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domingo, 19 de fevereiro de 2006

A história do Samba

O Samba é uma dança popular e gênero musical derivado de ritmos e melodias de raízes africanas, como o lundu e o batuque. A coreografia é acompanhada de música em compasso binário e ritmo sincopado. Tradicionalmente, é tocado por cordas (cavaquinho e vários tipos de violão) e variados instrumentos de percussão.

Por influência das orquestras americanas em voga a partir da segunda guerra mundial, passaram a ser utilizados também instrumentos como trombones e trompetes, e, por influência do choro, flauta e clarineta. Apesar de mais conhecido atualmente como expressão musical urbana carioca, o samba existe em todo o Brasil.

Como gênero musical urbano, o samba nasceu e desenvolveu-se no Rio de Janeiro nas primeiras décadas do século XX. Em sua origem uma forma de dança, acompanhada de pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima; foi divulgado pelos negros que migraram da Bahia na segunda metade do século XIX e instalaram-se nos bairros cariocas da Saúde e da Gamboa.

A dança incorporou outros gêneros cultivados na cidade, como polca, maxixe, lundu, xote etc., e originou o samba carioca urbano e carnavalesco. Surgiu nessa época o partido alto, expressão coloquial que designava alta qualidade e conhecimento especial, cultivado apenas por antigos conhecedores das formas antigas do samba.

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Pelo Telefone, o primeiro samba

Primeira composição classificada como samba a alcançar o sucesso, "Pelo Telefone" marca o início do reinado da canção carnavalesca. É a partir de sua popularização que o carnaval ganha música própria e o samba começa a se fixar como gênero musical. Desde o lançamento, quando apareceram vários pretendentes à sua autoria, e mesmo depois, quando já havia sido reconhecida sua importância histórica, o "Pelo Telefone" seria sempre objeto de controvérsia, tornando-se uma de nossas composições mais polêmicas em todos os tempos.

Quase tudo que a este samba se refere é motivo de discussão: a autoria, a afirmação de que foi o primeiro samba gravado, a razão da letra e até sua designação como samba. Todas essas questões, algumas irrelevantes, acabaram por se integrar à sua história, conferindo-lhe mesmo um certo charme.

"Pelo Telefone" tem uma estrutura ingênua e desordenada: a introdução instrumental é repetida entre algumas de suas partes (um expediente muito usado na época) e cada uma delas tem melodias e refrões diferentes, dando a impressão de que a composição foi sendo feita aos pedaços, com a junção de melodias escolhidas ao acaso ou recolhidas de cantos folclóricos.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Ataulfo, samba com sotaque mineiro


Ataulfo Alves inaugurou um novo estilo de fazer samba. Com seu jeito manso e sua tranqüilidade mineira, ele emprestou cores diferentes à música que brotava dos morros e dos subúrbios cariocas na década de 30.

A história do compositor Ataulfo é mais que o relato simples de um artista de grande talento e capacidade criativa. É também a trajetória de um filósofo popular, verdadeiro mestre em criar provérbios que atravessam gerações. O mito da Amélia, idealização da mulher que aceita tudo por amor, popularizou-se a partir de uma das músicas mais famosas de Ataulfo, composta na década de 1940, em parceria com Mário Lago.

Ataulfo Alves de Sousa nasceu em Miraí, MG, em 2 de maio de 1909. Com oito anos fazia versos para responder aos improvisos do pai, que era violeiro e repentista. Aos 10 anos perde o pai, e sua mãe, Maria Rita de Jesus, com um porção de filhos, sai da fazenda e vai morar no centro da cidade de Miraí, que ficava próximo.Passa Ataulfo a freqüentar o grupo escolar e a desempenhar os serviços que apareciam. Uma existência pobre, mas tranqüila e feliz, que registraria no samba Meus Tempos de Criança. (Foto: Mário Lago, parceiro de muitas músicas com Ataulfo).

Aos 18 anos, aceitou o convite do Dr. Afrânio Moreira Resende, médico de Miraí, para acompanhá-lo ao Rio de Janeiro, onde fixaria residência. Durante o dia, trabalhava no consultório, entregando recados e receitas, e, à noite, fazia limpeza e outros serviços domésticos na casa do médico. Insatisfeito com a situação, conseguiu uma vaga de lavador de vidros na Farmácia e Drogaria do Povo.

Rapidamente aprendeu a lidar com as drogas e tornou-se prático de farmácia. Depois do trabalho voltava para casa no bairro de Rio Comprido, onde costumava freqüentar rodas de samba. Já sabia tocar violão, cavaquinho e bandolim, e organizou um conjunto que animava as festas do bairro.

