sábado, 18 de junho de 2011

Inferno nacional

A historinha abaixo transcrita surgiu no folclore de Belo Horizonte e foi contada lá, numa versão política. Não é o nosso caso. Vai contada aqui no seu mais puro estilo folclórico, sem maiores rodeios.

Diz que uma vez um camarada que abotoou o paletó. Em vida o falecido foi muito dado à falcatrua, chegou a ser candidato a vereador pelo PTB, foi diretor de instituto de previdência, foi amigo do Tenório, enfim... ao morrer nem conversou: foi direto ao Inferno. Em chegando lá, pediu audiência a Satanás e perguntou:

- Qual é o lance aqui? Satanás explicou que o inferno estava dividido em diversos departamentos, cada um administrado por um país, mas o falecido não precisava ficar no departamento administrado pelo seu país de origem. Podia ficar no departamento do país quer escolhesse. Ele agradeceu muito e disse a Satanás que ia dar uma voltinha para escolher o seu departamento.

Está claro que saiu do gabinete do Diabo e foi logo para o departamento dos Estados Unidos, achando que lá devia ser mais organizado o inferninho que lhe caberia para toda a eternidade. Entrou no departamento dos Estados Unidos e perguntou como era o regime ali.

- Quinhentas chibatadas pela manhã, depois passar duas horas num forno de duzentos graus. Na parte da tarde: ficar numa geladeira de cem graus abaixo de zero até as três horas, e voltar ao forno de duzentos graus.

O falecido ficou besta e tratou de cair fora, em busca de um departamento menos rigoroso. Esteve no da Rússia, no do Japão, no da França, mas era tudo a mesma coisa. Foi aí que lhe informaram que tudo era igual: a divisão em departamento era apenas para facilitar o serviço no Inferno, mas em todo lugar o regime era o mesmo: quinhentas chibatadas pela manhã, forno de duzentos graus durante o dia e geladeira de cem graus abaixo de zero, pela tarde.

O falecido já caminhava desconsolado por uma rua infernal, quando viu um departamento escrito na porta: Brasil. E notou que a fila à entrada era maior do que a dos outros departamentos. Pensou com suas chaminhas: "Aqui tem peixe por debaixo do angu". Entrou na fila e começou a chatear o camarada da frente, perguntando por que a fila era maior e os enfileirados menos tristes. O camarada da frente fingia que não ouvia, mas ele tanto insistiu que o outro, com medo de chamarem atenção, disse baixinho:

- Fica na moita, e não espalha não. O forno daqui está quebrado e a geladeira anda meio enguiçada. Não dá mais de trinta e cinco graus por dia.

- E as quinhentas chibatadas? - perguntou o falecido.

- Ah... O sujeito desse serviço vem aqui de manhã, assina o ponto e cai fora. 
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio.htm
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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guaraná Jesus

Tempos atrás, eu ouvi a história de um comerciante que resolveu revender o Guaraná Jesus em São Paulo. Trata-se de um refrigerante cor-de-rosa, com leve sabor de cravo e canela que é uma marca de grande sucesso de vendas no Maranhão.

Segundo consta, a fórmula da bebida foi criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes que, por ironia do destino, teria sido ateu e foi excomungado após uma agressão física contra um padre. 

Originalmente, Norberto visava finalidades medicinais, assim como o farmacêutico John Pemberton, criador da formula do refrigerante Coca-Cola®. Consta que o guaraná deveria servir para os males do estômago, assim como à Coca-Cola® deveria agir no alivio de dores de cabeça.

Não se abatendo com o fracasso da proposta medicinal, Norberto usou o xarope para produzir uma bebida para os netos. A aceitação foi tanta que a bebida extrapolou os limites familiares para cair nas graças dos consumidores maranhenses.

O Guaraná Jesus ganhou o mercado local sem precisar de vultosas campanhas publicitárias ao seu redor. Sob os slogans "O Sonho Cor-De-Rosa", "Abençoe sua sede!", "Guaraná Jesus, porque nem só de pão vive o Homem" e "Fé no estômago", a bebida, literalmente, obteve a aprovação do gosto popular.

Em 2001, ele foi incorporado pela The Coca-Cola Company que intencionava extinguir a marca por competir vitoriosamente contra o produto americano. A multinacional seguia à risca a estratégia de comprar e fechar as fábricas concorrentes ao redor do mundo com a conivência dos governos de onde estava instalada.

O caso do Maranhão é atípico porque a resposta dos maranhenses foi organizar um boicote à compra de Coca-Cola®. O mote "Volta Jesus!" deu voz ao protesto e o governo do Maranhão interferiu, proibindo o fechamento da fábrica. Diante disso, a Coca-Cola teve que ceder e recolocar o refrigerante no mercado. Porém, restringiu a sua distribuição àquele estado.

