quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pensamentos do Lalau

Sérgio Porto
- No Brasil as coisas acontecem, mas depois, com um simples desmentido, deixaram de acontecer.

- Antes só do que muito acompanhado.

- Quando aquele cavalheiro nervoso entrou no hospital dizendo "eu sou coronel, eu sou coronel", o médico tirou o estetoscópio do ouvido e quis saber: "Fora esse, qual o outro mal do qual o senhor se queixa?"

- Ser imbecil é mais fácil.

- Está dando mais do que cará no brejo.

- Nos trens suburbanos não livram a cara nem de padre, que dirá mulher de minissaia.

- O mais perigoso é que já estão confundindo justa causa com calça justa.

- O Reino Unido não é tão unido assim como eles dizem, não.

- Desligou o telefone com uma violência de PM em serviço.

- Mais monótono do que itinerário de elevador.

- Macrobiótica é um regime alimentar para quem tem 77 anos e quer chegar aos 78.

- Consciência é como vesícula, a gente só se preocupa com ela quando dói.

- Difícil dizer o que incomoda mais, se a inteligência ostensiva ou a burrice extravasante.

- Sempre ouviu dizer que o homem totalmente realizado é aquele que tem um filho, planta uma árvore e escreve um livro. Tinha um filho, plantou uma árvore, o filho trepou na árvore, caiu e morreu. Só lhe restou escrever um livro sobre isso.

- Quem não tem quiabo não oferece caruru.

- Mania de grandeza é a desses suplementos literários que têm um aviso dizendo que é proibido vender separadamente.

- Pode-se dizer a maior besteira, mas se for dita em latim muitos concordarão.

- Homem que desmunheca e mulher que pisa duro não enganam nem no escuro.

- Todo homem previdente sorri sem falha no dente.

- Mulher expondo teoria sobre educação infantil é solteira na certa.

- Menino mijado, bode embarcado e chefe de Estado, nunca fica despreocupado.

- Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos!

- Esperanto é a língua universal que não se fala em lugar nenhum.

- Pra quem gosta de jiló, coruja é colibri.

- Era desses caras que cruzam cabra com periscópio pra ver se conseguem um bode expiatório.

- O terceiro sexo já está quase em segundo.

- As coisas que mais contribuem para avacalhar a dignidade de um homem são, pela ordem, bofetão de mulher e tombo de bunda no chão.

- Caetano Veloso confunde velocidade com trepidação.

- Hoje em dia ninguém é bonzinho de graça.

- A polícia prendendo bicheiros? Assim não é possível. Respeitemos ao menos as instituições!

- O primeiro nome de Freud era Segismundo. Aliás, não só seu primeiro nome como também seu primeiro complexo.

- Às vezes é melhor deixar em fogo lento do que mexer na panela.

- Mais inútil do que um vice-presidente.

- Mais mole que bochecha de velha.

- A polícia anda dizendo que prende um bandido de meia em meia hora, então a gente fica desconfiado que eles assaltam de 15 em 15 minutos.

- Ninguém se conforma de já ter sido.

- Quem desdenha quer comprar, quem disfarça está escondendo, mas quem desdenha e disfarça, não sabe o que está querendo.

- Mulher enigmática, às vezes é pouca gramática.

- Quando um amigo morre, leva um pouco da gente.

- Nem todo rico tem carro, nem todo ronco é pigarro, nem toda tosse é catarro, nem toda mulher eu agarro.

- Quem diz que futebol não tem lógica ou não entende de futebol ou não sabe o que é lógica.

- A diferença entre o religioso e o carola é que o primeiro ama a Deus, o segundo, teme.

- Pediatra sempre capricha na pronúncia quando anuncia sua especialidade, pra evitar mal-entendidos.

- Nem todo gordo é bom, muitos se fingem de bonzinhos porque sabem que correm menos.

- Tinha tal pavor de avião que se sentia mal só de ver uma aeromoça.

- Mulher e livro, emprestou, volta estragado.

- O sol nasce para todos, a sombra pra quem é mais esperto.

E para terminar:

- Da minha janela vejo o pátio de um colégio e quando a campainha toca para o intervalo das aulas eu paro de trabalhar e fico olhando, como se estivesse no recreio também.

- O importante é não deixar nunca que o menino morra completamente dentro da gente. Caso contrário, ficamos velhos mais depressa. Dizem que é por isso que os chineses, de incontestável sabedoria, conservam o hábito de soltar papagaio (ou pipa, se preferirem) mesmo depois de adultos. Não sei se é verdade, nunca fui chinês.
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio.htm

Mensagens subliminares - II


Você já deve ter ouvido falar sobre mensagens subliminares, tem uma noção ou talvez nem saiba o que é, mas ainda existem pessoas que fazem muita confusão sobre este assunto.

Mensagem Subliminar não é necessariamente coisa do demo, satânica ou muito menos uma espécie de "macumba gráfica" para conseguir coisas ou controlar as pessoas. Pelo menos ela não funciona desse jeito.

O princípio de tudo está em nosso subconsciente, que registra fielmente tudo em nossa vida, o que vemos, sentimos, pensamos, sonhamos, ouvimos, falamos... Tudo.

Antes, vamos a uma breve explicação do que é Mensagem Subliminar:

"As Mensagens Subliminares são usadas quase que sempre para fins publicitários, e resumem-se na tentativa de passar uma informação ou idéia para um grupo de pessoas, de uma maneira abaixo do nível do consciente."

Melhor explicando, a mensagem, quando passada abaixo do nível consciente, passa a ser aceita pela pessoa que a recebe pois não encontra resistência ou oposição, que é criada por nós apenas quando estamos no estado consciente. Um exemplo disso é o sono. Quando sonhamos, deixamos nosso estado consciente e aceitamos tudo como se fosse real, sem oferecer resistência ou oposição.

É assim que a mensagem subliminar funciona. Posso dar um exemplo: Você, quando jovem, soube que existia o sexo e logo viu que era uma coisa boa. E assim ficou no seu subconsciente, sexo é uma coisa boa. OK, mas logo vieram te dizer que era para esquecer isso, que sexo era uma coisa feia. Simplesmente "enterraram" (bloquearam) a informação anterior de que sexo era uma coisa boa. E esse bloqueio ficou no seu inconsciente, uma espécie de co-piloto.

Sendo assim, a mensagem subliminar ultrapassa essas barreiras do consciente e do inconsciente e vai direto à informação de que ela necessita (no caso, de que sexo é uma coisa boa), que se encontra no nosso subconsciente, que tudo registra fielmente, não obtendo resistência ou oposição.

A mensagem subliminar pode ser inserida em vários meios: vídeos, músicas, figuras e até em textos.

No caso dos vídeos, o que geralmente se encontra é a inserção de subliminares em apenas alguns quadros, sem que quem esteja vendo perceba a mensagem no tempo normal do vídeo (propaganda televisiva, filme, etc.), fazendo com que a mensagem inserida seja "gravada" pelo nosso subconsciente. O que acontece é que quando se grava um vídeo, as imagens são divididas em quadros e, pelo o que eu sei, por segundo, existem cerca de 30 quadros. Sendo assim, se colocarem uma mensagem do tipo "use tal produto" ou "você quer tal coisa", logo essa mensagem será lida pelo seu subconsciente e você irá agir de acordo com o que a mensagem pede como se você mesmo estivesse querendo aquele produto por decisão própria.

