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sábado, 8 de outubro de 2011

Romeu, o homem-equipe

"Gordinho e meio careca, Romeu não tinha mesmo pinta de atleta. Foi, porém, um dos maiores craques dos gramados brasileiros. Jogador cerebral, dispunha de amplos recursos técnicos que usava exclusivamente em função do jogo de equipe. 'O drible tem hora certa. Fora disso, é falsa malandragem', ensinava. Começou a atuar como centroavante trombador, mas sua técnica apurada 1ogo o conduziu para a meia-direita. Vaidoso, costumava usar uma touca para esconder a calvície precoce."

Romeu Pellicciari, conhecido como Romeu, nasceu em Jundiaí, em 26/3/1911, e faleceu em São Paulo, em 15/7/1971. Descendente de italianos iniciou a carreira no  futebol em times amadores de Jundiaí, como o E. C. São João.

Em 1930, foi contratado pelo Palestra Itália, com quem foi tricampeão paulista em 1932, 1933 e 1934. Fez parte da Seleção Paulista bicampeã do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1933 e 1934, disputando, ao todo, 165 jogos pelo alviverde, marcando 106 gols.

Palestra Itália - Bicampeão Paulista em 1933. Em pé: Junqueira, Volponi, Carneira, Tunga e Cambon. Agachados: Avelino, Gabardo, Nascimento, Romeu, Carrazzo e Imparato.

Seu futebol atraiu o Fluminense, que acabaria por contratar a base da Seleção Paulista para reforçar sua equipe. Gordinho e careca, jogava sempre com objetividade, mas com imenso repertório de dribles inesperados e lançamentos precisos. A sua jogada mais famosa era o "passo de ganso", atualmente conhecida como "pedalada". No tricolor carioca, jogou 201 partidas e marcou 106 gols.

Tricampeão carioca em 1936, 1937 e 1938, virou ídolo nacional e foi convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1938, onde foi artilheiro e nome do jogo contra a Itália, campeã mundial naquele ano. Pelo Brasil, ao todo, foram 13 jogos e 3 gols.

Romeu, já no Fluminense
Sua atuação naquela competição fez surgirem muitas propostas de clubes europeus. Ele, porém, se manteve fiel ao Fluminense, onde ainda conquistaria o bicampeonato carioca de 1940 e 1941. No total, disputou 202 partidas e fez 90 gols como meia-armador do Tricolor carioca.

Em 1942, voltou para o Palmeiras e foi novamente campeão paulista naquele ano. A seguir, teve uma passagem pelo Comercial de Ribeirão Preto. Retornou então ao Palmeiras, onde encerrou sua exitosa carreira em 1947.

Apesar de ser filho de italianos, recusou várias propostas para se transferir para o futebol da Itália. Depois de abandonar os campos, montou uma cantina em São Paulo e não teve mais que se preocupar com a balança.

Fontes: Wikipedia; Revista Placar.
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Neco, um deus eterno

"O Brasil perdia por dois a zero para o Uruguai no mais acirrado jogo do Sul-Americano de 1919, no Estádio das Laranjeiras, Rio de Janeiro, quando o meia-esquerda Neco fez valer toda a sua raça. Marcou um gol no final do primeiro tempo e outro, de sem-pulo, a dois minutos do término da partida.

O resultado obrigou a realização de um jogo desempate. E de novo Neco se fez presente. Construiu toda a jogada que culminou no gol de Friedenreich, gol da vitória e também do primeiro título da Seleção Brasileira.
"

Manuel Nunes (popularmente conhecido como Neco) nasceu em 7/3/1895 em São Paulo, e faleceu na mesma cidade em 31/5/1977. Foi o primeiro ídolo do Sport Club Corinthians Paulista, atuando como ponta-esquerda, centroavante e meio-campo, começando no terceiro quadro corintiano, em 1911.

Em 1914, Neco foi campeão paulista pela primeira vez, e artilheiro com 12 gols, feito que repetiria em 1920 com 24 gols. Em 1915, o Corinthians não disputou torneios oficiais e quase fechou as portas, ameaçado a ter a sede tomada e todos os seus móveis penhorados. Neco esteve emprestado ao Mackenzie, mas não esqueceu o seu time do coração.

Em 1916, o timão volta à Liga de Futebol Paulista. E lá está Neco sendo outra vez campeão paulista. O fato se repetiria em 1922, 1923, 1924, 1928 e 1930. Foi também o primeiro corintiano convocado para a Seleção Brasileira, ao lado de Amílcar Barbuy.

Primeiro tricampeonato do Corinthians 1922/1923/1924: em pé estão Galindo, Rafael, Rueda, Colombo, Del Debbio e Ciasca; ajoelhados vemos Peres, Neco, Pinheiro, Tatu e Rodrigues. Foto: arquivo do Corinthians

Foi o primeiro jogador do Corinthians a ter um busto no Parque São Jorge. Neco ficou por durante 17 anos defendendo o alvinegro paulista. Neco disputou 296 jogos (215 vitórias, 35 empates e 46 derrotas), marcou 235 gols e venceu os Campeonatos Paulistas de 1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928 e 1930 pelo Corinthians.

Neco foi quem ajudou a levar o nome do Corinthians para o interior do estado de São Paulo a partir de 1915, pois foi o primeiro grande ídolo do futebol a desfilar seu estilo e marcar gols por várias cidades do interior paulista como: Campinas, São Carlos, Caçapava, Jundiaí, Amparo, e outras.

Atuou em dezesseis jogos pela Seleção Brasileira ganhando o Campeonato Sul-americano de 1919 e 1920 e a Taça Rodrigues Alves (1922), marcando impressionantes dez gols, um verdadeiro craque, que tem faro de gol.

Campeonato Sul-americano de 1919: Bianco, Fortes, Millon, Sérgio, Marcos, Amilcar, Píndaro, Neco, Heitor, Arnaldo, Friedenreich. Neco marcou dois gols e construiu toda a jogada no gol da vitória de Friedenreich.

Manoel Nunes, o Neco, era assim: raçudo, driblador e eficiente nas conclusões. Não jogava por dinheiro, mas por prazer e paixão. Por isso, passou toda sua carreira no timão, recusando seguidas propostas do Fluminense.

Fontes: Wikipédia; Revista Placar.
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