quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Walter Pinto

Walter Pinto, produtor e autor de teatro de revista, nasceu no Rio de Janeiro em 1913, e faleceu na mesma cidade, em 21 de abril de 1994. Produtor dos maiores espetáculos de teatro de revista brasileiro, é responsável pela reformulação do gênero, nos anos 40 e 50.

Walter formou-se em Contabilidade e Ciências Econômicas, mas acabou dedicando-se à Companhia de Teatro Pinto, fundada por seu pai, dirigindo-a depois da morte de seu irmão Álvaro, ainda na década de 40.

Dá início à Companhia Walter Pinto, que veio a se tornar a maior delas no teatro musicado, encenando Revistas e revelando uma geração de atores, músicos e compositores, dentre os quais se podem listar: Dercy Gonçalves, Carmem Miranda, Assis Valente, etc.

A Companhia Walter Pinto estréia com É Disso que Eu Gosto, de Miguel Orrico, Oscarito Brennier e Vicente Marchelli, 1940, título extraído da música que Carmem Miranda cantava, à frente do elenco, com Oscarito e Margot Louro.

Durante toda a década de 40, os espetáculos são quase que exclusivamente dirigidos por Otávio Rangel. O produtor tira a ênfase do autor e dos primeiros atores para valorizar a espetacularidade da cena: escadas, luzes, grandes coreografias, efeitos de maquinaria, coros numerosos e grande orquestra garantem o sucesso dos espetáculos que se sucedem. Contrata coristas argentinas, francesas e até russas que atuam principalmente nas partes musicais, para as quais mantém um grupo de bailarinas. Durante a guerra, ensaia quadros patrióticos.

Os títulos anunciam a jocosidade e mesmo a falta de história dos espetáculos: Assim... Até Eu, de Olavo de Barros e Saint-Clair Senna, Os Quindins de Yayá, de J. Maia e Walter Pinto, A Cabrocha Não É Sopa, de Freire Jr., todos de 1941; Passo de Ganso, de Freire Jr., de 1942; Rei Momo na Guerra, de Freire Jr. e Assis Valente, Comendo as Claras, de Paulo Orlando e Walter Pinto, de 1943; Tico-Tico no Fubá, de Alfredo Breda e Walter Pinto, Momo na Fila, de Geysa Bôscoli e Luiz Peixoto, de 1944; Bonde da Laite, de Geysa Bôscoli e Luiz Peixoto, Canta Brasil, de Luiz Peixoto, Geysa Bôscoli e Paulo Orlando, Rabo de Foguete, de Luiz Peixoto, Saint-Clair Senna e Walter Pinto, de 1945; Carnaval da Vitória, de Luiz Peixoto, Saint-Clair Senna e Walter Pinto, Não Sou de Briga, de Freire Jr. e Walter Pinto, Nem Te Ligo..., de Freire Jr. e Walter Pinto; Quê que Há com Teu Piru?, de Freire Jr., Saint-Clair Senna, Fernando Costa e Walter Pinto, 1946; Não Chacoalha!, de Freire Jr. e Walter Pinto, 1947; Tem Gato na Tuba, de Freire Jr. e Walter Pinto, 1948; Vamos pra Cabeça!, de Freire Jr. e Humberto Cunha; Está com Tudo e Não Está Prosa, de Freire Jr. e Walter Pinto, 1949. No elenco, Virginia Lane e Dercy Gonçalves eram as atrizes assíduas.

O tema do carnaval, pela óbvia semelhança do descompromisso, da musicalidade e do apelo ao corpo, é recorrente. Técnica e artisticamente, os espetáculos da Companhia Walter Pinto atingem, como se dizia em seu tempo, nível internacional.

O cronista Carlos Machado cita o ator francês Paul Nivoix, sobre Trem da Central, de Freire Jr. e Walter Pinto, 1948: "Nunca imaginei que no Brasil houvesse um produtor de tal força para extasiar o público. O que acabo de ver em Trem da Central é digno de ser mostrado em qualquer parte do mundo sem receio de ser superado".

Na década de 50, o produtor recebe durante quatro anos, três deles seguidos, o prêmio da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, de melhor produtor de teatro musicado, categoria criada em conseqüência de seu trabalho e muito provavelmente a ele dedicada.

Na mesma coluna, Carlos Machado publica: "O êxito de Walter Pinto é devido, sobretudo, a ele mesmo. Podem figurar nos letreiros luminosos os nomes de Oscarito, Virginia Lane, Grande Otelo ou Mara Rubia, as maiores atrações nacionais. De um momento para outro, esses grandes nomes (...) são obrigados a sair do palco das revistas de Walter Pinto. Saem mas não fazem falta. O êxito é o mesmo... A explicação é óbvia: Walter Pinto apresenta uma revista em conjunto, e é o conjunto que se firma. Sua maior vitória está neste detalhe".

