segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Elizabeth Montgomery, a feiticeira

Elizabeth Montgomery (Elizabeth Victoria Montgomery), atriz, nasceu em Los Angeles, Califórnia, em 15/04/1933, e faleceu na mesma cidade, em 18/05/1995. Sua carreira artística se estendou por cinco décadas, e é lembrada principalmente por seus papéis em Bewitched como Samantha Stephens, em A Case of Rape como Ellen Harrod e em The Legend of Lizzie Borden como Lizzie Borden.

Ela e seu irmão mais novo, Robert Montgomery Jr., nascido em 1936, tiveram uma infância privilegiada, por serem ricos e filhos de famosos atores de Hollywood. Costumava passar os verões, em sua casa de campo em England, Nova Iorque, onde montavam cavalos em companhia de celebridades. Freqüentou a Westlake School, uma escola de jovens refinadas da alta classe americana. Nesta escola, com 5 anos de idade, atuou pela primeira vez como suplente em uma produção de língua francesa Little Red Riding Hood, onde interpretou um lobo.

Em 1950, sua família mudou-se para Nova Iorque, onde seu pai iniciou um programa próprio de televisão chamada Robert Montgomery Presents. Quando os Montgomerys se divorciaram em dezembro daquele mesmo ano, Elizabeth ficou primeiramente na casa de sua mãe, mas subseqüentemente mudou-se para a casa de seu pai e a segunda esposa dele. Entrou para a Spence School, outra escola educacional exclusivamente da alta classe novaiorquina formando-se em 1951 e logo em seguida matriculou-se na American Academy of Dramatic Art.

Elizabeth fez sua primeira aparição na televisão, aos dezenove anos, em 1951, no programa de seu pai (Robert Montgomery Presents), em um episódio intitulado Top Secret, onde ela e seu pai foram fotografados juntos. Mas sua verdadeira estréia profissional na televisão, ocorreu mesmo no programa Armstrong Circle Theatre, no episódio "The Right Approach", de 1953.

Em outubro deste mesmo ano fez também sua estréia na Broadway no espetáculo Late Love e também em algumas produções da Brigadoon and Biography. No ano seguinte, 1954, ela faria outra participação em Armstrong Circle Theatre, no episódio "The Milestone", interpretando a personagem Ellen Craig.

Em 1954, aos  21 anos, casou-se com o diretor de televisão Frédéric Gallatin Carmmann e continuou a trabalhar na televisão. Seu casamento, porém, durou pouco tempo. Durante os anos 1950 a 1960, Elizabeth apareceu em diversos programas na televisão, inclusive em 1960, recebeu sua primeira indicação ao Emmy por sua representação de uma prostituta sulista Rusty Heller, num dos episódios de The Untouchables (Os Intocáveis). Em 1954, fez seu primeiro filme, The Court-Matial of Billy Mitchell, ao lado de Gary Cooper.

"A Feiticeira": Dick York e Elizabeth
No dia 28 de dezembro de 1956, Elizabeth casou-se pela segunda vez com o ator Gig Young. Foi um casamento muito turbulento, pois ele era um alcoólatra crônico e ela sendo 23 anos mais jovem que ele, ficava difícil controlar o problema.

Durante as filmagens de Johnny Cool, acabou apaixonando-se pelo diretor do filme, Willian Asher e em 1963, casou-se pela terceira vez, em El Paso, Texas. Juntos iniciaram um projeto que culminou com a criação da série Bewitched (A Feiticeira). Dessa união nasceram três crianças, Robert, William e Rebecca. Por duas vezes, a gravidez de Elizabeth, em  meio as filmagens da série,  justificaram o surgimento dos personagens Tabitha e Adam.

Depois do encerramento de A Feiticeira, Asher foi trabalhar em outra emissora em um novo projeto e Elizabeth viajou para a Europa. Antes do final do ano de 1973, também terminava seu matrimônio de quase dez anos com Asher. Um ano depois já estavam legalmente divorciados.

