terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Origem do jogo de dados

Os dados são pequenos poliedros gravados com determinadas instruções. O dado mais clássico é o cubo (seis faces), gravado com números de um a seis. Existem também dados de duas faces (representados por moedas), três faces (igual a um dado clássico de seis lados, mas com apenas três números, sendo cada um repetido duas vezes), quatro faces (em formato piramidal), oito faces, dez faces, 12 faces, 20 faces, entre outros.

Uma das mais antigas diversões conhecidas na história da humanidade, os dados aparecem retratados junto a uma espécie de jogo de tabuleiro em vasos pintados da Grécia antiga. Segundo a própria tradição grega, eles teriam sido inventados por Palamedes, companheiro do herói Agamenon, na mitológica guerra de Tróia.

Tudo indica, porém, que o jogo era conhecido por todos os povos da antigüidade: egípcios, persas, assírios e babilônios. Mais tarde, por volta do ano 302 a.C., os legionários romanos que conquistaram a Grécia acabaram por difundir o jogo por todos os países sob seu domínio.

A segunda frase mais famosa do imperador Júlio César (100-44 a.C.) - só perdendo para a última delas: "Até tu, Brutus!" -, desferida quando ele se lançou à tomada do poder em Roma, citava o jogo de dados: Alea jacta est, ou "A sorte está lançada". Segundo o historiador romano Plutarco (46-119), César costumava jogar dados com os senadores, antes de derrubar o Senado e tornar-se imperador.

Fonte: http://jgmat.net23.net/dados.html
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Trevo de quatro folhas

Diz a lenda, que a raridade de um trevo de quatro folhas o transformou em um poderoso amuleto. Os antigos magos druidas, que habitavam a Inglaterra por volta do ano 200 a.C., acreditavam que quem possuísse um desses trevos poderia absorver os poderes da floresta e a sorte dos deuses - com isso, também adquiria o dom da prosperidade. Ainda segundo a lenda, para que se tenha sorte com o trevo de quatro folhas, é preciso ganhá-lo de presente e depois presentear três pessoas.

O trevo de quatro folhas é o símbolo mais tradicional de boa sorte. Quando se ganha um trevo assim, diz a tradição, a pessoa recebe votos de prosperidade, saúde e fortuna. Ainda segundo as tradições, a cada trevo que se colhe, brotam seis novos, multiplicando a sorte para todos.

Existem muitas curiosidades a respeito desta planta. Uma delas descreve que cada folha do trevo tem um significado: esperança - fé - amor - sorte. O número de folhas - quatro - representa um ciclo competo, como as 4 estações, as 4 fases da lua ou os 4 elementos da natureza: Ar, Fogo, Terra e Água.

Podemos fazer um belo amuleto com o trevo de quatro folhas: basta colher a folha, cortar bem rente à haste e colocar dentro de um livro grosso para secar bem retinha. Depois é só plastificar ou colocar num saquinho plástico e carregar dentro da carteira ou da bolsa.

Hoje os trevos de quatro folhas já não são tão raros. Nos anos 50, horticultores desenvolveram uma semente que só gera plantas com quatro ramos. Cultivados em grande quantidade, perderam muito de seu sentido mágico - o prazer de serem procurados e a sorte de encontrá-los.

A fama do trevo em trazer boa-sorte é tanta que até inspirou uma famosa marchinha de Carnaval gravada por Nara Leão: "Vivo esperando e procurando um trevo no meu jardim / Quatro folhinhas nascidas ao léu, me levaria pertinho do Céu / Feliz eu seria e o trevo faria que ela voltasse pra mim... / Vivo esperando e procurando um trevo no meu jardim".

O trevo é uma planta herbácea, que atinge mais ou menos 30 cm e produz flores na primavera e verão.

Fonte: Jardim de Flores.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Rosamundo no banheiro

As histórias de Rosamundo — o distraído — são verdadeiras. E bárbaras. Teve o caso do dia em que ele comprou o livro Tia Zulmira e Eu, do famoso escritor brasileiro Stanislaw Ponte Preta, que todo mundo conhece como um dos luminares da nossa literatura moderna.

Rosamundo comprou o livro no dia do seu lançamento (quer dizer, lançamento do livro, não de Rosamundo). Pois comprou e ficou tão interessado que começou a ler na porta da livraria. Chamou um táxi, entrou no dito, e mandou tocar para o edifício onde mora, percorrendo todo o itinerário com a cara enfiada no livro, a ler gulosamente o fabuloso escritor.

Ora, se Rosamundo é distraído no simples, imaginem a ler um livro com tanto interesse. Tinha que dar em besteira.

Rosamundo saltou do táxi, pagou a corrida, e entrou no prédio a ler o livro. Chamou o elevador, saltou no seu andar, abriu a porta e — após tirar o paletó e colocar o livro sobre um móvel — foi direto para o banheiro, tomar seu banho rápido, para poder continuar, a leitura.

No banheiro, abriu o chuveiro e foi entrando debaixo, a cantar o fado aquele que diz "só porque és riquinlegante, queres que eu seja seu amante, etc., etc." Ele detesta fados, mas está sempre distraído. Tão distraído que, acabado o banho, olhou para fora do boxe e viu que não tinha toalha. Então abriu a porta do banheiro e berrou:

— Como é, mulher. Nesta porcaria desta casa não tem toalha?

A mulher trouxe a toalha e enfiou a mão pela porta entreaberta do banheiro.

Rosamundo, molhado e pelado, quis fazer um agradinho nela e puxou-a pelo braço para dentro do banheiro. E só então morou no vexame. A mulher que puxara era a do vizinho. Rosamundo tinha entrado no apartamento de baixo.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: O MELHOR DE STANISLAW - Crônicas Escolhidas - Seleção e organização de Valdemar Cavalcanti - Ilustrações de JAGUAR - 2.a edição - Rio - 1979 - Livraria José Olympio Editora
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