...Leite de Pato :

"Terão alguma dificuldade de me convencer de que por trás da eclosão de ódio religioso que surgiu no rastro da publicação das charges noruguesas sobre Maomé não está a CIA ou o Mossad. É coincidência demais. Justo no momento em que o governo Bush tenta apertar o cerco das potências nucleares contra o Irã, um grupo de imãs extremistas, estereótipos dos que governam o próprio Irã, apresenta-se ao mundo como sectários exaltados, atacando o próprio cerne da civilização ocidental que é a liberdade de expressão.

O cidadão ocidental típico, que tolera a religião do outro e respeita seus símbolos sagrados - mas encara com naturalidade a criação artística irreverente, e afinal inconseqüente -, recua assustado diante da possibilidade de um grupo fundamentalista radical apoiar-se num possível poder nuclear. As charges publicadas mais de quatro meses atrás, sem qualquer conseqüência, estavam destinadas a um descanso honroso nos arquivos mortos dos jornais noruegueses e dinamarqueses. Por que decidiram tirá-las de lá?

Não costumo me ater a teorias conspiratórias, mas acho que, como o grande timoneiro Ulysses Guimarães, quando jabuti está em árvore é porque alguém o botou lá. O jornal “The New York Times” fez uma investigação e rastreou o roteiro seguido por um grupo de imãs que resultou nos primeiros protestos no Oriente Médio. Entretanto, não é porque são imãs que estão infensos às manobras da CIA ou do Mossad. Como diz a velha piada, “não é porque sou paranóico que não tem alguém me seguindo”.

A pressão norte-americana para o Irã desistir de seu programa nuclear é totalmente descabida. O País seguiu à risca os protocolos do Acordo de Não Proliferação até que os Estados Unidos começaram a lhe impingir exigências descabidas. O processo de enriquecimento a que Teerã tem acesso, segundo tudo o que foi apurado até aqui, é suficiente apenas para produzir energia elétrica, ou seja, ao nível de 3%. Para fazer a bomba, é preciso enriquecer o urânio a mais de 90%, o que o Irã não sabe fazer.

Obviamente, para se chegar a 90%, é preciso antes fazer o enriquecimento a 3%. O que não significa que quem enriquece urânio a 3% necessariamente vai caminhar para a construção da bomba. Entretanto, para Israel, qualquer leve risco de que um inimigo árabe venha mesmo a longo prazo uma capacidade nuclear militar é intolerável. Por muito menos, nos anos 80, os israelenses bombardearam e arrasaram uma usina nuclear que estava sendo construída pelos franceses em Bagdá.

Um bombardeio preventivo do complexo nuclear iraniano, feito a seco, pareceria intolerável para o mundo inteiro, inclusive para certos aliados nucleares de Teerã, como Rússia e China. Por isso, é preciso criar o ambiente. Os clérigos fundamentalistas que atualmente governam o Irã ajudam bastante na criação de um clima hostil aos iranianos, como é o caso de seu Presidente demagogo, pregando abertamente a destruição de Israel. Mas uma demonstração universal de que todos os muçulmanos são sectários e intolerantes ajuda muito mais.

É assim que, suspeito, os serviços secretos norte-americanos ou israelenses insuflaram esse clima de ódio em torno de algumas charges inconseqüentes. A operação talvez seja sofisticada demais para ser atribuída à CIA, mas está no nível dos melhores momentos do Mossad. Se não foi nenhuma nem outro, bem que poderia ser: “si non é vero, dizem os italianos, é bene trovatto!”

Recebi as charges pela Internet. Não só elas, mas um livro inteiro de sátiras ao Corão. São iconoclastas, mas nenhuma à altura do que o marquês de Sade fez com símbolos católicos. Aliás, não se conta o número de sátiras e glosas feitas por cartunistas e escritores sobre passagens da Bíblia. E aqui mesmo tivemos um pastor evangélico que, pela televisão, chutou a imagem de Nossa Senhora Aparecida para demonstrar que era apenas madeira. Sem falar em obras artísticas magníficas, profanas, como “A Última Tentação de Cristo”, de Scorcese, ou o “O Evangelho segundo Jesus Cristo”, de José Saramago.

Tudo isso tem gerado justificados protestos pelos que se sentem desrespeitados, mas nada que se compare a incêndios de embaixadas, rupturas diplomáticas e ameaças mortais de retaliação.

Fiquei pensando, agora que é carnaval, numa marchinha famosa dos anos 60: “Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é?, será que ele é? Será que ele é bossa nova?, será que ele é Maomé?, será que ele é transviado?, mas isso não sei se ele é”. Bem trabalhada pela CIA ou pelo Mossad, essa sátira inconseqüente usando o nome de Maomé poderia, se necessário, ser caso para bombardeio de Angra I e II! "

(fonte: A rebelião das charges e a cabeleira do Zezé)

Blogueiro do Papa-Siri: Aaaaaiii! O mundo está girando depressa demais! Pare, que eu quero descer! Céus, o carnaval brasileiro de 2006 alimentará agora o ódio dos muçulmanos ao Brasil... Allah-lá-ô-ô-ô...Allah, meu grande Allah!
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Tiffany e Lucas


Tiffany e Lucas, originally uploaded by Blog do Papa-Siri. Hoje, dia 18 de fevereiro, foi uma data muito especial porque comemoramos o aniversário do meu netinho Lucas no Clube Caça e Tiro Vasconcelos Drummond de Itajaí, Santa Catarina. Na foto a jovem mãe, minha filhota Tiffany, e o nosso querido aniversariante. Esse blogueiro hoje está feliz.
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

Maxixe, a dança proibida


O maxixe foi a primeira dança urbana criada no Brasil. Surgiu nos forrós da Cidade Nova e nos cabarés da Lapa, Rio de Janeiro RJ, por volta de 1875. Conhecido como a “dança proibida”, era dançado em locais mal-vistos pela sociedade como as gafieiras da época que eram freqüentadas também por homens da sociedade, em busca de diversão com mulheres de classes sociais menos favorecidas.

Considerado imoral aos bons costumes da época, além da forma supostamente sensual como seus movimentos eram executados foi perseguido pela Igreja, pela polícia, pelos educadores e chefes de família.

Sua entrada nos salões elegantes das principais capitais brasileiras foi terminantemente proibida até que, em 1914, Nair de Tefé, primeira dama do país, esposa do então presidente Hermes da Fonseca, iria escolher um maxixe, o "Gaúcho" ou "Corta-Jaca", de Chiquinha Gonzaga, para ser executado ao violão, nos jardins do Palácio do Catete, para escândalo de todo o país.

Mais tarde o maxixe estendeu-se aos clubes carnavalescos e aos palcos dos teatros de revista e enriqueceu-se com grande variedade de passos e figurações: parafuso, saca-rolha, balão, carrapeta, corta-capim, etc.

(clique aqui para continuar lendo o artigo no Blog MPB Cifrantiga).
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