sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Renata Fronzi

Renata Fronzi (Renata Mirra Ana Maria Fronzi Ladeira), atriz, nasceu em Rosario, Argentina, em 01/08/1925, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 15/04/2008. Os avós e os pais eram artistas italianos de teatro e Renata nasceu em uma excursão, quando os pais estavam na província de Santa Fé, na Argentina.

Começou sua vida artística estudando balé no Teatro Municipal de São Paulo. Estudou no famoso colégio italiano Dante Alighieri. Mas logo a família se mudou para Santos e para lá foi a menina. Era uma garota forte, atlética, mais do que bonita. Em Santos se encantou com a natação.

Em teatro participava, às vezes, das montagens do pai em clubes “doppo lavoro” . Foi aí que conheceu Heitor de Andrade, que era de Rádio e depois da Televisão Tupi. Era teatro amador o que fazia. Estava com 15 anos. Estreou profissionalmente na Companhia de Eva Todor, na peça “Sol de Primavera”. De personalidade muito alegre e risonha, ainda que tremesse de medo de entrar em cena, Renata divertia a todos.

Os pais se transferiram para o Rio de Janeiro a convite do famoso Walter Pinto. Renata veio junto. Aí ela cantava, fazia esquete, dançava e se saia muito bem. Ficou estrela da Companhia de Revista. Depois excursionou para Buenos Aires, mas voltou, pois o pai falecera.

No Rio de Janeiro, de volta, conheceu o grande amor de sua vida, César Ladeira, grande nome do cenário artístico nacional.

Renata então entrou definitivamente para a televisão. Fez: “Teatrinho Trol", de Fábio Sabag. Sua carreira prosseguiu e ela entrou para o seriado “Família Trapo”, na TV Record de São Paulo, sucesso absoluto, na época. Era como se fosse um teatro, com público, televisionado. E era comédia. Renata estava no seu ambiente, fazendo o que gostava de fazer.

Depois, já na Globo fez: “Faça humor, não faça guerra”, “Chico City”, programa de Chico Anysio. E fez também novelas, como: “Minha doce namorada”, “O rei dos ciganos”. Aí veio “O Bronco”, outro seriado de humor, em São Paulo, ao lado de Ronald Golias. Não deixou, porém, de participar de coisas sérias, como a novela “O Semi Deus”, por exemplo, “Chega mais”, “Dulcineia vai a guerra”. Isso não só na Globo, como na TV Bandeirantes de São Paulo.

Intercalou seu trabalho na televisão, com participações no cinema, e fazia também teatro. Voltou às novelas, foi dirigida por Henrique Martins, na novela “Jogo da Vida”, “Pão pão, beijo beijo” , “Transas e Caretas”, “Corpo a corpo”, e tantas outras.

Achou tempo de fazer mais de 30 filmes. Desses os que se lembra com mais ternura foram: “Treze cadeiras”, com Oscarito, “Carnaval em lá maior”, “Guerra no Samba”, “De pernas pro ar”, “Hoje o galo sou eu”, “Vai que é mole”, “Quero essa mulher assim mesmo”, “Ässim era a Atlântica”, etc...

Renata Fronzi morreu aos 82 anos da síndrome de disfunção múltipla de órgãos, que foi provocada pela diabetes, em 15 de abril de 2008, no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela estava internada na unidade de terapia intensiva do hospital desde 1 de abril de 2008.

Teledramaturgia

1999/2001 - Zorra Total
1995 - A Idade da Loba
1997 - Malhação
1994 - Quatro por Quatro
1994 - Memorial de Maria Moura
1991 - A História de Ana Raio e Zé Trovão
1990 - Mico Preto - Amelinha
1984 - Corpo a Corpo
1983 - Pão Pão, Beijo Beijo
1981 - Jogo da Vida
1980 - Chega Mais
1978 - Pecado Rasgado
1974 - Corrida do Ouro
1966/67 - O Rei dos Ciganos

Alguns filmes

Salário Mínimo (1970).
Treze Cadeiras (1957)
Garotas e Samba (1957)
Vai que É Mole (1960)

Séries

Família Trapo, Rede Record (1967-1970)
Bronco, Rede Bandeirantes (1987-1990)
Marido de Mulher Boa

Fontes: Net Saber - Biografias; Wikipédia.
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Raul Cortez

Raul Cortez (Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim Cortez), ator, nasceu em São Paulo SP, em 28/8/1932, e faleceu na mesma cidade, em 18/7/2006. Descendente de espanhóis, Raul era o mais velho de seis irmãos: Rui Celso, Lúcia, Pedro, Regina e Jô Cortez.

Tem um impressionante currículo que inclui 66 peças teatrais, 20 telenovelas, seis minisséries, 28 filmes e vários prêmios, entre eles cinco Molière - a mais importante premiação do teatro brasileiro.

Ia ser advogado, mas aos 22 anos decidiu trocar os tribunais pelo palco. A estréia foi em 1955 na peça Eurídice, contracenando com Cleyde Yaconis e Walmor Chagas, e no ano seguinte já fez o primeiro papel no cinema, em O Pão que o Diabo Amassou. Em 1969 encarnou um travesti na peça Os Monstros e em 1970 fez o primeiro nu do teatro brasileiro em O Balcão, de Jean Genet.