Nas músicas, posso citar três formas de como se usam subliminares: uma é conhecida por backward masking, em que se grava uma fala e se coloca na música, mas invertida. Você não entenderia nada se ouvisse mas seu subconsciente sim. A segunda é bem interessante: existem freqüências inaudíveis ao ouvido humano, como aquelas que só os cães, por exemplo, que possuem a audição mais apurada que a nossa, podem ouvir. Então, coloca-se algo nessa faixa de freqüência da música e você certamente não vai ouvir, menos seu subconsciente, que registra tudo fielmente. A terceira é a mais sem graça delas: simplesmente colocam uma fala dum jeito tão rápido que você também não iria nem perceber Mas seu subconsciente... sim.

Subliminar nos textos é bem fácil. Veja:

Votei no fulano devido à sua plataforma
de governo. Educação, saúde e cadeia pra ladrão.

Não entendeu? Vou te explicar: viu as palavras em negrito? Elas é que são a subliminar. Em um texto simples, falando bem de um tal fulano, simplesmente disse que ele é ladrão. Parece besteira, mas seu subconsciente assimila as palavras fulano e ladrão facilmente, nesse caso, pois estão em negrito. Isso também poderia aparecer de uma outra maneira, como em um discurso em que se dá ênfase às palavras em negrito dessa frase.

Exemplos

Alguns desses exemplos nem mesmo são mensagem subliminar. Podem apenas se tratar de mais uma forma de expressão de Arte, uma mensagem subliminar não-intencional ou um mero engano.... Mesmo assim, com eles, você entenderá de maneira bem fácil como a mensagem subliminar pode ser inserida e feita.

As armadilhas das Artes

Muitos dizem que existem mensagens subliminares em pinturas, mas isso não é totalmente verdade. Existe a mensagem subliminar sim mas, como a Arte procura maneiras e maneiras de se expressar, seria mais certo dizer que é mais uma maneira que o artista encontrou para expressar sua arte e não uma forma que o artista encontrou para influenciar as pessoas sem encontrar resistência, que é o caso das mensagens subliminares.

Neste primeiro caso, mostro um pintura que parece simples, mas ela esconde algo mais.





Também não consegui identificar o que tinha a mais da primeira vez que vi. Se você também não conseguiu, veja a figura abaixo.





Pois é. É a silhueta de Napoleão. Não é necessariamente uma mensagem subliminar, mas não deixa de ser um exemplo de como ela pode aparecer.

Agora, aqui você vai ver como um pintor conseguiu colocar uma caveira em sua pintura sem que ela fosse perceptível à primeira vista. A estória que eu lembro ter lido dessa pintura era de que o pintor queria mostrar que um reinado da época estava por acabar ou coisa desse tipo. Aí está a caveira:





E aqui está essa caveira na pintura:





Essa pintura, pelo o que eu me lembro, é uma pintura de Salvador D'ali, se é esse o nome. Nele dá pra ver um rosto mas ele é formado pelo o que seria duas freiras; os olhos são o rosto dessas freiras. Pode-se ver também outras imagens ocultas, como um rapaz ajoelhado no canto inferior esquerdo da pintura.





Poderíamos chamar essa pintura de O casal e o bebê. Mas... Bebê? Que bebê? Também demorei para perceber a "mensagem subliminar" nessa pintura quando a vi pela primeira vez, mas vou te dizer: o bebê está representado subliminarmente através da árvore e seus galhos. Perfeito, eu diria. Note a idéia que a pintura passa, junto dessa "mensagem subliminar": o casal está junto e abraçado, mostrando união e companheirismo, olhando o que seria seu futuro, um belo e tranqüilo horizonte. E quem faz parte desse belo e tranqüilo horizonte? O bebê que está por vir.





Enganos, enganos...

Essa mensagem subliminar foi uma das últimas que eu peguei na net e, pelo o que eu li, os suecos olharam para a moeda de dois Euros e disseram: Ei! Qual é?! Nosso país nessa moeda tá parecendo um pênis! Isso é uma mensagem subliminar! Blá, blá, blá...

Eles tinham razão, mas não muito. A figura de um pênis é muito usada em mensagens subliminares, mas não foi esse o caso. Poderíamos dizer que essa foi uma mensagem subliminar não-intencional pois, mesmo parecendo um pênis, quem o fez não tinha a intenção de colocá-lo como mensagem subliminar ou talvez isso nem passou pela(s) cabeça(s) dessa(s) pessoa(s).





E está aí o mapa da Europa com os países que adotaram o Euro (os mesmos que estão na moeda) em destaque para comprovar isso. E não é que a Suécia parece mesmo um pênis?





Cuidado!

Muita mensagem subliminar pode estar por aí e você, mesmo já entretido no assunto, pode nem suspeitar dela. Por exemplo, programas de televisão. Nunca nem ouvi falar em alguma mensagem subliminar em algum programa de TV, mas isso não quer dizer que não pode haver alguma. Como exemplo, mostro imagens de um telejornal de uma televisão Espanhola, a TVE. Nesse caso, é um telejornal, um programa destinado a informar as pessoas mas, imagina se, em uma notícia importante como as eleições para presidente, num fundo onde aparecem e desaparecem palavras como notícias, eleições, esporte, política, economia, mundo, etc., apareçam palavras menores (mais difíceis de se ler) como vote, candidato tal, tal número, etc. Pode parecer difícil de se acontecer, mas não é impossível, não é?

No caso das figuras abaixo, não posso dizer se há alguma mensagem subliminar pois não tenho nenhuma informação sobre elas. Coloquei mais para servir de exemplo de como as mensagens subliminares podem ser aplicadas.





Aprenda

Quer fazer sua própria mensagem subliminar? Aqui está um exemplo bastante simples para você aprender. Não é exatamente mensagem subliminar pois dá pra perceber fácil a diferença de cores nas palavras, mas imagina se todas fossem de uma só cor, as palavras filho da puta, porco e mau caráter estariam escondidas, só apareceriam para o seu zeloso subconsciente, fazendo com que você associasse estas expressões sem questioná-las.





Um conto de fadas real

Grace Kelly, a diva eterna do cinema, viveu o que pode ser definido como um conto de fadas. Atriz bem-sucedida na sétima arte, tendo no currículo trabalhos com o grande cineasta Alfred Hitchcok, ela virou princesa de Mônaco e manteve-se no centro das atenções até sua trágica morte, num acidente de carro.

Grace (Grace Patricia Kelly) nasceu na Filadélfia, EUA, em 12 de novembro de 1929, e faleceu em Mônaco, em 14 de setembro de 1982. Depois de alguns trabalhos como modelo, estreou na Broadway em 1949. Em 1951, aos 22 anos, ela estreou no cinema com Fourteen Hours.

Grace na Jamaica - 1954
Demorou pouco para que a jovem se tornasse uma estrela de cinema. Em 1954, um ano depois de brilhar com Clark Gable e Ava Gardner em Mogambo (1953), ganhou o papel de protagonista no clássico suspense Disque M para Matar, de Alfred Hitchcok. Ainda em 54, novamente sob a direção de Hitchcok, ela deslanchou com outro clássico da telona: Janela Indiscreta.

A carreira meteórica e cheia de sucesso de Grace Kelly foi interrompida de forma espontânea depois que ela conheceu o príncipe Rainier, em 1955, ao ser convidada pelo governo francês para participar do festival de Cannes.

