O
contista, poeta, teatrólogo e jornalista Artur Azevedo (Artur
Nabantino Gonçalves de Azevedo) nascido em São Luís (MA), em sete de
julho de 1855, é considerado o pai do teatro musicado brasileiro. Filho
de David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães, aos
oito anos demonstrou gosto para o teatro e fez adaptações de textos de
autores como Joaquim Manuel de Macedo.
Muito cedo começou a trabalhar
no comércio. Foi empregado na administração provincial e logo após foi
demitido por publicar sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo
tempo lançou as primeiras comédias nos teatros de São Luís (MA).
Antes de completar seus 20 anos foi
para o Rio de Janeiro (1873) empregando-se no Ministério da Agricultura e
também ensinando português no Colégio Pinheiro.
Mas foi no jornalismo que se
desenvolveu em atividades que o projetaram como um dos maiores contistas
e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, junto com Olavo Bilac, Coelho Neto, entre outros.
Nessa época escreveu as peças dramáticas como a opereta francesa La Filie de Madame Angot; fez a paródia A filha de Madame Angu (1876), que chamou as atenções gerais e criou as oportunidades para o começo de sua carreira teatral; O Liberato e A Família Salazar, que sofreu censura imperial e foi publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata.
Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos,
principalmente sobre teatro (figura ao lado: chamada para peça "O
Bilontra": O Mequetrefe - Rio de Janeiro - 1885).
Suas operetas e revistas introduziram no Brasil o teatro musicado, sendo pioneira O Mandarim(1884), seguindo-se Cocota (1885) e O Bilontra
(1886). Os textos críticos e bem-humorados sempre eram aplaudidos,
mesmo pelos criticados. Um século depois, continuam a ser encenados,
como A Capital Federal, escrita em 1897.
Em 1889, reuniu um volume de
contos dedicado a Machado de Assis, seu companheiro na Secretaria da
Viação. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos
fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia. Morreu
no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1908.
Fontes: Artur Azevedo - Biblioteca Virtual do Estudante de Língua Portuguesa; História do Samba – Editora Globo; “O Bilontra” - Imagens – 1885 pelos jornais.
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