quarta-feira, 27 de julho de 2011

O eterno Drácula

Bela Lugosi (Bela Ferenc Dezsõ Blaskó), nasceu em Lugoj, em 20 de Outubro de 1882, e faleceu em Los Angeles, EUA, em 16 de Agosto de 1956. Foi um ator húngaro nascido no então Império Austro-Húngaro, na região do Banat.

O mais jovem dos quatro filhos de um banqueiro, Bela Lugosi começou a sua carreira nos palcos da Europa em várias peças de William Shakespeare. Mas no entanto tornou-se famoso pelo seu papel de Drácula numa encenação da clássica história de vampiro de Bram Stoker, e teve como especialidade os filmes de horror.

Fugiu de casa com 11 anos, abandonou a escola e engajou-se no trabalho de mineração. Na adolescência começou a atuar em pequenas companhias teatrais. O caminho mais comum o guiou do teatro para o cinema mudo húngaro, atuando com o nome artístico de Arisztid Olt. Porém, teve que interromper seu início de atividades no cinema graças à Primeira Guerra Mundial. Há boatos de que ele tenha sido ferido três vezes, assim causando sua futura dependência em morfina para aliviar as dores que seguiram por sua vida inteira. Há também uma versão que diz que ele conseguiu ser liberado do serviço se passando por louco.

Ao ser liberado do serviço militar, teve uma vida conturbada. Fez cerca de 12 filmes, casou-se pela 1ª de cinco vezes e saiu da Hungria por conta das suas opiniões políticas. Ele se refugiou na Alemanha, mas passou pouco tempo no país e foi para o país onde conseguiu alcançar a fama: os Estados Unidos. Bela participou do teatro na comunidade húngaro-americana, e após algum tempo ganhou a oportunidade de interpretar Drácula numa adaptação teatral escrita por John Balderston.

Sua interpretação única e assustadora nesta peça foi que abriu as portas para seu estrelato no cinema. O diretor Tod Browing descobriu e o chamou para interpretar o vampiro em sua versão cinematográfica de Drácula. Este papel deu estrelato a Lugosi, mas ao mesmo tempo o marcou como "um ator de um só papel".

Bela fez vários outros filmes de horror,como também de outros gêneros. Dentre os de horror, merecem destaque Murdes In The Rue Morgue, The Raven, Mark of Vampire, dentre outros. Porém,o ator não conseguiu estabilidade no cinema, e passou a partir de meados da década de 30 a atuar em filmes baratos.

Ainda conseguiu papéis bons como em Son of Frankenstein, The Ghost of Frankenstein, The Corpse Vanishes, etc... Porém, estereotipado como "Drácula", e seguindo o mesmo declínio do gênero na década de 40, no qual os monstros clássicos protagonizavam filmes em que se enfrentavam ou comédias, Bela ficou desempregado.

Foi descoberto por Ed Wood, que gravou alguns filmes com Bela (inclusive Ed Wood arcou com vários custos de internação de Bela, consumido pelo vício em morfina).

O último filme de Bela Lugosi foi Plan 9 from Outer Space, de Ed Wood. Porém Bela filmou somente uma semana, falecendo no dia 16 de agosto de 1956. Bela foi sepultado com o traje de Drácula (sendo este seu último desejo). Assim, o horror perdeu um de seus maiores ícones.

Mas Bela Lugosi continua vivo na memória dos fãs do gênero, tendo sido interpretado por Martin Landau, ganhador do Oscar por este papel, no filme Ed Wood de Tim Burton. Bela Lugosi sempre será o eterno Drácula das telonas, independente de ser esta associação positiva ou negativa.