Juntos eles foram responsáveis pela criação de Samantha Stephens, uma feiticeira que se casa com um mortal. A feiticeira teve oito temporadas apresentadas pela rede ABC. O elenco recebeu várias indicações ao Emmy e outros prêmios. A magia da série "A Feiticeira" terminou em 1972.

Voltou a atuar novamente na televisão em Mrs. Sundance. Durante as filmagens conheceu o ator Robert Foxworth e os dois logo se apaixonaram. Nervosa com um quarto casamento, Elizabeth preferiu simplesmente viver junto com ele.

Também neste mesmo ano , 1974, fez A Case of Rape, onde foi aclamada pela crítica especializada, na qual representava uma vítima de estupro e onde recebeu uma indicação ao Emmy. Em 1975, voltou novamente a televisão atuando em The Legend of Lizzie Borden, onde foi novamente indicada ao Emmy.

A maioria dos seus papéis após a série A Feiticeira, foi fazendo papéis dramáticos e não cômicos. Em 1976 fez um remake de Dark Victory, atuou no gameshow Password and Password Plus. Novamente em 1978 outro Emmy lhe escapou com The Awakening Land. Na televisão se seguiram Face to Face (1990) e With Murder In Mind (1992), entre outros.

Em 1993 Elizabeth narrou o Academy Award um documentário intitulado Panama Deception. Fez duas narrações de The Erotic Adventures of Sleeping Beauty. Elizabeth Montegomery não foi somente uma grande e versátil atriz, mas também lutou em causas como AIDS e foi ativista da Gay Rights. No dia 28 de Junho de 1992, desfilou ao lado de Dick Sargent na grande parade gay, Gay-pride Parade em Los Angeles, Califórnia.


No dia 28 de janeiro de 1993, depois de viver quase 20 anos juntos, Elizabeth e Robert Foxworth casaram-se numa cerimônia íntima e muito simples. Na primavera de 1995, durante as filmagens de um outro filme para a televisão Deadline For Murder: From the Files of Edna Buchanan, Elizabeth começou a sentir-se fatigada.

Ela procurou procurou um médico e diagnosticada como acometida por um câncer de cólon, já em estado bem avançado. Poucas semanas depois, no dia 18 de maio de 1995, Elizabeth faleceu junto ao seu marido Foxworth, seus filhos em sua próprio quarto, em Beverly Hills. Ela tinha 62 anos.

Fontes: Wikipedia; tvsinopse.kinghost.net.
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domingo, 6 de novembro de 2011

Choro, vela e cachaça

Enterro de pobre tem sempre cachaça. É para ajudar a velar pelo falecido.

Sabem como é; pobre só tem amigo pobre e, portanto, é preciso haver um incentivo qualquer para a turma subnutrida poder agüentar a noite inteira com o ar compungido que o extinto merece.

Enfim, a cachacinha é inevitável, seja numa favela carioca, seja num bairro pobre da cidade do interior.

Agora mesmo, em Minas, me contaram, morreu um tio de um tal de Belarmino. Houve velório com a melhor cachaça daquelas bandas, uma chamada "Suor de Virgem". Quando um desgraçado que não tinha sido convidado pro velório do tio de Belarmino soube que fora servida a cachaça "Suor de Virgem" saiu em procura do sobrinho do extinto e, ao encontrá-lo, lascou a ameaça:

— Belarmino, eu soube que tinha "Suor de Virgem" no velório de seu tio e você não me convidou. Mas num há de ser nada. Faço fé em Deus que inda morra alguém na minha família, que é pra eu gastar um desperdício de "Suor de Virgem" e num convidar safado nenhum da sua.

São fatos como os citados que provam a importância da cachaça nas exéquias de quem morre teso, embora — às vezes — a cachaça, ao invés de ajudar, atrapalhe.

