domingo, 26 de dezembro de 2010

Diálogo de Reveillon

A madame também estava com a moringa cheia, mas — em comparação com o sujeito que a cumprimen­tou, podia até ser classificada de dama sóbria em festa de pileque. Quando ela passou, o cara levantou a cabeça e falou assim:

-Olá.

A dona não devia ser mulher de olá, porque olhou-o com certo desprezo e não respondeu. Já ia seguindo para atender ao chamado de um outro pilantra que lhe fez si­nal, mas o que dissera olá continuou falando e ela escu­tou:

- Feliz 66 pra você, tá?

A dona aceitou: - Para você também.

O cara deu um risinho de quem não está acreditando muito em 66. Depois pegou uma taça, botou champanhe dentro e ofereceu:

— Vira esta aí, em homenagem ao cabrito que mor­reu.

— Você já não bebeu demais? — ela quis saber.

— Que pergunta besta, minha senhora. Isso é per­gunta de mulher casada.

— Mas eu sou casada.

— Não me diga! Eu também sou. Eu sou casado às pampas — deu um soluço de bêbado e ficou balançando a cabeça, a considerar o quanto ele era casado. Em seguida esclareceu:

— Eu sou casado desde 1950, tá bem?

— Eu também — a dona disse.

— Que coincidência desgraçada, né? Ambos somos casados desde 1950. Você também casou naquele igrejão enorme que tem lá na cidade e que eles já tão achando pequena e estão construindo outra?

— A que estão construindo agora é a nova Catedral, a que eu me casei chama-se Candelária.

— Isto mesmo: Candelária. Foi lá que eu me casei.

— Eu também.

— Também??? Puxa. Casada como eu, em 1950 como eu, na Candelária como eu. Não vai me dizer que a sua lua-de-mel foi na Europa também.

— Muita gente passa lua-de-mel na Europa — a dona ponderou.

— É isso mesmo — o cara concordou: — Lua-de-mel na Europa. Até parece que isso adianta alguma coisa.

— A lua-de-mel não depende do lugar para ser me­lhor ou pior. Depende do casal.

O cara deu uma risadinha e explicou: — Minha mu­lher sempre diz isso que você está dizendo — e tratou de encher novamente a taça. Mas aí a dona mudou o tom da conversa:

— Escuta, Eduardo, você já bebeu demais. Vamos embora.

E agarrando o marido cambaleante, levou-o para casa.

Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.
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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

São Nicolau ou Papai Noel?

Cuidado! Ele está chegando e pode trazer
uma coca-cola com aspartame para você
Está chegando o Natal e junto com ele, a popular figura fofa que traz presentes para as crianças bem-comportadas na noite da véspera do evento. A lenda se baseia em parte em contos hagiográficos sobre São Nicolau.

Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel ("Noël" é natal em francês) é retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca trajando um casaco vermelho com gola e punhos brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto.

Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à influência do caricaturista e cartunista político Thomas Nast. Essa imagem tem se mantido e reforçado por meio da mídia publicitária, como músicas, filmes e propagandas.

Conforme a lenda, Noel mora no Pólo Norte ou na Lapônia, Finlândia, onde ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes a todos os garotos(as) bem-comportados no mundo na noite da véspera de Natal. Ele consegue esse feito anual com o auxílio de elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.

O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.


Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensinem crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que essa tradição desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal ou que é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Outros se opõem como um símbolo da comercialização do Natal.

O mito da Coca-Cola

É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável por criar o atual visual do Papai Noel (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi o cartunista alemão Thomas Nast, em 1886 na revista Harper’s Weeklys.

Papai Noel até então era representado com roupas de inverno, porém na cor verde, típico de lenhadores. O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola realizou uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel ao mesmo modo de Nast, com as cores vermelha e branca, o que foi bastante conveniente, já que estas são as cores de seu rótulo. Tal campanha destinada a promover o consumo de Coca-Cola no inverno, fez um enorme sucesso e a nova imagem de Noel espalhou-se rapidamente pelo mundo. Portanto, a Coca-Cola contribuiu para difundir e padronizar a imagem atual, mas não é responsável por tê-la criado.

Fontes: condensado de "Papai Noel" - Wikipédia.
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Natal vai aquecer a temporada?

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Decorações natalinas em Balneário Camboriú neste fim de tarde, 15/12/2010. Ano passado o Natal, aliás o Papai Noel,  aqui em BC, pegou fogo!...rs rs rs
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