quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Julie Adams

Julie Adams (Betty May Adams), atriz de cinema e televisão às vezes também creditada como Julia Adams e Adams Betty, nasceu em Waterloo, Iowa, EUA, em 17 de outubro de 1926. Cresceu em Arkansas e começou sua carreira no cinema em filmes de western classe "B".

Ela usou seu nome real, Betty Adams, até 1949, quando começou a trabalhar para a Universal Pictures. Então se tornou Julia e, eventualmente, Julie Adams. Seu primeiro papel no cinema foi um pequeno papel no "Red, Hot and Blue" (1949), seguido por um papel principal em "The Dalton Gang" (1949).

Seu filme mais famoso acabou sendo "Creature from the Black Lagoon" (O Monstro da Lagoa Negra), de 1954.Mais tarde em sua carreira, fez aparições na TV em séries.

Julie Adams em "Creature from the Black Lagoon", de 1954.

Adams foi casada com o ator e diretor Ray Danton de 1954 a 1981 e eles tiveram dois filhos, Steven Danton e Mitchell Danton. Ela teve um relacionamento com Ronald M. Cohen, um roteirista que faleceu em 1998.

Filmografia

Brasa Viva (1949) (Red, Hot and Blue)
The Dalton Gang (1949)
Hostile Country (1950)
Marshal of Heldorado (1950)
Crooked River (1950)
Colorado Ranger (1950)
West of the Brazos (1950)
Fast on the Draw (1950)
O Anjinho (1950) (For Heaven's Sake)
Luz nas Trevas (1951) (Bright Victory)
Aconteceu em Hollywood (1951)
Império do Pavor (1952) (Horizons West)
The Treasure of Lost Canyon (1952)
Jornada de Heróis (1952) (Bend of the River)
Gatunos Roubados (1952) (Finders Keepers)
Flechas de Ódio (1953) (The Stand at Apache River)
Revolta do Desespero (1953) (Wings of the Hawk)
Sangue Por Sangue (1953) (The Man from the Alamo)
O Aventureiro do Mississipi (1953)
Sob o Signo do Mal (1953) (The Lawless Breed)
Francis Entre Mulheres (1954)
O Monstro da Lagoa Negra (1954)
A Guerra Privada do Major Benson (1955)
Seu Único Desejo (1955) (One Desire)
Os Cinco Desesperados (1955) (The Looters)
A Ponte do Destino (1955)(Six Bridges to Cross)
A Epopéia do Pacífico (1956) (Away All Boats)
Slim Carter (1957)
Slaughter on Tenth Avenue (1957)
Four Girls in Town (1957)
Tarawa Beachhead (1958)
Duelo em Dodge City (1959)
Raymie (1960)
The Underwater City (1962)
Cavaleiro Romântico (1965)
The Last Movie (1971)
McQ - Um Detetive Acima da Lei (1974)
The Wild McCullochs (1975)
Psychic Killer (1975)
The Killer Inside Me (1976)
Goodbye, Franklin High (1978)
The Fifth Floor (1978)
Os Campeões (1984)
Black Roses (1988)
Atraída Pelo Perigo (1990)
Lost (2005)
Lost (2006/I)
World Trade Center (2006)
O Deus da Carnificina (2011)

Fontes: IMDb; Supervideo.  
Leia mais...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Hércules, o Dinamitador

Dono de um canhão no pé esquerdo e de um torpedo no direito. Assim o ponta-esquerda Hércules de Miranda era conhecido e temido pelos adversários. Hércules começou a jogar na várzea paulista, passando em seguida a vestir as camisas do Juventus e do São Paulo da Floresta. Mas a fase mais gloriosa de sua carreira aconteceu no Fluminense, onde se tornou o artilheiro da campanha do tricampeonato de 1936, 1937 e 1938 com 56 tentos. Tudo graças principalmente aos seus gols de falta, cobrados de qualquer lugar do campo. O Dinamitador jogou seis vezes pela Seleção, marcando três gols.

Hércules de Miranda nasceu na cidade mineira de Guaxupé em 02/07/1912, e faleceu no Rio de Janeiro em 03/09/1982. Conhecido  como "O Dinamitador" tinha, segundo o cronista Geraldo Romualdo da Silva, do Jornal dos Sports, "um canhão no pé esquerdo e um míssil no direito".

A torcida carioca o viu pela primeira vez no dia 7 de janeiro de 1934, em São Januário, onde cariocas e paulistas decidiram o título brasileiro e ele fez o gol da vitória paulista na prorrogação, depois do empate por 1 x 1 no tempo regulamentar.

