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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Oito mitos sobre a dor na coluna

Sedentarismo, má postura e estresse são cenários presentes na vida de muitos brasileiros, e alguns dos maiores causadores de dor na coluna. De acordo com dados da Previdência Social, a dor de coluna responde por quase 160 mil licenças requisitadas por ano no país. A coluna vertebral é composta por vértebras, discos intervertebrais, nervos, músculos, medula e ligamentos. É nesse conjunto que acontece a maior parte das disfunções que causam dores nas costas. 

Apesar de ser sempre tratada como uma doença isolada, as dores na coluna podem ser tanto um reflexo de maus hábitos como um sinal de doenças mais graves - lombalgia (dor na lombar), hérnia de disco, e artrose, por exemplo. Por ser um tipo de dor nas costas muito comum, existem várias crenças e soluções caseiras para tratar ou evitar a dor na coluna que não passam de mito. Confira o que os especialistas dizem sobre o assunto e saiba mais sobre o problema:

Mito 1: Dores na coluna sempre indicam uma doença grave

"Na maior parte das vezes as dores na coluna estão relacionadas a distúrbios musculares e posturais, que apesar do incômodo, não tem maior gravidade", afirma o ortopedista Marcelo Wajchenberg, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O ortopedista Renato Ueta, do departamento de Ortopedia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que toda a dor na coluna é um sintoma de alerta, e como tal deve ser investigada. "É importante fazer uma avaliação médica e descartar a possibilidade de outras doenças, principalmente se a dor for reincidente."

Mito 2: Excesso de exercício físico provoca dor na coluna

É comum pensarmos que as dores nas costas após uma série mais puxada de musculação é normal, mas isso está longe de ser verdade. "O erro não está no excesso de exercício, mas sim na forma como ele está sendo feito ou na carga aplicada", explica o ortopedista Renato. O especialista afirma que fazer movimentos errados, não manter a postura ou então usar uma carga muito acima do recomendado são os verdadeiros causadores de dor na coluna durante a atividade física. "Quando bem realizado, o exercício físico auxilia na prevenção da dor nas costas", completa o ortopedista Marcelo.

Mito 3: Toda a dor na coluna deverá ser tratada com cirurgia

"Fisioterapia, orientações de postura e ergonomia, controle de peso, atividade física saudável e uso de medicamentos, quando necessário, são as primeiras opções para tratamento", diz o ortopedista Marcelo. A cirurgia como opção de tratamento vai depender da causa da dor, mas em geral o procedimento é encarado como última alternativa, se não acontecer a melhora dos sintomas com os tratamentos anteriores. Por isso é importante consultar um médico, que irá investigar as causas da dor e indicar o tratamento adequado.

Mito 4: A cirurgia de coluna vai curar a dor nas costas completamente

Até mesmo nos casos em que a cirurgia é a melhor saída, o procedimento não garante por si a melhora total das dores. Segundo os especialistas, ela é apenas uma parte de um tratamento completo. "Todo paciente que fez cirurgia para coluna deve receber amparo de um fisioterapeuta", afirma o ortopedista Marcelo. "Achar que a cirurgia vai eliminar completamente os problemas sem qualquer outro acompanhamento não passa de mito", alerta Renato Ueta.

Mito 5: Repouso é o melhor remédio para a dor na coluna

"O repouso é considerado uma etapa do tratamento, e não o único", explica o ortopedista Renato. Quando a origem das dores é mecânica ou postural, o relaxamento de fato irá aliviar a dores , mas ao forçar mais o órgão, a dor irá voltar. "O repouso prolongado pode inclusive prejudicar (enfraquecer) a musculatura do paciente", diz Marcelo Wajchenberg. Reeducação postural, alongamentos e acompanhamento de um profissional são as melhores saídas para acabar com a dor na coluna.

