terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Catulo, o poeta popular do Brasil

Catulo da Paixão Cearense foi um dos poucos, talvez o único, poeta popular no Brasil que, em vida, recebeu todas as glórias, todas as honras e uma adoração popular tão grande. Isso porque usou e abusou de toda a sonoridade que o sotaque nordestino lhe proporcionou, soube colocar em versos simples onde era o lugar de por versos simples. Tinha faro. Sabia ouvir, como ninguém mais, o rumor da terra.

Pequena biografia de Catulo

O cancioneiro de Catulo, com letras que exprimem a ingenuidade e pureza do caboclo, cativou a sensibilidade do povo e levou Mário de Andrade a classificar o autor como "o maior criador de imagens da poesia brasileira". Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís MA, em data que suscita dúvidas: alguns pesquisadores indicam 8 de outubro de 1883, enquanto outros, como Mozart Araújo, afirmam ser 31 de janeiro de 1888.

Morreu no Rio, em 10 de maio de 1946. Aos dez anos foi com a família para o sertão do Ceará. Em 1880, com os pais e dois irmãos, mudou-se para o Rio de Janeiro, indo residir na Rua São Clemente, 37, onde o pai se estabeleceu como relojoeiro.

Freqüentou repúblicas de estudantes e conheceu o flautista Viriato, Anacleto de Medeiros, Quincas Laranjeiras, o cantor Cadete e outros chorões da época, além de um estudante de medicina que o iniciou no violão. Nessa época, tocou flauta. Com a morte dos pais no final da década de 1880, trabalhou na administração do cais do Porto como contínuo e depois como estivador.

Matriculou-se no Colégio Teles de Meneses, onde estudou português, matemática e francês, chegando a traduzir poetas famosos, como Alphonse de Lamartine (1790-1869) e outros. Fundou um colégio no bairro da Piedade, passando a lecionar línguas. Integrado nos meios boêmios da cidade, acercou-se do livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, na Rua São José, 65-67, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório mais em voga de modinhas, lundus e cançonetas da época.

Para essa livraria organizou coletâneas, entre estas O Cantor Fluminense, O Cancioneiro Popular, logo seguidas de suas próprias obras, como O Cantor fluminense, Lira dos salões, Novos cantares, Lira brasileira, Canções da madrugada, Trovas e canções, Choros ao violão. É o responsável também pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

A Barra Sul de BC


Barra Sul, Balneário Camboriú, SC.
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Padre Pinto solta a franga

Corre na internet a notícia maldosa: “Pânico no galinheiro: o padre Pinto soltou a franga!” Pode ser engraçado, mas a galera internauta gostou tanto da atuação do padre dançarino que até criou uma comunidade no Orkut chamada “Nós amamos o padre Pinto”.

O padre José Pinto, de 58 anos, cometeu o que, para a Igreja Católica, é um pecado: fez performances nada convencionais nas missas, nas quais apresentava-se maquiado e vestido com fantasias de baiana, Oxum e índio. Por causa de suas extravagâncias, foi afastado de algumas celebrações e corre o risco de ter que deixar a Igreja da Lapinha, uma das mais tradicionais de Salvador.

Para enfrentar o período de turbulência, o polêmico padre Pinto - que é artista plástico - tem pintado bastante e ouvido música clássica. E diz que não vê problemas em ser como é:

- Sempre fui uma pessoa muito obediente. Não estou louco. Eu retirei a couraça que matava a mim mesmo e estou vivendo o eu.

EXTRA: O senhor vai sair da igreja?

PADRE PINTO: Não obedeci à ordem de três dias para tirar minhas coisas da igreja da Lapinha. Só quando o superior da Itália no Brasil voltar que meu futuro vai ser decidido. Mas estou tranqüilo, até porque já nasci inquieto.

EXTRA: Não teme pelo seu futuro?

PADRE PINTO: Não quero é deixar de ser padre, apesar de querer, por outro lado, que me aceitem como eu sou. Não quero que me imponham ser hipócrita. O cardeal me disse para eu dizer que quero sair, mas falei a ele que não vou dizer isso ao povo. Ficarei muito triste se tiver que largar a batina. Mas, mesmo assim, vou celebrar em praças públicas, vou dar o jeitinho brasileiro.

EXTRA: Com todo respeito, o senhor é gay?

PADRE PINTO: Isso é de foro íntimo.

EXTRA: Já teve alguma relação homossexual?

PADRE PINTO: Sou aberto a este tipo de coisa, mas não na prática. Sempre respeitei o celibato, muito embora eu ache que já é hora de a igreja repensar esse papo de celibato para os padre diocesanos.

EXTRA: É vaidoso?

PADRE PINTO: As meninas da televisão me chamam de "meu padre cheiroso". Uso perfume importado, quando há viagem peço para trazerem para mim.

EXTRA: O senhor acha que é um atraso da igreja não aceitar um padre como o senhor?

PADRE PINTO: É um postura um tanto hipócrita. Muitas coisas acontecem e são encobertas. Essas situações de pedofilia me fazem sofrer muito, mas graças a Deus não é o meu caso. O meu caso foi assumir uma postura diferenciada de viver o sacerdócio.

EXTRA: Quando o senhor começou a se maquiar?

PADRE PINTO: Eu nunca deixei de me maquiar. Em 33 anos como padre, nunca desci para celebrar uma missa sem me maquiar. Faço uma maquiagem básica: um batonzinho levíssimo, um blush levíssimo, um pouco de rímel natural. Sempre curti e ninguém nunca havia feito olho grosso, só agora que fiz uma maquiagem mais forte. Estava num aeroporto em São Paulo e dois jovens se aproximaram e disseram para eu continuar usando maquiagem porque é uma coisa normal o homem querer. E eu falei: "E eu que vou ter que levantar esta bandeira?'. E eles: 'Sim, porque você pode".

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