Filmografia

* 1917 Az Ezredes
* 1923 The Silent Command
* 1924 The Rejected Woman
* 1925 Midnight Girl
* 1925 Daughters Who Pay
* 1928 How to Handle Women
* 1928 The Veiled Woman
* 1929 Prisoners
* 1929 The Thirteenth Chair
* 1930 Viennese Nights
* 1930 Such Men Are Dangerous
* 1930 Wild Company
* 1930 Oh, for a Man
* 1930 Renegades
* 1931 The Black Camel
* 1931 Women of All Nations
* 1931 Drácula
* 1931 Fifty Million Frenchmen
* 1931 Broadminded
* 1932 Chandu the Magician
* 1932 Murders in the Rue Morgue
* 1932 White Zombie
* 1932 Island of Lost Souls
* 1933 International House
* 1933 Night of Terror
* 1933 The Devil's in Love
* 1933 The Death Kiss
* 1933 The Whispering Shadow
* 1934 Chandu on the Magic Island
* 1934 Gift of Gab
* 1934 The Return of Chandu
* 1934 The Black Cat
* 1935 The Best Man Wins
* 1935 The Mysterious Mr. Wong
* 1935 The Raven
* 1935 Mark of the Vampire
* 1935 Murder by Television
* 1935 Phantom Ship
* 1936 The Invisible Ray
* 1936 Postal Inspector
* 1936 Shadow of Chinatown
* 1936 Dracula's Daughter
* 1937 S.O.S. Coast Guard
* 1939 Son of Frankenstein
* 1939 The Phantom Creeps
* 1939 The Human Monster
* 1939 The Gorilla
* 1939 Ninotchka
* 1940 The Saint's Double Trouble
* 1940 Saturday Night Serials
* 1940 You'll Find Out
* 1940 Black Friday
* 1941 The Wolf Man
* 1941 The Black Cat
* 1941 Spooks Run Wild
* 1941 The Devil Bat
* 1941 The Invisible Ghost
* 1942 Black Dragons
* 1942 Dick Tracy, Detective / The Corpse Vanishes
* 1942 Frankenstein Meets the Wolfman
* 1942 Bowery at Midnight
* 1942 Dick Tracy vs. Cueball / Bowery at Midnight
* 1942 The Corpse Vanishes
* 1942 Night Monster
* 1942 The Ghost of Frankenstein
* 1943 The Return of the Vampire
* 1943 The Old Dark House
* 1943 The Ape Man
* 1943 Ghosts on the Loose
* 1944 Matinee Double Feature
* 1944 Return of the Ape Man
* 1944 Zombies on Broadway
* 1944 One Body Too Many
* 1944 Voodoo Man
* 1945 The Body Snatcher
* 1946 Genius at Work
* 1947 Scared to Death
* 1947 Dick Tracy Meets Gruesome
* 1948 Abbott and Costello Meet Frankenstein
* 1952 Bela Lugosi Meets a Brooklyn Gorilla
* 1952 Old Mother Riley Meets the Vampire
* 1953 Glen or Glenda
* 1955 Bride of the Monster
* 1956 The Black Sleep
* 1956 Plan 9 from Outer Space

Fonte: Wikipédia.
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terça-feira, 26 de julho de 2011

Hitchcock, o mago do suspense

Apelidado de "mago do suspense", Hitchcock se tornou um dos mais conhecidos e bem-sucedidos cineastas do mundo, gênero a que dedicou quase todos seus filmes.

Alfred Hitchcock nasceu em Londres em 13 de agosto de 1899. Estudou engenharia e começou a trabalhar no cinema em 1920, como criador de letreiros de filmes mudos e depois como roteirista.

Dirigiu o primeiro filme em 1925 e no ano seguinte iniciou, com The Lodger (1926), a série de películas de suspense que o fariam famoso. Blackmail (1929; Chantagem), seu primeiro filme sonoro, alcançou grande sucesso.

Depois de um período britânico, com filmes como The Thirty-nine Steps (1935; Os trinta e nove degraus) e The Lady Vanishes (1938; A dama oculta), Hitchcock prosseguiu a carreira nos Estados Unidos, onde sua primeira película, Rebecca (1940; Rebeca, a mulher inesquecível), ganhou o Oscar da Academia para melhor filme.

Posteriormente, realizou Suspicion (1941; Suspeita), com uma inesquecível cena final centrada sobre um copo de leite presumivelmente envenenado, e Notorious (1946; Interlúdio).

Na década de 1950, aperfeiçoou ao máximo suas técnicas de suspense em filme como Strangers on a Train (1951; Pacto sinistro), Rear Window (1954; Janela indiscreta), The Wrong Man (1959; O homem errado) e Vertigo (1959; Um corpo que cai), este último, na opinião de alguns críticos, sua obra-prima.

Hitchcock experimentou mais tarde novos recursos dramáticos e expressivos. Assim, por exemplo, em Psycho (1960; Psicose), o espetacular assassinato da protagonista ocorre logo no início do filme; em The Birds (1963; Os pássaros), o clima de terror é provocado por aves que, inexplicavelmente, começam de repente a atacar as pessoas. Em Torn Curtain (1966; Cortina rasgada) e Topaz (1969; Topázio), histórias convencionais de espionagem, expôs uma clara divisão maniqueísta entre o bem e o mal.

Hitchcock tornou-se uma figura familiar ao grande público ao apresentar na televisão, nas décadas de 1950 e 1960, relatos breves de suspense. Era costume do diretor fazer em seus filmes aparições fugazes, que podiam ir desde subir num trem com um violoncelo até cruzar a tela passeando com um cachorro. Morreu em 29 de abril de 1980 em Bel Air, Califórnia.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

O genial Nat King Cole

Nat King Cole, nome artístico de Nathaniel Adams Cole (Montgomery, 17 de março de 1919 — Santa Mônica, 15 de fevereiro de 1965) foi o primeiro vocalista negro a ter um programa na televisão norte-americana. Nessa época (1956), o movimento pelos direitos civis não estava suficientemente mobilizado para influenciar a opinião pública do país na luta contra a segregação. Sua presença no vídeo comandando um show artístico representava importante passo no combate ao odioso preconceito racial.

No início dos anos cinqüenta os negros ainda eram impedidos de freqüentar escolas, restaurantes, teatros e hotéis utilizados por brancos, principalmente no sul do país. Por dois anos Cole liderou um programa semanal de grande audiência na rede NBC, transmitido de Los Angeles para todo o país, tendo de investir seus próprios recursos econômicos, por absoluta falta de patrocinadores. Inúmeros artistas negros e brancos, amigos de Nat, contribuíram financeiramente, entre eles, Sammy Davis Jr., Stan Kenton, Peggy Lee, Ella Fitzgerald e Johnny Mercer, além de não cobrarem por suas participações.