Foi o que aconteceu agora em Ubá (MG), terra do grande Ari Barroso. Morreu lá um tal de Sô Nicolino, numa indigência que eu vou te contar. Segundo o telegrama vindo de Ubá, alguns amigos de Sô Nicolino compraram um caixão e algumas garrafas de cangibrina, levando tudo para o velório.

Passaram a noite velando o morto e entornando a cachaça. De manhã, na hora do enterro, fecharam o caixão e foram para o cemitério, num cortejo meio ziguezagueado e num compasso mais de rancho que de féretro. Mas — bem ou mal — lá chegaram, lá abriram a cova e lá enterraram o caixão.

Depois voltaram até a casa do morto, na esperança de ter sobrado alguma cachacinha no fundo da garrafa. Levaram, então, a maior espinafração da vizinha do pranteado Sô Nicolino.

É que os bêbados fecharam o caixão, foram lá enterrar, mas esqueceram o falecido em cima da mesa.
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Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).
Fonte: O MELHOR DE STANISLAW - Crônicas Escolhidas - Seleção e organização de Valdemar Cavalcanti - Ilustrações de JAGUAR - 2.a edição - Rio - 1979 - Livraria José Olympio Editora
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sábado, 5 de novembro de 2011

A origem dos sobrenomes

Hoje obrigatório, o sobrenome era um privilégio até o fim da Idade Média no Ocidente. Apenas os nobres (reis, barões, duques, etc.) tinham um complemento oficial ao nome próprio, geralmente ligado à região em que eram soberanos.

Mas, conforme a população começou a aumentar e circular, um nome só (ainda que composto) não era mais suficiente para distinguir os plebeus, e o povo passou a ser identificado também por seu ofício, origem, fortuna, físico e personalidade.

Para ficar em exemplos portugueses, foi assim que surgiram sobrenomes como Ferreiro, Lisboa, Rico, Longo, Valente etc. Aos poucos o hábito se disseminou e foi sendo passado para as novas gerações. Em 1370, já se encontra a palavra “sobrenome” em documentos oficiais de diversos países.

A partir daí, a diferença passou a ser a maneira de usar. Na maioria das línguas indo-européias, o prenome precede o sobrenome na forma de designar as pessoas. Em algumas culturas e idiomas (por exemplo, em húngaro, vietnamita, chinês, japonês ou coreano), o sobrenome precede o prenome na ordem do nome completo.

Na maioria das culturas as pessoas têm apenas um sobrenome, geralmente herdado do pai. No entanto, em nomes de origem anglo-saxônica é comum a utilização de um nome do meio entre o nome próprio e o sobrenome, por vezes escolhendo o sobrenome materno para esse segundo nome próprio.

Nos países de língua portuguesa é costume os filhos receberem um ou mais sobrenomes de ambos os progenitores. Também assim se procede na cultura hispânica, porém note-se que, enquanto no Brasil e Portugal os sobrenomes maternos precedem os paternos na disposição final do nome completo, na Espanha e na América hispânica a ordem é a inversa.

Em muitas culturas também é normal uma mulher assumir o sobrenome do marido após o casamento. Na França, Alemanha e países anglo-saxônicos é normal a mulher "abdicar" do seu sobrenome de solteira (o chamado maiden name) e ficar apenas com o sobrenome do seu cônjuge. Nos últimos anos, porém, tem-se tornado algo freqüente as mulheres americanas apenas acrescentarem o sobrenome do marido ao seu nome de solteira ou hifenizarem ambos os sobrenomes.

Em países como o Japão, ao casar-se, um casal é obrigado a assumir um sobrenome em comum, e apesar de na maioria das vezes ser o do homem, o contrário também é socialmente aceito.

É interessante acrescentar que no Brasil, até o Código Civil de 2002, somente as mulheres poderiam adquirir o sobrenome do cônjuge. Após a nova edição do diploma legal, o marido passou também a poder acrescentar ao seu nome o sobrenome da mulher, cabendo ao casal esta decisão.

Fontes: Superinteressante; Wikipedia.
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