Deus, energia, otimismo, força do pensamento, esperança. Não importa
que nome você dá àquilo que traz conforto, disposição, alegria e
segurança nos momentos difíceis. O fato é que quem consegue mentalizar o
bem mesmo quando as coisas vão mal e acredita que, no fim, tudo vai dar
certo vive melhor.
O maior estudo já realizado sobre a
influência das emoções na saúde saiu da Escola de Saúde Pública da
Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Para os pesquisadores,
satisfação e felicidade teriam a mesma relevância na prevenção de
ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (os derrames) do que
fatores como idade, peso, tabagismo e condição socioeconômica. Trocando
em miúdos, os riscos de alguém que tem fé na vida desenvolver doenças
são muito menores do que quem não crê que tudo pode acabar bem.
A nova saúde
A
ciência tem se dedicado tanto a estudar a influência das emoções e das
crenças na vida das pessoas que a medicina vem adaptando suas práticas
na prevenção e no tratamento de doenças. Desde a década de 1970,
importantes hospitais e centros médicos nos Estados Unidos, no Canadá,
na Europa e em Israel começaram a criar departamentos que colocam em
prática ações que consideram o indivíduo como ser integral, a chamada
medicina integrativa. Por exemplo, quando se trata a obesidade, não é
apenas o sistema endócrino ou o estômago que estão em questão, mas o ser
humano por trás deles, seus medos e anseios, suas dúvidas e certezas. O
foco deixa de ser a doença e passa a ser o paciente. "O sintoma é só a
ponta do iceberg, são os 10% que ficam para fora da água que encobre
algo bem maior", define o endocrinologista Filippo Pedrinola.
Alimente o espírito
Foi-se
o tempo em que a busca por um sentido mais amplo para a vida só existia
dentro das religiões. O que conta quando o assunto é entender por que
as coisas são como são - e, às vezes, tão difíceis - é espiritualidade.
"Ela pode ser entendida como uma força que faz você entrar em contato
consigo mesma", define Pedrinola. "Isso pode ser conseguido com a
meditação, a arte ou um exercício que dê prazer e a coloque em contato
com o que você tem de melhor", completa.
Um estudo da
Universidade de Toronto, no Canadá, com monitoramento por imagem do
cérebro dos voluntários, mostrou que, naqueles que diziam ter uma crença
- religiosa ou não, mas que se diziam espiritualizados -, a atividade
do córtex cingulado anterior (área do cérebro que funciona como uma
espécie de alarme quando nos sentimos com medo ou inseguras) foi menor. A
interpretação dos cientistas foi que, quanto menor a fé na vida, maior é
a propensão de desenvolver distúrbios ligados ao stress e à ansiedade -
dois conhecidos vilões da saúde, que podem levar a quadros de compulsão
alimentar, sono ruim, gastrite, doenças de pele, males do coração e
outros problemas.
Fonte: BOA FORMA / M de Mulher
Texto: Marcia Kedouk
domingo, 30 de dezembro de 2012
A fé é o melhor remédio
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