Com a equipe do América F. C. em destaque, decidindo a Taça Guanabara, me vem à mente a imagem daquela figura esquálida, quase um esqueleto: Lalá. Um dos maiores compositores de marchinhas para carnaval e, talvez, o maior torcedor do América, tanto que fez o hino para este clube:
“Hei de torcer, torcer, torcer / Hei de torcer até morrer / Morrer, morrer / Pois a torcida americana / É toda assim / A começar por mim / A começar por mim / A cor do pavilhão / É a cor do nosso coração / Trá-lá-lá-lá-lá-lá / Trá-lá-lá-lá-lá-lá / Trá-lá-lá-lá / Campeões de 13, 16 e 22 / Trá-lá-lá-lá / Temos muitas glórias / E surgirão outras depois / Trá-lá-lá-lá / Campeões com a pelota nos pés / Fabricamos aos montes, aos dez / Nós ainda queremos muito mais / América unido vencerás”.
Era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, lhe perguntam qual era a maior aspiração dos artistas, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um... Uns desejam ir ao céu... já que atuam no éter... Outros evaporam-se nesse mesmo éter... Os pensamentos da classe são éter... ó... gênios..." - valeu-lhe o título de "O Pior Trocadilho de 1941".
“Hei de torcer, torcer, torcer / Hei de torcer até morrer / Morrer, morrer / Pois a torcida americana / É toda assim / A começar por mim / A começar por mim / A cor do pavilhão / É a cor do nosso coração / Trá-lá-lá-lá-lá-lá / Trá-lá-lá-lá-lá-lá / Trá-lá-lá-lá / Campeões de 13, 16 e 22 / Trá-lá-lá-lá / Temos muitas glórias / E surgirão outras depois / Trá-lá-lá-lá / Campeões com a pelota nos pés / Fabricamos aos montes, aos dez / Nós ainda queremos muito mais / América unido vencerás”.
Era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista afirmou "Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso". Numa outra, lhe perguntam qual era a maior aspiração dos artistas, Lalá não vacila: "A aspiração varia de acordo com o temperamento de cada um... Uns desejam ir ao céu... já que atuam no éter... Outros evaporam-se nesse mesmo éter... Os pensamentos da classe são éter... ó... gênios..." - valeu-lhe o título de "O Pior Trocadilho de 1941".
Lamartine Babo nasceu na Rua Teófilo Otoni, centro da cidade do Rio de Janeiro, no dia 10 de janeiro de 1904. Décimo segundo filho do casal Leopoldo de Azeredo Babo e Dona Bernardina Gonçalves Babo, logo teve que se mudar com a família para a Tijuca, em função da construção de novas avenidas no local onde moravam. Lamartine fez o curso primário numa escola pública, perto de sua casa, na Tijuca. Aos onze anos foi para o Colégio São Bento para cursar o ginásio. Teve contato com a música desde criança, pois sua mãe e uma irmã tocavam piano e o pai era amigo, entre outros, de Ernesto Nazareth e Catulo da Paixão Cearense, que sempre freqüentavam sua casa.
Sua primeira marchinha gravada foi "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como ele ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas. Em 1951, aos 47 anos, Lamartine, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um enfarte, no dia 16 de Junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país.
Algumas obras: "A-B-surdo", "Canção para inglês ver", "No Rancho Fundo", "O Teu Cabelo Não Nega", "A-E-I-O-U", "A tua vida é um segredo", "Linda Morena", "Moleque Indigesto", "Aí, hein?", "Boa Bola", "Chegou a Hora da Fogueira", "Menina Oxygeneé", "Deixa a Velhinha", "Dois a dois", "Eu Também " "História do Brasil", "Isto é lá com Santo Antonio", "Marchinha Nupcial", "Parei Contigo", "Ride palhaço", "Grau 10", "Marchinha do Grande Galo", "Cantores do rádio"e "Serra da Boa Esperança".
Fontes: Cifrantiga, Samba-choro, Artistas, Memórias da MPB (Samira Prioli Jaime).
Sua primeira marchinha gravada foi "Os Calças-Largas", em que Lamartine debochava dos rapazes que usavam calças boca-de-sino. Em 1937, com a censura imposta pelo Estado Novo de Getúlio Vargas, carnavalescos irreverentes como ele ficaram proibidos de utilizar a sátira em suas composições. Sem a irreverência costumeira, as marchinhas não foram mais as mesmas. Em 1951, aos 47 anos, Lamartine, que nunca tivera sorte no amor, casou-se, enfim. Morreu vitimado por um enfarte, no dia 16 de Junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores deste país.
Algumas obras: "A-B-surdo", "Canção para inglês ver", "No Rancho Fundo", "O Teu Cabelo Não Nega", "A-E-I-O-U", "A tua vida é um segredo", "Linda Morena", "Moleque Indigesto", "Aí, hein?", "Boa Bola", "Chegou a Hora da Fogueira", "Menina Oxygeneé", "Deixa a Velhinha", "Dois a dois", "Eu Também " "História do Brasil", "Isto é lá com Santo Antonio", "Marchinha Nupcial", "Parei Contigo", "Ride palhaço", "Grau 10", "Marchinha do Grande Galo", "Cantores do rádio"e "Serra da Boa Esperança".
Fontes: Cifrantiga, Samba-choro, Artistas, Memórias da MPB (Samira Prioli Jaime).
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