terça-feira, 23 de agosto de 2011

Peter Lorre

Peter Lorre (László Löwenstein) nasceu em 26 de junho de 1904 em Ružomberok, Império Austro-Húngaro (atual Eslováquia), e faleceu em 23 de março de 1964, em Hollywood, Estados Unidos.

Bancário e ator desconhecido de teatro, foi visto por Fritz Lang e escalado para fazer o papel do grotesco assassino de crianças em M., o Vampiro de Düsseldorf (1931).

Tornou-se um astro. Feio, baixo e de olhos saltados, Lorre provocava nas telas sentimentos de repulsa. Na maioria das vezes fazia papel de vilão.

Depois de fugir da Alemanha nazista para a Inglaterra em 1933, trabalhou com Alfred Hitchcock em O Homem que Sabia Demais (1934).

Em Hollywood, fez alguns tipos inesquecíveis, mas, desiludido com a falta de bons papéis, foi para a Alemanha para dirigir, escrever e atuar em Der Verlorene (1951), que se tornou um fracasso comercial. Voltou para Hollywood e fez seu último filme, O Corvo, em 1963.

Vincente Price e Peter Lorre

Feio, baixo e de olhos saltados

Após atuar em várias peças em seu país natal e obter certo reconhecimento, começou uma carreira nômade em países como Alemanha, Suíça, França, Inglaterra e Estados Unidos, participando de diversos filmes.

Foi apresentado ao lendário Fritz Lang que viu nele a figura perfeita para fazer o papel do grotesco assassino de crianças em M., o Vampiro de Düsseldorf (1931).

Este filme criou o psicopata assassino que dominou o cinema até os dias de hoje. Em vez de um monstro furioso e poderoso, um sujeito tímido e reprimido. Pequeno e vulnerável, é tão desprezível quase causa pena.

Peter Lorre encarna a primeira aparição deste personagem no cinema de forma tão intensa e emocional que até hoje ainda é imitado (e, nunca superado). Soa inacreditável que depois de passar o dia todo filmando como o matador pedófilo de forma tão apaixonada, quando dava sete horas Lorre saía e ia para o teatro onde fazia uma comédia.

Em volta dessa soberba atuação, Fritz Lang, em sua primeira fita sonora, revoluciona o cenário cinematográfico assim como em Metrópolis - as vozes da multidão discutindo, o grito da mãe da primeira vítima e, é claro, o assovio que identifica o criminoso, de quem nunca se via o rosto, outro recurso copiado até hoje.

O filme retrata uma ambientação urbana contemporânea, recheada de criminosos e policiais, Acreditam os estudiosos da sétima arte que Fritz Lang também dá a colaboração significativa para o que seria o filme noir americano.

Peter Lorre em seu papel como o assassino Hans Beckert, marcou época na história do cinema. Tornou-se um astro. Embora não pudesse ser comparado ao charmosos atores de sua época pois era feio, baixo e de olhos saltados, Lorre tinha o talento de provocar nas platéia sentimentos dos mais diversos.

Na maioria das vezes fazia papel de vilão. Depois de fugir da Alemanha nazista para a Inglaterra em 1933, trabalhou com Hitchcock em O Homem que Sabia Demais (1934). Também atuou, como coadjuvante,nos filmes Agente Secreto (1936), de Hitchcock, Crime e Castigo (1935), de Sternberg, e Esse Mundo É um Hospício (1944), de Capra.

Atuou em clássicos como O Falcão Maltês (41), de Huston, e Casablanca (42), de Curtiz. Em Hollywood, fez alguns tipos inesquecíveis, mas, desiludido com a falta de bons papéis, foi para a Alemanha para dirigir, escrever e atuar em Der Verlorene (1951), que se tornou um fracasso comercial.

Apesar de seu enorme talento, Peter Lorre não obteve, em vida, o reconhecimento.

Filmografia

1931: M, o Vampiro de Dusseldorf (M)
1934: O Homem que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much)
1935: Crime e Castigo (Crime and Punishment)
1936: O Agente Secreto (Secret Agent)
1937: O Lanceiro Espião (Lancer Spy)
1937: Nancy Steel Desapareceu (Nancy Steel is Missing)
1938: Mendigo Milionário (I'll Give a Million)
1940: Almas Rebeldes (Strange Cargo)
1941: Relíquia Macabra/ O Falcão Maltês (The Maltese Falcon)
1942: Balas Contra a Gestapo (All Through the Night)
1942: Agente Invisível Contra a Gestapo (Invisible Agent)
1942: Casablanca (idem)
1942: Um Cientista Distraído (The Boogie Man Will Get You)
1943: O Expresso Bagdá-Istambul (Background to Danger)
1943: A Cruz de Lorena (The Cross of Lorraine)
1943: De Amor Também se Morre (The Constant Nymph)
1944: A Máscara de Dimitrios (The Mask of Dimitrios)
1944: Esse Mundo É um Hospício (Arsenic & Old Lace)
1944: Passagem para Marselha (Passage to Marseille)
1945: Quando os Destinos se Cruzam (Confidential Agent)
1945: Hotel Berlim (Hotel Berlin)
1946: Justiça Tardia (The Verdict)
1946: Os Três Estranhos (Three Strangers)
1947: Os Dedos da Morte (The Beast with Five Fingers)
1947: Minha Morena Linda (My Favorite Brunette)
1948: Casbah (idem, com Yvonne De Carlo)
1949: Zona Proibida (Rope of Sand)
1954: 20.000 Léguas Submarinas (20,000 Leagues Under the Sea)
1954: O Diabo Riu Por Último (Beat the Devil)
1956: Refúgio dos Proscritos (Congo Crossing)
1957: Meias de Seda (Silk Stockings)
1957: O Palhaço que Não Ri (The Buster Keaton Story)
1957: O Bamba do Regimento (The Sad Sack)
1959: O Grande Circo (The Big Circus)
1961: Viagem ao Fundo do Mar (Voyage to the Bottom of the Sea)
1962: Muralhas do Pavor (Tales of Terror)
1962: Cinco Semanas num Balão (Five Weeks in a Balloon)
1963: O Corvo (The Raven)
1964: Farsa Trágica (The Comedy of Terrors)
1964: O Otário (The Patsy)
1966: Caçada Humana (The Chase)