Hércules, que tinha passe livre depois que o São Paulo da Floresta se dissolvera, foi então contratado pelo Fluminense. Sua carreira começara na várzea paulista, e de 1930 a 1933 ele jogara no Juventus, de onde Paulo Machado de Carvalho o levou para o São Paulo. Houve a dissolução do clube e Hércules passou a atuar no Independente, time de exibição em São Paulo, ao lado de Friedenreich, Araken e Orozimbo.

Para jogar no Flu, recebeu 10 contos de réis, uma fortuna na época, e passou a formar um grande elenco com Batatais, Ernesto Santos e Machado; Marcial, Brant e Orozimbo; Sobral, Russo, Gabardo e Vicentini.

Propaganda de 1938
O apelido Dinamitador pegou em 1936, quando o chute forte o consagrou definitivamente no Rio de Janeiro, graças a seus gols de falta. Em 1938, Hércules foi à Copa do Mundo, na França, mas o auge de sua carreira aconteceu no tricampeonato de 1936, 37 e 38, quando se tornou o artilheiro absoluto da campanha com 56 gols (23, em 1936; 23, em 1937; e 10, em 1938). Em 1940, foi de novo o artilheiro do time com 12 gols. Pelo clube fez 164 gols em 176 jogos.

Em 1941, teve seu último ano de glória no Fluminense: surgiu Carneiro, que passou a dividir com ele a ponta-esquerda, e em 1943 Hércules, que encerrou a carreira cinco anos depois, pediu para ser vendido ao Corinthians - onde jogou ao lado de seu amigo Domingos da Guia, um dos zagueiros que mais trabalho tiveram para marcá-lo.

Fontes: Revista Placar; Flumania; Wikipédia.
Leia mais...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sinal vermelho e moça idem

Cronista que escreve sobre o diário não devia ter nunca automóvel. O andar na rua, trafegar em coletivos, ter contato mais direto com a plebe ignara ajuda às pampas. A gente se imiscuindo é que colhe material para estas mal traçadas.

Ontem, por exemplo, estava o neto do Dr. Armindo a aguardar um reparo em seu carro e, enquanto o mecânico mexia os parafusos, ficou Stanislaw na esquina a se distrair com o trabalho do guarda.

Parece que houve um exame de consciência no Serviço de Trânsito e eles puseram guarda nas esquinas, tal como acontece nas cidades civilizadas.

A turma está um pouco desacostumada e — a toda hora — vinha um e desrespeitava o sinal. O guarda apitava, o cara parava, vinha aquela espinafração regulamentar, etc, etc. Foi então que veio uma mocinha e diminuiu a marcha no cruzamento. O sinal estava no maior vermelho, mas ela, depois de olhar para os lados e não ver ninguém, foi em frente. O guarda lascou o apito. Ela se assustou, o carro ziguezagueou um pouco, mas a mocinha não parou.

Fiquei imaginando a raiva do guarda, que logo puxou o caderno e anotou o número dela (isto é, o número do carro dela, bem entendido, que mocinha ainda não está numerada).

Eu até já ia embora, cansado de ver o guarda trabalhar, quando reparei que o carro da mocinha vinha devagarinho, por uma das ruas transversais. Ela encostou no meio fio, saltou e veio falar com o guarda. Só aí deu pra ver que era uma mocinha tamanho universal, dessas de fazer cambono largar o "santo".

Como quem não quer nada, fiquei perto, ouvindo a cantada que ela ia dar no guarda. Primeiro ela perguntou se tinha sido anotada. O guarda disse apenas: "Lógico". Ela aí deu uma arremetida bossa novíssima. Falou assim:

— "Olha aqui, eu costumo desrespeitar o sinal, mas jamais desrespeitaria o guarda". E ficou olhando, para ver o efeito. O guarda nem parecia; continuava a olhar o trânsito. Ela meteu uma segunda na cantada e insistiu:

— "Eu só queria que o senhor soubesse disso. Eu posso desrespeitar o sinal, mas nunca desrespeitaria o guarda. Se eu soubesse que o senhor estava na esquina não teria avançado o sinal".

O guarda olhou para ela sorrindo. Ela suspirou, vitoriosa. E emendou:

— "Vai retirar a multa?"

E o guarda: "Não senhora".

Ela engoliu em seco e ele explicou melhor:

— "Eu não multei a senhora por ter me desrespeitado a mim e sim ao sinal".

Ela percebendo que seu golpe falhara, perguntou, irritada: "O quê??".

E o guarda: — "É isso mesmo, minha filha. Quem estava vermelho era o sinal. Não era eu não".

Ela deu uma rabanada e voltou para seu carro pisando duro, a balançar aquilo tudo.
_____________________________________________________________________

Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: GAROTO LINHA DURA - Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975
Leia mais...