sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Como surgiu a dentadura

A dentadura é uma prótese utilizada há muito tempo e tem a função de substituir os dentes de uma pessoa. A sua origem é bem curiosa, já que suas primeiras versões foram criadas 700 A.C. Os dentes eram feitos de ossos e algumas lacunas eram preenchidas com ponte de ouro.

Com o passar do tempo a dentadura ainda se manteve como um acessório fundamental para os banguelas, pois além de melhorar a aparência também auxiliava no processo de mastigação. A grande dificuldade encontrada sempre foi a de fixar a dentadura na gengiva.

Durante o século XVII a dentadura era um artigo utilizado por pessoas de classe social elevada, os dentes eram feitos de marfim e com o passar do tempo desenvolviam um odor desagradável. Foi somente em 1770 que o farmacêutico Alexis Duchâteau criou um tipo de dentadura feito a partir de porcelana e que podia ser utilizada tranquilamente nas refeições.

Fonte: Blog Ativo
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fadiga Visual no PC

Um estudo recente demonstrou que após duas horas de uso ininterrupto do computador 75% dos participantes desta pesquisa se queixaram de dor de cabeça, olhos secos e visão turva que caracterizam a fadiga visual ou CVS (Computer Vision Syndrome).

Desses 75% quase metade eram crianças com idade entre 9 e 13 anos. Entre estas crianças, 30% apresentaram miopia transitória.

A miopia transitória é a dificuldade para enxergar de longe por conta de um turvamento da visão que pode durar meses ou tornar-se um mal permanente caso os hábitos sejam modificados. É importante salientar que qualquer desconforto no olhos, independe do motivo, é razão para que o oftalmologista seja procurado.

Dicas para reduzir a fadiga visual:

-O monitor deve ficar 10 a 20 graus abaixo do nível dos olhos. A distância entre a tela do monitor e os olhos deve ser de 60cm.

-O monitor não deve ficar de frente para a janela pois a luminosidade causa ofuscamento, nem de costas porque forma sombras e reflexos que causam desconforto.

-Evite excesso de luminosidade das lâmpadas e luz natural pois as pupilas se contraem e geram cansaço visual.

-Regule sempre a tela com o máximo de contraste e não de luminosidade.

-Mantenha a tela do monitor sempre limpa.

-A cada hora, descanse de 5 a 10 minutos, saindo de frente do computador.

-Lembre-se de piscar voluntariamente quando estiver usando o micro.

Fonte: Guia SOS Dona de Casa. Set./07.
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P. F. R

Lá vinha eu ladeira abaixo, comendo minhas goiabinhas, quando ele se chegou com a mão estendida e um tom suplicante na voz. Não chega a ser um mendigo, mas anda desempregado e vivendo de pequenas facadas nos amigos:

— Seu Tanislau (ele me chama de Tanislau), será que o senhor não podia me arrumar um dinheirinho para eu poder comprar um bolo?

— Mas bolo por quê? Não pode ser pão? Poder podia, mas é que era o aniversário dele.

Rachei as goiabinhas que me sobravam com o infeliz amigo e resolvi levá-lo para almoçar ali por perto mesmo. Ele me disse que havia P.F.R. (prato feito reforçado) bastante razoável na outra esquina, Fomos.

Chegamos à porta, pedimos licença às moscas que, muito gentis, abriram caminho para nos deixar entrar, e sentamos:

— Traz o Prato do Dia — pediu ele ao garçom. Este sorriu e explicou que àquela hora não tinha mais disso. O Prato do Dia só durava meia hora no menu. Vinha faminto de todo lado, para comer.

— Então traz o macarrão — tornou a pedir o meu amigo.

E enquanto o garçom foi buscar, ele começou a conversar sobre comida. Primeiro me explicou que, do jeito que a coisa vai, pobre tende a desaparecer. Para comer comida de pobre, hoje em dia, o sujeito tem de ser rico. Aquele Prato do Dia, por exemplo, era uma pedida razoável, mas acabava logo e não dava pra todos, o que
se justificava pelo preço barato e pela quantidade de galinha que vinha, misturada no arroz.

— Ué, mas vem tanta galinha assim? — estranhei, pois galinha anda mais caro que mulher.

Ele fez sinal com a cabeça que sim. Vinha bastante galinha, mas era muito perigoso comê-la, pois o dono do restaurante era pródigo em galináceo no arroz porque comprava a penosa muito mais barato, na feira.

— E compra mais barato por quê?

— Porque ele só compra as que estão mortas dentro do engradado dos feirantes.

Roeu um pedaço do pão e pôs-se a desenhar os horrores da crise. Noutro dia resolvera tomar uma sopa muito boa, que tinha ali num freje de Botafogo. Foi a pé, gastando o resto do salto da derradeira botina e antes não tivesse ido:

— Por quê? A sopa não é mais a mesma?

— É nada. Tinha uma alface boiando, eu ainda passei a colher por baixo, para ver se o entulho estava por baixo da folha, mas que nada. A folha boiava que só vendo.

Nessa altura o garçom trouxe o prato de macarrão. Era um prato mixuruca às pampas e estava longe dos transbordantes pratos de macarronada da belle époque culinária.

Ele, para dar um exemplo definitivo de que a crise é tártara, apontou para o prato e falou:

— Tá vendo só??? Pois este prato antigamente custava 50 pratas e vinha mais cheio que trem de subúrbio. Agora custa 200 cruzeiros e o macarrão vem contado e curtinho. Tão curtinho que já não dá mais pé pra gente churupitar o bruto, como eu gostava tanto de fazer.

E, ante meu espanto, provou: — Vou contar e você vai ver que tem cinqüenta fios de macarrão aqui dentro.

Contou e — realmente — tinha cinqüenta.

Aí ele suspirou e murmurou, num sussurro: — Quando eles começam a contar fio de macarrão é porque a crise está brava.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: GAROTO LINHA DURA - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975
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