Na década seguinte recebeu vários prêmios, mas a consagração veio da mão da peça Rasga Coração (1979), no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, escrita pelo mestre Oduvaldo Vianna Filho, na qual contracenou com Lucélia Santos, interpretando o amargurado funcionário público e ex-militante comunista Maguary Pistolão. A cena final, escrita por Vianinha, foi marcante: o funcionário público aparece nu amarrado por cordas nos pés e dependurado no ponto mais alto do palco.

Após participar de algumas novelas nas TVs Excelsior, Bandeirantes e Tupi, Raul Cortez estreou na Rede Globo em 1980, com a novela de Gilberto Braga, Água-Viva, na qual interpretou o cirurgião plástico Miguel Fragonard. Com este trabalho alcançou notoriedade e reconhecimento do público, tornando-se uma estrela da televisão.

Os mega-vilões Virgílio, de Mulheres de Areia (1993), e Jeremias Berdinazzi, de O Rei do Gado (1996), aumentaram a fama internacional, particularmente na Rússia, onde ambas as novelas atingiram enorme audiência nesse país. Terra Nostra, a trama mais vendida da Rede Globo, o levou aos cinco continentes com outro italiano: Francesco Magliano.

Em 2005, foi preciso suspender a participação em Senhora do Destino, devido ao avanço da doença que causaria a morte, mas tudo parecia relativamente resolvido, pois ainda retornaria às telas interpretando Antônio Carlos, na minissérie JK, a biografia do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

É considerado um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Raul morreu às vésperas de completar cinquenta anos de carreira, em decorrência do agravamento de um câncer no pâncreas, contra o qual lutava há cerca de quatro anos.

Apesar de ser descendente de espanhóis, foram marcantes os personagens italianos em telenovelas como O Rei do Gado, Terra Nostra e Esperança.

Em dezembro de 2004, Cortez foi operado para a remoção de um tumor na região do pâncreas e do intestino delgado, seguindo-se um tratamento quimioterápico. Em 30 de junho de 2006, foi novamente internado e veio a falecer no dia 18 de julho.

Fontes: Wikipedia; Raul Cortez - UOL Educação.
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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Andrada, o milongueiro

"Ele sempre será lembrado pelos amantes do futebol por ter tomado o milésimo gol de Pelé; mas ele também sempre será o goleiro mais amado pelos vascaínos (que me desculpem os admiradores de Barbosa, da década de 1940). Várias vezes o argentino e "milongueiro" Andrada salvaguardou vitórias e empates, com defesas inacreditáveis que evidenciavam a sua elasticidade, colocação e reflexos. O grito do locutor da rádio Globo do Rio, ou da Tupi, era minha alegria: defendooouuuu, Andraaadaaa!

Eu praticamente sofria com esse Vasco bombardeado pelo Fluminense e Flamengo, no começo da década de 70. Vivia com o coração na mão. Também meu herói era perfeito na reposição de bola. Teve participação destacada nas conquistas dos campeonatos carioca de 1970 e brasileiro de 1974. Era uma tradição da torcida gritar o seu nome antes das partidas, durante o aquecimento dos jogadores no gramado.

Andrada, ou Edgard Norberto Andrada, nasceu na cidade de Rosário, Argentina, em 2/1/1939. Começou sua carreira no Rosario Central, clube que defendeu de 1960 a 1969. Teve seu passe comprado pelo Clube de Regatas Vasco da Gama em 1969. Justamente nesse ano, no dia 19 de novembro, foi que Pelé marcou seu milésimo gol ao bater pênalti contra ele. Talvez, a partir daí, ele resolveu "operar" milagres na meta vascaína. E praticamente foi de um valor extraodinário: eu considero Andrada o milagre de um Vasco conseguir manter uma vitória, ou mesmo um empate.

Depois do Vasco, Andrada ainda foi goleiro do Vitória da Bahia, em 1976. Depois voltou ao futebol argentino para defender o Cólon, de 1977 a 1982.

O milésimo gol de Pelé

No dia 19 de novembro (quarta-feira) de 1969 (ano em que chegou ao Vasco da Gama), Andrada teve à sua frente Pelé que perseguia a marca de 1000 gols na carreira. O estádio do Maracanã recebeu 65.157 pessoas que queriam ver o jogador alcançar a marca histórica, mas Andrada não queria entrar para história como o goleiro que sofreu o milésimo gol de Pelé. Ou como o "Goleiro do Rei" como foi chamado pela mídia, mas, provavelmente, não muito propalado pela maneira não muito agradável como Andrada encarou na época essa situação.

O argentino esforçou-se para não sofrer o gol, mas ao 33 minutos do segundo tempo houve um pênalti a favor do Santos e era a grande oportunidade de Pelé marcar. Todos no estádio gritavam o nome de Pelé. Andrada saltou para o lado certo e tocou na bola, mas não foi suficiente para evitar que Pelé marcasse o milésimo gol.

Ele disse assim: "Pelé cobrou. Eu bati na bola, mas não consegui defender. Depois, com o tempo, as coisas foram mudando. Eu me acostumei com o fato e hoje convivo de uma forma muito gostosa com aquele milésimo gol.".

Fontes: Sites do Vasco da Gama; Wikipedia; Que Fim Levou...
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