Mito 6: Dor na coluna é algo inerente ao envelhecimento

O envelhecimento, assim como o sedentarismo, é um fator de risco para a dor na coluna - mas não é determinante. Ou seja, nem toda a pessoa idosa sofrerá com dores nas costas, mas as chances de ela ter episódios de dor são maiores. Isso acontece porque o envelhecimento gera naturalmente um desgaste dos músculos e ossos, aumentando o risco de dores e doenças como artrose. "Por isso é importante a prevenção com prática de atividade física e conservação da postura, pois quanto mais você fortalece seus músculos e ossos na juventude, menos desgaste ele terá", diz o ortopedista Renato.

Mito 7: Dormir no chão ou num colchão duro é bom para a coluna

Dormir em colchões muito duros ou no chão além de não prevenir dores nas costas, pode favorecê-las, já que pode prejudicar a postura durante o sono. "Mais importante que a densidade do colchão é o jeito de dormir", ressalta Rentato Ueta. "A melhor posição para dormir é de lado, com um travesseiro entre as pernas, e devemos evitar ao máximo dormir de bruços, que é a pior posição", completa. O travesseiro que usamos também influencia em dores na coluna: independente de seu tamanho ou densidade, o travesseiro deve deixar o pescoço em uma posição neutra. "O colchão que não recomendamos efetivamente é aquele que já está velho, que já se moldou ao corpo do paciente." Antes de comprar um colchão novo, verifique numa loja especializada se a densidade do colchão é adequada para o seu peso.

Mito 8: Estar acima do peso sempre vai causar dor na coluna

É fato que o excesso de peso sobrecarrega as estruturas da coluna vertebral, aumentando o risco de dor no local. Entretanto, esse não é um fator determinante para dores na coluna. "Mais do que a obesidade, o sedentarismo é o grande vilão das dores e problemas na coluna, justamente porque a falta de atividade física causa um enfraquecimento precoce dessas estruturas", diz o ortopedista Renato. "Tanto que pessoas com obesidade, mas ativas, tem menos chances de sofrer com as dores do que uma pessoa sedentária com IMC normal."

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Fonte: Minha Vida
Texto: Carolina Gonçalves
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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Formas de contaminação por comida em viagens

Para muitas pessoas, comer é uma das melhores partes de uma viagem. Mas muitas vezes estamos expostos a doenças, especialmente em lugares onde a comida e a água podem estar contaminadas por bactérias, parasitas e vírus. O site do Huffington Post listou 7 itens a serem evitados durante viagens. Confira e aproveite seu passeio.  

1. Água de torneira

Água contaminada é uma das principais causas mundiais de doenças. Diarreia, rotavírus e cólera são alguns dos problemas que podem ser transmitidos pela água e pela comida, contaminados por fezes animais e humanas. Este tipo de contaminação é particularmente comum em regiões com higiene e saneamento precário.

O que fazer:  quando estiver em dúvida, prefira água engarrafada, sucos de garrafa, refrigerante em lata, cerveja, vinho, chá ou café feito com água fervida. Mesmo o gelo derretido nas latas e garrafas podem estar contaminados, por isso, lembre-se sempre de limpar antes de consumir. Evite escovar os dentes com água da torneira também.

2. Os riscos do gelo

O gelo carrega os mesmos riscos que a água de torneira – em lugares que se desconfia das condições de higiene, o gelo deve ser consumido apenas quando foi feito com água de garrafa, fervida ou tratada.

O que fazer: a menos que você tenha como verificar se o gelo foi feito com água limpa, opte por bebidas já refrigeradas, como sucos ou refrigerantes enlatados.

3. Moscas

Ao voar e posar em alimentos, as moscas contaminam de várias maneira. Primeiro, porque carregam vestígios de todos os lugares que pousaram anteriormente, incluindo fezes e lixo podre. Elas também depositam o próprio material fecal por onde passam.

O que fazer: comida preparada, exposta em buffets ou em carrinhos na rua, está mais propensa às moscas. Por isso, vale fazer uma vistoria no local para ver se as moscas estão muito presentes. Se sim, considere comer em um lugar fechado e mais protegido.