Nos anos 60, o produtor passa a assinar também a direção e o texto dos espetáculo

Fontes: Wikipédia - Enciclopédia virtual; Enciclopédia Itaú Cultural - Teatro.
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A "prainha" de São Miguel

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Nesta tarde ensolarada, passeamos pelas praias de Navegantes, Penha e Piçarras, belos recantos do litoral norte catarinense. Visitamos a "prainha" (eu conheço essa praia por prainha desde criança) de São Miguel, na Penha, localizada próxima à praia de Gravatá que pertence ao Município de Navegantes.

A praia é bastante utilizada para a pesca, com um grande número de embarcações ancoradas na beira do mar. Dali se vê o movimento de navios passam em direção ao porto de Itajaí. Mar calmo, seguro para banho (fotos de 02/11/2011).

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Caminho das Praias II, um álbum no Flickr.
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Buglê

José Roberto Bougleaux, mais conhecido como Buglê, nasceu em São Gotardo, MG, em 25/07/1944, e seu primeiro clube foi o Real Madri da cidade natal. Já atuando na meia-direita do Clube Atlético Mineiro, destacou-se ao marcar o primeiro gol da história do Mineirão. Nessa partida vestia a camisa da Seleção Mineira em um amistoso contra o River Plate, da Argentina, em 5 de setembro de 1965. Marcou o tento histórico aos dois minutos do segundo tempo e o jogo terminou com o placar de 1 a 0.

Emprestado ao Santos, onde ficou até meados de 1968, posteriormente foi vendido ao Vasco da Gama. Entretanto, sua família não se adaptou ao Rio de Janeiro, e ele pediu à diretoria do Vasco que o liberasse para voltar ao Santos, que estaria disposto a pagar 200 mil cruzeiros mais um jogador pelo seu passe.

Atualmente mora em Brasília-DF, onde é funcionário do Ministério Público Federal, e continua batendo sua bolinha no clube do Minas Brasília, ao lado de grandes amigos como o gremista Larry Albérti.

Sobre o ex-meia, Eugênio Moreira escreveu para o jornal "Estado de Minas" o seguinte texto:

"Primeiro gol da história do Mineirão é orgulho do ex-volante do Galo; Santos, de Pelé; Vasco e América. Hoje, ele vive em Brasília e é dono de pousada em Cabo Frio. A história dos 40 anos do Estádio Governador Magalhães Pinto, que serão comemorados no próximo mês, começou com o armador Buglê, autor do primeiro gol do Mineirão, na vitória da Seleção Mineira sobre o River Plate por 1 a 0, em 5 de setembro de 1965."

“Não sabia que aquele momento perduraria tanto. Na época, o gol foi importante pela vitória, mas não tive a noção do quanto valeria, mesmo sabendo que era o primeiro do estádio”, recorda o ex-atleticano. “A placa pelo gol somente foi posta no estádio uns três anos depois.”

O lance foi aos 2min do segundo tempo. “Roubei a bola na nossa intermediária, tabelei com o Dirceu Lopes, mas recebi um pouco à frente. O goleiro Gatti saiu do gol e o zagueiro Ramos Delgado estava na jogada, mas eles se desentenderam. A bola sobrou para mim e, de fora da área, chutei para o gol vazio”, lembra. A Seleção Mineira, treinada por Mário Celso de Abreu, o Marão, foi convocada somente para aquele amistoso e treinou durante uma semana.

A escalação: Fábio; Canindé, Bueno, Grapete e Décio Teixeira; Buglê, Dirceu Lopes e Tostão; Wilson Almeida (Geraldo, depois Noventa), Silvestre (Jair Bala) e Tião. O River jogou com: Gatti; Sainz, Ramos Delgado, Crispo e Cap (Civica); Matosas, Sarnari e Delém; Cubilla (Lallana), Artime (Solari) e Más. O público foi de 73.201 pagantes.

Buglê considera o primeiro gol no Mineirão a principal lembrança de sua carreira, melhor até que os títulos que conquistou. “Para mim, vale mais que qualquer Copa do Mundo e vou guardá-la até o fim da vida. Tenho uma saudade muito grande daquela época, que era a minha juventude”, diz o ex-jogador, que, aos 60 anos, mora em Brasília, onde trabalha com transporte escolar, e tem uma pousada em Cabo Frio (RJ).

Andrada, Alcir, Clóvis, Moacir, Eberval e Fidélis; agachados: Jaílson, Buglê, Valfrido, Silva e G. Nunes

Mineiro de São Gotardo, José Alberto Bougleux – ele mesmo optou por aportuguesar o sobrenome, para facilitar – jogava futebol de salão no Cruzeiro, quando foi convidado a treinar no juvenil do Atlético, em 1963. Inicialmente, não aceitou, porque não se havia saído bem num teste no Barro Preto. Mas, logo no primeiro treino pelo Galo, passou do time reserva para o titular. Ficou no clube até 1966. No ano seguinte, foi emprestado ao Santos, de Pelé. E, em 1968, vendido ao Vasco. Ele ficou em São Januário até 1974. Depois de comprar o próprio passe, aos 29 anos, não conseguiu clube e ficou algum tempo parado. Em 1975, defendeu o América por quatro meses, antes de encerrar a carreira.

Foi campeão mineiro em 1963, bicampeão paulista em 1967 e carioca em 1970.

Fontes: Por Onde Anda?; Wikipedia.
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