O conto de fadas se concretizou com o casamento dos dois. Rainier finalmente encontrou uma mulher, fato que garantiria a manutenção da independência de Mônaco após sua morte - sem herdeiros, o principado voltaria ao comando da França -, e Grace Kelly se casou com um pretendente que agradava aos pais.

Longe das telas, mas não dos holofotes, Grace, agora conhecida como Princesa Grace de Mônaco, teve três filhos com Rainier: Caroline (nascida em 1957), Albert (1958) e Stephanie (1965).

Apesar da vida de princesa em Mônaco, biógrafos e amigos relatam que a atriz não era muito feliz longe de casa e sentia falta da vida nos Estados Unidos.

Ciumento, Rainier determinou que os filmes da mulher fossem banidos do principado. O conto de fadas terminou em 14 de setembro de 1982, quando Grace Kelly morreu em um acidente de carro em Mônaco, aos 52 anos.

Muitos boatos cercam a sua morte. Uma das teorias sobre o acidente diz que Grace foi vítima de uma conspiração armada por tradicionalistas insatisfeitos pelo fato de uma estrangeira ser a primeira-dama do principado.

Fontes: Wikipedia - a enciclopédia livera; Notícias Terra - Grace Kelly, a atriz que virou princesa.

Pregos polêmicos

O documentarista Simcha Jacobovici afirmou que dois pregos encontrados numa tumba em Jerusalém podem ter sido usados na crucificação de Cristo, hipótese que foi criticada e causou polêmica entre especialistas em arqueologia.

Os objetos foram encontrados em 1990, durante uma escavação na região montanhosa de Armon Hanatziv, 6 quilômetros ao sul da cidade antiga de Jerusalém. A área agora possui um parque e prédios residenciais.

No local, estavam dois ossuários - caixas contendo restos mortais antigos -, ambos com a inscrição "Caifás", nome do sumo sacerdote de Jerusalém durante o período de Cristo.

Segundo a Bíblia, foi ele quem entregou Jesus ao governador romano Pôncio Pilates, para ser depois condenado à morte por crucificação. Os pregos estavam dentro de um dos ossuários.

Outros objetos foram encontrados dentro das caixas, como moedas, uma garrafa de perfume e um lampião. Os artigos foram levados a um laboratório na Universidade de Tel Aviv, onde passaram por estudos e ficaram guardados por cerca de 15 anos.

Para o documentarista, as autoridades israelenses não deram a importância devida aos pregos, que, segundo ele, teriam sido usados na crucificação e, anos depois, enterrados junto de Caifás por sua família.

O motivo disto, de acordo com o diretor, seria o fato do sacerdote ter mudado de ideia sobre Cristo após a cruficicação. Enterrar Caifás com os pregos seria uma maneira de dar-lhe proteção divina na vida após a morte.

Jacobovici considera as evidências "muito fortes", mas admite não ter 100% de certeza de que os pregos foram de fato utilizados para crucificar Cristo.

O assunto é tema de seu documentário Nails of the Cross ("Pregos da Cruz", em inglês), primeira parte de uma série chamada Jewish Secrets of Christianity ("Segredos Judeus do Cristianismo"), a ser transmitida por uma rede de TV israelense.

Nascido em Israel e criado no Canadá, Jacobovici é autor de diversos filmes e programas de TV em que explora assuntos relacionados à arqueologia e à história, como a série The Naked Archaeologist, transmitida pelo canal History Channel.

Alguns documentários de Jacobovici sofreram críticas por sua suposta falta de apuro científico. Um deles foi The Lost Tomb of Jesus ("A Tumba Perdida de Jesus"), que afirma que a família de Jesus estaria enterrada em uma tumba próxima à cidade antiga de Jerusalém.

A Autoridade de Antiguidades de Israel, órgão que supervisionou as escavações em 1990, afirma que pregos são frequentemente encontrados em tumbas na região.

A entidade diz, segundo a agência Reuters, que o filme de Jacobovici é "interessante", mas a sua interpretação sobre os pregos é "fantasiosa". O órgão afirma ainda que "Caifás" era um nome comum à época, e que não há provas de que os ossuários contêm os restos do sacerdote.

O documentarista, citado pela agência Xinhua, contesta a Autoridade e diz que o nome era incomum, o que faz com que as caixas de ossos sejam de fato do religioso que entregou Cristo a Pilates.

Já Zvi Greenhut, da Autoridade de Antiguidades de Israel, que foi responsável pela escavação em Armon Hanatziv, negou, em entrevista à rede CNN, que os pregos que estão na Universidade de Tel Aviv sejam os mesmo que ele desenterrou.

Greenhut disse ainda que considera as teses de Jacobovici “imaginativas”.

Fonte: Último Segundo - IG, de 13/4/2011.

A bela e desobediente Leila Diniz


Leila Diniz (Leila Roque Diniz), atriz, nasceu em Niterói, RJ, em 25/3/1945, e faleceu em Nova Delhi, Índia, em 14/7/1972. Passou a maior parte de sua vida em Niterói. Depois formou-se em magistério e foi ser professora de jardim de infância num subúrbio carioca.

Aos dezessete anos de idade conheceu o seu primeiro amor: o cineasta Domingos Oliveira e casou-se com ele. O relacionamento durou apenas três anos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de trabalhar como atriz.

Primeiro estreou no teatro e logo depois passou a trabalhar na Globo fazendo telenovelas. Mais tarde, casou-se com o moçambicano e diretor de cinema, Rui Guerra, com quem teve uma filha, Janaína.

Participou de quatorze filmes (que quase não são exibidos), doze telenovelas e muitas peças teatrais. Ganhou na Austrália o premio de melhor atriz com o filme Mãos Vazias.

Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquine sem nenhum pudor, e chocou o país inteiro ao proferir a frase: " Trepo de manhã, de tarde e de noite".

Era uma mulher a frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções. Foi invejada e criticada pela sociedade machista das décadas de sessenta e setenta. Era mal-vista pela direita opressora, difamada pela esquerda ultra-radical e tida como vulgar pelas mulheres de sua época.


Além de ser jovem e bonita, Leila era uma mulher de atitude. Falava de sua vida pessoal sem nenhum tipo de vergonha ou constrangimento Concedeu diversas entrevistas marcantes à imprensa, mas a que causou um grande furor no país foi a entrevista que deu ao Pasquim em 1969. Nessa entrevista, ela a cada trecho falava palavrões que eram substituídos por asteriscos, e ainda disse: 

"Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo". 

Nos dias atuais, essa frase soaria mais que normal aos nossos ouvidos, mas é preciso lembrar que Leila a proferiu numa época em que se defendia cegamente a " a moral e os bons costumes".

O exemplar mais vendido do Pasquim foi justamente esse onde houve a publicação da entrevista da atriz carioca. E foi também após essa publicação que foi instaurada a censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz. Perseguida pele polícia política, Leila ficou escondida na casa do colega de trabalho e apresentador Flávio Cavalcanti.

Morreu num desastre de  no dia 14 de julho de 1972, aos vinte e sete anos, no auge de sua fama, quando voltava de uma viagem a Austrália. Um primo e advogado se dirigiu à Nova Delhi, Índia, local do desastre, para tratar da morte da atriz. Acabou encontrando um diário onde continha diversas anotações e uma última frase, que provavelmente estava se referindo ao acidente: " Está acontecendo alguma coisa muito es..."