4. Mãos limpas

Ter as mãos limpas é uma das mais efetivas formas de prevenir muitas doenças, mas em alguns lugares isso ainda não é uma prática entre as pessoas que servem ou preparam refeições. Muitos países investem em campanhas de higiene, mas adotar novos hábitos requer tempo.

O que fazer: procure por lugares onde as pessoas que estão tocando sua comida estejam com as mãos limpas. Se você  não consegue confirmar isso, procure por outros sinais de higiene como sabonete no banheiros e atendentes usando uniformes limpos. E não se esqueça de lavar as suas próprias mãos com regularidade.

5. Alimentos quentes

Bactérias transmitidas por alimentos se multiplicam rapidamente em alimentos frios não mantidos abaixo de 4 graus, alimentos cozidos não mantidos acima de 60 graus. Por isso, se a comida que você está comendo deveria ser quente, certifique-se que realmente está quente.

O que fazer: procure estabelecimentos que fazem comida mediante pedido, e certifique-se que, ao chegar à mesa, o alimento está bem quente.

6. Alerta do sol

Controlar a temperatura certa do alimento é a chave para se comer com segurança. Quando a comida não é mantida quente ou fria devem ser ingeridos em um período máximo de duas horas para o consumo seguro. Este tempo é ainda menor quando está muito calor. A comida deixada sob a luz do sol fica ainda mais quente.

O que fazer: fique longe da comida deixada no sol. As estimativas mostram que mais de 200 doenças podem ser espalhadas por meio dos alimentos, e o calor acelera o crescimento de bactérias. Cuidado com os piqueniques, com a comida de rua, e em situações em que o alimento é exposta ao calor da luz solar direta.

7. Alimentos crus

Frutas e vegetais fazem bem para a saúde, mas em lugares onde a água não é boa para beber, é melhor evitar alimentos crus. Muitos deles podem ter sido lavados com água contaminada. Enquanto o processo de cozinhar o alimento mata os agentes patogênicos, ingredientes para salada ou frutas e vegetais crus não são muito seguros.

O que fazer: em locais onde a água não é segura para beber, respeite esta regra: ferva, descasque e cozinhe. Evite saladas e outros frutos e vegetais crus, exceto as que podem ser descascadas (e que não são, em seguida, expostos a água da torneira), uma vez que a casca protege contra a contaminação.

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Fonte: Terra
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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

As sete doenças mais bizarras

1ª Síndrome da Mão Estranha

“Minha mão agiu por conta própria…” Essa desculpa usada por alguns cafajestes pode ser verdadeira. Mas tem muito marmanjo que se aproveita da situação né! ? A síndrome em questão alien hand syndrome, em inglês faz com que uma das mãos da vítima pareça ganhar vida própria. O problema atinge principalmente pessoas com lesões no cérebro ou que passaram por cirurgias na região.

O duro é que o doente não presta atenção na mão boba, até que ela faça alguma besteira. A mão doida é capaz de ações complexas, como abrir zíperes… Os efeitos da falta de controle sobre a mão podem ser reduzidos dando a ela uma tarefa qualquer, tarefa qualquer, como segurar um objeto.

2ª Síndrome de Alice no País das Maravilhas

Doença que provoca distorções na percepção visual da vítima, fazendo com que alguns objetos próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos. O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra inglês John Todd, que o batizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll. Na obra, a protagonista Alice enxerga coisas desproporcionais, como se estivesse numa “viagem” provocada por LSD. As vítimas da síndrome também vêem distorções no próprio corpo, acreditando que parte dele está mudando de forma ou de tamanho.

