Tiffany Harp (Tiffany Helga dos Santos), cantora e instrumentista, nasceu na cidade de Itajaí, Santa Catarina, em 19/06/1986, e surpreende pela sua performance artística, principalmente quando toca e interpreta o bom, antigo e autêntico "blues".
É uma legítima gaitista de blues clássico referenciada no início dos anos 50, na era da eletrificação do blues das gravações da chess records. Tem como suas principais influências: Little Walter, Sonny Boy Willianson II e Big Walter Horton.
Logo cedo foi despertada pelo amor à esse gênero musical e pela harmônica aonde desde 2003 vem tocando e com uma evolução extraordinária chamando a atenção de todos cada vez mais, pela sua qualidade técnica e evolução em um período tão curto de tempo.
Destaca-se através de seu conhecimento, sua virtuosidade e sua paixão por tocar o blues. Aliás, o dom é a sua virtude, mas a paixão é algo incomensurável, é uma força que essa artista tem dentro de si. Com uma pegada forte lembra ícones do blues da década de 50 e 60, o que é muito difícil de se ver nos dias de hoje.
Uma gaitista que sem dúvida nenhuma faz jus ao cenário nacional dos artistas de blues tradicional.
Tiffany Harp no Greenwich Pub, casa noturna de Itajaí-SC.
Um pouco sobre blues
O "blues" é uma forma musical vocal e/ou instrumental que se fundamenta no uso de notas tocadas ou cantadas numa frequência baixa, com fins expressivos, evitando notas da escala maior, utilizando sempre uma estrutura repetitiva.
Nos Estados Unidos surgiu a partir dos cantos de fé religiosa, chamadas "spirituals" e de outras formas similares, como os cânticos, gritos e canções de trabalho, cantados pelas comunidades dos escravos libertos, com forte raiz estilística na África Ocidental. Suas letras, muitas vezes, incluíam sutis sugestões ou protestos contra a escravidão ou formas de escapar dela.
Nos EUA o blues sempre esteve profundamente ligado à cultura afro-americana, especialmente aquela oriunda do sul dos Estados Unidos (Alabama, Mississipi, Louisiana e Geórgia), dos escravos das plantações de algodão que usavam o canto, posteriormente definido como "blues", para embalar suas intermináveis e sofridas jornadas de trabalho.
São evidentes tanto em seu ritmo, sensual e vigoroso, quanto na simplicidade de suas poesias que basicamente tratavam de aspectos populares típicos como religião, amor, sexo, traição e trabalho. Com os escravos levados para a América do Norte no início do século XIX, a música africana se moldou no ambiente frio e doloroso da vida nas plantações de algodão.
Porém o conceito de "blues" só se tornou conhecido após o término da Guerra Civil quando sua essência passou a ser como um meio de descrever o estado de espírito da população afro-americana. Era um modo mais pessoal e melancólico de expressar seus sofrimentos, angústias e tristezas. A cena, que acabou por tornar-se típica nas plantações do delta do Mississippi, era a legião de negros, trabalhando de forma desgastante, sobre o embalo dos cantos, os "blues".
Fontes: MySpace, Comunidade do Orkut, Wikipedia, Blog do Papa-Siri.
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