Leila Diniz, "A Mulher de Ipanema", defensora do amor livre e do prazer sexual é sempre lembrada como símbolo da revolução feminina ocorrida na década de sessenta.

Fontes: Wikipedia; Legado / Leila Diniz / Biografia. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A mensagem

Um amigo nosso, comandante da VASP, conta-me a estranha mensagem recebida por um piloto americano durante uma aterrissagem.

O avião da companhia norte-americana sobrevoava a Bahia, a caminho do Rio, quando um defeito no motor obrigou o piloto a providenciar uma aterrissagem no aeroporto mais próximo possível.

Na Bahia, justamente na pequena cidade de Barreiras, existe uma pista de emergência (se é que se pode chamar aquilo de pista) para os aviões das linhas internacionais. Raramente é usada, mas era a mais próxima da rota do avião. Assim, o piloto não teve dúvidas. A situação dele estava muito mais pra urubu do que pra colibri. O negócio era mesmo se mandar para Barreiras.

Pediu pouso durante certo tempo, dirigindo-se à Rádio local em inglês. A resposta demorou um pouco, mas acabou vindo. Alguém, com forte sotaque nordestino, falando um inglês arrevesado e misturado com palavras em português, respondia que estava ouvindo e aconselhava o comandante a procurar outro local para aterrissagem.

Há dias estava chovendo em Barreiras e a pista se achava em péssimo estado.

O piloto, sem outra alternativa, insistiu em pousar assim mesmo, e tornou a pedir instruções, ouvindo-se lá a voz a dizer que estava bem, mas que não se responsabilizava pelo que desse e viesse.

Acontece porém que isso foi dito com outras palavras, ainda num misto de português e inglês. Assim:

- Ok. You land. But se der bode, I'il take my body out.

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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio.htm

domingo, 19 de junho de 2011

Caminho das praias

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Eis um exercício que intencionava a perda de um quilinho distraído (ou apenas algumas gramas, sei lá): uma caminhada, nesta tarde de sol meio apagado, na Beira-Rio, bem ali no popular "Saco da Fazenda", atravessando a ponte Ernesto Schneider com destino ao tradicional balneário itajaiense de Cabeçudas.

Debaixo da citada ponte corria, faz uns 60 anos, um riacho de águas límpidas, onde segundo uma história de meu pai, foi encontrado um filhote de jacaré. Hoje é mais um "canal" de águas fétidas. Mas isso acontece em todos os lugares, não é?

A rua de acesso às praias mais urbanas da cidade de Itajaí, como Atalaia, Geremias e Cabeçudas, apresenta um magnífico cenário para quem tem o privilégio de caminhar pela linda orla marítima papa-siri .

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Vista da praia da Atalaia e dos molhes e Farol no fundo


Antes da Praia da Atalaia investigamos o movimento nos molhes da Barra e do Farol, que é um grande e extenso amontoado de rochas que protege a foz do Rio Itajaí das turbulentas águas marítimas. Lá estava o meu amigo Valdemar. Quanto tempo, hein, Valdemar?

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Passamos pelo exótico "Bico do Papagaio" esculpido aleatoriamente pela explosão das rochas para abertura de estrada, localizado na praia do Geremias, próximo ao Balneário de Cabeçudas, onde seu formato curioso desperta a atenção de seus visitantes. Adentrei a pequena e familiar praia de Geremias: tantas lembranças de minha infância!

Finalmente chegamos à Cabeçudas. Um balneário que retrata todo o charme e elegância do local, sendo totalmente urbanizada e cercada por belas casas. Será que temos ainda fôlego, agora, para voltarmos?

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A pequena e plácida Geremias de minha infância

sábado, 18 de junho de 2011

Inferno nacional

A historinha abaixo transcrita surgiu no folclore de Belo Horizonte e foi contada lá, numa versão política. Não é o nosso caso. Vai contada aqui no seu mais puro estilo folclórico, sem maiores rodeios.

Diz que uma vez um camarada que abotoou o paletó. Em vida o falecido foi muito dado à falcatrua, chegou a ser candidato a vereador pelo PTB, foi diretor de instituto de previdência, foi amigo do Tenório, enfim... ao morrer nem conversou: foi direto ao Inferno. Em chegando lá, pediu audiência a Satanás e perguntou:

- Qual é o lance aqui? Satanás explicou que o inferno estava dividido em diversos departamentos, cada um administrado por um país, mas o falecido não precisava ficar no departamento administrado pelo seu país de origem. Podia ficar no departamento do país quer escolhesse. Ele agradeceu muito e disse a Satanás que ia dar uma voltinha para escolher o seu departamento.

Está claro que saiu do gabinete do Diabo e foi logo para o departamento dos Estados Unidos, achando que lá devia ser mais organizado o inferninho que lhe caberia para toda a eternidade. Entrou no departamento dos Estados Unidos e perguntou como era o regime ali.

- Quinhentas chibatadas pela manhã, depois passar duas horas num forno de duzentos graus. Na parte da tarde: ficar numa geladeira de cem graus abaixo de zero até as três horas, e voltar ao forno de duzentos graus.

O falecido ficou besta e tratou de cair fora, em busca de um departamento menos rigoroso. Esteve no da Rússia, no do Japão, no da França, mas era tudo a mesma coisa. Foi aí que lhe informaram que tudo era igual: a divisão em departamento era apenas para facilitar o serviço no Inferno, mas em todo lugar o regime era o mesmo: quinhentas chibatadas pela manhã, forno de duzentos graus durante o dia e geladeira de cem graus abaixo de zero, pela tarde.

O falecido já caminhava desconsolado por uma rua infernal, quando viu um departamento escrito na porta: Brasil. E notou que a fila à entrada era maior do que a dos outros departamentos. Pensou com suas chaminhas: "Aqui tem peixe por debaixo do angu". Entrou na fila e começou a chatear o camarada da frente, perguntando por que a fila era maior e os enfileirados menos tristes. O camarada da frente fingia que não ouvia, mas ele tanto insistiu que o outro, com medo de chamarem atenção, disse baixinho:

- Fica na moita, e não espalha não. O forno daqui está quebrado e a geladeira anda meio enguiçada. Não dá mais de trinta e cinco graus por dia.

- E as quinhentas chibatadas? - perguntou o falecido.

- Ah... O sujeito desse serviço vem aqui de manhã, assina o ponto e cai fora. 
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: http://www.casadobruxo.com.br/poesia/s/sergio.htm

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Guaraná Jesus

Tempos atrás, eu ouvi a história de um comerciante que resolveu revender o Guaraná Jesus em São Paulo. Trata-se de um refrigerante cor-de-rosa, com leve sabor de cravo e canela que é uma marca de grande sucesso de vendas no Maranhão.

Segundo consta, a fórmula da bebida foi criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes que, por ironia do destino, teria sido ateu e foi excomungado após uma agressão física contra um padre. 

Originalmente, Norberto visava finalidades medicinais, assim como o farmacêutico John Pemberton, criador da formula do refrigerante Coca-Cola®. Consta que o guaraná deveria servir para os males do estômago, assim como à Coca-Cola® deveria agir no alivio de dores de cabeça.

Não se abatendo com o fracasso da proposta medicinal, Norberto usou o xarope para produzir uma bebida para os netos. A aceitação foi tanta que a bebida extrapolou os limites familiares para cair nas graças dos consumidores maranhenses.