3ª Síndrome da Pica

Esse nome também estranho não tem nada de pornográfico: pica é uma palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer coisa. E a pica a síndrome, é claro… faz exatamente isso: a pessoa sente um apetite compulsivo por coisas não comestíveis, como barro, pedras, tocos de cigarros, tinta, cabelo… O problema atinge mais grávidas e crianças. Após comerem muita porcaria involuntariamente, os glutões ficam com pedras calcificadas no estômago. Em 2004, médicos franceses atenderam um senhor de 62 anos que devorava moedas. Apesar dos esforços, ele morreu. Com cerca de 600 dólares no estômago…

4ª Síndrome de Cotard

Depressão extrema, em que o doente passa a acreditar que já morreu há alguns anos. Ele acha que é um cadáver ambulante e que todos à sua volta também estão mortos. Em casos extremos, o sujeito diz que pode sentir sua carne apodrecendo e vermes passeando pelo corpo… Na fase final, a vítima deixa até de dormir e sua ilusão pode efetivamente se tornar realidade.

O nome da doença faz referência ao médico francês Jules Cotard, que a descreveu pela primeira vez em 1880. Apesar de depressivo e certo de que está morto, o doente, contraditoriamente, também pode apresentar idéias megalomaníacas, como a crença na própria imortalidade.

5ª Síndrome da Redução Genital

Também conhecido como koro, esse distúrbio mental deixa a pessoa convencida de que seus genitais estão desaparecendo. A maioria dos casos até hoje foi relatada em países da Ásia ou da África, e em muitos deles a síndrome parece ter sido contagiosa! Um dos episódios mais estranhos ocorreu em Cingapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registrou centenas de casos de homens que acreditavam que seu pênis estava sumindo. Um único caso da síndrome da redução genital foi registrado até hoje no Brasil, no Instituto de Psiquiatria da USP. Convencido de que seu pênis estava sumindo, o doente tentou se matar com duas facadas no abdômen!

6ª Síndrome do Sotaque Estrangeiro

Após sofrer uma pancada ou qualquer outro tipo de lesão no cérebro, as vítimas desse distúrbio passam a falar com sotaque francês... ou italiano... ou espanhol. A língua varia, mas, na maioria dos casos, as vítimas desconhecem o novo idioma. Segundo cientistas, a pronúncia não é efetivamente estrangeira, só dá a impressão disso.

Pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, acreditam que o sintoma é causado por um trauma em áreas do cérebro responsáveis pela linguagem, provocando mudanças na entonação, na pronúncia e em outras características da fala. Um caso bem recente da síndrome do sotaque rolou com a britânica Lynda Walker, no mês passado. Após um infarto, Lynda acordou falando com sotaque jamaicano.

7ª Síndrome da Cegueira Emocional

A expressão “cego de emoção” existe na prática, e pode acontecer com qualquer pessoa normal. O problema foi descoberto recentemente por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Depois e olhar para alguma imagem forte, principalmente com conteúdo pornográfico, a maioria das pessoas perde a vista por um curto espaço de tempo – décimos de segundo na verdade. Até agora, nenhum especialista conseguiu explicar o porquê dessa reação. A descoberta da cegueira emocional deu origem a um movimento no Congresso americano para que seja banida toda a publicidade com apelo erótico em grandes rodovias do país.

Por isso, tome cuidado se as coisas estão diminuindo de tamanho, se você tem uma vontade extrema de comer coisas estranhas, e também com as coisas que você for assistir.

Fontes: Intikemo.com.br; Site de Curiosidades.
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

A doença mais antiga do mundo

Ilustr. medieval: Jó atingido pela lepra
A lepra, também chamada de hanseníase, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro, é uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen.

É chamada de "a doença mais antiga do mundo", porque afeta a humanidade há pelo menos 4000 anos e sendo os primeiros registros escritos conhecidos encontrados no Egito, datando de 1350 a.C.

É endêmica em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil inclui-se entre os países de alta endemicidade de lepra no mundo. Isto significa que apresenta um coeficiente de prevalência médio superior a um caso por mil habitantes (MS, 1989).

Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada.