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domingo, 5 de fevereiro de 2006

Sinhô, o rei do Samba

Vaidoso, talentoso, falador, charmoso, conquistador, plagiário, pianista, brigão, amigo de ricos e miseráveis, pioneiro dos direitos autorais, fixador do samba carioca, compositor de enorme talento. Reunindo tudo isso na figura que Pixinguinha descreveu como "alto, magro, feio e desdentado", Sinhô colocou a coroa em sua cabeça antes que alguém o fizesse. Ele era o traço mais expressivo ligando os poetas, os artistas, a sociedade fina e culta às camadas profundas da ralé urbana. Daí a fascinação que despertava em toda gente quando levado a um salão.


A definição, o retrato traçado em crônica, não poderia ser mais bem acabado e ter mais competente autor. Quando da morte de Sinhô, dele se ocupou Manuel Bandeira, descrevendo seu velório em detalhes que a um poeta não escapariam: “A capelinha branca era muito exígua para conter todos quantos queriam bem ao Sinhô, tudo gente simples, malandros, soldados, marinheiros, donas de rende-vous baratos, meretrizes, chauffeurs, todos os sambistas de fama, os pretinhos dos choros dos botequins das ruas Júlio do Carmo e Benedito Hipólito (principais ruas do Mangue, a zona do meretrício carioca), mulheres dos morros, baianas de tabuleiro, vendedores de modinhas... As flores estão num botequim em frente, prolongamento da câmara-ardente. Bebe-se desbragadamente. Um vai-vem incessante da capela para o botequim”.


Bandeira, que por coincidência conhecera Sinhô em outro velório, o do boêmio e amigo de ambos, José do Patrocínio Filho, sabia muito de quem falava. Desde o primeiro encontro encantou-se com a figura “descarnada, lívida, um frangalho de gente, mas sempre fagueiro, vivaz, agilíssimo, dir-se-ia um moribundo galvanizado provisoriamente para uma farra”. Reconhecia nele o primeiro compositor a entender que o samba seria a expressão musical da cidade do Rio de Janeiro e ele o seu fixador, o consolidador do trabalho de popularização e profissionalismo iniciado por Donga. Sem maiores luzes intelectuais ou mesmo musicais, Sinhô sempre foi um instintivo iluminado.
Desde cedo avesso ao trabalho, percebeu que teria de tirar seu sustento, da família e das muitas mulheres que cruzaram sua vida, do talento que lhe sobrava e que permitiria fazer da música sua única - e agradável - fonte de renda.
Depois de viúvo e com filhos para criar, dívidas para pagar, tratou de fazer de seu piano a solução que jamais viria pois seria eterno boêmio, mudando de casa, fugindo de credores com a mesma constância com que compunha êxitos cada vez mais populares. Durante o dia fazia plantão junto ao piano da Casa Beethoven, onde executava partituras para possíveis clientes, e à noite podia ser visto nos mais diferentes lugares, tocando em prostíbulos, nas grandes sociedades (Clube dos Democráticos, dos Fenianos, Tenentes do Diabo etc.), em acampamentos ciganos nos subúrbios, no salão da Kananga do Japão, conhecido clube de dança, nas barracas da Festa da Penha ou nas reuniões musicais da casa de Tia Ciata.
Foi essa inquietude, somada à enorme vaidade, que o meteram em sua primeira grande polêmica musical, envolvendo os freqüentadores da casa da “tia” baiana. Sinhô desentendeu-se com China, irmão de Pixinguinha, e atacou logo o grupo inteiro, incluindo, além dos dois, Hilário Jovino e Donga como os baianos de Quem são eles? (A Bahia é boa terra/ela lá e eu aqui...). A resposta foi um samba dos irmãos, desancando o brigão com Já te digo (...ele é alto, magro e feio/ e desdentado/ele fala do mundo inteiro/e já vive avacalhado/no Rio de Janeiro).
Não ficaria por aí a mania de arrumar confusão, que acompanharia o compositor durante toda a sua vida. Pouco depois lança Pé de anjo com grande sucesso e volta a brigar com Hilário Jovino, que se apresenta como o verdadeiro autor da música. Desentende-se com Caninha por causa de um concurso na Festa da Penha e para não ser surrado por Heitor dos Prazeres — altamente respeitado no meio da malandragem — desaparece de circulação por algum tempo. Em 1927, Francisco Alves gravou Ora vejam só, assinada por Sinhô, enquanto Heitor, garantindo ser o autor, parte em busca do outro. Encurralado, Sinhô pronuncia a frase que ficou histórica: “Esse samba eu peguei no ar, Heitor. E samba é como passarinho. É de quem pegar”.
Talvez por não respeitar a propriedade alheia, foi que Sinhô tratou de proteger a sua. E dele a primeira manifestação de exigência de reconhecimento autoral de que se tem notícia no Brasil e feita de maneira simples e direta. As partituras de suas composições levavam um carimbo que as identificavam como suas, e os selos dos discos, com suas músicas, eram por ele rubricados. Revelando uma faceta muito à frente de seu tempo, pagava para que músicos, que tocavam em festas ou bailes, executassem quase exclusivamente músicas de sua autoria.
Já era famoso em meados dos anos 20 - e para isso contribuíra o entusiasmo dos reis da Bélgica, que em visita ao Brasil se encantaram com sua composição Fala meu louro, pedindo para ouvi-la repetidas vezes - e suas músicas eram ouvidas em todas as camadas sociais. Esse aspecto, destacado por Manuel Bandeira e já focalizado, fazia dele uma figura ímpar no Rio de Janeiro de então, transitando com sua música com a mesma desenvoltura nos mais refinados palacetes e nas mais miseráveis favelas.