Fontes: O Vampiro de Düsseldorf e os filmes de TV que ninguém conhece; Wikipédia, a enciclopédia livre; Peter Lorre.
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Charlotte Rampling

Charlotte Rampling, atriz, nasceu em Sturmer, uma pequena cidade do condado de Essex, na Inglaterra, em 5 de fevereiro de 1946. Sua carreira abrange mais de quatro décadas de cinema, especialmente no britânico, americano, francês e italiano. É filha de um coronel do exército britânico, Godfrey Rampling, campeão dos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim e de Anne Isabelle (nascida Gurteen), uma pintora.

Aos nove anos, sua família mudou-se para Fontainebleau na França, onde aprendeu francês em uma escola municipal. De volta à Inglaterra, a adolescente começou a se apresentar em teatros de revista com a irmã e em seguida trabalhou durante curto período como manequim.

Assim como Jane Birkin e Jacqueline Bisset, estreou no filme ícone da swinging London, “A Bossa da Conquista”, em 1965. Em seguida voltou-se para as comédias populares enquanto cursava arte dramática na Royal Court School. Mas a morte brutal de sua irmã marcou-a profundamente, fazendo com que decidisse deixar a Grã-Bretanha.

Instalou-se então na Itália e teve seu primeiro encontro marcante com Luchino Visconti. Foi ele que a dirigiu em 1969 no filme “Os deuses Malditos”. A atriz provou rapidamente que tinha sangue nas veias, passando do universo da ficção científica de Zardoz (Boorman) ao do sado-masoquismo, de “O porteiro da noite”, em 1974, filme que a revelou ao grande público. Nesse sucesso-escândalo de Liliana Cavani, ela encarna uma sobrevivente dos campos nazistas que mantém uma estranha relação com seu antigo carrasco.

Através de seus papéis, ela se compraz em explorar as áreas mais perturbadas da alma humana. Assim, enamora-se de um chimpanzé diante das câmeras de Oshima (Max mon amour, 1985). Os americanos não se mostram insensíveis ao charme da enigmática Charlotte, que tocou Woody Allen (“Memórias” - 1980), Robert Mitchum (“O Último dos Valentões”) e Sidney Lumet (“O Veredicto”), no papel de uma mulher fatal.

No fim dos anos 70, elege como domicílio a França e roda filmes com Boisset (“Táxi Roxo”), Lelouch (“Viva la vie! “) e Deray (no policial "On ne meurt que deux fois", en 1985).

Menos presente nas telas de cinema nos anos 90, faz, no entanto, interpretações notáveis em 2000 em “O Jardim das Cerejeiras” (baseada na obra de Tchekhov) e no singular "Signos e Desejos" de Jonathan Nossiter.

No ano seguinte, Charlotte Rampling faz um brilhante retorno em “Sob a Areia”, o retrato de uma mulher desamparada após o desaparecimento de seu marido, sob a batuta de François Ozon, um cineasta que ela reencontrará depois em “À beira da Piscina” e “Angel”. Foi nesse momento, ao receber um César pelo conjunto de sua obra (em 2001), que se tornou definitivamente uma estrela, notabilizando-se tanto na comédia (“Beije Quem Você Quiser”, “Désaccord parfait”) quanto em filmes de suspense (“Lemming”), autorais (“Em direção ao Sul”, 2006) e também na diversão hollywoodiana (“Instinto Selvagem 2”).
Em 2008, a atriz concretiza um projeto atrás do outro: verdadeira lady ao lado de Keira Knightley em “A Duquesa”, de Saul Dibb, ela também criou a personagem de grande sacerdotisa em “Babylon A. D.” de Mathieu Kassovitz e a mãe de família bisbilhoteira em “Algo que Você Precisa Saber”, de Cécile Telerman, antes de interpretar seu próprio papel no “O Baile das atrizes” de Maïwenn. Continuando a variar seus registros, a atriz participou em seguida da comédia musical britânica “StreetDance 3D”, onde impôs-se na pele de uma mulher desiludida em “A vida durante a guerra” de Todd Solondz e brilhou no papel de uma mecena na comédia dramática de Julio Médem, "Caótica Ana".