Voltando ao comerciante paulistano, ao tomar contato com a marca, ele apostou na ideia de ir à porta das Igrejas e vender para os evangélicos. Sua estratégia de vendas foi descrita através da seguinte cena:

- Irmão, você aceita "Jesus" na sua vida?
- Sim, eu a-aceito! - responde o irmão meio embaraçado.
- Irmão, você aceita deixar que "Jesus" entre dentro de você para saciar a sua sede?
- S-s-sim...
- Então: toma "Jesus", irmão! - diz, entregando uma amostra para degustação.

Essa história serve apenas para ilustrar um artifício comercial e não está sendo narrada para condenar a atitude do negociante que fez uma associação bastante lógica e anedótica para encontrar o seu nicho de mercado. A reação natural deveria ser o riso, sem qualquer sentimento de indignação, pois o Guaraná Jesus é somente um produto que obteve grande sucesso através da coincidência dos nomes e a popularidade do Filho de Deus.

Fonte:  http://midiailluminati.blogspot.com/2011/01/o-nome-de-jesus.html
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A platinada Carroll Baker

Carroll Baker (Karolina Piekarski), atriz,  nasceu em Johnstown, Pennsylvania, em 28 de maio de 1931. Descendente de poloneses era filha de um vendedor ambulante. Freqüentou a faculdade local durante um ano, abandonando para seguir carreira como dançarina.

Após um rápido casamento, fez uma pequena participação em Easy to Love (1953), comerciais de tv e peças da Broadway.

Estudou no Actors Studio. Loira, foi uma das atrizes colocadas para rivalizar com a bela Marilyn Monroe.

Casou-se com o diretor Jack Garfein, com quem teve uma filha, Blanche Baker. Em 1982 casou-se com Donald Burton.

Dentre seus filmes de destaque, podemos citar Giant (1956), Baby Doll (1956), The Carpetbaggers (1964) e Harlow (1965).

Carroll também fez filmes na Espanha, Alemanha, México e Inglaterra. Teve inúmeras brigas com a Warner Bross e ela se negou a fazer alguns filmes para a companhia, dentre estes, Devil's Disciple (1959).


Filmografia

•  Another Woman's Husband (2000) (TV)
•  Nowhere to Go (1998)
•  Heart Full of Rain (1997) (TV)
•  The Game (1997)
•  North Shore Fish (1997) (TV)
•  Skeletons (1997) (TV)
•  Rag and Bone (1997) (TV)
•  La signora della città (1996) (TV)
•  Dalva (1996) (TV)
•  Im Sog des Bösen (1995)
•  A Kiss to Die For (1993) (TV)
•  Men Don't Tell (1993) (TV)
•  Judgment Day: The John List Story (1993) (TV)
•  Jackpot (1992)
•  Gipsy Angel (1992)
•  Blonde Fist (1991)
•  Kindergarten Cop (1990)
•  Ironweed (1987)
•  On Fire (1987) (TV)
•  Native Son (1986)
•  What Mad Pursuit? (1985) (TV)
•  Hitler's S.S.: Portrait in Evil (1985) (TV)
•  The Secret Diary of Sigmund Freud (1984)
•  Red Monarch (1983) (TV)
•  Star 80 (1983)
•  The Watcher in the Woods (1980)
•  Las flores del vicio (1979)
•  The World Is Full of Married Men (1979)
•  Bad (1977)
•  Zerschossene Träume (1976)
•  La moglie di mio padre (1976)
•  Ab morgen sind wir reich und ehrlich (1976)
•  La moglie vergine (1975)
•  Lezioni private (1975)
•  Il corpo (1974)
•  Il fiore dai petali d'acciaio (1973)
•  Baba Yaga (1973)
•  Il coltello di ghiaccio (1972)
•  Il diavolo a sette facce (1971)
•  Captain Apache (1971)
•  La última señora Anderson (1971)
•  Paranoia (1970)
•  Così dolce... così perversa (1969)
•  Orgasmo (1969)
•  Il dolce corpo di Deborah (1968)
•  L'harem (1967)
•  Harlow (1965)
•  Mister Moses (1965)
•  The Greatest Story Ever Told (1965)
•  Cheyenne Autumn (1964)
•  The Carpetbaggers - Os Insaciáveis (1964)
•  Station Six-Sahara (1962)
•  A Conquista do Oeste (1962)
•  Something Wild (1961)
•  Bridge to the Sun (1961)
•  The Miracle (1959)
•  Beijos que não se esquecem (1959)
•  The Big Country (1958)
•  Baby Doll - Boneca de carne (1956)
•  Assim Caminha a Humanidade (1956)
•  Fácil de Amar (1953)

Fonte: Wikipedia; Carroll Baker - Cinema Clássico.
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