O Guaraná Jesus ganhou o mercado local sem precisar de vultosas campanhas publicitárias ao seu redor. Sob os slogans "O Sonho Cor-De-Rosa", "Abençoe sua sede!", "Guaraná Jesus, porque nem só de pão vive o Homem" e "Fé no estômago", a bebida, literalmente, obteve a aprovação do gosto popular.

Em 2001, ele foi incorporado pela The Coca-Cola Company que intencionava extinguir a marca por competir vitoriosamente contra o produto americano. A multinacional seguia à risca a estratégia de comprar e fechar as fábricas concorrentes ao redor do mundo com a conivência dos governos de onde estava instalada.

O caso do Maranhão é atípico porque a resposta dos maranhenses foi organizar um boicote à compra de Coca-Cola®. O mote "Volta Jesus!" deu voz ao protesto e o governo do Maranhão interferiu, proibindo o fechamento da fábrica. Diante disso, a Coca-Cola teve que ceder e recolocar o refrigerante no mercado. Porém, restringiu a sua distribuição àquele estado.

Voltando ao comerciante paulistano, ao tomar contato com a marca, ele apostou na ideia de ir à porta das Igrejas e vender para os evangélicos. Sua estratégia de vendas foi descrita através da seguinte cena:

- Irmão, você aceita "Jesus" na sua vida?
- Sim, eu a-aceito! - responde o irmão meio embaraçado.
- Irmão, você aceita deixar que "Jesus" entre dentro de você para saciar a sua sede?
- S-s-sim...
- Então: toma "Jesus", irmão! - diz, entregando uma amostra para degustação.

Essa história serve apenas para ilustrar um artifício comercial e não está sendo narrada para condenar a atitude do negociante que fez uma associação bastante lógica e anedótica para encontrar o seu nicho de mercado. A reação natural deveria ser o riso, sem qualquer sentimento de indignação, pois o Guaraná Jesus é somente um produto que obteve grande sucesso através da coincidência dos nomes e a popularidade do Filho de Deus.

Fonte:  http://midiailluminati.blogspot.com/2011/01/o-nome-de-jesus.html

A platinada Carroll Baker

Carroll Baker (Karolina Piekarski), atriz,  nasceu em Johnstown, Pennsylvania, em 28 de maio de 1931. Descendente de poloneses era filha de um vendedor ambulante. Freqüentou a faculdade local durante um ano, abandonando para seguir carreira como dançarina.

Após um rápido casamento, fez uma pequena participação em Easy to Love (1953), comerciais de tv e peças da Broadway.

Estudou no Actors Studio. Loira, foi uma das atrizes colocadas para rivalizar com a bela Marilyn Monroe.

Casou-se com o diretor Jack Garfein, com quem teve uma filha, Blanche Baker. Em 1982 casou-se com Donald Burton.

Dentre seus filmes de destaque, podemos citar Giant (1956), Baby Doll (1956), The Carpetbaggers (1964) e Harlow (1965).

Carroll também fez filmes na Espanha, Alemanha, México e Inglaterra. Teve inúmeras brigas com a Warner Bross e ela se negou a fazer alguns filmes para a companhia, dentre estes, Devil's Disciple (1959).


Filmografia

•  Another Woman's Husband (2000) (TV)
•  Nowhere to Go (1998)
•  Heart Full of Rain (1997) (TV)
•  The Game (1997)
•  North Shore Fish (1997) (TV)
•  Skeletons (1997) (TV)
•  Rag and Bone (1997) (TV)
•  La signora della città (1996) (TV)
•  Dalva (1996) (TV)
•  Im Sog des Bösen (1995)
•  A Kiss to Die For (1993) (TV)
•  Men Don't Tell (1993) (TV)
•  Judgment Day: The John List Story (1993) (TV)
•  Jackpot (1992)
•  Gipsy Angel (1992)
•  Blonde Fist (1991)
•  Kindergarten Cop (1990)
•  Ironweed (1987)
•  On Fire (1987) (TV)
•  Native Son (1986)
•  What Mad Pursuit? (1985) (TV)
•  Hitler's S.S.: Portrait in Evil (1985) (TV)
•  The Secret Diary of Sigmund Freud (1984)
•  Red Monarch (1983) (TV)
•  Star 80 (1983)
•  The Watcher in the Woods (1980)
•  Las flores del vicio (1979)
•  The World Is Full of Married Men (1979)
•  Bad (1977)
•  Zerschossene Träume (1976)
•  La moglie di mio padre (1976)
•  Ab morgen sind wir reich und ehrlich (1976)
•  La moglie vergine (1975)
•  Lezioni private (1975)
•  Il corpo (1974)
•  Il fiore dai petali d'acciaio (1973)
•  Baba Yaga (1973)
•  Il coltello di ghiaccio (1972)
•  Il diavolo a sette facce (1971)
•  Captain Apache (1971)
•  La última señora Anderson (1971)
•  Paranoia (1970)
•  Così dolce... così perversa (1969)
•  Orgasmo (1969)
•  Il dolce corpo di Deborah (1968)
•  L'harem (1967)
•  Harlow (1965)
•  Mister Moses (1965)
•  The Greatest Story Ever Told (1965)
•  Cheyenne Autumn (1964)
•  The Carpetbaggers - Os Insaciáveis (1964)
•  Station Six-Sahara (1962)
•  A Conquista do Oeste (1962)
•  Something Wild (1961)
•  Bridge to the Sun (1961)
•  The Miracle (1959)
•  Beijos que não se esquecem (1959)
•  The Big Country (1958)
•  Baby Doll - Boneca de carne (1956)
•  Assim Caminha a Humanidade (1956)
•  Fácil de Amar (1953)

Fonte: Wikipedia; Carroll Baker - Cinema Clássico.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Adúlteros em cana

Foi noutro dia, num prédio da Rua Barata Ri­beiro. Quando chegou a Polícia, naquela viatura da Po­lícia Secreta Portuguesa, que quando encosta no meio-fio todo mundo manja, os vagabundos que circulavam pela redondeza pararam logo para ver o bicho que ia dar. Que qui foi, que qui não foi - ficou-se sabendo que era um marido cretino, interessado em dar flagrante de adultério na mulher. Ora, uma bossa dessas dá mais renda que Fla-Flu.

Enquanto as autoridades subiam em companhia do cocoroca enganado, juntou mais gente em baixo que mosca em banheiro de botequim. E foi aí que a nossa re­portagem descobriu um fato interessante na psicologia das multidões: tava todo mundo torcendo pela adúltera.

Quando ela apareceu no asfalto, nervosa e pálida, foi aque­la salva de palmas, consagradora. Ao passo que o marido apontado por um dos circunstantes com o grito esclare­cedor de "o corno é aquele ali", foi saudado com uma vaia firme e de certa forma surpreendente.

Mas isto deixa pra lá. Eu só contei porque o episódio me pareceu deveras interessante, e dele me lembrei por causa da notícia que acabo de ler aqui no jornal. É sobre o novo código penal na Argélia. Aqui no Brasil, entre as muitas reformas que a "redentora" prometeu e que não fez ainda, estava incluída a do Código Penal. Daí, eu me interessei pelo que o jornal dizia; principalmente por este trecho:

"O adultério tornou-se ontem um crime sob a lei argelina; e a mulher será punida duas vezes mais forte­mente que o homem. O novo Código Penal dispõe que a mulher que cometer o adultério é passível de dois anos de prisão. Já para o homem a pena máxima é de um ano. O novo código pune ainda o homossexualismo com uma pena de três anos de prisão".