A exemplo de outros vocalistas negros, Cole começou cantando no coro da igreja batista onde seu pai era pastor, em Montgomery no Alabama. Aos quatro anos de idade muda-se com a família para Chicago - Illinois; seu pai fora transferido para uma paróquia da cidade. A partir dos cinco anos orientado por sua mãe que era pianista, aprende a tocar piano e órgão. Aos doze inicia estudos formais de música clássica e se envolve com o jazz estimulado por seu irmão mais velho, Eddie.

No início dos anos trinta, ouvir jazz em Chicago não era tarefa difícil. Lá estava o pai dos pianistas modernos Earl "Fatha" Hines que exerceria grande influência em sua formação musical. No limiar de 1936, depois de participar do trio formado por seus irmãos e de trabalhar, como pianista em clubes noturnos da cidade, é contratado pela revista musical "Suffle Along", percorrendo todo o país. Durante a "tournée" conhece uma das dançarinas da revista, Nadine Robinson, apaixonando-se por ela e casando-se em seguida. Anos mais tarde Cole casar-se-ia, pela segunda fez, com a vocalista da Big Band de Duke Ellington, Maria Ellington que não era parente de Duke. A revista chega a Los Angeles, um ano depois, em estado pré-falimentar. Desempregado, Cole decide fixar-se na cidade onde ganha a vida tocando seu piano em restaurantes e clubes noturnos.

As coisas começam a mudar ao conhecer os músicos Oscar Moore e Wesley Prince, convencendo-os a formarem um trio de jazz inovador com piano, guitarra e contra-baixo, iniciando as apresentações sob contrato no clube "Swanee Inn" de Hollywood, tocando um repertório de jazz e blues. Em poucos meses recebem propostas para apresentações em locais cada vez mais sofisticados. No ano seguinte (1939) gravam com a denominação de "King Cole Swingsters", acompanhando a cantora Bonnie Lake. Mais um ano de atividade e o trio é batizado, definitivamente, como "King Cole Trio", assinando contrato com o selo DECCA (hoje MCA), onde grava sua primeira faixa "Sweet Lorraine" com vocal de Cole. Em 1942, o prestígio do trio se consolida definitivamente e muda de gravadora, passando para a Capitol, selo no qual Cole permanece pelo resto de sua carreira.

Nos sete anos seguintes, as atividades de Cole se concentraram exclusivamente no trio, até que, por volta de 1946, faz sua primeira experiência cantando acompanhado por uma secção de cordas, ao gravar a composição de Mel Tormé "Christmas Song" no lado A e "For Sentimental Reasons" no lado B. Esse disco de 78 rotações alcançou a surpreendente marca de um milhão de cópias vendidas. A partir daí, a carreira como cantor solista começa a se delinear, abandonando a faceta de pianista de jazz, assumindo a de cantor. Cole emerge como grande intérprete - uma voz suave, quente e melodiosa, apoiado por arranjadores e maestros como Nelson Riddle, Gordon Jenkins, Ralph Carmichael, Pete Rúgolo e Billy May.

A confirmação absoluta de seu talento veio em 1950, quando acompanhado pela orquestra de Les Baxter e arranjos de Nelson Riddle, grava "Mona Lisa" (oito semanas consecutivas como a mais vendida), somando-se aos temas; "Too Young", "Because" You´re Mine", "Unforgettable", "Pretend", "When I Fall In Love" e "Stardust". Seguem-se retumbantes sucessos; "Walkin´My Baby, Back Home", "Ballerina", "Hajji Baba", "Nature Boy", "Blue Gardenia" e "Again".

Cole participou de várias películas produzidas em Hollywood, entre as quais destacamos, "Saint Louis Blues" de 1958 e "Cat Ballou" de 1965, ao lado de Lee Marvin e Jane Fonda.

Em 1959 Cole veio ao Brasil, apresentando-se na TV Record Canal 7 de São Paulo, recebendo verdadeira consagração de seus admiradores. Durante sua permanência em São Paulo, esteve acompanhado pelo homem de rádio, televisão e disco Roberto Corte Real que serviu de intérprete e cicerone em seus deslocamentos pela cidade. Segundo depoimento que o saudoso amigo Roberto me fez, Cole ficou tão agradecido pela atenção recebida que, jamais esqueceu de enviar-lhe um afetuoso cartão de boas festas por ocasião do Natal.

Em 1991, a filha Natalie gravou o tema "Unforgettable", cantando em dueto, uma mixagem tecnicamente perfeita a partir da gravação original feita por Nat no início dos anos 50.

Nat "King" Cole, a grande voz surgida após a 2a.Guerra Mundial, nos legou respeitável acervo de belas gravações realizadas para o selo Capitol. Destacado pianista de jazz e um vocalista inesquecível, Cole faleceu a 15 de fevereiro de 1965, aos 48 anos de idade, de câncer pulmonar.

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