Uma pequena biografia



José Barbosa da Silva ou Sinhô nasceu em 8 de setembro de 1888, no Rio de Janeiro, Sinhô - a origem do apelido é desconhecida -, mulato, filho do mestre pintor (profissional especializado em reproduzir imagens em paredes) Ernesto Barbosa da Silva. Um apaixonado pelos grupos de choro que esperava ver o filho transformado em grande músico. Mas, com 17 anos, Sinhô já está casado com Henriqueta, de 16 anos, a primeira de uma série de mulheres a se render ao charme do nada bonito mas talentosíssimo futuro músico e compositor e flautista. Enviúva aos 26 anos, pai de três filhos, já famoso por mudar constantemente de casa por não pagar aluguel e fugir de credores, passando a viver do piano que já tocava; e também começa a compor.

Apresenta-se onde pode conseguir dinheiro. É visto no clube Kananga do Japão, mas não rejeita ofertas de bailes, ranchos e casas suspeitas. Seu emprego mais fixo é o de pianista de plantão em lojas de instrumentos musicais e partituras, onde testa pianos e interpreta partituras para possíveis compradores. Na Casa Beethoven conhece outra pianista, e sua vida muda ao se tornarem amantes. Cecília se encarrega de passar para a pauta as primeiras composições de Sinhô e de ser a divulgadora de sua obra para os clientes da loja.

É na Casa Beethoven que burila o samba Quem são eles?, provocando Pixinguinha e sua turma. É seu primeiro sucesso, cantado no Carnaval de 1918 e ponto de partida para a carreira de compositor. Extremamente vaidoso e com grande capacidade de se auto-promover, torna-se conhecido no Rio de Janeiro, freqüentando todas as rodas, com amigos marginais, intelectuais, boêmios ou milionários.

A perspicácia leva-o a proteger suas obras, criando um carimbo que identifica cada partitura vendida e rubricando os discos gravados com suas músicas. O cuidado que tem com sua produção não o impede de desrespeitar o trabalho alheio, e por se apropriar de temas de outros, passou a vida inteira brigando. Foram seus adversários principalmente os compositores Heitor dos Prazeres - de quem esconde a parceria - e Caninha, com quem troca farpas musicais, briga que acaba por render a quadrinha de Assobro, cronista da época: "Dois cabras perigosos /dois diabos infernais /José Barbosa da Silva / José Luiz de Morais".

Famoso nos anos 20, suas músicas ganham sucesso no teatro de revista, um dos grandes lançadores de compositores e cantores na época. A vedete Araci Cortes faz de Sinhô um de seus autores favoritos e suas músicas ajudam cantores como Francisco Alves e Carmen Miranda a avançarem em suas carreiras.

Conquistador reconhecido, cercado de mulheres, acaba por viver com Nair, sua última companheira. Freqüentador de reuniões intelectuais na casa do escritor Álvaro Moreira, não deixa de ser assíduo nos terreiros de macumba. Seu amigo José do Patrocínio Filho tenta fazer uma festa para coroá-lo Rei do Samba, e não consegue, mas Sinhô adota a realeza para sempre.

Em 1929, em São Paulo, participa da campanha eleitoral de Júlio Prestes e se apresenta no Teatro Municipal, onde mostra a nova composição Cansei. Volta ao Rio e Mário Reis faz grande sucesso com seu Jura. Sinhô está no auge. Mas, a tuberculose. à qual não dá atenção desde meados dos anos 20, cobra seu preço. No dia 4 de agosto de 1930, viajando na barca Sétima, da Ilha do Governador para o Rio, sofre forte hemoptise. O Rei do Samba chega ao velho Cais Pharoux, já morto.