Está aí um troço que aquela turma daquela tarde, na Rua Barata Ribeiro ia vaiar na certa. Por que metade da pena para o homem, se para o pecado do adultério são precisos um homem e uma mulher? Ora, numa disputa dessas é muito difícil dizer qual dos dois está pecando mais.

Desconfio que o código argelino está injusto. E sa­bem por quê? Primo Altamirando, quando leu a notícia, elogiou muito e ainda me chamou a atenção para o deta­lhe dos três anos, que pega o bicharoca na Argélia. E com aquela desfaçatez peculiar ao seu deformado caráter, co­mentou:

— "Coitada da adúltera que se meter com uma bicha lá na Argélia. Vai pegar cinco anos de cana. Dois de adul­tério e três de frescura".

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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. —  Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Mercado Público de Florianópolis

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O prédio que hoje abriga o Mercado Público da capital catarinense, foi construído em frente à Alfândega no ano de 1898, em substituição ao antigo mercado, o qual foi demolido em 1896 após 45 anos de funcionamento.

O antigo mercado teve sua origem em barracas e quitandas construídas pelo governo da Capitania de Santa Catarina, provavelmente no fim do século XVIII. Estas barracas e quitandas eram alugadas por pequenos comerciantes. O aluguel era recebido primeiramente pelo governo da capitania, e após a Independência do Brasil, pela governo da Província.

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O Mercado Público era o local onde os pequenos comerciantes da ilha de Santa Catarina, e litoral próximo (São José da Terra Firme e São Miguel da Terra Firme), vendiam peixe, carne de sol, feijão, arroz, mandioca, hortaliças, drogas do sertão, comidas preparadas na hora, dentre outros produtos.

As pessoas que vendiam produtos eram em sua maioria escravos de ganho, forros e brancos pobres. Os principais freqüentadores do comércio eram escravos, forros, marinheiros, militares, viajantes e a população local, em geral.

Em 1838, o governo da província autorizou a construção de uma Praça de Mercado, que deveria ficar entre as ruas Livramento e Ouvidor, em um local de terreno de marinha, fora do Largo da Matriz.

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Dois grupos políticos locais entraram em disputa pela escolha do local que o Mercado Público deveria ser construído. Por um lado, os grandes comerciantes locais queriam que as barracas continuassem no Largo da Matriz. O motivo era que a localização das barracas e quitandas atraia clientes para suas lojas, que ficavam na rua do comércio, atual Conselheiro Mafra. A maioria destes grandes comerciantes tinhas familiares em todas as irmandades religiosas encontradas na Ilha de Santa Catarina.

O outro grupo político era formado por pessoas que moravam em outros lugares da Ilha, de outras províncias, ou mesmo de outros países. Muitos pertenciam a loja maçônica Concórdia, e a Sociedade Patriótica, ambas fundadas por Jeronymo Coelho em Desterro. Estes desejavam instalar as barracas e quitandas fora do perímetro urbano, próximo a Ponte do Vinagre.

Em 1845, a visita de Dom Pedro II e do Bispo do Rio de Janeiro levou a Câmara de Desterro a aprovar a mudança de lugar das barracas e quitandas. O centro urbano foi higienizado, e as barraquinhas foram removidas para as proximidades do Largo Santa Bárbara, junto à Ponte do Vinagre, fora do perímetro urbano.

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Os grandes comerciantes desejavam que as barracas e quitandas voltassem para o Largo da Matriz, enquanto os maçônicos e a Sociedade Patriótica desejavam que continuassem perto da Ponte do Vinagre.

Esta disputa, por fim, deu origem ao Partido Conservador catarinense, dos grandes comerciantes locais, e o Partido Liberal catarinense, que pertencia principalmente aos maçônicos e aos grupos associados na Sociedade Patriótica.

Por fim, o primeiro prédio do Mercado Público foi construído em 1851, situava-se ao sul do Largo da Matriz, junto ao mar. Em 5 de fevereiro de 1899, o prédio foi transferido para a localização atual, na época também à beira-mar, possuindo apenas uma ala.

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A segunda ala só veio a ser entregue em 24 de janeiro de 1931, construída sobre um aterro, assim como as pontes de ligação e o vão central. O conjunto arquitetônico tem a sua configuração atual desde 1932, com a reinauguração da primeira ala. Atualmente, devido à construção de uma grande aterro na Baía Sul, o edíficio encontra-se longe do mar.

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Em 19 de agosto de 2005, uma fritadeira elétrica com óleo vegetal deu início à queima de toda a ala norte do Mercado Público de Florianópolis. Os bombeiros foram acionados e em cinco minutos estavam no local, mas não foi possível salvar a ala, que foi reformada por um consórcio entre a prefeitura e o governo do estado e está em uso novamente.

O mercado já havia sofrido um incêndio em 6 de junho de 1988, ocasionado por um vazamento de gás, durante um processo de reforma.
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Fontes: Wikipédia; Guia Floripa - Referências: CABRAL, Oswaldo R. História de Santa Catarina. 3ª ed, Florianópolis; Lunardelli, 1987; COELHO, Joaquim D´Almeida. Memória Histórica da Província de Santa Catarina. 2ª Ed., Desterro. Tipografia de J.J. Lopes, 1877; DIAS, Thiago Cancelier. Questão Religiosa Catarinense: as disputas pelos direito de instruir (1843-1864). Florianópolis; Dissertação (UFSC), 2008; LANER, Carla. Emanações Perniciosas Moralidade Corrosiva: Os desdobramentos do discurso científico no centro urbano de Nossa Senhora do Desterro. (1831-1864). Florianópolis; Dissertação (UFSC), 2006; MESQUITA, Ricardo Moreira de. Mercado: do Mané ao Turista. Ed. do autor, 2002; Piazza, Walter: Dicionário político catarinense. Florianópolis: Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, 1994.

Barão de Itararé

Barão de Itararé era o pseudônimo do jornalista e humorista Aparicio Torelly, cujas sátiras políticas marcaram a primeira metade do século XX. Nascido em viagem ao Uruguai, era filho de um federalista revolucionário gaúcho, neto de americano e tornou-se um famoso humorista da imprensa da década de 20.

Em 1919, abandonou a Faculdade de Medicina para atender a conferências humorísticas, lançando no mesmo ano o livro "Versos Diversos". Em 1925, trabalhava em O Globo, Diário da Noite e A Manhã, neste último com a seção Amanhã Tem Mais. Devido as suas sátiras políticas, chegou a ser preso diversas vezes na época de Getulio Vargas.

Em 1946, fundou A Manha, um semanário ornamentado com caricaturas humorísticas e tendo como slogan, um órgão de ataque... de riso. O desenho do título era idêntico ao da A Manhã, sem o til. Ele o chamava de o quintaferino que saía às sextas e como estava em vigor o racionamento do troco, por causa da guerra, custava exatamente um passe de bonde. Tratava-se de uma crítica cômica aos jornais da época, contendo semelhantes, como conselho fiscal, consultor jurídico, cartomante própria para as profecias do fim do ano, sempre assinadas com nomes de políticos de então, sob a forma de trocadilhos. Tinha também uma página literária, Arte &  Manha, outra para a cobertura internacional, além do noticiário policial e esportivo. Nasceu em 1926, em prédio impróprio, interrompeu sua tiragem entre 1930 e 1946, devido à prisão do proprietário.