Características

* É uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra.
* Demora de 2 a 5 anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas.
* Apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico.
* Pode atingir criança, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com bacilo
* Instala-se principalmente nos nervos e na pele.
* Pode causar incapacidade/ deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente.
* Tem cura.
* O tratamento é um direito de todo cidadão e está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde SUS.

História

Hipocrates utilizou pela primeira vez a denominação "léprêã" quando descreveu manchas brancas na pele e nos cabelos, porém em nenhum momento informou sobre manisfestações neuronais, provavelmente o mesmo estivessese referindo ao vitiligo. A denominação "léprêã" é utilizada na bíblia hebráica como "tsaraáth" tendo o significado de desonra, vergonha, desgraça. No Egito antigo, há referências a essa doença com mais de 3000 anos em hieróglifos (de 1350 a.C.).

A Bíblia contém passagens fazendo referência ao nome "léprêã", haja vista que este termo foi utilizado para designar diversas doenças dermatológicas de origem e gravidade variáveis. A antiga lei israelita obrigava os religiosos a saberem reconhecer a doença.

As descrições mais precisas da hanseníase datam de 600 anos a.C. (Tratado Médico Indiano de Sushrata Samhita denomina-a "Kushta") onde já eram descritos dois grupos principais: Vat Rakta o qual apresentavam manifestações predominantementes neurais e Aurun Kushta onde eram observadas caracteristicas virchowianas.

A hanseníase foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora, forçando o isolamento dos pacientes em gafarias, leprosários em português do Brasil, principalmente na Europa na Idade Média, onde eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença. A doença deu, nessa altura, origem a medidas de segregação, algumas vezes hereditárias, como no caso dos Cagots no sudoeste da França.

No Brasil existiram leis para que os portadores de hanseníase fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários a exemplo do Sanatório Aimores em Bauru, SP, que após a revogação de lei "compulsória" tornou-se Instituto de dermatologia Lauro de Souza Lima, sendo hoje centro de pesquisa referência nacional em dermatologia e referência mundial em hanseníase.

Há também o Hospital do Pirapitingui (Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes) e do Hospital Curupaiti em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A lei "compulsória" foi revogada em 1962, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso em razão da pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos.

Epidemiologia

Além do Homem, outros animais de que se tem notícia de serem suscetíveis à hanseníase são algumas espécies de macacos, coelhos, ratos e o tatu. Este último pode servir de reservatório e há casos comprovados no sul dos EUA de transmissão por ele. Contudo a maioria dos casos é de transmissão entre seres humanos.

A hanseníase ataca hoje em dia ainda mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo. Há 700.000 casos novos por ano no mundo. No entanto em países desenvolvidos é quase inexistente, por exemplo a França conta com apenas 250 casos declarados.

Em 2000, 738.284 novos casos foram identificados (contra 640.000 em 1999). A OMS(Organizaçao Mundial de Saude) referencia 91 países afetados: a Índia, a Birmânia, o Nepal totalizam 70% dos casos em 2000. Em 2002, 763.917 novos casos foram detectados: o Brasil, Madagáscar, Moçambique, a Tanzânia e o Nepal representam então 90% dos casos de hanseníase. Estima-se a 2 milhões o número de pessoas severamente mutiladas pela hanseníase em todo o mundo.

Transmissão

A lepra é transmitida por gotículas de saliva. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar ou tossir. Quase sempre ocorre entre contatos domiciliares, geralmente indivíduos que dormem num mesmo quarto.

A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas (a alta prevalência de lepra em crianças é indicativo de um alto índice da doença em uma região).

Noventa por cento (90%) da população tem resistência ao bacilo de Hansen (M. leprae), causador da lepra, e conseguem controlar a infecção. As formas contagiantes são a virchowiana e a dimorfa.

Nem toda pessoa exposta ao bacilo desenvolve a doença, apenas 5%. Acredita-se que isto se deva a múltiplos fatores, incluindo a genética individual.

Indivíduos após 15 dias de tratamento ou já curados não transmitem mais a lepra.

Fonte: Wikipédia.
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