Algumas músicas, letras e cifras:

Obra completa
Achou ruim, faz meio dia, sambinha, 1923; Alegrias de caboclo, canção, 1928; Alivia estes olhos, samba, 1920 ou 1921; Alta madrugada - Adão na ronda, cena cômica, 1930; Amar a uma só mulher, samba, 1927; Amor de poeta, samba-canção, 1930; Amor sem dinheiro, samba, 1926; Amostra à mão, samba, 1930; Ave de rapina, samba, 1930; Bem-te-quero, samba, 1927; Bem- te-vi, canção, 1928; Bem-te-vi, samba carnavalesco, 1927; Benzinho, choro-canção, 1927; O bobalhão, charleston carnavalesco, 1927; Burucuntum, samba, 1930; Cabeça de promessa, marcha, 1924; Cabeça é ás, samba, 1926; Cabeça inchada, marcha, 1923; Cada um por sua vez, sambinha, 1920; Cais dourado, toada, 1929; Canção roceira (Casinha de sapé), samba, 1920; Caneca de couro, samba, 1924; Canjiquinha quente, 1930; Cansei, samba-canção, 1929; Capinheiro (ou Capineiro), coco ajongado, 1929; Carga de burro, samba, 1928; Carinhos de vovô, romance, 1928; Cassino maxixe, maxixe, 1927; Cauã, valsa, 1929; Chequerê, choro, 1929; A cocaína, canção-tango, 1923; Como se gosta, valsa, 1929; Confessa, meu bem, samba, 1919; Confissão, canção, 1927; Confissões de amor, choro-modinha, 1930; Corta a saia (É lá), samba, 1926; Custe o que custar, samba, 1922; Dá nele, samba, 1930; Deixe deste costume, samba, 1919; Deus nos livre do castigo das mulheres, samba, 1928; Dor de cabeça, samba, 1924; Entre nós, samba, 1924; Eu ouço falar (Seu Julinho), samba, 1929; Eu queria saber, samba, 1929; Fala baixo, marcha, 1921; Fala, meu louro, samba, 1919; Fala, macacada, samba-toada, 1930; Falando sozinho, samba, 1927; A favela vai abaixo, samba, 1927; Feitiço gorado, samba, 1930; Força e luz (c/C. Castro), marcha, 1926; Gosto que me enrosco (c/Heitor dos Prazeres), samba, 1928; A guitarra, 1922; Hip! Hurra, marcha, 1924; Já é demais, samba-canção, 1930; Já...já..., samba, 1924; Jura, samba, 1928; A juriti, marcha, 1925; Kananga do Japão, polca-choro, 1918 ou 1919; A maçã proibida (c/Bastos Tigre), maxixe, s.d.; Macumba gegê, samba, 1923; Mal de amor, samba canção, 1931; Maldito costume, samba, 1929; A medida do Senhor do Bonfim, samba, 1929; Meus ciúmes, choro-canção, 1931; Miçanga, marcha, 1930; Mil e uma trapalhadas (c/Wilson Batista), s.d.; Minha branca, samba, 1929; Minha paixão, marcha, 1923; Mosca vareja (c/Durval Silva), marcha, 1927; Não posso me amofinar, samba, s.d.; Não quebra mais, marcha, 1927; Não quero saber mais dela, samba, 1927; Não sou baú, samba, 1929; Nossa Senhora do Brasil, dueto, 1929; Ó Rosa, marcha-chula, 1926; Ora vejam só, samba, 1927; O pé de anjo, marcha, 1919; Pé de pilão, marcha, 1922; Pega rapaz, samba-choro, 1926; Por que será ?, marcha, 1930; Professor de violão, samba, s.d.; Quando come se lambuza, samba, 1923; Que vale a nota sem o carinho da mulher?, 1928; Quem fala de mim tem paixão, samba, 1926; Quem são eles?, samba, 1918; Ratos de raça, samba, 1929; Recordar é viver, canção, 1930; Reminiscências do passado, samba-canção, 1930, Sabiá, canção, 1928; Sai da raia, marcha, 1922; Salve-se quem puder, samba, 1930, Segura o boi (De boca em boca), samba, 1929; Sem amor, marcha, 1930; Sempre voando, samba, 1927; Si meu amô me vê, samba, 1930, Só por amizade, samba, 1919; Sonho de gaúcho, canção, 1927; Sou da fandanga, marcha carnavalesca, 1930; Super-ale (c/Ernesto Silva), samba, 1928; Tem papagaio no poleiro, samba, 1926; Tesourinha, samba, 1927; Trabalhando o retrato, samba, 1918; Vida apertada, marcha-batuque, 1923; Virou bola, samba, 1929; Viruta y chicharrón, tango, 1919; Viva a Penha, samba, 1930; Volta à palhoça, samba, 1927; Vou me benzer, samba, 1919 ou 1920.
Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora; História do Samba - Editora Globo.
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