Foi nessa particular ocasião em que o Barão tornou-se companheiro de Graciliano Ramos no presídio da rua Frei Caneca, no Rio de Janeiro. Em "Memórias do Cárcere", há uma referência ao humorista. Considerado inquietante para os políticos, o jornal acabou encerrando sua carreira em 1957. Em 1989, era reeditado o Almanaque para o primeiro semestre de 1955, um grosso volume de artigos, contos e ditados escrito no tom dos antigos almanaques que se distribuíam em farmácias.

Itararé passou a ocupar um lugar de honra na imprensa brasileira e, de sua história, pode-se destacar trechos memoráveis:

- As tropas legalistas tomaram Parati e evacuaram Pedregulho (Revolução de 30)
- A Mulher deve casar. O homem, não.
- É Melhor dois marimbondos voando que um na mão.
- Quando pobre come frango, um dos dois está doente.
- O que se leva desta vida é a vida que a gente leva.
- A liberdade é como os artigos de natal. Não tem preço fixo.

O jornalista faleceu aos 76 anos, em 27 de novembro de 1971.

Fonte: Barão de Itararé no Memorial da Fama.

O analfabeto e a professora

Foi quando abriram a escolinha para alfabetização de adultos, ali no Catumbi, que a Ioná resolveu cola­borar. Essas coisas funcionam muito na base da boa von­tade, porque alfabetizar adultos, nunca preocupou muito o Governo.

No Brasil, geralmente, quando o camarada che­ga a um posto governamental, acha logo que todos os problemas estão resolvidos, sem perceber que — ao ocu­par o posto - os problemas que ele resolveu foram os dele e não os do País. Mas isto deixa pra lá.

Eu falava no caso da Ioná. Quando inauguraram o curso de alfabetização de adultos no Catumbi, os bene­méritos fundadores andaram catando gente para ensinar, e entre os catados estava um padre, que era muito bonzinho e muito amigo da família da Ioná. O piedoso sacerdo­te sabia que ela tinha um curso de professora tirado na PUC, e só não professorava porque tinha ficado noiva.

Mas depois — isto eu estou contando pra vocês porque todo mundo sabe, portanto não é fofoca não — a Ioná desmanchou o noivado. Ela era uma moça moderna e viu que o casamento não ia dar certo; o noivo era muito qua­drado, embora para certas coisas fosse redondíssimo.

Enfim, a Ioná tinha o curso mas não usava pra nada, e aí o padre perguntou se ela não queria ser também pro­fessora no Curso de Alfabetização de Adultos do Catum­bi. Ela topou a coisa, e as aulas começaram.

No início eram poucos alunos, mas depois houve muito analfabeto interessado, e o curso se tornou bem mais animado. Uns dizem que esse aumento de interesse foi por causa da administração bem feita, outros - mais realistas, talvez - acharam que o aumento de interesse foi por causa da Ioná, que também era muito bem feita.

Professora certinha tava ali. Tamanho universal, sem­pre risonha, corpinho firme, muito afável, e um palmo de rosto que a gente olhando de repente lembrava muito a Cláudia Cardinale. Além disso, ela ensinava mesmo. Seus alunos, para impressioná-la, caprichavam nos estudos, e sua turma tornou-se em pouco tempo a mais adiantada de todas.

Só um aluno era o fim da picada. Sujeito burro e duro de cabeça. Era um rapaz até muito bem apessoado, alto, louro, que trabalhava numa fábrica de tecidos. Chamava-se Rogério, era esforçado, educado, mas não conseguia ler a letra "o" escrita num papel. A turma se adiantando e ele ficando para trás. Ioná tinha pena dele, mas não sabia mais o que fazer, até que uma noite (os cursos eram no­turnos) ela fez ver ao Rogério que assim não podia ser, e ele ficou tão triste que a Ioná sentiu pena e perguntou se ele não queria que ela lhe desse umas aulas particulares.

— Seria bom sim - ele falou. E, então, sempre que terminavam as aulas, aluno e professora seguiam para a casa dela para repassarem os estudos da noite. Era um caso curioso o desse aluno, que se mostrava tão esperto, tão comunicativo, mas que não conseguia vencer as li­ções da cartilha. O livro aberto na frente dele e ele sem saber se foi Eva que viu a uva ou se foi vovô que viu o ovo.

Mas, justiça se faça, com as aulas particulares Rogé­rio melhorou um pouquinho. Não o suficiente para acompanhar o adiantamento da turma, mas — pelo menos — já soletrava mais ou menos.

Nesta altura o CAAC — Curso de Alfabetização de Adultos do Catumbi — já progredira a ponto de se tornar uma escola oficializada, e a Ioná estava tão interessada no Rogério que tinha noite até que ele ficava pra dormir.

Quando chegou o dia das provas e iam lá o inspetor de ensino e outras autoridades pedagógicas, Ioná foi informada do evento e ficou nervosíssima. Disse para o seu aluno favorito que era preciso dar um jeito, que ele ia ser a vergonha da turma, etc. Ele pegou e falou pra ela que pra decorar era bonzinho e, se ela fosse lendo para ele, decoraria tudo.

Claro que a Ioná não levou muita fé no arranjo, mas como era o único, aceitou. Na noite das provas o Rogério esteve brilhante e parecia mesmo que decorara aquilo tudo. Ela ficou orgulhosíssima e, mais tarde, já em casa, enquanto desabotoava o vestido, perguntou:

— Puxa, como é que você conseguiu decorar aquilo tudo, querido, tendo trabalhado na fábrica o dia inteiro?

— Eu não trabalhei não. Eu telefonei para o meu pai e disse que não ia.

— O quê ??? Seu pai é o presidente da fábrica?

— E eu sou o vice.

Ela ficou besta: - Quer dizer que você já sabia ler... escrever...

— Desde os cinco anos, neguinha!
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Por: Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. —  Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Como surgiu o biquini

Michelini Bernardini
Em 1946, Louis Réard fez pela moda praia uma verdadeira bomba atômica quando “batizou” uma peça de roupa de banho de “biquíni”, nome inspirado no Atol de Bikini, localizado no Oceano Pacífico.

Os testes da bomba atômica foram realizados cinco dias antes. Depois do fim da Segunda Guerra Mundial, era o grande acontecimento na época, e acabou sendo inspiração para o nome das invenções do engenheiro francês que cuidava do atelier de sua mãe.

Réard se inspirou no local de teste das bombas, o atol de Bikini, no sul do Pacífico, para batizar sua invenção, menor ainda do que a de Heim (por isso acabou se dando melhor e o biquíni estourou no mundo da moda como uma bomba atômica).

Pela origem latina do nome, parece não ter tido escolha mais perfeita para o nome: BI significa “dois” e KINI quer dizer “polegadas quadradas de Lycra”.

A sua idéia era tão desafiante que quando apareceu apenas poucas mulheres tiveram coragem de se exibir usando o biquíni. Quem teve de divulgar a nova sensação foi Micheline Bernardini, dançarina do Cassino do Paris (acostumada a se apresentar em panos mínimos nos musicais noturnos da casa).

Brigitte Bardot em Saint Tropez.
Em 1956, a francesa Brigitte Bardot imortalizou o traje no filme “E Deus Criou a Mulher”, ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos.