Na década de 1990, época em que esteve afastada das grandes produções internacionais, Rampling lidou psicologicamente com a questão que a afligiu por toda a vida adulta e lhe deu fama de séria e fechada no cinema, a da morte de sua irmã mais velha, Sarah, mãe prematura e que suicidou-se em 1966 na Argentina, aos 23 anos. Durante quase quarenta anos, até a morte de sua mãe em 2001, o segredo de seu suicídio foi guardado por ela e seu pai - que morreu aos 100 anos, em 2006, quando era o mais idoso atleta olímpico ainda vivo da Grã-Bretanha - que juraram não deixar a esposa e mãe saber da verdade, sobre o que, na época, foi noticiado como morte por hemorragia cerebral. Sobre o que viveu nesse período, declarou: "Foi uma época em que tive que conviver comigo mesma sobre isso, em profunda depressão, se devia trazê-la ou não para mais perto de mim, se devia falar a verdade. A morte de minha mãe desbloqueou minha mente."


Foi casada duas vezes, a primeira delas em 1972 com Bryan Southcombe, um ator e publicista, a meio de um escândalo pelas noticias de que, antes disso, os dois viviam numa relação de ménage à trois com um modelo chamado Randall Lawrence. Dessa relação, que acabou em divórcio em 1976, ela teve um filho, Barnaby, hoje diretor de televisão. Em 1974, declarou sobre o fato: "Existem tantos mal-entendidos na minha vida. (...) Certa vez causei um escândalo por dizer que vivia com dois homens. (...) Eu não disse isso num sentido sexual. (...) Éramos apenas como quaisquer pessoas que dividem um apartamento."

Seu segundo casamento, em 1978, com o músico Jean-Michel Jarre, lhe deu mais três filhos e durou mais de vinte anos, acabando publicamente em 1997, quando descobriu através de matérias de tablóides de fofocas que o marido tinha uma caso com outra jovem mulher, e teve um distúrbio nervoso.

Desde 1998 vive com um empresário francês da área de comunicações, Jean-Noël Tassez.

Fontes: Wikipédia; Biography - My French Film Festival.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Julie Newmar, a mulher-gato

Julie Newmar (Julia Chalene Newmeyer), atriz, nasceu no dia 16 de agosto de 1933, em Los Angeles, Califórnia, EUA. Filha da dançarina Helen Jesmer e do professor e investidor de imóveis Donald Newmeyer.

Quando apareceu pela primeira vez dançando no filme "Slave of Babylon" (1953), resolveu mudar seu nome para Julie Newmeyer. Depois apareceu dançando em "Serpent of the Nile" (1953) e "The Band Wagon and Demetrius and the Gladiators".

Mas Julie só apareceu nos créditos em "Seven Brides for Seven Brothers" (1954), depois fez outros filmes onde passou a adotar o nome de Julie Newmar.
Em 1961 ela apareceu num musical da Broadway "The Marrigage-Go-Round" onde recebeu a indicação ao Tony Award como a Melhor Atriz Coajuvante.

Na década de 60 Newmar apareceu em "Rhoda the Robot" e também na série de televisão "My Living Doll", o que chamou a atenção dos produtores e foi convidada a participar da série de televisão Batman (1966-1968), fazendo a vilã Mulher-Gato na primeira e segunda temporada do seriado.

Com um corpo escultural de fazer inveja a muitas mulheres da época, a felina esbanjava sensualidade e sempre dava a entender que queria algo mais com o Homem-Morcego e, às vezes, até chegava a balançar o coração do herói. Mas como o senso de justiça falava mais alto, Batman não chegava a ser persuadido pelas investidas da Mulher-Gato.

Para a série de televisão do Batman, Julie Newmar desenhou um traje que deixava à mostra o seu corpo de dançarina. Era feito de lurex (lycra brilhante como purpurina). Como acessórios, um colar de ouro que servia como walktalkie, um cinturão dourado e botas de salto alto com pinos de metal. Julie Newmar roubava a cena toda vez que aparecia e deixava todos hipnotizados.

Por estar ocupada em outras produções, Julie foi substituída por outras duas atrizes no papel da vilã: Lee Mariwether que só participou do filme para o cinema e Ertha Kitt.

Julie Newmar casou apenas uma vez, com J.Holt Smith en 5 de agosto de 1977 e divorciou-se em 1983. Com ele teve um filho chamado John que é surdo e sofre de Síndrome de Down. Além de atriz, Julie foi a inventora e comercializadora de uma marca própria de meia-calça, que lhe rendeu bons lucros e também começou a investir em bens imóveis em Los Angeles, o que lhe proporciona uma grande segurança financeira até hoje.

Julie Newmar - 1958

Fontes: http://www.tvsinopse.kinghost.net/ou/julienewmar.htm; Wikipédia.
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