O biquíni sofreu proibições em várias partes do mundo e inclusive no Brasil. O tempo foi passando, o biquíni diminuindo de tamanho e nos anos 1960 surge uma peça denominada “engana mamãe”, que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, um perfeito biquíni.

Mas foi no início dos 1970, que um novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu para mudar o cenário e conquistar o mundo - a famosa tanga.


Fonte: http://kvinnas.fashionblog.com.br/2/#

domingo, 12 de junho de 2011

Não sou uma qualquer!

Ela notou que ele estava meio bronqueado por causa das respostas monossilábicas que dava às suas per­guntas. Conhecia-o muito bem. Quando ele ficava emburrado para falar é porque estava com minhoca na cuca.

— Que é que há, meu bem? Você está meio chateado! Ele não respondeu logo. Meteu um suspensezinho legal, puxando uma tragada forte do cigarro. Depois ca­minhou até o armário da sala, tirou uma garrafa de uísque e deu aquele gole prolongado no mais belo e ultrapassa­do estilo Humphrey Bogart. Depois sentou-se na poltro­na, cruzou as pernas e disse:

— ... É andaram me buzinando aí umas coisas.

— A meu respeito? — e ela espalmou a mão sobre o cobiçado busto.

Novo silêncio, e a distinta, muito preocupada, levan­tou-se de onde estava e foi se aninhar no colo dele. Fez vozinha de criança:

— Meu queridinho, conta pra ela, vá! Deve ser mais uma fofoca dessa gente, mas é melhor você contar logo pra ela, sabe? Assim a gente tira logo as dúvidas. Não gosto de ver o meu querido zangado não - e começou a enfi­ar os dedos esguios e bem tratados pelos cabelos dele.

O cara suspirou, todo despenteado, e foi soltando o que tinham contado pra ele. Tinha sido na noite de apre­sentação do Charles Aznavour, no Copacabana Palace, a mais recente badalação de grã-fino com renda para ex­cepcionais. Agora a moda é esta: tudo o que é festa de grã-fino é para dar renda para excepcionais, pois ninguém é mais excepcional do que um grã-fino.

Ela tinha ido à tal apresentação do cantor francês e fizera muito sucesso. A Léa Maria deu até uma nota no Caderno B, dizendo que ela estava um show. De fato (enquanto ele falava ela ia se recordando), o seu vestido opart, com mini-saia, foi um sucesso. Era daquela saia que, quando a mulher senta, a saia some e aparece o que a saia tinha obrigação de fazer sumir. Um fenômeno da eleva­ção dos costumes — como diz a veneranda Tia Zulmira.

— Me disseram que você flertou a noite toda — o cara falou.

Ela esticou-se, ainda sentada em suas pernas. Outra vez a mão espalmada sobre o cobiçado busto:

- Eu ???

Ele ratificou. Ela mesma. Tinham contado pra ele que ela dançara de rosto colado com um tal de Collatini.

— Cola aonde? — perguntou ela.

— Collatini.

Ela ficou indignada. De fato, os Collatini, de São Pau­lo, estavam na mesa dela, mas isto era uma infâmia. Imagi­nem, logo quem? O Collatini, aquele velhote. De maneira nenhuma. De mais a mais, a Bequinha, mulher do Collati­ni, era sua amiga de infância. Essa gente é assim mesmo. Quando não tem nada para comentar sobre uma mulher... inventa. Dela eles não podiam dizer nada, tá bem? Absolutamente nada.

Nunca deu margem para falatório nenhum. Pelo contrário: procurava se portar em público — aliás, procurava se portar em qualquer lugar, ora esta! - com a máxima dignidade, justamente por isso. Porque sabia que essa gente de sociedade é fogo; não pode ver uma mulher bonita fora da panelinha desses cretinos, que começa logo a tentar descobrir coisas, para fazer dos outros gente igual a eles. É isto mesmo: falam só para justificar a vida que levam, esses amorais. Mas com ela não.

— Comigo não — repetia indignada: — Eu não sou uma qualquer!

Ele, impressionado com a reação dela, puxou-a para o seu regaço. Deu-lhe mais um beijo e falou baixinho que sabia disso, sabia que ela não era uma qualquer.

Pouco depois ela se levantava do colo dele, ia até o banheiro: ajeitou-se, pintou-se e de lá mesmo perguntou:

— Meu be-em! Que horas são?

— Quase seis! — respondeu o cara.

Ela veio espavorida lá de dentro, deu-lhe um beiji­nho rápido, apanhou uns embrulhinhos de compras que deixara sobre a mesa, quando chegara, e despediu-se:

— Tchau, querido! Deixa eu correr se não meu mari­do me mata!

E foi embora.

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Por:  Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

Fonte: FEBEAPÁ 1: primeiro festival de besteira que assola o país / Stanislaw Ponte Preta; prefácio e ilustração de Jaguar. — 12. ed. — Rio de Janeiro; Civilização Brasileira, 1996.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Interpraias

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Praia do Estaleiro - Bal. Camboriú SC - 05/06/2011

Inaugurada oficialmente em julho de 2001, a Linha de Acesso às Praias – Interpraias – é mais um dos grandes atrativos turísticos de Balneário Camboriú.

A rodovia interliga o Bairro da Barra, passando as praias de Laranjeiras, Taquarinhas, Taquaras, Pinho, Estaleiro e Estaleirinho num total de 16,5 quilômetros de paisagem agreste onde o azul cristalino do mar contrasta com o verde de suas montanhas, cobertas por uma densa mata atlântica.

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Essa estrada foi asfaltada há menos de 3 anos e só recentemente está sendo descoberta pelos turistas. Um lugar que seguramente será reservado à construção de condomínios residenciais de alto padrão e empreendimentos turísticos para os amantes da natureza. Várias famílias, muitas de outros países, têm escolhido esse lugar para construir suas residências e ali morar.

Indo de Itapema no sentido Balneário Camboriú a primeira praia chama-se Estaleirinho. É uma praia de areias grossas, ondas não muito fortes, mas que afunda rapidamente. Possui uma população residente e bons restaurantes e pousadas.

Na praia do Estaleiro (fotos abaixo) predominam casas e bons condomínios residenciais. É a praia preferida por famílias européias que têm construído casas nas encostas do morro (até onde a legislação permite), desfrutando de uma vista paradisíaca.

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A Praia do Pinho foi a primeira praia de naturismo do Brasil, sendo conhecida internacionalmente. É cercada por costões que impedem de ser visualizada, e por ser uma praia de nudismo seu acesso é bastante controlado. Possui pousada e camping, além de bar e restaurante.

A seguir a Praia de Taquarinhas, uma praia praticamente virgem onde deve ser construído um empreendimento turístico de alto padrão. Possui uma extensão de 600 metros, com areias grossas e águas cristalinas.

Taquaras é a praia mais extensa, com 1150 metros de extensão. Possui uma população nativa de pescadores, que aos poucos vai cedendo lugar a casas de luxo, pousadas, bares e restaurantes.

Laranjeiras, a praia mais próxima de Balneário Camboriú (fotos abaixo), possui uma estação de bondinhos aéreos que conduz a um passeio com vista deslumbrante de toda região.É freqüentada por banhistas e tem vários bares e restaurantes. Possui um trapiche onde atracam barcos e é bastante usada para a prática de esportes náuticos.

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